(All Night Long) Capítulo 2
Pouco mais de um mês se passou e os dois se falavam todos os dias. Quando estavam muito ocupados ou no trabalho, mandavam mensagens de texto. Ao mesmo tempo que Bella aproveitava toda aquela sensação nova e gostosa, ela se preocupava com o rumo que aquilo estava tomando. Aos poucos ela sentia se entregando àquela atração por Edward e ainda não sabia ao certo se ele sentia o mesmo.
Mas os dois tinham exatamente tudo em comum e isso era uma surpresa para ela. Edward gostava das coisas mais imbecis do mundo exatamente como ela também gostava. Ele chegava a ter uma réplica de um capacete do Darth Vader em casa e simpatizou quando Bella contou que jogava Pokemón em seu gameboy. Sim, as horas que passavam no telefone eram regadas de confissões, histórias engraçadas e vergonhosas e o mais engraçado é que eles sentiam liberdade para isso. Bella nunca tinha encontrado algo parecido, nem mesmo com seus amigos homens. E Edward ainda não conseguia acreditar que tinha encontrado uma parceira ou em uma visão mais distorcida, sua versão feminina.
Com o tempo, as coisas foram ficando mais intensas. A intimidade que eles foram adquirindo dava de presente as melhores conversas. Edward em toda sua forma divertida sempre fazia questão de tentar elogiar Bella o tempo inteiro, mesmo sem saber como ela era. Ele também respeitava a decisão dela de não mandar foto nem conversar pela webcam. E isso era o que mais contava pontos em toda a situação. A realidade era que Bella morria de medo de não estar no patamar de mulher que Edward queria. Afinal, ele era lindo demais. Que homem lindo e divertido como aquele ia querer uma mulher sem graça como ela?
"Bella, você tem que conhecer esse cara de uma vez por todas!" Alice falou enquanto terminava de colocar suco em seu copo. "Você já não acha que está enrolando demais?"
"Eu sei, mas... eu ainda tenho medo."
"Medo de que, criatura?" ela colocou as mãos na cintura. "De ele realmente ser um serial killer?"
"Não, não.. mas.. não sei." ela não queria falar para Alice que tinha insegurança quanto a não se sentir tão bonita para ele. Se ela sequer mencionasse isso, tinha certeza de que a amiga iniciaria uma nova guerra mundial.
Alice ficou olhando para Bella, tentando entendê-la, enquanto tomava seu suco.
"Já sei!" ela afastou o copo rapidamente dos lábios. "Porque você não vai até a clínica dele e finge ser uma cliente, e aí aproveita conhece ele um pouco, vê como ele é, vê se a índole dele é boa... daí você pode marcar um encontro!"
"Apesar de ser uma ideia maluca, até que não é tão maluca assim." ela sentou no sofá. "Só tem um problema."
"Qual?" Alice sentou-se ao lado dela.
"Eu não tenho nenhum bicho, sua louca."
Alice riu.
"Você pode usar a Nina."
Bella bufou.
"Alice, eu não consigo ficar cinco minutos perto da sua gata por conta da minha alergia, como vou simplesmente carregá-la até a clínica e ficar lá?"
"Acho que vale o esforço." a baixinha deu de ombros. "E você pode tomar um anti alérgico antes de ir."
"É, e fico que nem uma retardada na frente do cara!"
"Ele não sabe que você é.. bem, você." Alice deu novamente de ombros e se encostou no sofá. "Mas se não quer fazer tudo bem, não faça. Fique assim pra sempre. Realmente, é o tipo de coisa que eu duvido que você faria." ela ligou a televisão.
"Ela não devia ter duvidado de mim." Bella pensou enquanto estava sentada na sala de espera da clínica, com Nina, - a gata mais peluda que ela já tinha visto em sua vida, - no colo. O antialérgico até que estava segurando bastante porque Bella não tinha começado a espirrar nem coçar o nariz. Só esperava que não demorasse muito para ser atendida, porque não sabia por quanto tempo o remédio faria efeito.
"Nina!" uma voz masculina conhecida falou do corredor. Bella começou a tremer ao ouvir e se tocar que era Edward quem estava falando. Seus pés pareciam não querer coordenar para levantar e Nina ainda por cima olhava para Bella como se soubesse o quão patética ela estava sendo.
"O que foi?" ela perguntou para a gata. "Tá, eu sei que essa é uma ideia ridícula e desculpa por estar te usando, mas.. sei lá, sua dona é louca e me convenceu."
"Por favor, a dona da Nina?" ele finalmente apareceu na sala de espera, a procura da próxima paciente.
"Sou eu! Er, oi!" Bella tossiu ao ver que ele poderia reconhecer sua voz e tentou mudar um pouco o tom.. "Oi. Sou eu, Alice Brandon." ela notou que a mão estava suada e morreu de vergonha ao cumprimentar Edward. Era realmente ele. Era a voz que ela ouvia todas as noites ao telefone, a voz que falava coisas lindas que ela queria mais do que nunca ouvir pessoalmente mas não tinha coragem para tal. Naquele exato momento ela começou a se arrepender de tudo isso que estava fazendo mas já era tarde demais. Ela não tinha como sair do nada da clínica sem parecer maluca.
"Olá, queira me acompanhar, por favor?"
Os três, - Edward, Bella e a peluda Nina, - foram para o consultório. Era bonito, limpo e super bem arrumado, ela logo percebeu e fez questão de olhar todo e qualquer detalhe. Até mesmo fotos. Ela sabia que Edward não tinha namorada porque ele já tinha contado, - na realidade ela sabia de todo e qualquer caso que ele teve, inclusive da brochada na primeira vez, - mas de qualquer forma teve medo de encontrar alguma foto suspeita.
"Você pode colocá-la na mesinha enquanto eu preencho a ficha dela por favor?"
"Sim, claro." Bella caminhou até a mesa de aço e colocou Nina em cima, que deitou e pareceu estar abstraindo toda aquela situação. "Desculpa Nina." Bella sussurrou. "Eu sei que é chato vir a veterinário, ainda mais quando não se tem problema nenhum, mas eu fico te devendo uma, ok?"
Edward se aproximou e Bella sentiu de imediato seu cheiro de perfume masculino. Se segurou para não soltar um palavrão, porque era delicioso demais.
"Quantos anos a Nina tem?" ele perguntou enquanto começava a fazer carinho na gatinha, que chegou a fechar os olhos. Bella sentiu uma pequena pontada de inveja da bichinha.
Uow. Boa pergunta.
"Hmm.. Ela tem dois anos e alguma coisa."
Ele sorriu. Sorriu. SORRIU. Bella não tinha como contar quantas vezes havia imaginado aquela situação ao vivo. Toda vez que Edward ria no telefone, ela ficava pensando como seria o dia em que ela veria aquele sorriso de verdade. Ao mesmo tempo se sentiu uma idiota por estar fazendo aquilo de forma escondida. Ela devia ter marcado um encontro. Ele não merecia esse tipo de desconfiança. Essa ideia de fingir ser uma cliente ia dar problema, e se ele descobrisse, ela esperava que levasse na brincadeira ao invés de ficar chateado de verdade.
"E qual o problema dessa gatinha linda?"
Por alguns segundos ela mandou uma poker face por achar que ele estava falando dela e não de Nina. Por sorte ela não respondeu e pensou antes de falar.
"Então.. ela tá estranha... ontem a noite ela... ATCHIM!" ela espirrou.
"Saúde." ele deu outro sorriso e ela pode ver os dentes de Edward. Que dentes perfeitos, ela pensou. Todo o conjunto da obra era maravilhoso e só provava que ela não merecia nada daquilo.
Ela tentou agradecer mas o outro espirro que surgiu a impediu. E esse mesmo espirro se desencadeou em dois, três, quatro, até o momento em que ela percebeu que seu nariz estava começando a ficar vermelho e aquilo não ia parar tão cedo.
"Você quer ir até o banheiro?" Edward perguntou educadamente. "Eu fico de olho na Nina, pode deixar."
Bella saiu do consultório querendo morrer. Quando chegou no banheiro e se olhou no espelho, queria morrer mais ainda porque seu nariz estava fazendo com que ela se parecesse uma rena do Papai Noel. Ela sabia que aquilo nunca ia dar certo. Agora ela não tinha como se livrar dessa alergia e teria que ficar espirrando enquanto Nina estivesse perto dela, ou seja, todo o tempo.
Ela lavou o rosto, tentou se recompor e até mesmo soltou um mantra de que não iria espirrar mais na frente de Nina, que toda essa alergia devia ser uma coisa psicológica. Quando voltou para a sala, percebeu que Edward estava digitando alguma coisa em seu aparelho celular com a mão direita, enquanto acariciava Nina, - que já dormia, - com a esquerda.
- Desculpe, é que às vezes eu tenho essa crise de alergia, e... ahn... ahn... - ela ameaçou espirrar de novo assim que se aproximou da gatinha, mas por sorte se recompôs. - E é isso.
Edward terminou de digitar no celular, colocou o aparelho no bolso do jaleco e levantou a cabeça.
- Nada, que isso, sem problemas. Conheço várias pessoas com alergia a gatos... - ele então sorriu novamente e ela morreu de ansiedade ao pensar que de repente ele estava falando dela. Antes de ela conseguir falar mais alguma coisa, seu celular apitou.
- Opa, desculpa. - ela pegou o celular no bolso de trás da calça. Quando viu a cartinha que avisava uma mensagem nova de Edward, gelou. Olhou para ele, que agora analisava os olhinhos de Nina, e voltou a olhar para o aparelho. Será que ele tinha desconfiado de alguma coisa? Ela sentiu seu coração bater no pé mas conseguiu reunir as forças para abrir a mensagem.
"Estou com uma cliente que começou a espirrar. Acho que ela tem alergia à gata dela... Lembrei de vc. Um beijo, E."
Bella sorriu e ficou sorrindo por algum tempo que pareceu uma eternidade para ela. Quer dizer que ele tinha lembrado dela com aquilo que ela mesma tinha feito? Meu Deus, isso estava ficando muito confuso. Quando ela olhou para Edward foi que percebeu que ele já estava falando com ela faz tempo.
"Desculpa, não prestei atenção... estava.. er.. lendo um negócio."
Edward olhou para o celular que estava na mão dela, então olhou para ela... e pelo jeito do olhar dele, parecia que ele tinha percebido o quão vermelha ela estava e o quanto ela não conseguia parar de sorrir.
"Sua voz..." ele olhou para o aparelho novamente e Bella logo se tocou que não estava fazendo mais a voz diferente, e sim usando a sua própria. "Isabella?"
"Quem?"
Edward pegou o celular no bolso rapidamente e digitou "TESTE", mandando para o número de Isabella, que já estava em seus favoritos. Não deu dez segundos, o telefone na mão dela começou a tocar.
"Bella, é você?"
Então, ali chegava o momento ao qual ela simplesmente não sabia o que falar. Não sabia se confirmava, ou se continuava negando e fingindo que não conhecia nenhuma Bella... Ela sabia que tinha que falar alguma coisa, mas mesmo que ela tentasse, nada parecia querer sair de sua boca.
"Bella, me responde.. é você?" ele deu um passo a frente. "Por favor, me diz que é você, se não for eu acho que vou abrir um buraco no chão para me esconder porque isso é embaraçoso demais." ela notou que as bochechas dele começaram a ficar vermelhas e achou aquilo tudo muito fofo demais. Então ela deu um sorriso fraco.
"É... sou eu." ela respirou fundo e não querendo olhar Edward nos olhos, resolveu reverter sua atenção para Nina, que já ronronava em um soninho leve, aproveitando o carinho que aquele lindo veterinário ainda não tinha parado.
Ele então riu. E o sorriso aumentou. Ele se aproximou para abraçá-la e foi de certa forma um pouco estranho porque ele também estava nervoso e não sabia o que fazer.
"Porque você não me disse que era você? Porque você fez isso? É outro teste?" ele falou enquanto a abraçava.
"Não me pergunte. Isso foi uma ideia da minha amiga e já estou arrependida por isso."
"Não esteja." ele continuou sorrindo e levantou a mão, ajeitando a franja dela. "Fico feliz que você esteja aqui e que tenha perdido esse medo bobo de me ver ou de me deixar saber como você é.. " ele olhou nos olhos dela. "E como falei, eu não tinha dúvidas. Você é linda."
E foi aí que Bella se arrependeu amargamente de não encontrado Edward mais cedo.
"Não precisa!" Bella falou sentindo um leve teor de vergonha por toda aquela situação. Sério, era muito patético. Ela esperava do fundo do coração que Edward não ficasse achando que ela era uma idiota. "A casa da minha amiga é aqui pertinho!" ela se explicou, apontando para a porta da clínica.
"De forma nenhuma. Eu faço questão de levar Nina com você." ele falou enquanto tirava o jaleco e entregava à uma ajudante da clínica. "Irina, terminei por hoje, ok? Até amanhã."
Ele então virou-se para Bella. "Se você se arriscar a levá-la sozinha sua alergia pode piorar." ela queria prestar atenção no que ele estava falando mas estava difícil porque no momento em que ele tirou o jaleco ela pode ver Edward por um todo. Ele vestia uma calça social preta e uma camisa de manga comprida enrolada branca com listras azuis, ou azul com listras brancas... por aí. A camisa apertava um pouquinho no braço e o bumbum preenchia perfeitamente aquela calça social. Bella aproveitou cada detalhe. Percebeu até mesmo a carteira no bolso de trás, preso por um botão, a marca que o celular fazia no seu bolso da frente e a forma com a qual ele havia dobrado as mangas da camisa. "E enquanto caminhamos, podemos conversar."
Ela não tinha como dizer não, - e na verdade nem queria, - então eles foram. Colocaram Nina em uma caixinha de transporte da clínica e Edward foi carregando enquanto os dois caminhavam pela rua, conversando.
"Você é única, Isabella." ele riu e semicerrou os olhos quando o sol do fim de tarde bateu em seu rosto. Bella quase desmaiou com aquela cena. "Então quer dizer que se eu não tivesse mandado aquela mensagem eu nunca saberia que era você, né?" ele virou o rosto na direção dela.
"Vou ser sincera." ela olhou para os próprios pés, então para os dele. Ele usava um sapato social preto e quadrado. Era enorme, só para frisar. "Talvez não."
"Eu não entendo porque isso." ele passou a mão esquerda por sua cabeleira e Bella se permitiu olhar. Desde que viu um pedaço daquele cabelo naquela foto alcoolizada, ela tinha curiosidade para saber como era de verdade. Devia ser divino puxar aquilo! "Ainda acha que sou um serial killer?"
"Você ainda pode ser um serial killer, Edward."
"Mesmo falando com você no telefone por mais de um mês e vindo trabalhar de pijamas porque você pediu?" ele levantou uma sobrancelha de forma divertida.
"Mesmo assim." ela colocou a mão acima dos olhos para olhar para ele sem que o sol incomodasse.
"E que tipo de serial killer seria capaz de salvar a vida diariamente de gatinhos e cachorrinhos indefesos?"
"Esse é o pior tipo!" ela olhou para ele e fez um rabo de cavalo enquanto observava ele rir. Também logo percebeu que ele olhou para seu pescoço e para todas suas ações com certa admiração no olhar. Ela se sentiu bem. Adorou aquilo. Queria mais.
Eles deixaram Nina na casa de Alice, - que quase comeu Bella com os olhos quando viu Edward a seu lado, - e seguiram pela rua, em direção à casa dela.
"Quer subir?" ela perguntou quando alcançou as escadas para a portaria.
"Você realmente vai deixar um serial killer em potencial entrar na sua casa?" ele disse brincando.
Ela então parou e olhou para ele enquanto tirava as chaves do bolso.
"É mesmo. Você tem razão." ela riu. "Mas vou te dar uma chance. Não em minha casa."
Eles pegaram algumas cervejas e foram para o sundeck do apartamento de Bella. Começaram falando do pôr do sol de Chicago e já era meia noite quando ainda conversavam animadamente sobre um dos episódios de "How I met your mother", o seriado favorito dos dois.
Quando o assunto pareceu terminar, por incrível que pareça nada ficou estranho no silêncio. Até o silêncio era confortável quando eles estavam juntos. Bella conseguia escutar bem fraquinho o barulho do trânsito lá embaixo que se misturava à respiração de Edward, que estava bem próximo dela.
"Sabe, eu acho que não devia ter te trazido aqui." ela falou já pensando na próxima piadinha.
"É? Porque?" ele se apoiou de lado no parapeito e ela percebeu que com isso ele se aproximou um tiquinho mais dela.
"Porque olha a altura desse prédio... você como um potencial serial killer... é uma ótima oport... " ela não terminou a frase. Os lábios de Edward já estavam nos dela, as mãos ávidas e fortes dele em sua cintura e ela sentiu que poderia desmaiar. Enquanto as bocas agiam em um movimento parecido, as mãos dele subiram por suas costas, chegando a nuca, segurando-a com força enquanto aprofundavam o beijo.
Era um amasso e tanto. Edward segurou Bella e imprensou-a no parapeito. O beijo parecia não querer cessar tão cedo, até porque ambos não queriam que aquilo terminasse. Quando ela resolveu morder o lábio inferior de Edward, ouviu pela primeira vez um gemido rouco saindo direto de sua garganta. Bella não quis parar com as provocações. Resolveu explorar um pouco aquele delicioso veterinário que estava a sua frente, beijando-a de uma forma que ela não lembrava ter sido beijada antes. Começou a puxar a camisa social de dentro de sua calça e quanto terminou levou as mãos à uma deliciosa barriga lisinha, com alguns poucos pelinhos no conhecido caminho da felicidade. Edward gemeu de novo e ela se viu imprensando as pernas. Vontade. Céus, tudo bem que eles já conversavam a bastante tempo pelo telefone mas será que eles não estavam indo rápido demais?
Ela então se afastou do beijo.
"Edward.." ela sussurrou.
"Hmmm.." ele falou segurando sua cintura, descendo os beijos por seu pescoço. "Diga, minha linda..." Meu Deus do céu, como ele era cheiroso! Bella já estava se arrependendo de falar o que estava prestes a falar.
"Edward, eu nunca fiz isso..." ela parou de falar porque a língua dele estava trabalhando em seu ombro. "Eu nunca agi desse jeito... não acha que estamos.."
"Não." ele foi sucinto. "Eu quero você Bella..." suas mãos apertaram na cintura dela enquanto a voz saía arrastada, era impossível resistir. "Eu quero você desde que ouvi sua voz naquele dia... eu venho desejando isso há um mês..."
E era definitivamente inadmissível tentar resistir a Edward. Não demorou muito para que os amassos tomassem rumo ao corredor do prédio, ao elevador... uma porta aberta, dois corpos caindo na cama... eles começaram a rir mas não cessaram os beijos. Edward tirou peça por peça de roupa de Bella e ela não se sentiu estranha. Ela não se sentiu feia muito menos indigna de tê-lo em sua cama. O olhar de Edward passou naquele momento uma segurança tão grande que foi impossível não se entregar.
No dia seguinte ela acordou com beijinhos em suas costas e mãos fortes em sua cintura. Seu celular estava vibrando na mesinha de cabeceira, mas ela não queria sair daquela posição nunca mais.
"Já está tocando tem um tempinho.." ele falou baixo, com a voz rouca de sono.
"Não quero sair daqui." ela suspirou e virou-se de frente para ele, dando de cara com os mais lindos olhos verdes naquele quarto ainda um pouco escuro. "Meu Deus, não acredito que fizemos isso."
"Fizemos." ele beijou os lábios dela. "E foi perfeito. Melhor ainda do que eu imaginava todas as noites quando ia dormir, depois de falar com você."
O celular vibrou de novo. Bella esticou o braço até o aparelho e tentou ajustar os olhos com a luminosidade da tela.
De: Alice
"Já me vejo vestida de madrinha, chorando e vendo vocês dançando "From this Moment On" da Shania Twain como primeira dança de casados."
Bella começou a rir.
"O que foi?" ele disse com os lábios em seu ombro.
"Nada importante."
"Então vem cá." ele segurou o corpo dela com facilidade e puxou-a para perto. "Ainda tenho algumas horinhas antes de ir para clínica e quero aproveitar cada segundo com você."
Ela queria explodir de felicidade. E aquele dia, entrou para o hall de um dos melhores de sua vida. Ele infelizmente teve que deixá-la para trabalhar mas prometeu que voltaria a noite e que jantariam juntos. Bella podia não acreditar, mas algo muito forte simplesmente a convencia de que podia confiar nele. Era estranho, porque ela nunca iria imaginar que conheceria alguém da forma que conheceu Edward. Era impressionante como coisas inusitadas poderiam trazer algo tão bom.
Naquela tarde, quando achou que ia se irritar mais uma vez com sua chefe espanhola, ela recebeu uma mensagem dele. E aquelas poucas palavras significaram o mundo para ela;
De: Edward
"Poucas pessoas algum dia chegaram a imaginar se apaixonar da forma que me apaixonei. Tive sorte de ter discado o número errado naquele dia. Até mais tarde. - E."
Era impressionante como um engano era capaz de trazer uma coisa tão boa.
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