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(Million Reasons) Capítulo 4 - O futuro é agora

Ps.: Tem uma enquete importante no final. Por favor, respondam.


(Million Reasons) Capítulo 4 – O futuro é agora

Ajoelhada na pequena capela da escola, juntei minhas mãos em uma prece, pedi a Deus forças para continuar. Uma mão pesada pousou em meu ombro. Eu sabia quem era pelo seu perfume característico. A pessoa ajoelhou-se ao meu lado e segurou uma das minhas mãos, mostrando que estaria ao meu lado e me ajudaria a superar.

– Como você está? – a diretora Sônia perguntou com pesar.

Tentei não pensar nos pesadelos que tive durante toda a semana. Por sete dias, eu sonhava com a mesma coisa:

– Pedro, Pedro, Pedro! – corria e me ajoelhava ao seu lado, no chão do escritório da capela. Não importava que meus joelhos ficassem sujos de sangue, eu precisava ajudar o meu amigo – Fala comigo, Pedro!

Demorou uns dez infindáveis segundos para ele abrir os olhos e me responder com muito esforço:

– Rai... Eles... Eles... Eu... O cofre... Eu abri.

Lágrimas escorriam pela minha face, atrapalhando minha visão. Eu não as secava, estava ocupada tentando estancar o líquido vermelho que vertia incessantemente do pequeno buraco em seu peito.

– Shii, não se preocupe com isso. O dinheiro não importa, você vai ficar bem, a ambulância tá vindo.

Pedro balançou de leve a cabeça para os lados, negando que ficaria bem. Sua pele estava pálida e eu podia ouvir as sirenes do socorro ao longe. Eles estavam chegando! Havia esperança. Ele levantou a mão e tocou em meu rosto, tão gentil que eu mal pude sentir o roçar de seus dedos.

– Linda... Beijo... – sua voz falhou – Um beijo.

Ai, meu Deus!

– Não precisava levar um tiro para me pedir um beijo, eu teria te beijado, sabe?

Pisquei um olho para ele e consegui um pequeno sorriso de recompensa. Eu me inclinei e juntei minha boca à sua em um beijo casto, daqueles de lábios unidos e corações quebrados. Aquele era o meu primeiro beijo, meio tarde para uma garota de quatorze anos, mas minha timidez sempre foi um empecilho. Eu queria que durasse mais, porém não podia roubar o fôlego dele daquele jeito. Pedro ficaria bom e aquele seria o primeiro de muitos.

– Desde... Primeiro dia... Eu queria te... – um acesso de tosse cortou sua fala, sangue saiu pelo canto de sua boca. Seus olhos rolaram dentro da órbita e eu me desesperei.

– Pedro! Não desmaia, fica comigo! Pedro!

– Afaste-se – o socorrista da ambulância ordenou e eu obedeci imediatamente. Não sai da sala, no entanto, fiquei quieta no canto. Sendo o que eu sabia fazer de melhor, permanecer invisível. Eles tentaram estacar a hemorragia, oxigenação, massagem cardíaca. Eu não entendia bem o que estava acontecendo. Muito sangue perdido e a pressão caindo até que zerou...

Eu sempre acordava no momento exato. Naquele segundo em que percebi que era tarde demais. O corpo dele pareceu mais mole, sem que tivesse uma alma que o mantivesse vivo. Vi quando o socorrista baixou a cabeça com pesar e passou os dedos nas pálpebras de Pedro, fechando seus olhos. Aquilo era o que mais assombrava, o instante que Pedro deixou de existir.

Não respondi a pergunta da diretora, não queria mentir na casa de Deus e tampouco queria preocupa-la. Uma mulher elegante e chorosa entrou na capela onde seria celebrada a missa de sétimo dia. Nunca a tinha visto antes, mas havia algo na sua delicada face que me lembrava alguém. Padre João, que agora ostentava grandes olheiras arroxeadas embaixo dos olhos, a recebeu, porém se manteve distante. Muito incomum para uma pessoa tão amigável. Fiquei fascinada por aquela mulher de vestido preto e salto alto.

– Quem é ela? – perguntei sem disfarçar minha curiosidade.

Sônia entortou a boca e sentou no banco, eu também deixei minha posição ajoelhada para sentar ao lado dela.

– Uma ex-aluna, Roberta era muito popular quando estudava aqui. Sempre tinha os garotos que queria, até que em um descuido, engravidou. Os outros alunos começaram a rir dela. Aquela que era popular e fazia bullying com as outras crianças, passou a ser alvo de chacota. Ela saiu do colégio e estudou em casa para fingir que não estava grávida, que era um boato falso. Quando o bebê nasceu, ela achou que ele pertencia à escola e o abandonou aqui. Anos depois, quando o menino já estava maior, voltou para busca-lo, porém ele se negou a ir. Não queria estar com aquela que o rejeitou.

Ah, Deus! Será que...? Só podia ser! Ela estava falando como se não fosse a história de Pedro, mas era bem óbvio que era.

– Ela poderia tê-lo levado contra a vontade...

– Poderia, é verdade – a diretoria parou para ver a mulher se ajoelhar em frente a uma dos bancos, juntar as mãos em uma prece e chorar. Suas lágrimas rolavam pelo seu rosto em um tom enegrecido, por causa do rímel, maculando sua face perfeitamente maquiada. – Se ela quisesse. O menino foi criado pelo padre e pela diretora, foi muito amado por cada funcionário da escola. Ele era bonito como sua mãe e começou a chamar a atenção das garotas de sua turma. Teve um dia que se envolveu com uma menina popular e agir de forma estranha. Diferente do bom menino que sempre foi.

Então foi isso que aconteceu no ano passado? Eu já desconfiava que Pedro tivesse sido um garoto popular antes, pela forma possessiva que a loira oxigenada falava dele.

– O que aconteceu?

– Uma garota engravidou de um amigo dele e foi alvo de bullying, ela saiu da escola. Foi aí que o menino percebeu que estava se tornando como a mãe e parou de andar com os populares, voltou para a igreja e se isolou de todos. Partia o coração do padre e da diretora vê-lo tão sozinho. E aí surgiu uma nova garota, uma boa menina que o deixou fascinado. Ele queria conquista-la aos poucos, mas não teve tempo. Isso nos faz pensar que não importa se somos jovens ou velhos, o futuro é agora...

– E a morte é a única certeza da vida – complementei. Nós podíamos ter aproveitado todos aqueles meses, ficado juntos. Talvez até evitar a tragédia que ocorreu. Olhei para a jovem mulher em luto pelo filho que abandonou mais de uma década atrás. Ela o gerou, mas a mãe dele era a diretora. Foi ela e o padre João que cuidaram dele todos esses anos – Pedro realmente merecia ser amado e ele foi. Teve pais adotivos maravilhosos.

Eu podia ver a expressão abatida da dona Sônia e como ela tentou esconder as próprias olheiras por trás do pó e corretivo facial. Dona Sônia sorriu e secou as lágrimas.

– Obrigada, deveria ser proibido que os filhos morressem antes dos pais. Não é natural.

Balancei a cabeça concordando, apesar de achar tudo muito relativo. Eu, como filha, também não me sentia pronta para a perder meus pais. A morte sempre é dolorosa e ninguém está preparada para ela.

A mãe biológica de Pedro começou a chorar mais alto, parecia fazer mais um show do que sofrer pelo filho. Queria expulsá-la daqui e dizer que agora que ele estava morto, seu remorso por não ter demonstrado amor a tempo, não adiantava mais.

Na verdade, eu queria falar aquilo para mim também. Com a morte de Pedro, eu recebi uma grande lição que a escola nem sempre ensinava. Ali, naquela capela de escola, fiz uma promessa. Não deixaria a opinião alheia me atrapalhar mais. Eu poderia errar e quebrar a cara, mas seria por minhas escolhas.

Fim

♥ ♥ ♥♥ ♥ ♥

Alguém mais ficou de coração partido? Eu fiquei! Gostaria de agradecer os mais de 50 mil seguidores aqui no Wattpad! É um número incrível, muito obrigada.

ENQUETE!!!!

Não se se vocês deram uma olhada na área de pedidos lá na primeira parte do livro, eu recebi mais pedidos de contos do que eu esperava. Estive pensando em convidar outras autoras para me ajudar a fazer esses contos. Elas fariam e eu postaria aqui nesse mesmo livro, mas com uma propaganda da autora no final de cada capítulo. Para não chatear ninguém, por favor, respondam o seguinte:

O CONTO COM A MÚSICA INDICADA POR MIM PODE SER FEITO POR OUTRA AUTORA?

(     )  Sim, não tem problemas. Por favor, repitam aqui o seu pedido.

(    ) Não, prefiro aguardar que Aretha faça.

Ps.: Continuarei fazendo os contos e irei intercalar os meus com as pessoas que disserem sim. Assim, posso aumentar a frequência de postagem e adiantar mais rápido a lista de leitura.

Ps2: Aqueles que quiserem participar também como autores, peço que me informem. É importante que o conto seja escrito com qualidade e com um bom português. Após escolher a música dentre as pessoas que disserem sim, o conto seria de até cinco capítulos com quatro à dez mil palavras. Só começaria a postar quando fosse enviado por completo. Como tenho muitos seguidores, é uma ótima forma de propaganda. Deixem aqui o desejo de participar e falem inbox também. <3

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