Parte I
                         Inexplicavelmente
Sentimentos inexplicáveis, talvez até tenha explicação mas eu ainda não encontrei.
Quando estou com ele sinto uma enorme vontade de viver, viver para sempre, uma inquietação que ao mesmo tempo é calma. Paz.
Mas quando estou com ele ah ele, o tempo para ao mesmo tempo que passa em um piscar de olhos, ah quando olho nos seus olhos, e seu sorriso então, uma verdadeira obra de arte. Com ele nem vejo o mundo ao meu redor, nada importa, poderia morrer ali mesmo, naquele instante, porque eu vi tudo que eu queria, viver só é viver quando estou com ele, a nostalgia, a adrenalina, a dopamina subindo no sangue, a sensação de prazer inexplicável, tudo isso me faz sentir viva. Portanto pronta para morrer, porque enfim descobri o que é sentir o amor.

Parte II
Enfim a dúvida acaba
Eu sei quem amo. Amo a mim mesma, nada mais importa, sou doida, talvez esquizofrênica, aprecio a minha própria companhia e gosto de falar sozinha.
Muitos julgam, foda-se!
A vida é uma explosão de dor e sofrimento, uma bomba em cima de outra. Poucos entendem o valor da própria companhia.
Repugnante.
Nada é mais importante do que eu. É até meio narcisista. Sou egoísta mesmo.
Para mim o importante é estar em paz. Estar em paz com o meu próprio caos.
Eu sou um completo caos.
Caos no qual só eu sobrevivo. Com perdas ao longo do caminho mas mesmo assim sobrevivendo.
Pelo menos as dúvidas acabaram.
Eu me amo, me amo porque fui tudo que sobrou. Sou o que me resta nesta vida, só tenho a mim mesma.
Sou inteiramente minha.
Sem dúvidas.