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•Capítulo Nove•


Engoli em seco. Não podia acreditar que tudo tinha dado errado assim tão fácil. Minha primeira vez e já tinha ido tudo pro ralo. E pior? Fui pega pelo homen que estou apaixonada ,e ele parecia estar com muita,muita raiva.

- Me solte! - ordenei,mas Giuseppe apenas se aproximou mais,sua mão apertando meu braço.

- O que estava fazendo aqui Mariá? - sua voz estava baixa,e confesso,me deu medo dele naquele momento.

Fiz minha expressão mais desolada,a que nem papai resistia,mas Giuseppe não pareceu se importar nem um pouco.

- Eu e as meninas queríamos apenas sair um pouco - falei baixo.

Giuseppe olhou para as meninas e voltou seu olhar para mim.

- Você sabe que a reputação de vocês irão pro lixo quando todos souberem,não sabe? - sua voz era cruel,ele parecia muito nervoso comigo,e eu não entendi o porquê exatamente, já que não éramos nada um do outro.

- Só se você contar - falei com a voz carinhosa,cheia de manha.

Ele levantou uma sombrancelha e um sorriso repuxou no canto dos seus lábios.

Ah não,quando ele dava aquele sorriso não era coisa boa.

Ele voltou sua atenção para Gianni,o mesmo me olhava com a expressão decepcionada.

- Gianni,Mauro,levem as irmãs para casa mas,por favor,não deixe que os pais delas descubram.

Ele voltou sua atenção para mim.

- E eu levo Mariá - olhei para as meninas mais uma vez,vendo como estavam aliviadas,como a mim - Mas eu quero algo em troca desse pequeno favor.

Giuseppe começou a me levar pela rua,ele parou ao lado de um carro esportivo verde e as portas se levantaram. Entrei, não querendo que ele ficasse me falando o que eu precisava ou não fazer.

Ele entrou e sentou atrás do volante. Giuseppe dirigiu a pequena distância da boate até minha casa,parando na rua de trás por onde eu saí. Ele desligou o farol e ficamos completamente no escuro,apenas as luzes do painel do carro iluminando nossos rostos.

Olhei para ele,tremendo. Merda, não precisa tremer Mariá. Giuseppe se virou pra mim, seu rosto sério.

- O-oque você quer? - perguntei.

A mão de Giuseppe largou o volante do carro e foi para o meu joelho. O que o meu pai disse sobre isso mesmo? Ah! Me lembro como se fosse hoje de papai me falando que nunca,em hipótese alguma,era pra deixar um homem me tocar antes do casamento,se isso acontecesse,era pra mim tentar arrancar sua mão. Olhei para o rosto de Giuseppe,ele olhava sua não na minha perna,não entendi sua expressão,estava entre a raiva e a adoração,talvez?

Como eu arrancaria a mão dele se eu mesma me derretia sob seu toque? Isso era impossível.

- Um beijo - ele respondeu,finalmente olhando em meus olhos.

- Um beijo? - perguntei,mais para mim mesma. Quem diria que Giuseppe estaria querendo me beijar?

Sorri em minha mente,sentindo o leve gostinho da vitória.

- Sim. Ou não quer me beijar? - o modo como ele perguntou aquilo,sua voz melosa e arrastada.

Ele levantou a mão para a minha boca,seu dedão contornando meu lábio inferior e depois o superior. Apenas fitei seu rosto,observando como suas pupilas se dilatavam.

- E-eu..

Ele sorriu e aproximou o rosto do meu lentamente, roçando nossos narizes. Ele deslizou seus lábios úmidos contra os meus,o leve toque enviando um leve arrepio por toda a minha coluna. Sua mão em meu joelho subiu,era como pequenas línguas de fogo,deixando calor por onde passava.
Endireitei minha coluna,ficando ereta quando sua mão atingiu o alto da minha coxa. Agora agradeci aos céus por ter vindo de calça e não de vestido como pretendia.

Giuseppe afastou o rosto poucos centímetros e me olhou,levantando a mão pro meu rosto. Ele tocou suavemente minha bochecha,sua boca formando um pequeno sorriso.

- Você é tão delicada,que até o menor dos toques pode te quebrar...- sua mão em minha perna subiu pelo meu quadril,o agarrando com vigor,arrancando um suspiro de mim. Olhei dentro dos seus olhos, vendo como ardiam de pura necessidade,de mim -...e você não sabe como eu quero te quebrar.

Ele molhou o lábio inferior e sem avisar, tomou minha boca na sua. Arregalei os olhos e depois os fechei,sentindo aqueles lábios maravilhosos pressionados contra os meus. Senti sua língua cutucar meus lábios,querendo que eu os abrisse,e assim o fiz. Quando sua língua invadiu minha boca eu realmente me derreti,gemi em seus lábios sentindo a onda de umidade deixar meu corpo.

Sem pensar,levantei minha mão até seu pescoço,agarrando a sua nuca,o puxando para mais perto. Ali,parados atrás da minha casa era como se só tivesse nós e mais nada,nem o mundo, nem as pessoas,apenas nós e nossas bocas unidas,nossos corpos tão próximos.

Sua mão em meu quadril subiu até o lado do meu seio,um alarme soando na minha cabeça quando senti seu toque. Um beijo,seria apenas isso.

Me afastei dele rapidamente,antes que eu mesma perdesse o controle e não conseguisse parar.

O olhei ofegante,sentindo meu coração bater forte em meu peito,um lugar muito secreto latejando no mesmo ritmo.

Giuseppe riu,sua mão na base do meu seio se afastando. Por quê eu sentia que estava abandonada agora,sem o seu toque? Então era isso que era desejar alguém?

- Eu...eu vou entrar - falei segurando a porta do carro,então me lembrei que não sabia como abrir.

- Ratinha - disse segurando o meu braço.

Olhei para ele de novo.

- Como vai entrar? - perguntou,um tanto interessado.

- Eu pulo as grades e subo pela árvore em frente a janela do meu quarto...- calei a boca quando percebi que falei com ele como entrar no meu quarto sem ser notado. Voltei a olhar pra ele,vendo seu sorriso idiota -..nem pense nisso!

Giuseppe apenas meneou a cabeça e apertou um botão no painel do carro. A porta do meu lado se abriu e eu sem pensar em mais nada saí do carro sem olhar para trás. Pulei as grades como tinha feito antes,mas dessa vez demorei mais que o normal,ter Giuseppe me olhando enquanto eu fazia algo do tipo era um tanto constrangedor.

Assim que consegui, saí correndo pelo quintal até a árvore. Comecei a escalar a árvore,me segurando nós galhos até a janela do meu quarto. Assim que alcancei a janela me impulsionei para a frente e caí no chão do quarto. Olhei ao meu redor,tudo parecia no lugar,o quarto estava escuro e nenhum sinal do papai ou da mamãe.

Eu não só conseguira sair de casa e ir a uma boate escondida dos meus pais,como também dei meu primeiro beijo com o homem que amo. Isso era tanto pra mim para uma noite que eu só queria dormir e pensar naqueles lábios maravilhosos.

&+✓

Tô achando que esse capítulo vai dar o que falar Eim!!!

Até amanhã xuxus! E tô achando que vcs vão me matar,pq eu fiz algo imperdoável em um capítulo 👀mas tenho ctz que os outros que estou escrevendo vai recompensar,então não me xinguem quando ler.

Fuuiiss!!

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