Capítulo 4 - Eu tenho tudo que eu preciso

Escrito por Dane_Diaz

Cris

As mãos fortes de Pedro apertam as minhas costas. Devagar o óleo aromático se espalha pela minha pele nua e eu sinto a luz do sol através das minhas pálpebras fechadas. As ondas suaves do mar chegam e vão embora tocando uma música em meus ouvidos.

Pedro arranca a toalha que cobre a minha bunda e me dá uma mordida de leve. Viro-me de bruços jogando meu cabelo castanho para o lado da cabeça. Ele o cheira como se fosse o ar que precisa para respirar. Eu sorrio. Ah, como eu o amo.

Pedro voltou da falsa fuga com Paula rindo de orelha a orelha. Eu não estava entendendo nada. Ao vê-lo partir com ela até mesmo tive medo de que eu é que estivesse sendo enganada. Também tive o medo que ela teve ao perceber que ele não voltaria mais. E sei que ela sentiu isso. Mas ele voltou para mim. Eu não retribuí o seu sorriso, mas o abracei na varanda da casa dela quando ele chegou.

- Era mentira - ele disse.

- O que era mentira? - eu perguntei ainda sem compreender.

- O bebê. Tenho certeza que era mentira Cris - ele falou me pegando no colo.

Pedro me carregou para dentro da casa de Paula e me jogou no sofá velho. Cheirava a ela e isso me excitou. Sempre me excitava. A cada vez que ele chegava com um cheiro feminino diferente eu ficava louca, mas no fim ele era sempre meu. Como agora.

- Como você sabe? Como você pode ter certeza? - perguntei enquanto ele desabotoava minha blusa com pressa.

- Ela disse que o perdeu. Que perdeu o bebê essa semana Cris. Tá na cara que era mentira. Uma armação para que eu sumisse com você e eu fosse dela - ele explicou enquanto tentava abrir o cinto da calça.

Pedro não parou nem por um segundo de me beijar e sua voz era abafada em cada curva que ele fazia em meu corpo. Pensei no quanto ela desejava o meu marido. No quanto eu o desejo. Senti a minha calcinha ficando molhada e os dedos de Pedro entrando em mim. Gemi quando ele me penetrou com força. Olho no olho. Aquela sensação. Ele era meu de novo. Só meu, mas agora era muito melhor. Estávamos ricos.

Eu ainda posso ver aquela cena. Refletido nos vidros do carro, o laranja do fogo que eu havia gerado consumia a casa de Paula. O ar quente quase que empurrava as minhas costas. Amar ele me desafiava. Me consumia. Agora mais do que nunca.

Eu ainda posso ver o meu homem encostado contra o capô. As pernas e os braços cruzados. Queimo por dentro cada vez que eu o vejo. Eu colocaria fogo no mundo por ele. Eu não podia ter achado jeito melhor de me vingar daquela mulher.

Nós somos o par perfeito.

Eu e você.

Eu vou te guiar, meu amor.

Vem comigo que eu vou te guiar.

Pelo resto da minha vida.

E eu prometo que vai ser quente.

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Meu muito obrigada a você que curtiu como eu fazer parte dessa obra. Espero que também tenha sido bom para você e que continue fazendo parte das minhas histórias.

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Dane, muito obrigada pela participação e pelo conto! Volte sempre que quiser. <3

Amanhã teremos uma história nova!

Abraços, Aretha V. Guedes