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(Million Reasons) Capítulo 2 - O garoto

(Million Reasons) Capítulo 2 – O garoto

Três meses antes

– Vocês ficam com a parte de recolher as oferendas – o padre João entregou uma cestinha para mim e para o garoto da minha classe, Pedro – O trabalho de vocês é recolher, contar e depois ir na cantina para trocar as moedas por notas. Quando trocar, vão guardar no cofre e anotar na agenda o valor arrecadado no dia, combinado?

Balancei a cabeça concordando, mesmo que estranhasse a confiança repentina em mim. Cuidar do dinheiro era um cargo de grande confiança. Eu era uma novata, ele poderia ter me dado qualquer outra função que não envolvesse finanças e cofres. O padre saiu e me deixou sozinha com o rapaz no pequeno escritório por trás da sacristia. Quando me inscrevi para ajudar a paróquia, achei que iria distribuir panfletos ou algo do tipo.

– Como vamos guardar o dinheiro no cofre sem a chave? – perguntei encarando o retângulo de metal cuja aparência antiga me dizia que tinha uns trinta anos.

Pedro sorriu e me mostrou a chave metálica escondida em uma gaveta, aquilo não era muito seguro...

– Você é muito expressiva, sabia? – ele voltou a fechar a gaveta e sentou em cima da mesa.

Franzi a testa, o que aquilo tinha a ver com o que eu falei? Não queria o garoto olhando para mim, não conseguia pensar direito daquele jeito.

– Duvido muito, geralmente eu falo pouco. – respondi sem olhá-lo nos olhos. Ele me deixava desconsertada com aquele seu jeito que era um misto de bom moço e confiança.

– Eu disse que você era expressiva, não eloquente – eu revirei os olhos, que tipo de garoto falava "eloquente". Ele começou a rir e apontou para mim: – Tá vendo? Você mostra tudo que passa em sua cabeça. Padre João é meu tio, ele me criou desde pequeno, por isso ele confia em mim com o dinheiro.

– Ok, e quanto a mim?

Pedro deu de ombros:

– Eu precisava ter uma dupla esse ano, preferi você do que o Leo do quarto ano, ele tem um mau hálito horrível.

– Obrigada, eu acho – pelo menos eu ganhava do mau hálito... Deixei a cesta do ofertório em cima da mesa, ao lado da de Pedro – Como foi crescer com o padre?

Na verdade, eu estava mais curiosa para descobrir o porquê. Pedro pulou da mesa e guardou as cestas em um armário no canto oposto da porta.

– Vamos tomar um sorvete na cantina, temos ainda quinze minutos de intervalo. Eu pago.

Hum... Que mania de mudar de assunto de repente! Olhei desconfiada para o velho cofre meio enferrujado em cima de um apoio de madeira. Será que ele tirou o dinheiro da igreja para comprar sorvete? Talvez a grana das oferendas fosse usada para sustentar o sobrinho do padre também e...

– Meu Deus! – ele segurou minha mão e me puxou para fora do escritório – Quer parar de pensar o pior de mim?

– Eu só olhei para o cofre... – Disse em minha defesa, mas ele tinha razão, eu estava pensando mal dele.

Na lanchonete da escola, ele comprou dois picolés. Era o mais perto de sorvete que tinha disponível. Logo percebi que Pedro era conhecido na escola, não por ser o mais bonito ou mais rico, nem mesmo o mais inteligente. Ele era conhecido porque crescera ali, desde muito antes de começar a estudar. Pedro me contou que durante os dois primeiros anos de vida, ele era o menino Jesus nos autos de Natal e na Páscoa. A partir dos três anos, era o coelhinho fofo que levava os ovos nas encenações da escola. Quando teve idade para frequentar as aulas, ganhou uma bolsa de estudos.

– Por que você está me contando tudo isso? – fiquei envergonhada, a pergunta escapou da minha boca sem querer – Desculpa, não quis parecer ingrata. Agradeço o picolé e a conversa, é que você poderia sei lá... Estar jogando bola com aqueles rapazes – apontei para uns garotos grandes com uma bola de futebol na mão. Ia falar que poderia estar conversando com um grupo de meninas também, mas permaneci calada. Havia uma que me observava como se ela fosse um gavião e eu a próxima presa.

Ele acompanhou meu olhar. Suas sobrancelhas se levantaram em evidente surpresa, não fui a única a perceber a estranheza na pose da bela garota loira.

– Eu sou o sobrinho órfão do padre, estudo aqui por caridade e ainda tive a audácia de dispensar a garota mais rica da escola. Não faço parte daquele círculo. Vamos, falta dois minutos para a aula começar, dá tempo de beber água.

Ri de sua forma de falar, como se não dar atenção para uma menina que já tinha atenção demais – considerando a quantidade de pessoas ao redor dela – fosse uma falta grave. Algo me dizia, no entanto, que ele já tinha feito parte daquela turma. Talvez aquele fosse o motivo dele fazer amizade comigo. Eu era a novata que não sabia o que tinha acontecido no ano anterior. Pedro não veio falar comigo por causa de mim, e sim, porque era conveniente. O picolé, que já não era muito gostoso, ficou com um sabor pior.

– Eu preciso lavar as minhas mãos.

Não esperei que ele dissesse nada, corri para o banheiro. Encarei meu rosto no espelho manchado de batom. Não entendia como as meninas tinham coragem de beijar aquele espelho sujo. Abri a torneira e deixei a água escorrer, molhei minha mão para umedecer o meu pescoço. O dia estava quente e abafado, lavei minhas mãos, sem prestar atenção ao que estava fazendo.

– Eu sei o que você pretende e não vai conseguir – uma voz austera falou atrás de mim. Levantei o rosto para me deparar com a garota loira do pátio me encarando pelo espelho.

Minha segunda semana de aula e eu estava sendo encurralada no banheiro feminino. Ah, droga!

– Eu não quero nada... – falei incerta.

– Ótimo! Você nunca será boa o suficiente mesmo, não percebe que é apenas um grande e desajeitado desperdício de gente? – o desdém pingava de cada frase dita pela garota sem nome – O mais engraçado é que você achou que alguém como o Pedro se interessaria por uma sem sal como você.

Aquela garota estava me humilhando sem nem ao menos me conhecer. Na minha outra escola, tive uma palestra sobre bullying, o palestrante, um cara de óculos quadrados e pequenos demais para seu rosto, disse que os valentões jamais desistiam quando percebiam que conseguiam afetar a pessoa. Eu precisava me impor.

– E quem falou que eu estou interessada nele? Eu mal o conheço! E eu sou boa, sim – disse com uma convicção que não sentia de verdade – se eu o quisesse, eu o teria.

A garota me deu um sorriso torto, de quem não tinha sentido a confiança em minhas palavras:

– Nós duas sabemos que você está mentindo. Afaste-se dele, Pedro é meu.

Ela tirou um batom da bolsinha rosa que levava à tiracolo e passou nos lábios, deixando-os rosa. A menina saiu com classe, seus cabelos loiros iam até a cintura e balançavam como uma cortina de seda enquanto andava. Encostei-me na pia e escondi meu rosto nas palmas de minhas mãos. "Deus, dai-me forças". Eu nunca precisei enfrentar nada desse tipo, sempre fui querida e protegida. Eu me afastaria do Pedro, não sabia qual era a história entre ele e a garota, e tampouco pretendia descobrir.

Continua...

♥ ♥ ♥

Vocês viram que já coloquei o epílogo em Reich? Vão lá enquanto está completo! <3

Ah, No rules, um conto muito quente, já está na Amazon.

Beijinhos, Aretha.

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