(Mercy) Capítulo 04 – Sorte no jogo, azar no amor

Escrito por Karol Santana

-Não seja careta Alex, nós precisamos comemorar sua primeira vitória como capitão do time de basquete. O melhor capitão de todo os tempos, só para deixar claro. Verônica obviamente está exagerando mas, sabia jogar sujo como ninguém, e seus charminhos funcionavam comigo.

-A gente pode comemorar em qualquer lugar precisa mesmo ser aqui? Aponto para a residência luxuosa dos Carter. Aquela casinha de verão era trocentas vezes maior do que a minha e ao contrário da minha namorada eu não estava exagerando.

-Eu sei que você não suporta o idiota do Isaac mas, poxa vida amor. Céus, por que raios V insistia em fazer aquele biquinho combinado aos famosos olhos do gato de botas? Jogo sujo caramba.É o nosso último ano e estamos a dias da nossa formatura. Você sabe, cada um segue sua vida e sabe-se Deus quando vamos nos ver de novo e...

-Ok V, você venceu. Pool Party na casa de verão dos Carter, lá vamos nós. Ironizo o que faz Verônica rir alto antes de me beijar. Puta merda, o que eu não fazia por aquela garota?

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-Quer beber alguma coisa? Questiono minha namorada que está linda feito uma daquelas celebridades de Hollywood, enquanto desfila ao meu lado trajando uma saída de praia branca e curta demais para o meu ciúmes. Mas também não era como se eu não confiasse nela.

-Uma batida talvez, mas vou com você. Não é como se eu não percebesse todas essas garotas te olhando. V fuzila um grupinho de garotas com os olhos o que me faz gargalhar alto.

-Claro, o que uma faixa de capitão não faz? Ironizo e dessa vez sou eu quem está sendo fuzilado por Verônica.

-Não seja idiota muito menos machista ok? Você é lindo feito o pôr do sol Alex, e essa sua pele vermelhinha marcada pelo sol escaldante te deixa uma tentação. Rio alto de novo com a forma esquisita com a qual Verônica me elogia. Você é uma tentação gatinho. V mordisca o lóbulo da minha orelha e em questão de segundos o clima entre nós dois ficou muito mais quente do que o sol que queimava nossas peles.

-A.gente.precisa.de.uma.bebida. Gelada, muito gelada. Verônica ri enquanto eu me afasto dela com dificuldade. Vamos? Aponto para a tenda com bebidas e V assente me acompanhando. Ainda não me acostumei com todo o prestígio fruto da minha faixa de capitão do time de basquete da escola mas era fácil chamar a atenção com uma garota como Verônica do meu lado. O que ela tinha de inteligente, tinha de bonita e sexy, Verônica era sexy de uma maneira que sequer conseguia se dar conta daquilo. Ou percebia e usava seu charme ainda mais ao seu favor.

-Hey sua perua, não sei se você percebeu mas, eu estou sentindo sua falta.

-Valerie. V grita animada quando sua melhor amiga cruza nossa caminho. Sorrio com o abraço fraterno das duas que agem como se estivessem anos sem se ver. Você fala como se fosse anos sem nos vermos. V reclama o que me faz rir da semelhança que tínhamos, como a maneira parecida de pensar.

-Você vai me entender quando eu também conseguir desencalhar ok? Valerie reclama o que faz nós dois gargalharmos.

-Valerie dramática, eu não te esqueci. Apenas passei mais tempo com o meu namorado durante o fim de semana e...

-Eu já entendi ok? Valerie corta minha namorada quando enfim parece me perceber ali. Olá Alex ladrão de amigas. Rio alto do seu cumprimento mas retribuo com um aceno de cabeça.

-Pode chamá-la de Valerie dramática amor. V provoca com um sorrisinho bonito no rosto.

-Se importa se eu roubar a ingrata da sua namorada por alguns minutos? Nego o que a faz sorrir satisfeita. Ótimo, ela estará em boas mãos e eu aceito uma bebida, a mais forte da casa, por favor.

Quando volto com as bebidas que demorei mais do que gostaria para pegar —a fila estava enorme— Verônica e Valerie estão sentadas próximo a uma roda tumultuada de pessoas que veneram Alyson Carter, a caçula do clã Carter e anfitriã da festa. Alyson e Isaac eram gêmeos e literalmente eram carne e unha. Não era difícil adivinhar o porquê da popularidade deles dentro e fora da escola. Me aproximo devagar das duas enquanto percebo Alyson me olhar de uma maneira quente, mas a ignoro de imediato.

-Você já o viu? Valerie questiona minha namorada que está apenas de biquíni brincando com um objeto de decoração da festa.

-De quem você está falando mesmo?

-Não se faça Verônica, você sabe muito bem de quem estamos falando. Respiro fundo enquanto sinto o choque tomar meu corpo. Merda. V e Valerie estão sussurrando mas se eu conseguia escutá-las quem mais não conseguiria? "Parabéns Alex, seu papel de trouxa foi reciclado com sucesso."

-A vida de fulano não me interessa mais Valerie, como minha melhor amiga você deveria saber disso. V está irritada e ela consegue ficar ainda mais bonita de tal maneira. Mas nada apaziguava o amargo que eu sentia na boca e a sensação dolorosa que começava a ocupar meu peito.

-E eu nem mesmo precisei citar o nome do fulano. Valerie zomba enquanto meu estômago revira.

-Valerie! Quer parar com isso?

-Ok Verônica Mitchell você pode até conseguir mentir para si mesma mas, sabe que não funciona comigo. Consegue mentir para o Alex mas, não para mim. Você ainda é louca no Isaac e seu coração é tão dele quanto o do Alex é seu. Você não ama Alex Sharman Verônica, por que raios insiste nisso?

-É claro que eu amo o Alex. Eu.o.amo.ok?

-Como amigo claro, nada além disso. Quer parar de se torturar? Por que raios mentir para si mesma?

-O que você quer que eu faça? V questiona nervosa e prestes a chorar. Talvez eu só precise me afogar na piscina e esquecer todo aquele diálogo das duas. Merda de situação.

-Isaac está tão lindo quanto antes e não para de te olhar. Valerie aponta para Isaac que se aproxima das duas enquanto devora minha garota com os olhos. Quando V sorri tímida para o mesmo eu me sinto o cara mais idiota do universo. Eu me sinto preso a Verônica e principalmente, sinto toda a dor que seu amor me causa. Você só precisa ser corajosa com o que sente amiga, não é tão difícil assim.

-A fila das bebidas estava um cacete de tão grande. Comento a primeira coisa que me vem a cabeça quando tomo coragem para me juntar as duas. Valerie age inocente como se fosse minha amiga também e Verônica assusta-se rápido demais. Fuzilo Isaac com os olhos quando ele para ao lado da irmã e em resposta me devolve um sorrisinho debochado.

-Tudo bem amor, a gente tava colocando o assunto em dia. V comenta antes de me beijar e Valerie concorda ainda sorrindo de maneira inocente. Algumas palavras e eu já não a suportava mais.

-É, só estávamos esperando você chegar. Não faço sequer questão de assentir ou coisa parecida. Entrego a bebida ás duas e me aconchego ao lado da minha namorada que está claramente desconfortável.

-É hora do jogo na casa de verão dos Carter pessoal, quem quer um jogo a moda antiga? Alyson Carter começa seu discurso me olhando como se eu fosse sua presa, não posso negar sua beleza estonteante mas, não tenho olhos para ela. Nem mesmo quando estou sendo feito de idiota pela garota pelo qual sou apaixonado. As pessoas gritam ao nosso redor animadas demais enquanto Alyson segue com seus comandos. Que tal um encontro no armário do amor? Quem vai ser o primeiro? Como anfitriã da casa eu decido e meu voto é V de Verônica. Ótimo. Alguém se importa?

-Na verdade eu sim, não vou participar disso...V se pronuncia ainda mais desconfortável e eu posso sentir meu coração errando batida atrás de batida.

-É claro que você vai, vai ser divertido ok? Não é nenhum bicho de sete cabeças sua certinha. Valerie empurra V com os ombros e eu estou começando a perder a paciência com ela.

-Ótimo. Alyson sorri diabólica antes de continuar. Junte-se baby's, o jogo vai começar. Vejamos quem se juntará com a Verônica hoje. Quando Alyson roda uma garrafa vazia de tequila e ela para na direção de Isaac, tenho certeza que o universo está se divertindo com a minha cara. Inferno!

-Não pode ser. O murmurinho se espalha tão rápido quanto Isaac esboça um sorriso satisfeito no rosto.

-A garrafa está claramente apontando para o meu maninho. Vai ser tão divertido. Claro, vai ser um paraíso de tão divertido.

-Não vou participar, já disse. Verônica se pronuncia irritada enquanto Alyson ainda sustenta seu sorrisinho diabólico no rosto.

-Está arregando cunhadinha? Alyson não perde uma só chance de provocar Verônica.

-Não sou sua cunhadinha e repito, não vou participar.

-Caramba como eu pude me esquecer disso? Embora você ainda aja como se fosse, sem ofensas Alex. Alyson se dirige a mim enquanto eu a fuzilo com os olhos, nervoso demais. Você quem sabe V mas, as minhas regras são claras: A anfitriã da casa toma a vez e eu escolho com quem ocupar o quarto e bom, eu escolho o Alex...

-O caramba que você vai fazer isso.

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Recadinho da autora:

Amor ou Contrato?

"Seu atrevimento me instiga Beatriz. Enrico sorri de lado, e coloca naquele sorriso uma barreira para que eu não possa desvenda-lo. Quero batê-lo por isso também. Sua ousadia me entorpece e por mais embriagada que esteja, sinto que meu corpo não nutre sequer uma gota de álcool e sim da mais pura adrenalina, que corre afoita em minhas veias. Poucos minutos ao seu lado, sua garotinha atrevida e você me faz concluir que quem corre perigo aqui sou eu. Céus. O que ele pensa que está fazendo? Olho o irritada, e ele não se deixa intimidar o que me enlouquece ainda mais. Enrico é um infeliz e eu estou fazendo sua felicidade."

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