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(Always) Capítulo 1 - Reunião de negócios


(Always) Capítulo 1 – Reunião de Negócios

– Rosyane, você vai renovar o contrato com a Savage hoje?

Continuei a encarar a pilha de papéis em frente a mim, ignorando completamente a minha colega de negócios. Não que eu costumasse ser mal-educada, apenas não estava com humor para conversa fiada. Carlos Savage, sobrinho do dono da Savage seguradora, adorava marcar almoços para renovar o contrato. Eles tinham uma política de parceria com as grandes corretoras de seguro, como a que eu trabalhava, que precisava ser renovada a cada ciclo de vendas ou promoções. Eu sempre era a escolhida para esses enfadonhos encontros. Carlos comia como um fanfarrão às despesas da empresa do tio, falava besteira e eu não gostava do jeito que ele me encarava. Sentia como se quisesse que eu fosse a sobremesa.

Eu trabalhava na corretora de seguros Cavalcanti e Silva há três anos. Vender seguros não era difícil. Eu tinha uma boa lábia, Gustavo, meu marido, dizia que eu poderia vender "gelo a um esquimó". Um exagero, claro. Vender era fácil, resolver a parte burocrática após um acidente, assalto ou algo do tipo, nem tanto. Manter uma boa relação com as seguradoras era primordial para agilizar o processo. Por isto, se Savage fizesse questão de marcar um encontro para renovar o contrato, eu tinha que ir e sorrir como uma pateta, enquanto ele falava sobre como era rico e inteligente. Se fosse tão esperto assim, manteria a boca calada. Levantei os olhos e Martina me encarou com uma sobrancelha levantada. Suspirei alto, deixando que o ar escapasse por minha boca:

– Eu tenho escolha?

A garota de cabelos curtos e platinados com expressivos olhos azuis fez um biquinho com os lábios. Ela não estava com pena de mim, adorava as histórias que eu contava sobre o meu "sofrimento" com o homem prepotente.

– Você sabe que não – ela deu de ombros: – Pelo menos é um almoço gratuito no D'Ângelus.

Balancei a cabeça concordando. Aquele era o único ponto bom. Bem, o contrato com uma comissão extra para mim também. Peguei meu celular e abri o Whatsapp, a bolinha verde com o número um ao lado de uma foto minha beijando Guto indicava que eu tinha uma mensagem não lida: "te amo". Um sorriso involuntário desabrochou dos meus lábios, escolhi um bom marido. Eu sabia disso... Respondi sua mensagem com carinho e avisei que almoçaria fora.

Fui ao banheiro para retocar minha maquiagem. Por mais que eu não gostasse do senhor Carlos, aquele era um almoço de negócios e eu precisava estar apresentável. Penteei meus cabelos castanhos com os dedos, dando forma e volume aos fios naturalmente lisos que iam até os meus ombros. As luzes loiras recém pintadas brilharam, ainda bem que eu tinha hidratado no final de semana. Uma maquiagem leve, nude e perfume. Estava bom até demais.

Entrei em meu velho Volkswagen vermelho e fui ao melhor restaurante italiano do centro de São Paulo. O maître me cumprimentou com um sorriso sereno. Já conhecendo meu nome, ele me indicou a mesa onde eu ficaria. Andei em passos confiantes, meus saltos altos clicando no piso de madeira. Estreitei os olhos, achando que talvez precisasse de óculos. Se o homem sentado à mesa fosse Carlos Savage, então ele teve uma grande melhoria na aparência.

Um rapaz magro de cabelos cacheados e olhos castanhos sorriu para mim. Era um sorriso tão sincero e gentil que eu sorri de volta em resposta. Ele se levantou, era mais alto do que eu, mas de estatura média para os padrões masculinos. A luz do sol que entrava pela janela iluminou seus cabelos, mostrando que o castanho de seus fios era quase puxado para o dourado. Ele ajeitou a gravata preta antes de estender a mão para mim. Hesitei em aceitar o cumprimento.

– Me desculpe – olhei para a mão estendida que aguardava o meu aceno – Eu acho que houve um engano.

Ele colocou a mão no bolso, disfarçando o fato de não ter sido correspondido e olhou ao redor, mas todos estavam ocupados com suas próprias refeições e ninguém prestava atenção em nós.

– Não houve engano, senhorita Rosyane, era você que eu estava esperando.

A forma como ele elaborou sua fala mexeu comigo, como se ele quisesse dizer algo a mais naquele simples conjunto de sentenças. Engoli em seco, de repente nervosa com aquele almoço de negócios. Não... Não era o almoço que me deixava nervosa, era aquele jovem misterioso com ar angelical.

– Eu esperava o senhor Savage – preenchi o silêncio que não era constrangedor, apenas estranho. Ele me observava atentamente. Como se cada detalhe meu não passasse despercebido de sua análise minuciosa.

O rapaz balançou a cabeça concordando e puxou a cadeira para que eu me sentasse. Agradeci e sentei-me, ele voltou para sua cadeira antes de falar:

– O senhor Savage estava indisposto hoje, eu vim porque... – ele pausou e franziu o cenho – Na verdade, eu insisti em vir em seu lugar. Precisava conhecer pessoalmente a intrépida Rosy.

Ele terminou com uma piscada de olho e todo o meu interior se agitou. Puta merda! Eu sabia quem ele era: Marcelo. Arrependi-me de não ter apertado sua mão. Ele era estagiário na Savage e desde que me ajudou a resolver a papelada de um incêndio em uma fábrica de papel, uma das minhas maiores clientes, conversava com ele quase diariamente.

As nossas trocas de mensagens começaram com informações sobre a apólice de seguro. Logo em seguida passaram para um simples "bom dia, como vai?". Depois para a conversa sobre tipos de livros e filmes que gostávamos. Trocas de memes e piadas. Brincadeiras inocentes que se tornaram um vício diário. Passamos das mensagens triviais para as conversas mais sérias. Compartilhamos histórias da nossa infância e medos da vida adulta. Ele sempre se mostrou atencioso, parecia ter a resposta certa que eu precisava ouvir. As mensagens de Marcelo eram como o café, eu precisava da minha dose diária para suportar o dia.

Encarei seu rosto e cataloguei cada detalhe de suas feições, dos olhos mel, aos lábios desenhados, o nariz reto e a barba de um dia. Marcelo era mais novo do que a imagem criada por minha mente. Eu gostaria de dizer que não pensara muito em como ele era, desejava afirmar que eu passava meus momentos livres pensando em como meu marido era bom. A verdade, entretanto, era muito mais complexa. Minhas folgas e até durante o horário de trabalho, eu tentava me convencer de que "bom" era o ideal. Que eu tinha o marido perfeito. Se eu fosse sincera comigo, afirmaria o que meu âmago ansiava, mas era muito covarde para admitir. Aquele garoto com feições de anjo poderia ser minha perdição...

– Eu sei que foi inapropriado vir te encontrar sem avisar antes, peço perdão. Se você estiver chateada, eu posso levar a papelada para Savage e depois mando deixar em seu escritório.

Ele parecia incomodado, provavelmente por causa do meu silêncio. Eu não estava chateada. Eu estava... Surpresa, talvez. Não tinha certeza. Vê-lo o tornava real. Meu cérebro pensava em mil coisas e coisa nenhuma ao mesmo tempo.

– Porque você mesmo não assina? – foi o que consegui articular.

– Eu sou o estagiário, lembra? Por mais que você ache que eu tenho poderes de super-homem dentro da Savage – Marcelo respondeu em um tom de brincadeira –, ainda não sou tão poderoso assim.

Ah, ele era. Marcelo não sabia o poder que tinha sobre os meus pensamentos errantes. A piscada de olho travessa competiu com o sorriso doce, ele abriu uma pasta de couro e de lá tirou uma papelada. Marcelo tinha o poder de fazer o meu coração bater mais acelerado sem esforço algum. Respirei fundo, lembrando que ele era apenas o estagiário de dezenove anos da seguradora Savage e eu era uma corretora de seguros casada e sete anos mais velha. Era só uma reunião de negócios e sempre fui uma mulher profissional, eu poderia fazer isso!

– Deixe de bobagem, não há problema nenhum em um almoço de negócios – respondi enfática.

Sua cabeça pendeu meio de lado, senti Marcelo analisar a minha postura rígida:

– Tem certeza? – ele perguntou.

Tentei relaxar e esbocei um sorriso. Em um gesto aparentemente inconsciente, Marcelo passou o polegar no lábio inferior e meus olhos seguiram o movimento de seu dedo. O que fez meu coração acelerar até o ponto de quase sair pela boca.

– Sim, problema algum.

Não sei a quem eu queria convencer. A mim ou a ele.


♥ ♥ ♥

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Continua...


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