(Trying not to love you) Capitulo 2 - Porque tentar não te amar
Capitulo 2 – Porque tentar não teamar
Escrito por Michaelly Amorim
Comecei a sair com outras pessoas e evitava ele. Entretanto mesmo enquanto eu estava com outra pessoa eu acabava comparando a ele.
Se fosse o Arthur, ele teria rido da minha piada idiota. Se fosse o Arthur ele teria dito: Cuidado, mande mensagem quando chegar vou, pra eu saber que chegou bem - além de ficar comigo esperando o ônibus em vez de apenas me deixar no ponto de ônibus e ir embora.
Se fosse o Arthur eu ficaria no lado de dentro da calçada protegida.
E foi aí que eu percebi que já estava apaixonada. E comecei a me perguntar se realmente a beleza era um ponto importante na escolha de com quem eu passaria o resto de meus dias.
O caráter dele começou a pesar, mas eu não tinha que me preocupar com isso, ele ainda tinha namorada. Então deixei pra responder um dia quando eu realmente tivesse que fazer uma escolha.
Continuamos a sair, e a ficar, já nem me importava se estava traindo a namorada dele ou não.
E ele estava convencido que ela tinha provocado essa traição, pois estava se afastando dele e namorava ele só por comodismo mesmo. O relacionamento deles tinha se tornado uma obrigação para os dois e nenhum estava feliz com isso.
Em uma de nossas saídas, entretanto, ele me jogou a bomba mais cedo do que eu estava preparada, pensei que isso só fosse acontecer no fim do ano, e não em pleno julho.
- Eu odeio xixi na borda do vaso! - Eu falava com ele tagarelando após sairmos do cinema. - Pra mim não tem nada mais nojento. No dia que eu encontrar um homem que não faça xixi no assento do sanitário, eu caso. - Eu disse brincando.
- Eu! - Ele falou e eu ri.
- Pois casa comigo? - Eu brinquei mais uma vez para tirar onda.
- Aproveita que agora eu posso. – ele contou sério. - Terminei com Marcela.
Meu mundo naquela hora parou. Não porque eu estava esperando ansiosamente que eles terminassem, muito pelo contrário, eu só pensava: fodeu, me ferrei, agora lascou, ele vai se declarar e eu vou ter que escolher entre continuarmos amigos ou tentarmos algo mais. Eu não quero escolher, quero continuar ficando com meu melhor amigo e não ter que fazer escolhas difíceis. Não quero sair do meu cantinho confortável. Eu sabia que ele estava gostando de mim e sabia que o namoro dele estava indo de água abaixo, mas nunca pensei que seria tão cedo o fim deles.
Tinha me acostumado a apenas ficar com ele sem nenhuma consequência de ter que assumir um relacionamento sério com ele. Sabia que agora seria apenas uma questão de tempo até ele se declarar pra mim, como já dava indícios.
Naquele dia voltei pra casa mais cedo. Não podia namorar ele, eu não gostava dele. Mas sabia que dizer não seria por fim em nossa amizade de cinco anos. Não podia me apaixonar, não daria certo, eu estava lascada, perderia meu melhor amigo porque ele se apaixonou por mim. Mas não podia enganá-lo eu não me sentia atraída por ele. Passei uns dias sem falar com ele e busquei em outras bocas aquilo que só encontrava na dele. Mesmo ficando com outro cara era nele que eu pensava. E porque eu estava me sentindo culpada por ficar com outra pessoa? Porque parecia tão errado?
Eu sabia a resposta, mas não queria admitir. Em vez disso eu lamentava e seguia colocando defeitos:
Porque ele não podia seguir o padrão de beleza? Porque ele não podia ser igual ao cara que eu sonhava? Porque ele não poderia ter um corpo atlético como o carinha que eu fiquei?
Então ele se declarou pra mim e eu me vi entre perder um amigo ou tentar algo que nunca fiz antes: Ir contra meu preconceito.
A resposta estava na minha frente, eu sabia que não poderia viver sem ele. Pois só em pensar dele indo embora e nunca mais nos falando eu sentia uma dor no peito.
E então comecei a ver coisas que ainda não havia percebido: nos momentos mais felizes da minha vida ele estava presente. Ele era o único que dia das minhas piadas idiotas, ele cuidava de mim, me protegida, se preocupava comigo, perguntava como tinha sido meu dia. E foram essas pequenas coisas o que me conquistaram.
Entretanto, quando ele me pediu em namoro, uma semana depois de ter terminado com a namorada, eu o enrolei por vinte dias. Eu tinha medo, pois no fundo do meu ser, eu sabia que seria um caminho sem volta. Mas apesar de estar fazendo como ele dizia: cu doce, eu e ele já sabíamos qual seria minha resposta.
Ele havia se declarado, mas ainda não tinha me pedido em namoro. Então fomos para um de nossos lugares preferidos: a passarela.
- Arthur, eu disse que não ia responder agora, mas nós dois já sabemos a resposta. Eu não quero mais enrolar. Eu tive certeza da resposta quando fiquei com outro cara. – Eu havia contado a ele alguns dias antes e ele tinha ficado muito chateado, quase que me deixou ali mesmo. Mas tinha decidido continuar comigo. – Então, você nunca pediu de verdade pra namorar comigo, peça.
Eu disse toda me tremendo e ele me sorriu, já tinha perdoado o fato de eu ter ficado com outro cara.
‒ Quer namorar comigo, Luana? – Ele pediu com o sorriso mais lindo que eu já vi, e detalhe era o mesmo sorriso de sempre.
‒ Sim. Eu quero. – Eu respondi e o beijei.
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No seu perfil (@MichaellyAmorim) ela possui vários contos de romance e fantasia. Títulos como:
· Castas Póstumas
· Perfeita estranha
· A espada de fogo de Vulcano
· Noites de Verão
Na Amazon ela possui:
Filhos de Abel (fantasia vampiro) –
Sinopse: Angeline não era especial até perder sua vida em um acidente de carro, que matou também sua família. Com a morte de sua mãe o equilíbrio entre os planos se perdeu, e a única forma de recuperá-lo foi permitindo que ela voltasse à vida.
Ao ter sua vida salva por um filho de Abel, ela ingressa para uma raça antiga e poderosa, cuja missão atual é impedir que os filhos de Caim façam mal aos seres humanos. Mas para sobreviver a essa nova vida ela vai ter que aprender a se defender, pois os cainitas são perversos e cruéis. E nenhum lugar é seguro o bastante.
Em meio a essa nova guerra, ela vai descobrir que seu retorno ao mundo dos vivos lhe deu um Dom, que também é sua maldição. Ela deve escolher em quem vai confiar, pois há muito poder no sangue. E o poder corrompe.
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