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•Capítulo Vinte e Dois•

Giuseppe

Acordei atordoado,olhando para todos os lados do quarto. Por quê infernos isso tinha que voltar logo agora? Odiava me lembrar do que eu realmente sou, um homem sem alma,acabado,que matou a própria mãe. Odiava estar vivo para me lembrar disso e odiava ainda mais meu pai morto. Queria eu tê-lo matado com as minhas próprias mãos,ver a vida escorrer daqueles olhos doentes.

Me sentei na minha cama e descansei os cotovelos nos joelhos,segurando os cabelos. Lágrimas queimaram em meus olhos,e pela primeira vez em anos eu me permiti chorar.

Chorei pela minha mãe morta,a mesma que eu matei. Aquilo me destruía cada vez que eu me lembrava,e agora estava me destruíndo de novo. A marca do ferro na minha coxa queimava,como se ainda estivesse em carne viva,mas eu sabia que não estava,aquela marca a muito se cicatrizou,a marca que "ele" deixou,o meu próprio pai.

Passei ambas as mãos pelo rosto,secando as lágrimas e me levantei,andando pelo quarto até a porta. Fui direto para a cozinha, abri a geladeira e peguei uma cerveja,a abrindo no balcão da cozinha. Fui para a sala e me sentei no sofá-cama,esparramando as pernas ali,tomando a minha cerveja e ouvindo o barulho do mar.

Começava a pensar,seria eu,a melhor escolha para Mariá? Ela iria querer ficar comigo quando soubesse que matei a minha própria mãe? Ela já não queria ficar comigo mesmo. Mas a cruel verdade, é que eu não tenho forças para deixá-la ir,sentia dentro de mim o quanto ela me importava,mas me perguntava todas as vezes que a via,se eu seria bom o suficiente para ela. Queria fazê-la feliz,mas até agora só a fizera sofrer,e ainda não estamos nem casados.

Com a prisão de Gianni as coisas se complicaram para mim,agora tinha toda a merda pra descobrir sobre os russos,como eles conseguiram entrar na casa de Gianni,que afinal,fica perto da boate,e sempre tinha soldados rondando por lá. Só poderia ser um traidor filho da puta que fizera isso,ajudou os russos. Agora, mais do que nunca precisávamos de aliados,mas aliados confiáveis,o que nenhum deles eram,nem a Camorra nem a Ndrangheta.

Passei a mão pelo rosto. Tínhamos que realizar essa cerimônia o quanto antes,ou as coisas desandariam,sem os homens junrarem lealdade para Enrico as coisas dificultariam,sugiriam mais traidores e no fim de tudo,recorreriamos a meios lastimáveis para nos manter em pé.

Três semanas depois

Guiava o carro pela rua atrás da Spazio Blu,outros vários carros estavam estacionados pela rua,alguns ratos esmagados no asfalto,e o cheiro inconfundível de charutos e bebida cara. Era hoje,o dia da cerimônia de posse de Enrico,e o dia que me tornarei Consigliere do capo dei capi. Se o velho estiver vendo isso,estará se roendo de raiva. O V em minha coxa não mudou em nada,ainda sigo com honra,pelo menos pela famiglia.

Estacionei o carro no primeiro espaço que achei e apertei o botão para a porta subir. Outros carros entravam na rua estreita,homens de todo o mundo saindo para jurar lealdade ao novo capo.

Passei pelos homens,vários deles eu não conhecia,outros provavelmente da famiglia de Nova York que me conheciam desde que era pequeno. Entrei na boate,agora deserta. Essa noite não teria festa,apenas a cerimônia,já que vários homens se deslocaram de seus respectivos lares para virem até aqui.

Fui para o escritório de Enrico e entrei sem bater. Entrei e novamente o encontrei quase engolindo Pietra. Assim que eles me viram,se afastaram um do outro.

- Nem venha com essa! - falei antes que ele pudesse falar - Eu falei pra trancar essa porta.

Pietra me olhou e deu um risinho. Aquilo mexeu comigo. Senti meu interior revirar. Fazia meses que ela não conversava comigo e com razão,mas agora parecia mais com a Pietra,a minha amiga.

Ela beijou os lábios de Enrico mais uma vez e se afastou.

- Vou esperar do lado de fora amor - ele apenas continuou olhando para ela. Pietra parou perto de mim quando passou,colocou a mão no meu braço e falou - Depois que tudo isso passar,eu gostaria muito de conversar com você.

Levantei as sombrancelhas surpreso e olhei para Enrico,que apenas concordou,me lançando um olhar sério.

- Tudo bem.

Ela saiu da sala,me deixando confuso olhando para Enrico.

- O que aconteceu com ela? - perguntei andando até ele.

- Apenas a ouça - ele disse com um suspiro.

Me sentei na mesa e olhei para as minhas mãos,me lembrando daquela noite horrível.

- Eu a contei sobre você - me disse,seus olhos ansiosos esperando a minha reação.

Olhei para ele,minha cabeça dando voltas e voltas,aqueles minutos que sempre estariam gravados na minha mente.

- Eu..- suspirei -..eu não sei o que dizer.

Todas as vezes que eu me lembrava daquela noite,uma tristeza imensa caía sobre mim. Era como se o espírito da minha mãe me atormentasse,e eu odiava,odiava estar aqui,vivo,enquanto minha mãe estava morta,morta pelas minhas mãos.

Enrico colocou uma mão no meu ombro.

- Aquilo não foi culpa sua. Nunca será sua culpa.

Passei o dorço da mão no nariz e virei o rosto para o outro lado,tentando disfarçar as lágrimas que escorreram pelo meu rosto.

- Giuseppe.. - Enrico exclamou,sua mão me balançando.

Aquilo só pareceu me fazer chorar mais. Eu, Giuseppe Accappatollo,chorando.

- Eu..eu tenho medo de me casar com Mariá,e me tornar um louco como ele - minha voz saiu rouca - Fiquei tantos anos sozinho,não queria me comprometer com ninguém porque tinha medo de ser como ele, mas quando a vi..quando a vejo,tudo parece tão bem que eu esqueço do que sou capaz de fazer.

- Você não é como ele - falou firme - Eu sei que vai fazê-la feliz.

Sequei o rosto e olhei para o teto,me sentindo um idiota.

- Ela nunca vai me perdoar. Nunca.

- Ela já te perdoou,eu sei que já - Enrico parou na minha frente e segurou meu pescoço,me fazendo olhar para ele - Mude. Mude por ela,como eu mudei por Pietra.

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