Perfect - One Direction (Escrito por Yka Nick)
Galera, a Yka Nick voltou com mais um conto e, desta vez, ela fez da música Perfect, do One Direction. Pedido feito pela leitora Juh_Caniff Juh_Caniff
Querem ver um trecho?
Confiram o início de Perfect, um conto de Yka Nick:
Tudo o que eu precisava para hoje.
Depois de ter aguentado o primeiro ano, aqueles alunos que acabaram de sair daquela regra sem pé e nem cabeça, onde este país – que não está nem um pouco preocupado com a ignorância de seu povo, querendo elevar sua posição o Ranking de educação mundial – criou de que somente repete o ano se tiver um número elevado de faltas. Sei que isso depende de lugar para lugar, a escola que estava, eles poderiam repetir de ano caso ele venha a ter reprovação acima de 04 matérias, o que não muda muita coisa, já que nem todos os professores conseguem dar suas aulas.
O que não acontecia comigo, já que eu deixei de lado aquele "modo professor certinho" a partir do momento em que os alunos começaram a achar que mandavam nas escolas e salas de aula. Nas minhas aulas as coisas eram diferentes.
Eu falava de igual com eles. Se a turma fosse daquelas que só queriam "zoação", eu chegava e simplesmente sentava na cadeira, colocava as pernas em cima da mesa e lia um livro qualquer, e só daria atenção a eles quando eles me dessem atenção. Alguns demoravam dias para isso, e quando isso acontecia, vinham querer tirar satisfação do motivo de eu não ter dado aula até então.
Dava certo? As vezes.
Agora, caso o aluno quisesse dar uma de "malandro", querendo mostrar que "podia", a coisa mudava de figura. Com os anos e o meu passado, aprendi a colocar os alunos em seu lugar sem precisar usar de força física. E quando eram os últimos anos do fundamental, eu utilizada até de palavrões.
Não faça cara de espanto ou de incredulidade por "um professor falar palavrão para com o aluno." Eles escutam coisas piores nas músicas de hoje, logo, não estou fazendo nada de mais. Seria algo fora do comum se eles não utilizassem da mesma maneira para amedrontar seus professores.
Ah, que saudades da época em que alunos e pais tinham respeito com seus mestres...
Enfim. Minha tática vinha dando certo. Tão certo que quem me conhecia, torcia para ter aulas comigo novamente.
Não estou querendo me achar e nem nada disso, por que primeiramente não estou perdido para precisar me achar e segundo, esta é uma opinião e escolha deles. Eles já foram até a coordenação e a direção para tentar ter aulas minhas. Não por me amarem, mas por não se sentirem ou serem tratados como crianças imaturas e irresponsáveis, mesmo que isso seja a realidade deles, não seria por isso que você os trataria assim.
Com um pouco de respeito e jeito, você consegue fazer com que eles te ajudem quando você é quem está os ajudando a aprender.
Voltando ao caso "tudo o que precisava hoje".
Depois de aguentar uma turma de adolescentes com mentalidades e maneiras infantis ao extremo, onde precisei usar aquela paciência que nunca tive, descubro que terei que ir para uma das turmas do último ano do ensino médio, o tão conhecido "terceirão".
Se tem uma coisa que não gosto, é dar aula para estas turmas. Onde os alunos acham que sabem mais que você, teimam que sabem mais que você, até mesmo mais do que a pessoa que criou ou deu voz a matéria que você está tentando ensinar, só dão atenção a partir da metade do ano, já que no final dele tem o ENEM e afins...
E o principal: O pré apocalipse que a sala vira na minha matéria.
De tantas outras que eu poderia ter escolhido, tantos caminhos que poderia ter seguido, eu escolhi aquela que é o terror da maioria... Matemática e Física.
Sim, tenho duas graduações, com algumas pós e outras especializações, onde me dá o direito de dar aula para graduados, mas a minha mente tão rápida para a área de exatas, não parece ter acompanhado no momento em que escolhi as turmas que ensinaria...
Mas, como não posso ficar aqui, sentado na poltrona confortável que tive o prazer de me dar, com meu copo de uísque na mão (me dei esse direito depois da turma que saí), tentando fazer com que a dorzinha de cabeça que começou a aparecer depois desta informação que foi me passada, onde resolveram me presentear com a cereja do bolo: darei aula para uma turma desconhecida por mim, perto do início das férias de inverno. Sim, a turma que darei as aulas já estavam sendo ministradas por uma professora que entrou de licença maternidade.
Bendita (ou maldita) hora em que resolvi ter um tempo para mim. Antes eu tivesse encaixado alguma turma ou outra especialização no tempo vago, não estaria me martirizando agora.
Mas como meu mantra é "não se arrepender do fez, e procurar não ter motivos para arrependimentos futuros do que deixou de fazer", vamos parar por aqui e resolver este problema. E seja o que Deus (ou destino, ou carma ou o que for que você acredite) quiser.
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