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Plano A em Ação

*

Os peixinhos cobiçam todo o oceano

E se encantam com coral aquariano

*

Um pouco mais de uma hora após ter deixado à MD Empreendimentos, Dan retornou. Rosimary, a secretária executiva da empresa, uma negra retinta de cabelos muito bem penteados para trás e presos no alto da cabeça em um coque firme, informara a ele sobre novas pendências a serem tratadas. Em menos de vinte minutos, estava de volta, a mansão dos Dianne ficava perto do Centro de Miramar. George, que estava no escritório do pai, do outro lado da rua, também fora chamado.

Mura e Gregório expuseram em que consistia a herança, as regalias, as propriedades, a porcentagem nos lucros, a participação na empresa, os projetos. O jovem Dianne ficou empolgado com a possibilidade de novos projetos. Algo dele do início ao fim. Tinha muitas ideias.

Após a exposição de todos os benefícios que Dan teria, solicitaram que George levasse o primo para conhecer alguns imóveis e projetos em andamento.

— Escolha qualquer lugar, qualquer propriedade que tenha interesse para um novo projeto e estará disponível — disse George, empolgado.

Estavam na Praça do Centro da cidade, apesar de pequena, era muito graciosa, com uma estátua do principal patrono da cidade, que ficava no centro de um chafariz. Bancos de madeira pintados de diferentes cores e cercados por lírios davam ao local um aspecto de maquete, tamanha a perfeição.

— Na verdade, gostei muito da estrutura e localização dessa loja ali. — Dan apontou para o outro lado da rua. — Livraria Paraíso — leu a fachada. — O prédio é antigo, rústico, mas aconchegante. Tem história, combina perfeitamente com o nosso perfil. Tem três andares, o de baixo poderia ser a loja de vendas, o do meio o estoque e a cozinha, o último, assim como o terraço, para servir os clientes.

— E seria loja de quê?

— De chá. É a especialidade da nossa família. Já têm vários dos nossos no mercado, mas não temos uma loja para vender e servir esses chás.

— Mas só chá? Três andares só para servir chá? — Apontou para o pequeno prédio.

Ma... che cosa parla? [Mas... do que está falando?] — Fez um gesto muito comum entre os italianos, as pontas dos quatro dedos tocando na ponta do polegar, a mão indo e vindo, para frente e para trás, isso tinha virado um hábito. — Existem muitas receitas na família. Temos livros de receita lançados. Serviríamos também petiscos, bolinhos, bolachas, essas coisas. Tudo personalizado. Capisce? [Compreende?] Só receitas da família. Mesas no terraço, algumas amostras de plantas em uma pequena estufa que serviria de atrativo. Os clientes poderiam conhecer as plantas e ver como são cultivadas.

— É um projeto muito bom. — Confirmou com a cabeça. — Na verdade, fizemos uma oferta há um tempo, mas o dono recusou. Quem sabe ele aceita agora. Esse ramo de venda de livros anda em baixa, ele agora começou a vender antiguidades.

— De qualquer forma, não tem como eu ficar muito, você sabe, preciso voltar para Itália, vim apenas para passar o fim de ano e o meu aniversário. No máximo fico para o aniversário da bisa, isso se não tiver jeito, a minha intenção era partir antes de abril, não posso atrasar muito o mestrado.

— Vamos ver... vamos ver... — disse George, colocando a mão nas costas do primo, sinalizando para que dessem os primeiros passos de volta para a empresa.

Quando retornaram, a mãe e a avó já tinham ido, precisavam cuidar dos últimos preparativos para a festa à noite, partiram da empresa assim que Dan e George saíram para visitar as lojas.

O jovem arquiteto disse ao pai e ao avô que pensaria na proposta. George relatou algumas ideias do primo, principalmente sobre a loja de chá, ficaram entusiasmados, e o jovem Dianne realmente se sentia tentado com todas aquelas regalias e possibilidades. Mas não era tão simples assim, ele não estava interessado em ninguém, pelo menos não romanticamente. Contudo, havia outra maneira de ter tudo aquilo, pelo menos uma parte, sem precisar se render ao casamento. Se o seu plano em relação à Demi desse certo, tudo estaria resolvido.

— Agora vamos, rapazes, caso contrário, nos atrasaremos — disse Adan, levantando-se.

Estava marcado um jantar em comemoração ao aniversário de Dan. Era para ter sido apenas a família, alguns parentes e amigos mais íntimos. Porém, Eveli convidou outras pessoas de última hora, principalmente moças, e o jantar se transformou em uma festa. Não uma muito grande, mas algo bem maior do que um jantar em família.

A comemoração incluía Demi, é claro, mas ela preferiu não participar, alegando compromisso de trabalho.

***

Dan admirava os pais dançando na ampla sala enquanto descia as escadas. A arquitetura da propriedade era no estilo greco-romano, com grandes colunas de mármore na entrada, e a decoração era clássica, tudo muito sofisticado. Crescera vendo cenas desse tipo. Mura era cerca de dez centímetros mais alto que Eveli, mas, com o salto que usava, estava quase na mesma altura do marido. Ela passava os dedos nos fios negros dele, seus cabelos pareciam não se dar conta de que ele já tinha meio século, embora alguns fios já tivessem se rendido à ação do tempo. A esposa, dois anos e oito meses mais nova, também estava muito bem conservada, era formada em Farmácia, então criava seus cremes caseiros. O casal aproveitava os minutos que lhes restavam antes dos convidados começarem a chegar.

Belíssimo! — Aplaudiu, fazendo o casal cessar a dança — Cadê a bisa? — perguntou aos pais. Muramat beijou a mão da esposa e afastou-se, indo para a entrada da mansão. — A senhora não tinha dito que a trariam?

— A vovó Lale não tem passado muito bem — respondeu Eveli, indo até o espelho que ficava ao lado da escada.

— Algo sério? — Parou atrás da mãe, olhando-a pelo espelho.

— Não, só coisas da idade. Desde o falecimento do vovô Ferit que ela não tem sido mais a mesma — explicou Eveli, desviando o olhar e concentrando-se em ajeitar os cabelos já muito bem alinhados; estavam soltos, passavam pouca coisa dos ombros.

Ainda era difícil falar sobre o falecimento de Ferit, era um assunto delicado. Não queria que transparecesse um tom acusatório em sua voz ou alguma insinuação em suas escolhas de palavras. Por isso, sempre usava cautela ao falar sobre esse assunto.

— Mas não está com depressão, não é?

— Não. — Tentava arrumar, desnecessariamente, a presilha do cabelo.

— Está variando?

Eveli colocou as mãos no aparador abaixo do espelho e encarou o filho.

— Como assim, variando?

— A senhora sabe... — Dan apontou o dedo indicador em direção à cabeça e o girou algumas vezes em sentido horário.

— Não, nada disso. — Virou-se para ele. — É que dificilmente sai de casa. Sempre naquela cadeira de balanço, olhando para o horizonte ou para o céu. Melhor poupá-la, afinal, em breve teremos a festa de cem anos dela. É melhor ela não se sobrecarregar com uma festa atrás da outra.

— Uma festa atrás da outra? Ainda falta mais de um mês para o aniversário dela.

— Mas tem a situação do testamento. Se tudo se resolver, ela precisará vir de Paraíso.

— Só se a Demi resolver se casar e aceitar a herança. — Ajeitou a presilha de pérolas da mãe, que acabara por ficar torta.

— Ou você, meu filho. — Ergueu umas das sobrancelhas.

— Pouco provável que isso mude nas próximas semanas.

— Vamos ver. — Abotoou o segundo botão, de cima para baixo, da camisa do filho. — De qualquer forma, ainda teremos alguns eventos no decorrer de março, tem a festa de aniversário da empresa também.

Eveli prosseguiu falando sobre os diversos eventos que estava planejando, mas, a certa altura, Dan já não ouvia mais nada.

A mãe e a avó passaram a festa toda incentivando o aniversariante a conversar com as convidadas solteiras. Sempre que podiam, elogiavam uma ou outra jovem, contando coisas a respeito das moças. A que tinha passado em primeiro lugar na faculdade, a outra que tinha ganhado um concurso de beleza, outra que tocava piano muito bem e assim por diante.

Ayse, a irmã mais nova dos gêmeos, percebeu o que a mãe e a avó estavam fazendo, assim, associou-se ao plano e passou a falar com o irmão sobre as irmãs mais velhas de suas amiguinhas. Ele achou tudo muito divertido e entrou no jogo, desempenhando bem o seu papel de partido do ano. Aproveitou para flertar sem reservas, sendo atencioso e galante com todas as jovens solteiras da festa, sob o olhar atento da caçula, que, apesar de ter apenas dez anos, era muito perspicaz. Tinha olhos e cabelos castanhos, não herdara os traços mais marcantes dos Dianne, mas tinha os enormes cílios do pai, e a boca de maçã da mãe, o que lhe garantia um rosto gracioso.

Os Dianne observavam a interação do aniversariante com as moças, lançando uns aos outros olhares cúmplices, confirmavam entre si que as estratégias apontadas na reunião de mais cedo estava tendo êxito.

***

MD Empreendimentos, horas antes

Enquanto as aves voam tranquilas

As astutas águias do alto maquinam

— Bom... Todos aqui sabem que os termos só podem mudar uma vez a cada geração, e apenas uma alteração pode ser feita — iniciou Adan.

— Não será preciso acrescentar cláusula. É tudo uma questão de interpretação da lei, de perspectiva. Vejam, pode-se inferir que o primogênito é o que nasce primeiro, independente do sexo. Podemos alegar que é esse o caso — argumentou o Sr. Mori em tom malicioso.

— Eles nasceram no mesmo minuto — esclareceu Eveli.

— Veja... Eles podem ter nascido no mesmo minuto, mas parte do corpo de Demi nasceu alguns segundos antes de Dan — retrucou o advogado, olhando para todos e dando uma piscadela.

— Advogados... Não sei se existe raça pior — disse Adan, meneando a cabeça, porém, sorrindo.

— Parte da herança da primogenitura envolve assumir um lugar no conselho, ações, liderança e assim por diante. E Demi não tem condições nem interesse — contrapôs Eveli.

— Essa reunião tem como base a hipótese de que o estado civil de Demi mudará ainda este ano. Não é difícil imaginar quem seria o marido — Gregório lembrou aos presentes. — Todos assentiram, entreolhando-se. — Sendo assim, não vejo por que o futuro marido de Demi não possa assumir o lugar dela nos negócios, assim como Muramat, em parte, assumiu no lugar de Eveli. Ou seja, já temos esse precedente — prosseguiu com a linha argumentativa.

— Bem, e o que as senhoras presentes nessa reunião acham? Evan, Eveli, opinem — solicitou Adan, com a palma da mão direita para cima e direcionada para Evan e em seguida para a filha.

Eveli olhou para a mãe e fez sinal com as sobrancelhas para que ela fosse a primeira a falar.

— A minha sugestão é que primeiro uma nova reunião seja marcada com Dan para que haja mais uma tentativa. Creio que o deixamos ir cedo demais. Vamos expor para ele todos os benefícios dessa herança. Vamos nos concentrar no que mais o interessa.

— E o que seria? — perguntou Adan à esposa.

— Ele é um arquiteto. Não estamos no ramo imobiliário, é verdade, mas vamos oferecer a ele o comando de todos os projetos em andamento. Além disso, vamos dar autonomia a ele para nos apresentar algo novo, algo criado por ele.

— Brilhante! — disse Adan, a voz impregnada de admiração.

Todos aplaudiram a astúcia da velha senhora Evan, que, apesar dos seus setenta anos, ainda conservava muitos fios vermelhos de sua vasta cabeleira, que chegava à cintura, porém, sempre contida por uma trança, enrolada em coque baixo, na altura da nuca. Eveli herdara isso da mãe, contudo, com um tom de vermelho mais fechado.

— Não quero parecer pessimista, mas Dan disse que não tem ninguém em vista. Como, em menos de um ano, ele vai se interessar por alguém, namorar, noivar e casar? — questionou Eveli, a desesperança gritando na voz. — Quero que ele se case, mas não sem amor — esclareceu.

— Bailes! — disse Evan, um brilho triunfante transbordava de seus olhos verdes.

Todos se entreolharam e perguntaram ao mesmo tempo:

— Bailes?!

— Sim, bailes... Funcionou comigo e com o meu amado Adan. Há de funcionar agora também. Baile é o modo de dizer, claro. Sei que não estamos nos livros de Jane Austen. Não estou caducando. Coquetéis, eventos, festas... Como queiram chamar. Faremos festas! Tem também a festa de aniversário de cem anos da mamãe Lale, que já estava prevista e agora veio a calhar mais do que nunca. Vamos convidar todos os Mori, os Mendes, os Prada, parentes distantes. Principalmente, é claro, as mocinhas casadouras — frisou, dando um sorriso matreiro. — Estou brincando, estou brincando. Mas é um pouco verdade, as jovens solteiras serão o alvo. Vamos convidar a membresia da catedral, claro. Nosso menino há de se apaixonar por alguém em um desses eventos, assim queira Deus!

— Eu concordo com tudo — disse Eveli. — Esse será o plano A. Caso não funcione, partimos para o ponto B, que é entregar à Demi a herança, isso se ela realmente se casar. Teremos que marcar uma nova reunião com o Dan. Vamos aproveitar enquanto ainda está em Miramar, amanhã ele volta para Capital. Sem contar o retorno dele para terminar o mestrado na Itália. Não podemos perder tempo.

A reunião continuou por mais um tempo. Conversaram sobre detalhes e possibilidades, indagaram sobre possíveis noivas para o herdeiro, que ele poderia viver com a esposa na Itália até o término do mestrado, e assim por diante.

***

Esperaram passar de meia-noite para partirem o bolo, pois o aniversário de Dan era no dia seguinte. Mas, como no domingo tinha compromisso na Capital, avisara à família que só ficaria até o dia vinte e cinco, partiria no dia vinte e seis pela manhã.

Quando enfim a festa acabou e Dan pôde recolher-se em seu quarto, teve tranquilidade para fazer uma retrospectiva do último ano. Sempre fazia isso. Fora um bom ano, assim como o anterior. Fizera novos amigos, conhecera lindas italianinhas, tornara-se fluente no idioma, estava indo muito bem no mestrado. Em breve retornaria, assim que resolvesse as coisas em Miramar.

Como era o tão aclamado vigésimo quinto aniversário, foi além e fez uma retrospectiva das últimas duas décadas. Tantas vezes ele e Demi especularam sobre a herança dos vinte e cinco e o presente que as meninas ganhavam. Agora, ali estava ele, sem ela e tentando se desvencilhar da herança.

Pegou a sua velha Bíblia, que estava sobre o móvel ao lado da cama, sempre ficava na gaveta, provavelmente sua mãe a colocara ali para que ele a visse. Isso era bem típico dela, a sutileza não era o seu forte. Dan a abriu e leu a dedicatória:

26/02/1980

"Honra a teu pai e tua mãe; este é o primeiro mandamento com promessa, para que vivas bem e tenhas vida longa sobre a terra."

Filho, que a leitura das Sagradas Escrituras lhe conduza pelas veredas da obediência e da honra. Honrar a Deus em primeiro lugar; a nós, os seus pais, e a sua futura esposa, pois isso agrada ao Senhor. Feliz aniversário!

Com amor, papai e mamãe.

Leu aquela Bíblia regularmente até iniciar o ensino médio, pois os pais faziam leitura diária com ele e Demi; o avô também lia com os netos, às vezes. Após o ensino médio, os pais confiaram a eles mesmos essa tarefa, disseram que já estavam grandes o suficiente para fazerem a leitura bíblica sozinhos. Eles tinham um bebê para cuidar, a caçula Ayse. Dan e Demi passaram então a ler cada vez menos e, após a faculdade, aboliram de vez essa prática.

Guardou a Bíblia na gaveta e se lembrou de outro presente que recebera naquele mesmo ano, uns dias antes de completar dez anos. Estava de férias com os pais em Livorno, município do litoral de Miramar. Dan abriu mais a gaveta e procurou no fundo. Lá estava ela, uma estrela-do-mar azul. Presente de uma linda garotinha que conhecera na praia.

Depois continuou com a sua retrospectiva, lembrando-se do primeiro beijo, os bailes da escola, o time de basquete do ensino médio. Demi como líder de torcida — o avô sempre reclamava disso, achava que o corpo ficava muito exposto, mas sua mãe não via problemas, já que a filha gostava, e o marido não se envolvia nessas questões.

Lembrou-se da primeira namorada, a fatídica festa dos dezoito anos, a ida para faculdade no trailer da família, ele e Yam inseparáveis nos primeiros semestres, o namoro de Yam e Demi, a divisão da família — essa parte ele preferia apagar. A formatura, o desejo dos Dianne de que ele retornasse a Miramar para que se envolvesse mais com a empresa e com a catedral, a decisão dele em fazer mestrado na Itália.

Não fora uma vida ruim, só não era excelente, mas ele só tinha vinte e cinco, o céu era o limite. Ainda tinha muito para viver, muito a conquistar. Em meio às digressões, adormeceu. Ainda segurava a estrela azul, a sua pequena Beatrice. 


Carinhos,

vocês gostam quando chega na parte do encontro do casal principal? Então aguente firme que está próximo. Não desista, persevere e permaneça comigo nessa jornada.

Se essa leitura estiver ajudando você a se entreter, clique na estrelinha, essa é a minha recompensa.

E não se esqueça de colocar esse livro em sua biblioteca para receber notificações de atualização.

Beijos, baci...

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