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( Love is a Verb ) - Capítulo 5 - Definições


( Love is a Verb ) - Capítulo 5 – Definições

Escrito por E. E. Soviersovski

Passo o resto da semana montando as peças do quebra-cabeça. Do meu quebra-cabeça. Depois da conversa com o Matheus, alguns pontos ficam mais claros.

É sexta-feira à noite e estou esperando o Paulo. Meus pais foram a um casamento e como estamos sem vontade sair, vamos comer algo em casa mesmo.

Ele chega e trocamos amenidades, estamos mais distantes. Pedimos uma massa depois de discutir um bocado, porque eu queria pizza e ele, carne. Como dessa vez ninguém cedeu, encontramos outra alternativa. O jantar transcorre normalmente e ele conta as novidades do Pedro. Cada dia que o irmão passa bem, é uma conquista e torço muito pela sua recuperação.

Assim que acabamos de jantar e vamos para a sala, meu coração começa a bater mais rápido. Ele desabotoa os punhos da caminha azul marinho que está usando com a calça jeans que dei no dia dos namorados e dobra as mangas até o meio dos braços.

— Paulo, tenho pensado muito sobre nós.

— É sério que vai começar com esses papos de novo?

— É. É sério.

Ele percebe o tom que dou à resposta e me olha resignado.

— Sabe, — prossigo — é exatamente esse o ponto. Vou voltar com esses papos porque é algo que vem me incomodando. Não sei o quanto percebe, mas a sua namorada aqui, não está legal há bastante tempo.

Ele permanece em silêncio.

— Deveríamos ser mais próximos.

— Santo Deus, estamos juntos quase todos os dias, o que mais você quer?

— Não estou falando de proximidade física e sim da interior. Às vezes acho que você não me enxerga. Parece que muito do que fazemos está no automático. Quero poder dividir as minhas inseguranças, discutir sobre elas, ouvir o que pensa sobre as minhas criancices, teimosia, ciúmes, etc.

— Eu sabia que tinha a ver com ciúme.

— Não tem a ver com ciúme. Ciúme é um grão de areia nessa história. Eu gostaria que me ouvisse..., me entendesse. Não quero transferir meus problemas, apenas compartilhá-los com você, ouvir a sua opinião. É do que sinto falta. Por que é que me incomoda a proximidade da Letícia? Por que a gente não discute a respeito, sem que isso seja tachado de besteira já de cara? Pensei muito e não sei se estou certa, mas eu quero mais, preciso de mais.

— Mais como, Monique? A gente está junto a tão pouco tempo. Não estou preparado pra nada mais por enquanto.

— Ah, Paulo... esse 'mais' não tem nada a ver com noivar ou casar, se é o que está pensando. Isso nem me passou pela cabeça. Eu me refiro a crescer juntos, conhecer um ao outro. Posso ser a mais complicada de nós dois, mas e daí? Se gosta de mim, espero que me entenda e seja paciente comigo. Se ainda assim não funcionar, ok, pelo menos tentamos.

A fisionomia carrancuda expressa o quanto está incomodado.

— A pergunta é quanto cada um está disposto a ceder em favor do outro. — Continuo — Veja o que aconteceu hoje, por exemplo, quase não conseguimos chegar a um acordo pra pedir a comida. Fiz de propósito e sabe por quê?

— Sei lá. Pra me provocar?

— É claro que não. Você não percebe porque sempre cedi, em tudo. Eu sei, se agi desse modo foi porque quis, você não tem culpa. Mas se cansei, também não tenho culpa. O que espero é que haja mais equilíbrio nessa relação.

— Do jeito que você fala, parece que sou culpado de tudo. Não te ouço, não cedo em nada, mas e do seu lado, nada?

— Me diga você em quê eu posso melhorar. Se abre comigo. — ele não responde — Não tem a ver com culpa ou culpados, mas onde precisamos nos ajustar, e mais, se queremos fazer isso. Estive trocando ideias com um amigo e dentre tudo que ele me disse, uma frase me marcou. "Quando alguém estiver comigo, tem que estar por inteiro".

— E você acha que eu não estou por inteiro?

— Você está? Não consigo sentir isso, mas é possível que o meu conceito de "estar por inteiro" seja diferente do seu. Já ouviu a música Love is a Verb?

— Já.

— A letra tem tudo a ver com o que eu estou tentando mostrar. Amor pra mim é mais que uma palavra e a música diz que amar é um verbo. Verbo é ação, é fazer, mostrar pro outro. Ela fala que amor não é algo que alguém possua, ou grite. Não é uma droga. Não é uma coisa ou não pode ser traduzido ou expressado por 'coisas', não é uma dívida e um não deve ser muleta pro outro. O amor precisa ser mostrado a cada momento e tudo que o meu coração está gritando é pra você me mostrar, Paulo. Mais que meras palavras, sem necessidade de presentes, sem julgamentos ou cobranças. Apenas atitudes. Dessa forma existe uma chance da gente encontrar o equilíbrio.

Ele fica uma eternidade em silêncio e meu coração está batendo na garganta.

— Não sei se concordo com essa história toda. Pra mim, o nosso lance é normal e não traumático como está dando a entender.

— Jamais disse que é traumático. Só precisa de ajustes.

— Será, Monique? Tenho minhas dúvidas. Se a coisa não fluiu até agora por que acha que vai fluir daqui pra frente?

— Por que agora a gente sabe o que precisa e pode fazer acontecer, tentar pelo menos.

— Mas eu sou como sou. Não vejo como posso mudar. Talvez você esteja esperando mais do que eu concordar em comer uma pizza ou passar a mão na cabeça quando estiver com as suas elucubrações.

— Elucubrações? Passar a mão na cabeça? Será que não consegui me expressar direito? — pergunto.

— Tá, tá, é só o modo de falar.

O silêncio grita nos nossos ouvidos.

— Sugiro a gente se afastar por uns dias. — diz — Deixa eu pensar um pouco sobre tudo isso. Depois decidimos o que fazer, pode ser?

É a minha vez de ficar em silêncio. Sinto como se ele estivesse saindo da minha vida para sempre. E, verdadeiramente, está saindo da minha vida. Ele se despede com um beijo na testa e eu seguro o quanto posso as lágrimas que invadem os meus olhos.

Um bom tempo depois que ele sai, ainda permaneço encostada na porta que fechei. Examino a casa e está tudo igual, mas ao mesmo tempo, tudo diferente. Algumas lágrimas ainda escorrem, mas aí lembro das palavras do Matheus sobre 'coragem de encarar' e me apego a elas. É preciso ter garra para buscar a felicidade e é o que me conforta. Subo ao meu quarto e me preparo para dormir, se é que vou conseguir.

------------- XXX -------------

Passo o final de semana em casa, lendo, assistindo a um filme ou outro, pensando, lendo mais um pouco e pensando mais ainda.

A segunda-feira chega e vou para a aula. Parece que está faltando alguma coisa, mas aos poucos vou percebendo que não, que está tudo no lugar e, o melhor, estou inteira. Cruzo com as metidas e pela primeira vez, não estou nem aí para elas. O que penso é que eu estou batalhando pelo que me faz bem, mesmo acabando um namoro com um partido maravilhoso. Por mim. E isso me dá uma força que não imaginava ter. É verdade que ainda não tivemos a conversa derradeira, mas não acredito que ele se disponha a tentar algo diferente. Sempre esteve bom desse modo para o Paulo. Por essa razão imagino que não tenha volta. Meu coração se aperta quando penso desse modo, mas apesar de toda a atração que sempre tive por ele, me sinto livre. É, livre e determinada a lutar pela felicidade.

Os dias vão passando e também penso no Matheus. Não dá para negar que sinto algo pelo meu amigo, mas é diferente. Tenho vontade de ser tocada e beijada por ele, o cara é bem atraente, mas o que me fascina é a maturidade que tem. O modo simples e direto com que disse todas aquelas coisas, mexeu comigo. Não tivemos oportunidade de falar depois da aula de sensatez que ele deu. Só o vi de longe na terça durante o intervalo, mas percebi, pelo modo com que me cumprimentou, que estava mantendo uma certa distância. Não fui ao jogo no sábado, mas sei que passaram para a final. Talvez tenha ficado chateado ou resolvido me dar espaço, afinal ainda ninguém conhece a minha situação.

Na quarta-feira à noite o Paulo vai à minha casa e conforme já imaginava, diz que me entende, mas que não sabe como fazer o que estou pedindo. Acha que preciso de outro tipo de homem, porque ele estaria forçando uma barra se mudasse. Simples assim. Apesar de não estar surpresa, quando me deparo com o fato de que é definitivo, não consigo segurar as lágrimas.

No sábado de manhã, a galera sai da aula e vai direto para o ginásio assistir à final do campeonato. Engenharia Civil x Educação Física e não poderia ser um adversário pior. É dureza ganhar deles. Ainda sem ânimo, mas já um pouco mais adaptada à minha nova condição, acompanho a Gabi até o ginásio.

— Não dá pra deixar de ir — ela argumenta com indignação enquanto atravessamos o campus — os meninos precisam de apoio.

— Já sei, vai gritar pra caramba. — digo sorrindo.

— É claro que vou. Se for como sábado passado, vai ser pedreira. O seu amigo — ela já sabe que estou solteira — não jogou nada. Espero que hoje esteja melhor.

— Sério? — Fico me perguntando se tem algo a ver comigo ou se estou sendo pretensiosa e imaginando que o mundo gira ao meu redor — quanto foi?

— 3x1, mas foi pau a pau o tempo todo.

Entramos no ginásio e vamos à procura de um bom lugar. Os times ainda não estão em quadra e percebo que estou atenta esperando por eles. A torcida de Educação Física está em maior número, mas a nossa é mais barulhenta. Temos até bumbo e corneta.

Em meio a essa barulheira, o time adversário começa a entrar. Logo em seguida, o de Civil e o meu coração dispara quando vejo o Matheus. Não sei a razão de estar desse jeito. Se quero contar para ele, se estou com receio de que esteja chateado, se quero falar com ele ou se simplesmente o quero.

E num impulso, vou até a grade e o chamo.

Surpreso, ele se aproxima.

— Oi. — as palavras não saem, pareço uma adolescente.

— Oi. — responde — Que milagre você vir.

— Não seja injusto. Vim em quase todos.

— Quer falar comigo?

— Quer que eu fique com os seus documentos e chave? — desculpa ridícula, mas é o melhor que consigo.

Ele ergue as sobrancelhas querendo dizer "É sério?"

— Você disse que ficava mais tranquilo com alguém cuidando, lembra?

Ele me encara, se vira, vai até a mochila e pega as coisas para me entregar.

— Está tudo bem, Monique?

— O Paulo e eu terminamos. — conto assim, do nada. Ele deve achar que eu estou maluca e tenho que concordar.

O Matheus me olha como se eu fosse uma lâmina transparente.

— A gente pode conversar sobre isso depois do jogo. — ele responde.

— Nem sei se quero.

— Então a gente pode só conversar depois do jogo, pode ser?

— Claro. E eu aqui te atrasando. — Que vergonha! — Me desculpe.

Ele nega com a cabeça ao mesmo tempo em que sorri e pisca para mim. Vira-se e vai aquecer, mas continua sorrindo e eu volto para o meu lugar. Nem ligo para o olhar inquiridor da Gabi. É uma semana de mudanças e estou com o meu emocional à flor da pele. O meu racional está desmaiado em algum lugar dentro de mim.

E dentre todas essas confusões e muito barulho das torcidas, o jogo começa. O Matheus joga bem, mas perdemos o primeiro set. No início do segundo, as metidas chegam e sentam na nossa torcida. Ganhamos o segundo. Não sei o quanto estou prestando atenção, mas me pego gritando e pulando várias vezes. Perdemos o terceiro set. Temos que ganhar o quarto, senão perdemos o jogo. O Matheus está arrebentando e é difícil ganhar dos caras, mas mesmo assim fazemos 28 a 26. Haja coração. Vamos ao tie-break e as duas torcidas estão agitadas. A disputa é ponto a ponto, mas enfim, Educação Física comete dois erros seguidos e ficamos em vantagem. Conseguimos fazer um ace e falta só um ponto para vencermos. O outro time ataca e nós bloqueamos. Fim de jogo! Somos os campeões de vôlei sobre o time mais forte da Faculdade.

Vibramos até não aguentar mais. Depois da entrega das medalhas, a moçada vai atrás dos heróis da partida querendo cumprimentá-los e eu fico no primeiro degrau da arquibancada esperando pelo Matheus. Todo mundo resolve falar com todo mundo ao mesmo tempo, então o caminho para a saída está tumultuado.

Duas das metidas empinadas vão abraçar o Matheus e ele é bastante simpático, como é com todos. Enquanto o observo ele me dá uma olhada que vale mais do que mil palavras. Puxa, não somos nada um do outro, não sei o que vai acontecer daqui para a frente, não temos nenhuma intimidade, mas sinto o recado de segurança que quer me passar.

Depois de todos os cumprimentos ele vem até mim. Como estou a pé, se oferece para me dar uma carona, mas hoje vamos fazer um lanche primeiro. A galera vai na cafeteria comemorar, mas preferimos sair logo dali.

Decidimos ir a um restaurante próximo a PUC e chegando lá, ele estaciona o carro.

— Legal ter ido assistir ao jogo. — diz ao retirar a chave da ignição e se virar para mim.

— Também gostei. Foi muito bom e você está de parabéns. Arrebentou!

— Valeu. E como é que você está? — diz brincando com a chave.

— Chateada, leve, pensativa, aliviada, triste, — sorrio — o que mais... — finjo que estou pensativa.

— Há há há. Normal.

— Todas as minhas confusões são normais pra você.

— Ué, você é um ser humano, não é?

— Se não estou enganada, sou. — brinco.

Ele ri e permanece me examinando.

— Quero te agradecer. — continuo — por fazer eu me sentir normal.

— Ah, para. — responde rindo — e quando não foi normal?

— Eu estava me achando insuportavelmente chata, meio que pirando. Agora sei o que quero de uma relação. E muito disso é graças a você. A conversa que tivemos naquele dia, foi tão boa, parece que alguns caminhos obscuros se acenderam e consegui decidir com mais clareza e coragem sobre o que fazer.

— O Paulo sabe dos nossos papos? Tenho que contratar algum segurança? — pergunta rindo.

— Não, mas se soubesse não teria problema. Ele não concorda com muita coisa que falei, então é porque não tem nada a ver mesmo. Nem fez muito esforço pra procurar entender, sabe?

— Imagino que não esteja sendo muito fácil.

— Pra mim? Por um lado sim, por outro não. É claro que é um momento delicado, mas eu estava péssima naquela situação... e me sinto bem mais segura agora. Sei que somos apenas amigos,...

— Somos apenas amigos, Monique? — ele me avalia.

— Não? — sussurro.

O Matheus se aproxima e fico paralisada temendo o que está por vir, ao mesmo tempo em que o desejo. Ele analisa as minhas reações e me mantenho parada, mas meu coração está aos pulos.

— Você quer esse beijo tanto quanto eu. — sussurra no meu ouvido e me arrepio.

Já não consigo raciocinar.

O Matheus me puxa para perto e me dá um beijo bem de leve. Tenho certeza que está ouvindo as batidas do meu coração. Fecho os olhos e ele me beija devagar. Vai se apoderando dos meus lábios e aos poucos me presenteando com a língua quente que passeia por toda a minha boca, seduzindo a minha língua que se desmancha para ele. Minha cabeça gira e quando percebo, estou passando os dedos pelos seus cabelos. Quando esses segundos ( ou minutos? ) terminam e nos afastamos, seus olhos estão brilhando. É certo que os meus também estão e aprecio o rosto másculo bem de perto, ao mesmo tempo em que estou sendo admirada.

Não, eu não sei o que vai acontecer daqui para frente. Não saí de uma relação para entrar em outra no dia seguinte. Ainda não está claro o que sinto pelo Matheus, mas tenho a segurança de que vou ter o tempo que preciso para encontrar essas respostas. Vou poder discutir sobre cada questão que tiver, porque ele dá essa abertura, mesmo que fiquemos só no patamar da amizade. Sim, tem a atração que é forte e pela primeira vez vejo que sou capaz de entrar num relacionamento sendo eu mesma, sem medo. E se for para tê-lo, que seja por inteiro. Que ambos estejam por inteiro, mostrando um ao outro o amor, que pode vir a nascer, com atos de reciprocidade e cumplicidade, afinal o amor não é estático. É um verbo, não é?

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Recadinho de E E Soviersovski.

Se você chegou até aqui, é porque me permitiu passar alguns momentos na sua companhia e te agradeço por isso.

Também agradeço à Aretha VGuedes pela oportunidade.

Caso desejem deixar o seu dia a dia e viajar por mundos desconhecidos com muita paixão, convido-o(a) a embarcar nessa fantasia.

Novas Verdades, Um Único Amor

Um romance onde dois corações desejam se unir, mas precisam lutar contra todas as improbabilidades e acontecimentos que os desafiam.

Uma história que mostra as limitações da espécie humana. A existência de mundos em diferentes estágios de evolução. E que, sim, é possível a interligação. Muito do que nos é apresentado como ficção, pode ainda não nos ter sido revelado e esses mistérios podem estar dentro da nossa casa.

Uma história de amor, no mínimo, diferente.

E-book disponível na Amazon ( grátis no Kindle Unlimited ).

EESoviersovski

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Agradeço E. E.Soviersovski pelo conto delicioso! Não esqueçam de segui-la no Wattpad e na Amazon.

<3

Aretha V. Guedes

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