(Deathbeds) Capítulo 3
CAPÍTULO 3
Escrito por Karol Carter e Rosa da Cruz
Não questionei o Alan, para saber se ele sabia ou não o que Dean "perdeu" quando aconteceu o acidente fiquei muito triste com a cena nos jardins da casa dos Vallentin, o que será que Alan pensaria de mim? Na semana seguinte voltamos a casa dos Vallentin, entramos e ficamos novamente aguardando nos jardins, inevitavelmente me veio À mente Dean chegando e me ignorando. Por um momento me entristeci, mas logo em seguinte fiquei com muita raiva. Afinal, não foi culpa minha! Por que ele me trata dessa forma? Ele que fosse procurar o cidadão que bateu no meu carro e me fez bater no dele.
Dona Cora se aproximou com ar de remorso:
– Minha querida, me desculpe, tenho certeza que você não se sente à vontade, mas não se preocupe, Dean não virá hoje – acho que eu estava com uma expressão nada feliz, por isso ela se desculpou, eu apenas assenti.
– Não se preocupe Dona Cora, eu sei que deve ter acontecido algo muito grave, mas realmente a culpa não foi minha, um outro carro bateu no meu e com isso bati no carro do Dean, e apesar de não saber para onde ele ia ou o que perdeu, eu se não fosse a generosidade do Alan, também teria perdido a chance da minha vida.
– Nossa, Leonor, então mais uma vez tenho que me desculpar mesmo, pois Dean não tem o direito de te tratar assim, mas ele perdeu acredito eu que a única chance de ser feliz, mas vamos deixar isso tudo de lado, temos um casamento para preparar – disse dona Cora.
Entramos em uma sala requintada e muito chique, um sofá enorme que parecia muito macio e confortável num tom bege claro, com mesas laterais em bronze , um tapete que dava até medo de pisar. Fomos caminhando em direção de uma mesa de vidro com pedestal em mármore com oito lugares, sentamos e retirei meu esboço da pasta e entreguei a Dona Cora.
– Leonor, que lindo, você realmente tem mãos de fada, esse vestido está maravilhoso, minha Maria quando ver ficará enlouquecida, tenho certeza.
Nem mesmo Dona Cora terminou de falar entrou uma moça linda, alta, cabelos longos num tom de castanho dourado, olhos castanhos muito claros, quase dourados também, muito bem vestida e não parecia muito feliz, Dona Cora a chamou e disse..
– Veja minha filha que vestido maravilhoso a Leonor esboçou para você, ela conseguiu colocar nesse vestido toda sua delicadeza.
– Realmente está muito bonito, mas não me vejo casando com ele, estou querendo algo mais sofisticado e se você, Leonor, não consegue fazer me avise, pois vou trocar de estilista – disse Maria sem nem me olhar.
– O que está acontecendo Maria, você não é assim, primeiro comprimente a Leonor, e não vejo o porquê dessa sua atitude arrogante, aconteceu alguma coisa? – pergunta Dona Cora.
– Aconteceu sim, ela acabou com a vida do meu irmão e isso eu não admito, ou ela me traz um novo esboço até o fim da tarde, ou vou trocar de estilista, e não quero discutir isso com você, mamãe – Maria disse e ia deixando a sala.
– Maria, em primeiro lugar eu não tive culpa do acidente, eu tive a generosidade do Alan, para me contratar, senão também teria perdido a única oportunidade real de ser alguém na vida, e diferente do seu irmão, eu não tenho dinheiro sobrando, ou pais ricos que me sustentem, como você – sem respirar continuei – Não sei o que Dean perdeu, mas ele ainda tem vida e pode tentar seguir em frente sem me acusar, aliás porque ele não vai atrás de quem bateu no meu carro, pois esse sim é o responsável pela perda imensa do seu irmão.
– Você não sabe o que fala, ele não tem como seguir em frente, você tirou dele essa vontade de viver, e só para você saber ele sabe quem bateu no seu carro, mas não tem como "ir atrás", pois ela conseguiu fugir e ele não sabe nem mesmo onde encontrá-la – disse Maria.
– Olha, quem não quer mais fazer seu vestido sou eu, procure outra estilista e Alan e Dona Cora, me perdoe por esse desabafo, mas eu cansei, não quero mais estressar com esse assunto e com essa culpa que não deixa em paz. – falei me levantei e sai.
Sem olhar, sai direto para o carro, que infelizmente era o do Alan, e teria que espera-lo para sair de vez dessa casa, pois não aguentava mais a culpa me corroendo, e depois dessa revelação que Dean sabe quem bateu no meu carro, e ele ainda me culpa por algo que não fiz.
Quando Alan entra no carro, me olha e não diz nada, liga o motor e saímos direto para o ateliê dele, só então ele começa a falar.
– O que foi aquilo, Leonor? Como você me deixa nessa situação, eu tive que me esforçar muito para conseguir esse contrato, e você simplesmente sai e abandona tudo assim, ficou maluca ou o que?! – disse Alan.
– Alan, me perdoe, mas eu não aguento mais ser culpada por algo que eu realmente não tenho culpa, e pior ele saber que criou toda essa confusão e me culpa, chega, para mim já deu, e depois aquela menina mimada e arrogante, quem ela acha que é, quer defender o irmão tudo bem, mas desfazer do que eu fiz, não dá – expliquei o meu lado.
– Está bem Leonor, então eu vou te falar o que aconteceu e aí você pense e me responda o que faria no lugar dele.
– O Dean estava indo para a casa da sua ex-noiva, que interrompeu a gravidez, pois não queria "estragar o corpo" – disse Alan fazendo aspas com os dedos, e continuou – além disso a ex disse para o Dean que iria embora e ele nunca mais iria vê-la, e quando ele estava a caminho da casa da ex, e você indo para a entrevista comigo, ele viu o carro da ex atravessando a avenida e indo direto para o seu carro, para causar o acidente e não deixa-lo ir atrás dela – Alan terminou a narrativa.
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