Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5: ⛵Pedido Atendido🌟

Se um homem de honra uma promessa faz

Ele cumpre o dito porque isso o satisfaz..

🌟

20/09/1962

Eveli estava muito feliz por poder finalmente ir pedalando até o píer. Os pais nunca deixaram até então, alegavam ser perigoso. Mas como era seu aniversário de quinze anos, e Murat estaria com ela, permitiram.

De fato, não era uma distância para se fazer de bicicleta, mas nada que um pouco de energia e disposição não resolvessem.

Estava usando uma saia godê abaixo do joelho com estampa de borboletas e tênis branco com meia. Na maior parte das ocasiões, usava saia, geralmente godê, porém, também usava plissada, pregueada ou franzida.

Achava mais confortável e descontraído do que usar vestido. Saias davam a possibilidade de escolher a peça de cima, e ela preferia assim. Poucas mulheres usavam calça, e Eveli seguia o padrão mais recatado e romântico.

Os cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo com um laçarote azul-claro, o mesmo tom de azul da saia. A blusa era branca, sem mangas, com gola e botões na frente. Um cinto azul completava o look.

Como das outras vezes que estiveram ali, apostaram corrida. Como sempre, Murat ganhou e debochou dela, o que a fez avançar para cima dele, para uma pequena luta com o desfecho já certo: ela com as bochechas vermelhas por conta da agitação, os olhos faiscando por não conseguir prevalecer contra ele, e ele a segurando facilmente enquanto gargalhava da impotência dela diante dele.

Por fim, quando o cansaço bateu, eles sentaram no banco com a estátua da cancioneira para admirarem o mar. Eveli deu um longo suspiro com os olhos perdidos no mar.

As lembranças de quando em um piquenique Murat colheu jamelões para ela e os entregou como se fossem um bolo de aniversário, dizendo para ela fazer um pedido antes de pegá-los. Anos depois, aos dez anos, novo pedido. Dessa vez, ela pediu para que o primeiro beijo fosse com ele. Novamente ele explicou que era proibido. Então ela renovou o pedido de tê-lo um dia em sua festa.

Ali estava ela aos quinze, ainda sem beijar ninguém. Não pensou mais desde então em Murat daquela forma, finalmente havia entendido que os laços deles eram outros. Ele era um irmão. Quando criança, ela tinha dificuldade para distinguir o papel de Murat em sua vida, uma vez que moravam em casas separadas, mas após os dez anos, finalmente, entendeu.

— O que você tanto pensa, hem garota? — Murat perguntou dando um leve empurrão nela com o ombro.

— Que com dez anos eu já estava preocupada com o meu primeiro beijo. Foi uma preocupação precoce e inútil. Veja, até hoje ainda não aconteceu e nem acho que esteja perto de acontecer.

Na verdade, ela ainda se achava nova para um primeiro beijo, apenas deu essa resposta porque o primeiro beijo era uma das coisas que estava pensando e, de imediato, foi o que veio à mente para responder. Não queria relatar tudo.

— Allah, Allah! — exclamou Murat, utilizando uma expressão turca que equivale a "Deus, Deus!". — Você ainda é muito nova. Já se sente a adulta só por que vai pro segundo grau? Além disso, sabe que seu pai não te liberaria para namorar nessa idade. É provável que ele só libere quando você terminar a faculdade.

No final de cinquenta e oito, alguns meses após o aniversário de onze anos de Eveli, o casal Ilmaz levou Murat para Turquia. Um parente havia falecido, eles tinham herança para receber, precisariam vender uma propriedade que ganharam. Acabaram passando um pouco mais de um ano fora.

Os laços entre Murat e os Ilmaz finalmente se estreitaram, dessa forma, ao retornar, já não chamava mais Adan de pai e Evan de mãe. Na verdade, antes mesmo de ir, ele já não se sentia mais tão confortável em se referir a eles como pais, pois já estava crescido o suficiente para entender que isso não era mais uma possibilidade.

Chamar de pais pessoas que tinham um convívio bem limitado com ele começou a parecer cada vez mais estranho.

— Eu sei. Foi só um pensamento. E eu só quero beijar o homem que for ser o meu marido. Não quero beijar alguém que depois será como um estranho para mim — disse Eveli ainda com os olhos fixos no horizonte.

— Com certeza é o que o seu pai espera. E se dependesse dele, acho que você só beijaria alguém depois de casada.

— Não vamos exagerar... Não é para tanto, estamos em pleno século vinte, caminhando para a década de setenta já. Não estamos mais na Era da Pedra. O mundo mudou.

— Teu pai que não te ouça. Vou fingir que não te ouvi para não ser o teu cúmplice.

— Tarde demais. Você sempre foi meu cúmplice desde a infância, quer saltar fora agora?

— Verdade, você sempre me colocou em apuros.

— Eu te salvei de uma vida excessivamente pacata, isso sim — Eveli retrucou, dando um leve empurrão em Murat com o ombro.

Ele exagerou um desequilíbrio por conta do empurrão e aproveitou para abrir a mochila e tirar um pacote dela.

— Feliz aniversário, Li — disse Murat retirando um cupcake do pacote.

— Finalmente um bolinho de verdade — disse ela em tom de surpresa e satisfação, fazendo referência ao fato de que Murat sempre lhe dava frutas como se fossem bolo.

— Ingrata! Sempre demonstrou entusiasmo com as frutinhas e agora está desdenhando? — disse Murat, simulando estar ofendido.

— Não é isso, Mur. Amei todas as frutinhas que me deu ao longo desses anos. Mas é que cupcake é cupcake. E estou debutando, então a ocasião é especial.

— Teu aniversário é e sempre será especial pra mim. Cada um deles — disse Murat, dando um aperto de leve na bochecha dela.

Eveli retribuiu com um sorriso tímido.

— Qual o sabor? — ela perguntou na tentativa de disfarçar a timidez que estava sentindo após o comentário de Murat.

— Vai ter que descobrir sozinha.

Eveli já ia dar uma mordida quando foi interrompida por Murat.

— Hei, olhudinha, não está se esquecendo de nada?

— Dar graças antes de comer?!

— Isso também. Mas tem outra coisa.

— O pedido? — indagou ela após pensar um pouco.

— Sim, o pedido.

— Ah, Mur... Você sabe o que eu sempre pedi. Hoje vai se realizar. Não tem mais nada que eu queira.

— Talvez seja a hora de novos pedidos.

— Certo...

Eveli fechou os olhos, rendeu graças pelo pequeno bolo, depois respirou fundo, sorriu, e assim que abriu os olhos, deu uma grande mordida no cupcake. Comeu mais da metade em uma bocada só. Ela fechou os olhos novamente, achava que isso ajudava a sentir melhor o sabor.

— Que estranho. Acho que nunca comi desse sabor, mas é familiar — disse com a boca cheia.

Quando terminou de mastigar e engolir, passou a língua nos lábios algumas vezes, deu umas estaladas com a língua no céu da boca, como se tudo isso fosse ajudá-la a reconhecer o sabor.

— E então? — perguntou Murat já sem paciência com o ritual dela.

— Tenho uma sensação de familiaridade. Mas é diferente, até um pouco estranho. Eu não sei. É de quê?

— Eu conto se você me contar quem será o seu príncipe.

— Você verá. Acho que dessa vez vou conseguir te surpreender.

— Você nunca me escondeu nada. Por que tanto mistério agora? O que você está aprontando, Eveli Dianne?

— Esteja no baile mais tarde e saberá, Murat Ilmaz.

— Eu imagino quem seja.

— Duvido.

— Gregório Mori?

— Não te darei pistas. À noite você verá.

⛵🌟⛵

À noite, quando Eveli surgiu no alto da escada com um lindo vestido amarelo — rodado, longo, estilo princesa, parecendo a Bela de "A Bela e a Fera" —, Murat desejou que o príncipe fosse ele. Não por motivações românticas, assim ele dizia a si mesmo, mas ela estava tão preciosa, tão perfeita e angelical, não queria ver nenhum outro homem tocando-a, para não contaminá-la.

Apenas ele e Adan deveriam ter esse direto, pois o toque deles não a macularia. Eles a amavam e morreriam por ela, com certeza. Eveli desceu as escadas com os olhos colados em Murat. Ela sorria para ele, mas ele não conseguia retribuir nada além do olhar, pois em seus pensamentos uma pergunta era recorrente: "Quem será o príncipe?".

Murat a considerava muito nova para dançar com um rapaz. Ele colocaria a mão nela, provavelmente na cintura; chegaria perto, talvez até sentisse a respiração dela. Isso era inadmissível. Como o pai pôde concordar com isso? Era a outra pergunta que Murat também fazia.

Todos aplaudiram a entrada dela. Murat aproveitou o momento que Adan estendeu a mão para filha, pois o contato visual entre eles havia sido cortado, uma vez que Eveli olhava para o pai, e olhou ao redor a procura do provável príncipe. Nenhum rapaz ali estava vestido de forma diferente, com destaque, inclusive Gregório Mori, que era de quem ele mais suspeitava. A maioria dos homens estava de roupa social e terno comum.

Era de se esperar que um príncipe estivesse fardado, ou de smoking e com gravata borboleta, mas não tinha nenhum convidado seguindo essas descrições. Tentou afrouxar a gravata, sentia que ia sufocar. O ambiente, de repente, parecia pequeno, como se ele fosse ser espremido ali. Precisava sair.

Quando o corpo fez o movimento de se afastar do salão, Evan chamou por ele. A cerimônia iria começar, e ele foi requisitado para estar junto com a família. Eveli estava sentada em uma linda cadeira. Parecia mais um trono. Ela usava uma tiara e, de fato, parecia uma princesa. Uma oração inicial foi feita pelo avô, o Reverendo Ferit.

Oportunidades foram dadas para algumas pessoas falarem, para prestarem homenagens. Evan cantou uma canção, uma composição de Susan, a avó de Adan. A música que Susan cantava para Ferit; que Lale, a esposa de Ferit, aprendera e cantava para Adan; e que reviveu na voz de Evan como uma versão mais estendida da canção.

Murat também recebeu oportunidade para prestar homenagem. Entregou um buquê a ela e a presenteou com uma linda pulseira com três pedras ametistas, uma maior e duas menores. Pareciam jamelões. Eveli ficou fascinada com a pulseira.

Um lindo sapato de salto foi trazido em uma almofada e entregue a Adan, que se ajoelhou diante da filha, substituindo o sapato baixo que ela usava pelo de salto. Ela foi presenteada pelo pai com um lindo anel no dedo anelar direito. Adan disse que o anel só deveria sair dali quando ela ficasse noiva de um filho de Deus destinado a esse propósito. Eveli assentiu com lágrimas nos olhos.

Adan a conduziu até o meio do salão, e valsaram lindamente. Na sequência, a debutante dançou com os avós: Ferit, o avó paterno e, depois, Joseph, o avô materno. Evan anunciou que Eveli seria entregue ao príncipe para a tão esperada valsa da noite. Chamou Murat e entregou Eveli a ele. Murat entendeu que era para que ele a entregasse ao príncipe.

Ele ficou surpreso, não sabia dessa parte. O seu coração ficou apertado de ter de ser ele a entregá-la. Pôde ter uma noção do que Adan iria sentir quando fosse entregá-la ao noivo no dia do casamento.

Se já estava achando ruim ter de entregá-la para uma simples dança, imaginava como seria quando tivesse de entregá-la de forma definitiva. Suportaria tamanha provação? Murat olhava ao redor, esperando que o príncipe se manifestasse, que algum rapaz desse um passo em direção a eles. Mas isso não aconteceu.

A música começou, e quando Murat a olhou para questioná-la sobre o príncipe, ela se virou para ele colocando uma mão em seu ombro, posicionando-se para a principal valsa da noite. A música era "When I Fall in Love"(Quando Eu me Apaixonar).

https://youtu.be/u-mZZb4BGdo

— O que você está fazendo, Li?

— O que você acha?

— Eu não entendo.

— Apenas dance comigo, príncipe Mur.

Nessa hora, uma retrospectiva valsou diante dos olhos dele. Os pedidos dela para que ele ensaiasse a valsa com ela, alegando que queria se preparar mais. Nunca ensaiavam com o resto das damas e cavalheiros que fariam parte da dança, pois ela dizia que o ensaio deles dois era um segredo, ensaios secretos.

Foram os melhores meses de sua vida. Os pais já não ficavam mais controlando, ou tentando impedir a convivência dele com os Diannes. Ele e Eveli passaram meses ótimos entre ensaios, pisões nos pés e comilanças. Talvez por isso tivesse até então com uma pontada de ciúmes, afinal, esforçara-se tanto nos ensaios, dedicara-se e, no final de tudo, outro iria desfrutar da falsa pública com ela.

Lembrou-se das vezes que perguntou se ela não ensaiava com o príncipe, e das respostas de que eram ensaios secretos. Ele perguntando sobre quem era o príncipe, e ela dizendo ser segredo. A sensação de sufocamento havia passado. Agora ele era apenas um príncipe feliz e satisfeito por estar dançando com a moça mais bonita do Reino.

— Então, surpreso? — perguntou Eveli.

— Deveras, nobre donzela — gracejou Murat.

— Não tem mais ninguém que eu queira dançar além de você e do papai, então não tinha sentido chamar outra pessoa.

— Que bom, teria sido bem estranho ver um rapaz com as mãos em você.

— Ciúmes, meu irmão?

Murat, que a olhava fascinado, de repente, teve uma pequena luz em sua íris apagada, algo bem sutil, mas que não escapou da percepção de Eveli, ela conhecia cada mínima expressão do rosto dele, cada nuance, cada olhar.

— Digamos que seja zelo — respondeu após alguns segundos de silêncio. — Ainda não estou pronto para esse passo, acho que seu pai também não — disse Murat, lançando um breve olhar para Adan, que sorria satisfeito em ver a filha dançar com ele.

— Digamos que esse foi o meu presente por finalmente a promessa ser cumprida — disse Eveli com um sorriso meigo.

— "Promessa"?! — disse brincando, fingindo não se lembrar.

— Sim, de você estar em uma festa minha. Espero por isso a minha vida inteira — ela respondeu sorrindo e ciente de que ele estava brincando.

— Ah sim, verdade. O prazer está sendo todo meu, nobre senhorita. Eu sinto uma satisfação muito grande em poder honrar com a minha palavra. Mas agora você vai ter que pensar em um novo pedido na hora dos parabéns.

— Já tenho algo em mente.

— E dessa vez vai me contar?

— Não... Quando se realizar, eu conto. Isso se eu for atendida.

— Perdendo a fé?

— Não, só não sei se é possível — ela disse, lançando a ele um olhar enigmático.

— Mas não é esse o sentido de pedir algo a Deus? Causas impossíveis?

— Mas Ele precisa aprovar.

— Correto.

Eles seguiram valsando até o final da música, trocando olhares e sorrisos cúmplices. Depois de dançar com os tios também, Eveli puxou Murat pela mão para que eles tomassem um ar puro no jardim. Já estava sem fôlego de tanto dançar.

— E essa pulseira? Parece algo caro, como conseguiu? — perguntou Eveli enquanto tocava a pulseira com um olhar de admiração.

— Trabalhei nas férias, guardei um ano de mesada. Nada de mais — ele respondeu dando de ombros.

— Não precisava ter comprado algo tão caro. Já estou acostumada com frutas de presente de aniversário.

— Precisava sim. Hoje é um dia muito especial, uma nova fase se inicia. Eu finalmente terei mais autonomia indo para faculdade, poderemos estar mais juntos.

— Você vai para Capital, como estaremos mais juntos?

— Sempre virei nos feriados e férias.

— Mas você terá que ir para casa, não?

— Só nas férias. Mas mesmo assim, vou dividir. Ficarei com vocês também, seu pai já me pediu isso. Já sou praticamente um adulto, eles não poderão interferir mais.

Um belo sorriso se espalhou pelo rosto de Eveli. Finalmente as suas preces estavam começando a ser atendidas.

Tivemos baile de debute...  (^_^)

Estrelinhas... Estrelinhas... Per favore, carinhos, cliquem na estrelinha ...

************ SZ ************

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro