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(Shape of you) Capítulo II - Bons e maus momentos



Capítulo II — Bons e maus momentos

Escrito por Gerson Arruda


Acordei com os olhos marejados pelo pós-sono, mal conseguia abri-los por causa da claridade e das remelas. Lembrei-me da noite passada e olhei para o lado, Letícia ainda estava ali, dormindo com o rosto virado. Afastei o cobertor, peguei meus chinelos e fui para o banheiro onde escovei os dentes, lavei o rosto e segui pra cozinha.

— Bom dia. – A ouvi murmurar quando chegou sem alarde.

— Bom dia, to terminando o café.

— Desculpa, eu preciso ir embora. – Falou colocando a bolsa no braço.

— Tomar café comigo não é casamento, sabia? – Zombei.

— Eu não quero que você crie expectativas, o que aconteceu essa noite não vai rolar de novo.

— Tudo bem, mas eu continuo achando que você deve tomar café, usou bastante energia ontem. – Finalmente a fiz sorrir.

Sentou-se num banco disposto a frente da bancada, do lado de fora da cozinha, deixou a bolsa de canto e puxou um copo.

— Você quer beber o que? – Perguntei.

— Pode ser um suco.

— Tenho de laranja. – Falei enquanto enchi o copo sem esperar uma resposta.

Abri a torradeira em cima do fogão e tirei um misto quente com a espátula, levei até seu prato e cortei em duas partes. Tirei o outro lanche, servindo-o em outro recipiente, depois me sentei ao seu lado. Comemos em silêncio, trocando alguns olhares rápidos de vez em quando, achava engraçado o modo como ela sentia-se incomodada e me segurei para não rir.

— Desculpa se eu sou meio grossa. – Começou a falar. – Você parece diferente dos outros homens com quem eu fico.

— Tudo bem, eu entendo seu medo, mas espero de verdade que você não afaste todo mundo por causa do erro de um só.

— Eu estou esperando o cara certo.

— E como ele seria?

— Não sei, talvez alguém que valorize o que eu sou e não queira me controlar.

Sua feição era melancólica naquele momento, ela me encarava de forma tímida, mas eu devolvi o olhar. Só conseguia pensar em seus lábios, eram tão macios, carnudos e vermelhos, tinha vontade de beijá-la sem parar.

Continuou falando, mas eu sinceramente não consegui prestar atenção nas palavras, quando dei por mim já estava quase colando meu rosto ao dela. Encostou a testa na minha, mas não deixou que eu tocasse sua boca, insisti e ela acabou se afastando.

— Preciso ir. – Anunciou enquanto pegou a bolsa e foi apressada em direção à porta.

Teve dificuldade para destrancar a fechadura, ficou irritada e chutou a estrutura de ferro algumas vezes, antes de eu alcançá-la e girar a chave. Continuou correndo, abriu o portão, destravou a porta do carro e entrou, pronta para ir embora.

— Não vai me dar seu telefone? – Perguntei com o rosto no vidro aberto.

Ela me lançou um olhar acusador, ligou o carro, me afastei pra não ser arrastado e a vi partir, acompanhei com os olhos até que ela sumisse na esquina.
Pronto, voltei a minha rotina, agora era encarar mais um dia de trabalho, depois voltar pra casa sem ninguém me esperando e assistir um filme triste. Fui pra dentro, tirei um pedaço de bolo da geladeira e devorei no sofá enquanto a TV estava ligada num jornal que eu não prestava atenção.

Quando o relógio marcou oito da manhã entrei no banheiro, liguei o chuveiro, fechei os olhos e fiquei alguns minutos só deixando a água correr pelo meu corpo. Passei o sabão por toda a pele, depois enxaguei e escovei os dentes novamente, ali mesmo no boxe. Desliguei a água, me enrolei na toalha e fui em direção ao quarto onde meu uniforme me esperava em cima da cama.

Cheguei no trabalho faltando alguns minutos para às nove — horário em que meu expediente começava. Peguei um copo de café puro, me encostei na parede da cozinha e fiquei ali pensando no quanto a noite tinha sido boa. Tudo indicava que ela havia sido só mais uma garota a passar pela minha cama numa única noite, mas lá no fundo eu já a admirava pela sua força de vontade, sua garra ao enfrentar o marido machista e a forma como lidou com a situação, apenas seguindo seu caminho e se tornando bem sucedida. Eu precisava falar com ela novamente, mas não tinha seu telefone, nem sabia de onde era, tudo o que eu possuía era seu primeiro nome.

Embora eu não tivesse dormido bem mais uma vez, estava animado e enérgico, consegui me concentrar no trabalho e acho que pela primeira vez desde que fui contratado, me dediquei totalmente as minhas tarefas. Passei o dia todo assobiando enquanto digitava e imprimia etiquetas, depois colei todas em seus devidos pacotes para despacho.

Era meio-dia quando parei para o almoço, passei no vestiário e peguei minha carteira no armário, estava passando pela saída quando fui segurado pelo braço.

— Não ia me esperar não ingrato? – Felipe me alcançou sorridente.

— Não vi você nenhuma vez, onde esteve?

— Fiquei na reunião com os diretores durante a manhã toda. Mas e aí, como foi com a gatinha ontem?

— Nada demais, ela só me levou pra casa, bebi demais. – Não queria abrir o jogo, várias vezes ele acabou estragando as coisas pra mim antes mesmo delas acontecerem.

— Ahhh fala sério, eu não acredito em você! – Começou a gritar no meio da rua enquanto andava de costas, de frente pra mim.

— Tá! Eu levei ela pra casa, mas foi só dessa vez, nem peguei o telefone dela.

— É isso aí mano, não pode se apegar mesmo, aproveita e curte sua vida. – Ele não era o tipo de cara decente, só o tinha como amigo porque costumava me levar para as festas, me apresentar pras pessoas e nos conhecíamos desde crianças.

Entramos num restaurante que costumávamos frequentar no horário de almoço, durante toda a refeição ele me encheu de perguntas, queria saber os detalhes da minha noite. É claro que tentei evitá-lo ao máximo, contando apenas as partes menos constrangedoras, ou íntimas.

A insistência dele me fez lembrá-la novamente, durante toda a tarde não a consegui tirar de meus pensamentos. O dia de trabalho terminou, estava cansado, todo aquele empenho era exaustivo, talvez fosse bom se trabalhasse com o que gostaria. Na saída meu amigo tentou de todas as maneiras me convencer a ir pra uma "boate", mas preferi descansar.

Cheguei e comecei a limpar a casa, por mais que minha vida parecesse uma bagunça, eu não deixava isso refletir nas coisas ao meu redor. Sempre fui do tipo que gosta de cada coisa no seu lugar, desde pequeno sempre fui tido como o "garoto de ouro" da família, o mais estudioso e promissor. É claro que as coisas não se saíram exatamente como eu e todos os outros imaginavam, em algum momento deixei tudo desabar.

A noite já estava escura quando eu coloquei uma lasanha congelada no micro-ondas e sentei no sofá, escolhi um filme qualquer para ver e essa seria minha badalação. Não conseguia me concentrar um minuto sequer, tirei algumas colheradas da minha janta, o resto simplesmente não me descia. Por vezes peguei o celular, pensando numa maneira de falar com ela, mas aí eu me lembrava que não tinha seu número, nem sabia onde ela morava.

Desliguei a TV, deitei no sofá e apenas fiquei ali parado olhando pro teto, precisava tomar uma atitude. Tentei reunir todas as informações que tinha sobre Letícia, mas não eram muitas, além de seu nome, tudo o que eu sabia era sua profissão e o modelo do seu carro.

Estava prestes a desistir quando me lembrei de um detalhe importante, o bar onde nos conhecemos. É claro, e se ela talvez voltasse pra lá? As chances disso acontecer eram poucas, afinal eu nem soube como ela foi parar lá ontem, estava sozinha quando a encontrei, ela me encontrou, na verdade.

Tomei um banho e vesti calça jeans, uma camiseta branca e coloquei uma jaqueta preta por cima, duas borrifadas de perfume e estava pronto. Chamei um carro pelo aplicativo e fui esperar lá fora, não estava tão frio assim, mas a jaqueta era bonita.

Cheguei ao Kisser, parecia mais movimentado hoje, o fim de semana estava próximo, muitos caras engravatados vindo do trabalho, poucas garotas. Passei pela porta estreita tomando cuidado pra não esbarrar num grupo que estava parado bem na entrada, estava bem escuro do lado de dentro. Aproximei-me do balcão e vi a garçonete do outro dia, continuei andando e preferi ser atendido por um homem mais a frente.

— Uma cerveja, por favor, amigo. – Pedi.

A moça percebeu minha desfeita e me lançou um olhar furioso enquanto seu colega foi até a geladeira, voltou com a garrafa já aberta e me entregou. Cerrei os olhos e agucei minha visão para enfrentar a falta de luz, percorri todo o salão em busca do rosto que eu buscava, sem sucesso. Dei algumas voltas sem rumo pelo local, antes de finalmente me dar por vencido e caminhar pra mesma mesa do outro dia, uma espécie de esperança boba.

Tomei três garrafas de cerveja uma atrás da outra, não era tão prazeroso quanto devia ser, mas era a única coisa que eu podia fazer. Talvez não, era óbvio, eu devia ter feito isso desde o início, podia encontrar alguma informação sobre ela na internet. Acessei o Facebook e pesquisei por Letícia, apareceram centenas de resultados, rodei a página toda e nada, era uma pesquisa muito ampla, precisava especificar mais. Como não tinha nenhum sobrenome, filtrei a busca colocando o nome da cidade, São Paulo. Rodei muitos perfis, mas nenhum era o que eu buscava, nunca a encontraria.

Passei uma hora lá dentro e nada, nenhum sinal animador, nenhum rosto conhecido. Pedi a conta no balcão e caminhei em direção à porta, estava passando por ela com a cabeça baixa, mas esbarrei em alguém que gemeu depois de um pisão no pé.

— Edgar? – Reconheci a voz.

— O-oi, no-nossa... – Gaguejei surpreso, era ela.

— O que você tá fazendo aqui?

— Eu, é, só queria tentar repetir o dia de ontem.

— E conseguiu?

— Na verdade, eu estava prestes a desistir, mas aí eu te encontrei. – Tentei segurar sua mão antes que ela a puxasse.

— Mas eu te disse que isso não ia acontecer novamente. – Repreendeu virando o rosto.

— Então o que você veio fazer aqui? – Questionei.

— Eu, só... precisava beber, só isso.

— Entendi. – Murmurei enquanto ria, ela visivelmente ficou sem graça. – Eu posso te pagar a bebida?

Fui surpreendido quando ela se aproximou bruscamente e me beijou, agarrou meu corpo pressionando contra o seu. Uma pessoa que chegava no bar passou esbarrando em nós dois, interrompendo a cena.

— Desculpa, eu só não entendo, porque você insiste mesmo eu dizendo que não quero. – Falou enquanto saiu em direção à calçada, eu fui atrás.

— Porque eu sinto que você vale a pena. – Expliquei enquanto segurei seu braço, interrompendo sua caminhada.

— Não sei se isso vai acabar bem, acho que você pode acabar frustrado.

— Só vou saber se nos conhecermos melhor.

— E se você não gostar do que descobrir?

— Então terá valido a pena até onde durou.

— E se for eu a achar melhor não continuar?

— Então você pode desistir.

— Entra no carro! – Ela gritou enquanto foi até a porta.

— Eu dirijo. – Interrompi assumindo o lado do volante.

Dirigi em direção a minha casa novamente, durante todo o percurso ela me beijava loucamente, tirou minha camisa e meu cinto, desabotoou minha calça e tentou tirá-la, mas eu intervi. Ela parecia bem desesperada, mas não a julgo, eu também estava desesperado, só precisava prestar atenção no trânsito.

Estacionei o carro do lado de fora do portão, entramos correndo, minha calça quase caiu ainda na rua, segurei até estarmos dentro da casa. Tirei o sapato e o resto da roupa ainda na sala, fiquei só com a cueca enquanto corri atrás dela, direto para o quarto. Aquela noite foi tão boa quanto a anterior, ficamos entretidos até quase estar amanhecendo, dormimos apenas quando os primeiros raios de sol apareceram no céu.

Passamos a nos encontrar com frequência, todos os dias depois do trabalho eu ia direto pra casa e logo depois ela chegava e então, passávamos a noite juntos. Nos primeiros finais de semana ela nem sequer ia embora, ficava o tempo todo ao meu lado. Então ela precisou retomar a rotina de viagens, ficávamos afastados por alguns dias, no máximo uma semana e quando ela voltava, parecíamos nos entender melhor que antes e o sexo, era perfeito.
Entre uma viagem e outra, ela passou a fazer parte da minha vida, inclusive a acompanhei em alguns de seus negócios, quando o trabalho me permitia. Ela era com certeza tudo o que eu precisava, conseguiu em mudar minha vida em poucos meses e alterar minha rotina, estava apaixonado.

Letícia estava em uma viagem em Sorocaba, no interior do estado, durante toda a semana planejei uma surpresa, comprei um carro novo, parcelei o pagamento. Na sexta-feira à noite, depois do trabalho, arrumei uma mala pequena e peguei a estrada, ia surpreendê-la no hotel. Eu sabia o nome do lugar onde ela estava hospedada, pesquisei o endereço na internet e coloquei no GPS.

Cheguei ao local bem tarde, próximo da meia-noite, perguntei por Letícia Gouveia na recepção, não me deixaram subir sem autorização é claro, eu não tinha muita esperança de que isso fosse acontecer. Ligaram para o quarto e informaram meu nome pedindo autorização para a subida, liberaram o uso do elevador. Ela estava de roupão me esperando no corredor quando cheguei, me deu um beijo tímido e entramos.

— O que você tá fazendo aqui?

— Vim fazer uma surpresa!

— Pegou um ônibus só pra isso?

— Não, eu comprei um carro essa semana.

— Só pra vir me ver?

— Pra isso e também porque preciso de um carro. – Brinquei rindo.

— Você é louco! – Disse enquanto me abraçou.

— Louco por você... – Ela ainda não tinha me soltado.

— Sei bem do que você sentiu falta. – Falou enquanto se afastou, desamarrou o roupão e fez uma dancinha "sexy".

— Disso também! – Respondi enquanto me joguei na cama.

Acordei no dia seguinte com o barulho de coisas caindo, abri o olho devagar e a vi se maquiando no espelho em frente à cama. Estava toda arrumada, provavelmente pronta para alguma reunião de negócios, senti o cheiro doce de seu perfume.

— Desculpa te acordar, preciso ir e ainda nem tomei café, vou comer algo no caminho.

— Tudo bem, você está linda.

— Obrigada, gostou da roupa? – Deu uma volta na minha frente, estava com uma camisa social abotoada até perto do pescoço, tinha um terninho cinza por cima que combinava com a saia e por baixo, uma meia calça.

— Está ótima, eu com certeza fecharia o negócio com você. – Veio ao meu encontro e me deu um selinho.

— Preciso ir, não posso me atrasar.

— Por favor, toma café comigo.

— Desculpa, eu não posso mesmo.

— Rapidinho, você me acordou, devia me recompensar...

— Tá bom. – Ela me interrompeu. – Vou te esperar lá em baixo, vai rápido.

Ela saiu e eu corri pra me arrumar, tomei um banho de talvez cinco minutos, sabia que era mais tempo do que ela tinha, mas ela não iria me deixar. Abri a mala e tirei a roupa, uma camisa verde-escura social e um terno, vesti apressadamente, não coloquei gravata. Calcei os sapatos pretos e espirrei o perfume, sem exageros, apenas o necessário.
Passei pela porta do restaurante, ficava dentro do hotel, vi ela sentada numa mesa impaciente, olhava o tempo todo pro relógio, mas estava de costas pra mim.

— Desculpa a demora. – Cheguei por trás e lhe dei um beijo no rosto, depois sentei a sua frente.

— Poxa, você tá me complicando. – Sorriu, mas com um tom de seriedade. – Onde vai todo bem-vestido assim?

— Vou fazer uma loucura!

— Como assim? – Vi a dúvida em seu olhar.

Ajoelhei-me no chão, ao seu lado e segurei sua mão, obrigando-à olhar pra mim, pude ver o pânico tomar conta de seu rosto.

— O que você tá fazendo?!

— Fiquei calma. – Beijei sua mão antes de continuar. – Você tornou tudo tão melhor, me ajudou a me desafiar e mudar minha rotina monótona, me fez ver que a vida é muito mais do que aquilo que eu tinha. Quer continuar me ajudando e ser a minha namorada? – As pessoas ao redor desviaram sua atenção para nós dois, muitos olhos curiosos.

Sua feição agora era de desapontamento, levantou da cadeira sem me responder, puxou a mão e saiu em direção à porta carregando sua bolsa. Fiquei parado ali de joelho, sem reação nenhuma, apenas vendo-a entrar num carro e ir embora. Olhei para os lados e vi que todos ainda tinham os olhos presos em mim, levantei e corri para o elevador, de volta ao quarto. Joguei-me na cama, estava atordoado tentando decifrar os motivos daquela reação, tudo parecia ter nos levado aquele momento, mas ela jogou tudo fora. Meu celular tocou em algum lugar, não estava no meu bolso, corri a visão pelo quarto procurando-o, encontrei em baixo de um lençol.

— Por favor, não diga nada, apenas me escute. – Falava em um tom irritado. – Você sabe que eu não quero nada sério, não quero conhecer seus pais, nem que conheça os meus, nada do tipo. As pessoas rotulam umas as outras e nos julgam, pensam que podem controlar nossas vidas e dizer quando algo é certo ou errado. Sabe, você não pode sentir que sua vida está afundando e depender de outra pessoa pra melhorar isso, estar num relacionamento comigo não vai mudar você. Tudo o que precisa fazer é se movimentar, correr atrás, batalhar pra que tudo melhore. Se não está feliz com seu emprego, peça demissão e procure por algo melhor. Se você não se sentir qualificado pra isso, se esforce e busque aprender, tudo o que você precisa é se preparar. A vida é curta demais pra se acomodar e esperar que as coisas simplesmente aconteçam, precisamos correr atrás. Eu já sou insegura o bastante comigo mesma, não posso me relacionar com alguém que seja como eu, isso seria triste para os dois. – Disparou tudo isso sem ao menos uma pausa entre uma palavra e outra. – Te desejo toda a sorte do mundo Edgar, adeus!

A ligação caiu, não consegui pensar em nada, fiquei sentado na cama por um tempo. Esperei algumas horas, até depois do almoço, mas sabia que ela não ia aparecer, então peguei o carro e voltei para casa.

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GersonArruda3

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