Capítulo 37
Este capítulo pode conter cenas e palavras proibidas para menores de 18 anos, por favor, leia com sabedoria e consciência.
*************
ALLAN
No dia em que deixei Rebecca em casa, a mãe dela já não estava mais lá, fiquei esperando do lado de fora para ela conferir. Eu não me importaria se estivesse, já pediria permissão de uma vez para namorar com a filha dela. Rebecca tinha dito que a mãe era uma pessoa difícil, eu não a conhecia, então não sei o que faríamos se a mãe não quisesse que ela namorasse comigo. Rebecca já era maior de idade, mas também era sustentada pela mãe, pelo pouco que me contou, morava com a avó, mas a mãe as ajudavam financeiramente.
Foi assim que me empenhei ainda mais nos dias seguintes para arrumar um emprego, tinha que ter dinheiro para mim e para Rebecca se fosse preciso, eu tinha que provar que era digno de sustentá-la quando fôssemos casar um dia. Eu queria casar e imaginava que Rebecca não, teríamos que conversar sobre isso, para ver se pensávamos da mesma forma. Nos encontrávamos na faculdade, andávamos de mãos dadas, as mãos das alianças, mas depois eu tinha que me despedir para sair pela cidade deixando currículos em empresas. Pedi um tempo do grupo de estudos por pelo menos duas semanas, estava confiante de que se me empenhasse iria conseguir o emprego.
E no último dia da segunda semana, Dylan veio falar comigo que o pai tinha aceitado me entrevistar, depois que deixei vários currículos na empresa dele. Ele gostou da minha persistência e decidiu que iria aceitar o meu currículo, então uma secretária me ligou como Dylan avisou que aconteceria e marcou a minha avaliação. Eu não queria comemorar antes de ser empregado de verdade, mas queria um tempo sozinho com Rebecca, não tínhamos ficado só nós dois em um ambiente fechado desde que a pedi em namoro. Então, em um certo momento que ficamos afastados das pessoas no corredor da faculdade, puxei ela para um canto.
— Vamos para a minha casa amanhã, vai poder? — eu disse em seu ouvido.
— Sozinhos? — ela sorriu, mostrando que também queria esse momento comigo.
— Sim, vê se alguém pode ficar com a sua avó para você dormir lá em casa.
— O que tem em mente? — ela mordeu o lábio inferior e acariciou meus cabelos.
— Sabe aquelas suas roupas sexy de rockeira safada? Leve alguma.
— Rockeira safada? Não sei o que quer dizer — ela jogou a cabeça pra trás e riu.
— Sei que sabe — beijei sua boca e a soltei, pegando sua mão pra gente voltar pra sala.
Minha intenção era que nos divertíssemos, assistíssemos dorama juntos e conversássemos sobre a gente, nossos sonhos e nossos gostos. Queria saber tudo sobre ela, desde o seu nascimento se possível, queria que ela me contasse sobre sua família e marcar um dia para conhecê-los. Então, para que tudo isso fosse possível, cheguei em casa já preparando tudo, troquei a roupa de cama, escolhi os doramas que eu mais gostava da Netflix e já deixei lá salvo e fui ao mercado comprar pipocas de micro-ondas, comprei a outra também, caso não fosse a preferência dela. Queria que tudo fosse perfeito, nós merecíamos esse momento juntos, depois de tanto tempo.
▪︎▪︎▪︎▪︎
No dia seguinte, ela não parava de sorrir pra mim na faculdade, ela era tão doce que queria guardá-la em um potinho. Quando souberem que Rebecca ia pra minha casa ao fim das aulas, nosso amigos fizeram algazarra na frente da faculdade e começaram a jogar camisinha em cima da gente, foi vergonhoso para nós dois. Puxei Rebecca para os meus braços para esconder seu rosto e saí arrastando ela para longe, fazendo sinal feio com o dedo para os nossos amigos. Começamos a rir enquanto nos afastávamos, mas fomos o caminho todo em silêncio para casa, só abraçados e curtindo o aconchego um do outro.
No apartamento, deixei que ela ficasse a vontade e fui tomar um banho, obviamente quis me vestir a caráter também e coloquei uma camisa da banda de rock que mais gostei de ouvir depois que ela me apresentou, a banda System Of a Down. Também vesti uma bermuda preta e coloquei uma pulseira de couro que tinha uma caveira no meio, presente da Letícia. Demorei penteando o cabelo e passando perfume, então quando voltei, não encontrei Rebecca na sala e nem na cozinha, porém havia um bilhete seu na mesa.
Estou te esperando na sua sala de musculação, espero que esteja preparado.
Com amor, R.
Sua letra era linda, fiquei apaixonado pelo seu bilhetinho e o guardei no bolso, iria guardá-lo pra sempre também, como ela tinha feito com a minha cartinha. Fui sorrindo até a sala de musculação, mas quando cheguei lá, o sorriso foi substituído por uma expressão de pura surpresa e excitação. Rebecca estava a própria rainha gótica que tanto esperei ver, mas agora sendo minha, ela estava ainda melhor do que eu tinha passado a noite imaginando.
Sentada em um dos aparelhos que eu fazia musculação, Rebecca estava em uma pose sexy, vestida com uma meia calça cheia de quadrados expondo sua pele lisa, outra meia calça preta escura subia até os seus joelhos. Ela estava de tênis allstar também, sua saia era xadrez, a blusa que mal tampada a barriga tinha a estampa de alguns personagens de anime, no pescoço uma gargantilha que parecia um cinto com alguns ferros pontiagudos ladeando toda a extensão. Ela usava uma peruca de cabelo lisa e preta na cabeça, eu preferia seus cachos, mas o cabelo foi o que menos prendeu a minha atenção em tudo que eu via, sua maquiagem era bem feita, nos olhos tinham aquele negócio preto puxado na pálpebra que eu não sabia o nome, mas que gostava tanto de ver em Rebecca.
— Qual o nome disso preto no seu olho? — perguntei, eu nunca mais iria esquecer, ia pedir para ela usar isso sempre.
— O delineado? — ela apontou e eu assenti. Delineado. — Chamamos de delineado gatinho.
— Só vejo você de gatinha aqui — fiz ela rir enquanto me aproximava, tinha medo de não ser capaz de me segurar com ela vestida assim. Ela era a garota mais sexy que eu já tinha visto em toda a minha vida, ninguém chegava ao seus pés, não mesmo.
— Você é muito galanteador, Allan — ela sorriu. Quando me sentei ao seu e peguei em sua mão, ela não protestou enquanto eu a puxava pro meu colo, sentou sem dizer nada, só sorria.
— Quero te falar uma coisa.
— Ah não, quando você diz isso só vem coisa ruim, primeiro deixa eu fazer algo que queria tanto, mas dessa vez estando sóbria.
Eu não entendi o que ela quis dizer até ver sua cabeça indo em direção ao meu pescoço e seu lábios tocando a minha pele quente e onde minha veia pulsava. Gemi sem me conter, assim ficaria difícil explicar para ela meu ponto de vista, quando nem eu mesmo queria mais esse ponto. Mas queria desesperadamente fazer a coisa certa com ela, então esperei ela saborear meu pescoço antes de voltar a falar. Foi difícil estando tão excitado por conta do seu trabalho em meu pescoço.
— Posso falar agora?
— Disse que queria o mesmo, pode retribuir agora — ela levou o pescoço até a minha boca e engoli em seco.
— Rebecca...
— Prometo que ouvirei você em seguida, só... por favor, vampirinho.
Se ela queria um vampiro sanguessuga, então eu serei o seu, queria muito aquilo mesmo. Beijei a pele do seu pescoço, quente também, passei a língua e senti ela estremecer, chegando o corpo mais pra frente. Mordi sua carne e chupei ela de leve, não queria deixar Rebecca muito marcada, mesmo se fosse o que ela queria. Aquilo era mais para enlouquecer uma pessoa, eu já me encontrava assim, doido para levá-la para o quarto...
— Rebecca.
— Hmm?
— Eu quero que a gente se case antes de transarmos. — sussurrei, ainda com a boca próxima de seu pescoço. Mas foi por pouco tempo, Rebecca se afastou tão rápido que quase caiu, tive que segurá-la pelos braços.
— O que? Eu não quero me casar tão cedo.
— Eu sei! Não é isso que estou dizendo, só acho que podemos esperar e fazer a coisa certa. Você é virgem, não é?
— Sim, mas não quero me guardar por mais anos e anos. Allan, por favor! — ela fez um bico tão fofo que me deixou de coração mole e mais excitando ainda ao mesmo tempo. Como podia isso?
— Sua família vai concordar comigo, tenho certeza!
— Claro que vão! Nenhum deles esperaram, mas óbvio que vão querer isso logo de mim, principalmente meu irmão Apolo, ela não vê a hora de te ver e te encurralar como um alfa de alcateia de lobos.
— Não tenho medo de lobos — sorri e a beijei, mas ela continuava séria, e fofa.
— É sério mesmo que você quer esperar?
— Sim, é sério.
— Então não foi pra isso que me chamou aqui e quis que eu me vestisse assim? Que por sinal não foi nenhum trabalho, eu amo me vestir assim. — ela sorriu.
— Não foi, queria namorar com você sim, mas preparei um monte de doramas e pipoca pra gente assistir juntinhos no sofá da sala.
— É mesmo? Então vamos ver se você passa desta noite — ela levantou do meu colo e começou a sair da sala de musculação.
— Como assim? — perguntei indo atrás dela.
— Seu celibato. Se gosta de me ver assim, queria ser torturado sem fazer nada?
— Gosto de ser torturado se poder ver você assim — eu ri e a agarrei por trás.
— Então tá, vou colocar o dorama e você pega algo pra gente comer.
— Você manda, gótica safada — eu brinquei e fui até a cozinha. Rebecca não parecia satisfeita, parecia que ia aprontar alguma, felizmente eu já a conhecia o suficiente para saber disso.
Quando voltei com um pote de pipoca e alguns doces para a sala, Rebecca estava com os dois pés em cima do sofá e sem os tênis, por estar de saia, me deu uma boa visão de suas coxas e sua calcinha branca...
Porr@!
— Gosta de pipoca de micro-ondas? — ofereci o pote a ela.
— Eu gosto, comi uma vez só. — ela começou a comer do pote e se aconchegou em mim quando me sentei do seu lado. Dei play na série Coreana e começamos a assistir.
Estávamos no terceiro episódio quando Rebecca me deu o pote de pipoca e arrancou a blusa, dizendo que estava com calor. O problema é que seu sutiã branco era finíssimo e com uma flor em cada pedaço de triângulo da peça. Fechei os olhos e suspirei, ela voltou a deitar no meu peito, se antes já estava difícil me concentrar, agora ficou muito pior. Voltamos a assistir o drama, mas no episódio seguinte, Rebecca estava arrancando as meias, ficando em uma posição que me deixava ver tudo, a saia era curta de mais. Coloquei um travesseiros no meu colo e olhei pro teto, engolindo em seco pela milionésimo vez.
— Está tentando ficar nua, Rebecca?
— Não tenho culpa se está calor aqui, qual o problema, já me viu de lingerie antes — ela sentou de novo e sorriu, pausando o dorama.
— Por que me olha assim?
— Sei que me viu de lingerie naquela noite em que fiquei bêbada, acha que sou tonta? — ela ficou de joelhos no sofá e pegou o pote de pipoca da minha mão.
— Claro que não acho que seja tonta, e me desculpa — eu fiquei vermelho por ter sido pego, mas não tinha como mais fingir para ela.
— Não se desculpe, não via a hora de me ver assim de novo — ela me empurrou no sofá e subiu em cima de mim, puxando a minha camisa pra cima.
— Você está tentando abusar de mim, eu não consenti sabia? — eu brinquei, querendo ganhar tempo.
— Me denuncia — ela disse antes de morder meu lábio inferior e chupá-lo. Assim ficava mais do que difícil suportar.
Levei a mão até a sua coxa e a apertei, com a outra mão puxei sua peruca e libertei seu cachos que eu tanto amava. Ela me beijava com vontade e deitou por cima de mim, com certeza podia sentir o quanto eu estava... feliz por tê-la ali. Prendi um braço nas costas dela e me levantei, fazendo ela rir e prender as pernas em volta da minha cintura, a levei para o meu quarto e joguei a pequena na minha cama. Ela ria e tirava a saia rapidamente, ficando só de lingerie e com a gargantilha, eu estava ficando louco já.
— Ainda acho que o mais certo seria a gente esperar até o casamento — voltei a falar, pairando por cima dela.
— Por que você está vestido e falando e não está sem roupa e me beijando? — ela me puxou pra si pela camisa e voltou a me beijar, passeando com a língua pela minha boca.
— Só quero fazer isso por você, Rebecca, sinto isso aqui dentro de mim. Terminaríamos a faculdade e depois iríamos nos casar e você entregaria a sua virgindade a mim na lua de mel, como deve ser.
— Sente como eu estou — ela pegou minha mão e levou até a sua intimidade, arregalei os olhos, pois não esperava por isso. Porr4! — Acha que posso esperar até o casamento? Realmente é muito lindo o que você está dizendo, mas não acho que nem você e nem eu vamos conseguir esperar tantos anos.
Pensei por alguns minutos, ela começou a bufar com a demora e cruzou os braços, fazendo cara de brava. Um cara nem podia mais ser cavaleiro com essas góticas safadas hoje em dia!
— Você ordena, rainha gótica do meu castelo negro, e eu obedeço.
Falei antes de segurar ela pelo pescoço e beijar sua boca, deixando seu rosto com um belo sorriso de novo e sua boca vermelha com os beijos. Se Rebecca era um deusa e uma rainha gótica de roupa, sem roupa ela era mil vezes mais alucinante. Eu a mataria, ou ela me mataria... não disse de quê!
De quê eles vão se matar, gente? Hahahhah😏🤭🤭💚🖤
Próximo capítulo é o epílogo e sairá mais tarde. Já está pronto, só esperando por vocês...
Bebendo meu cafézinho preto gótico aqui enquanto vocês surtam daí 🤌🏼☕😊
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro