A Tradição dos 25 Anos
* Ilustração com os ator Mehmet Akif Alakurt.
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Quando o pássaro aprende a voar
É hora de suas asas raiz fincar
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Carinhos... Esse início é necessário para entender a dinâmica da família. Perseverem que em breve a história vai fluir melhor.
Tradição... Essa era a palavra que definia os Mori Dianne, eles eram cheios delas. Os primogênitos da família vinham de uma longa linhagem eclesiástica. Sempre o primeiro filho assumia a sucessão episcopal. Isso acontecia a partir dos trinta anos.
Outra tradição era os avós e bisavós darem heranças específicas — além de uma especial — com a condição dos netos primogênitos casarem antes dos trinta e terem o primeiro filho nos dois primeiros anos de casados. Caso o matrimônio fosse até os vinte e cinco, haveria mais regalias.
Isso se devia a uma certa pessoa muito caprichosa de nome Sanem Mori, que não conhecera sua trisavó e que sentira ciúmes ao ver um quadro de família na casa de sua melhor amiga e vizinha, Anna. Pelo menos era isso que diziam. O quadro mostrava seis gerações da família Dianne.
A representante feminina da sexta geração era a própria Anna. Sanem então decidiu que teria filhos ainda bem jovem e que faria o possível para que o mesmo acontecesse com os seus descendentes, assim, as chances aumentariam de um dia ela posar para um quadro sendo, pelo menos, a trisavó de alguém. Ou ela ou alguém das próximas gerações.
Muitas gerações depois, seis para ser mais específica, lá estava Dan Dianne, na sala de reuniões da empresa da família, de frente para os pais, em uma grande mesa de mogno escuro, ouvindo sobre o testamento do seu bisavô Ferit, assim como sobre a herança tradicional de sua tataravó Sanem, achando tudo muito ridículo e fora de época.
Ele tinha benefícios a receber, mas só se estivesse casado antes dos vinte e seis. Teria ainda a oportunidade de fazê-lo antes dos trinta, mas não com as mesmas regalias, é claro. Outra possibilidade de receber sem ser casado seria com a morte dos pais, avós ou bisavós — ou se resolvessem dar-lhe algo em vida —, mas seria uma herança geral, e não a específica da tradição.
Não é que não ligasse. Desde criança, ele e a irmã sonhavam com a famosa herança dos vinte e cinco. Imaginavam o que seria, apostavam, brincavam que era um tesouro, e assim por diante. O problema era a condição ser o casamento. Além disso, não tinha a menor intenção de se enveredar para a vida ministerial. Não sentia que tinha um chamado para isso. Não tinha o dom, como costumam dizer.
Teve uma criação cristã, mas eram coisas diferentes. Ser um reverendo como o avô e o bisavô não era para ele. Definitivamente não. Todos pareciam entender isso, não costumavam demonstrar que esperavam isso dele. Alguns comentários quando ele era mais jovem, mas que cessaram conforme o futuro dele fora se desenhando para outros caminhos. Pareciam resignados a esse respeito.
— Gostaria de lembrá-los que não sou o primogênito. Minha irmã Demi é a primogênita. E se não estou enganado, quando minha mãe nasceu, a cláusula da herança ir para o primogênito homem que se casasse até os vinte e cinco foi flexionada, estendendo-se para mulheres. Ou seja, na falta de um primogênito, poderia ser uma primogênita — pontuou Dan para o advogado da família, Gregório Mori, para seus pais e seus avós.
— Sim, é verdade — confirmou Gregório, ao lado do jovem herdeiro. — Essa cláusula foi alterada, eu mesmo a alterei há mais de vinte e cinco anos, juntamente com o meu pai.
Dan deu um sorriso, levantou os ombros e virou as palmas das mãos, com uma expressão que dizia: "Estou certo, eu tenho razão, venci o argumento". Seu sorriso diminuiu um pouco quando Muramat Sarsıl, seu pai, pigarreou. Eveli ergueu o copo de água que estava diante do marido e lançou um olhar de repreensão ao filho. Quando Adan, avô de Dan, abriu a boca para dizer algo, Gregório Mori deu seguimento:
— Porém... — Os ombros do jovem Dianne desceram e as sobrancelhas levantaram em surpresa por haver um "porém" no meio do caminho — essa cláusula é condicionada à ausência de um primogênito homem — continuou após breve pausa, provavelmente usou esses segundos para saborear a surpresa de Dan e criar algum suspense. — Sua irmã gêmea nasceu primeiro, você nasceu em seguida, visto que estava agarrado no calcanhar dela, mas isso não vem ao caso. O fato é que sua irmã é uma primogênitA, e você é o primogênitO — concluiu o Sr. Mori, dando ênfase às vogais finais. Os olhos azuis em triunfo.
Adan, da cabeceira da mesa, balançou a cabeça em concordância, satisfeito com o desempenho do advogado.
— É ridículo, o senhor inventou isso agora — retrucou Dan, espalmando as mãos na lustrosa mesa de mogno.
— Dan... Dianne Sarsıl! — adiantou-se sua mãe, antes que o marido ou Adan se manifestasse, pois isso seria muito pior. — Olha como fala com o Gregório, mocinho! Não vou admitir esse tipo de tratamento. Peça desculpas agora! — Os olhos esverdeados firmes e imperativos.
O rapaz olhou para os presentes, procurando um rosto que demonstrasse apoio, mas a maior parte o encarava de forma inquisitória, com exceção de sua avó, Evan Dianne, que mesmo expressando com o olhar que ele deveria atentar para as palavras de Eveli, manifestava acolhimento em suas feições. Antes de dizer algo, passou a mão pelos fios escuros e estalou a língua no céu da boca.
— Peço desculpas, tio Gregório — ficou em silêncio, achando já ser o bastante, contudo, sua avó pigarreou, e, mesmo que baixo, foi suficiente para ele entender. Remexeu-se na confortável cadeira acolchoada e olhou para Evan, que sinalizou com a sobrancelha para que ele continuasse com a retratação. Então umedeceu os lábios e encarou o ruivo ao seu lado. — Não foi minha intenção faltar com o respeito. Sinto muito.
— Desculpas aceitas. — O advogado fez um movimento com a cabeça. Todos os presentes relaxaram os ombros, menos Dan. — Continuando... Claro que você não é obrigado a nada, mas sabe que se perder a oportunidade de receber a herança através do casamento, só receberá daqui a décadas, uma vez que existe longevidade em sua família. Ou seja, todos vivem muito, passam de um século em alguns casos. E sabe que não são obrigados a distribuírem seus bens estando em vida, essa é a lei.
Eveli observava o marido passar os dedos em sua vasta cabeleira negra, estava contrariado, conhecia bem o marido. Bateu de leve os dedos em seu joelho, lançando-lhe um olhar que dizia que entendia perfeitamente a inquietação dele. Meneou a cabeça sutilmente em uma clara mensagem velada de que não estava de acordo com as últimas palavras do advogado.
— Bem, eu e o seu avô prometemos que vamos passar de um século — disse Evan ao neto, em tom descontraído, queria amenizar a tensão do momento. — Queremos comemorar Bodas de Brilhante. — Apertou a mão do marido e lançou-lhe um olhar cheio de cumplicidade.
Adan sorriu afetuosamente. As íris cor de âmbar dele coladas nas íris verdes dela, que tinham um anel de fogo ao redor de cada pupila. A esposa tinha o dom de suavizar o seu temperamento forte, arrancando do marido olhares dóceis e sorrisos amáveis.
— Vovó, acho que a senhora quis dizer "Bodas de Diamante".
— Também, meu neto, já que para fazer Bodas de Brilhante, primeiro é preciso fazer de Diamante aos sessenta anos de casados. Ainda não fizemos Bodas de Ouro, então veja o quanto ainda viveremos.
— Tudo bem, minha querida esposa, agora vamos voltar ao tema da reunião — interrompeu Adan, beijando a mão da esposa e levantando-se na sequência. Estava acostumado a discursar de pé, hábito de décadas de púlpito. Foi para trás da cadeira, apoiando as mãos no alto do encosto, e pousou seu olhar imponente sobre o neto. Adan era alto, e, olhado de baixo, sua figura se agigantava, muito mais pela postura do que pelo tamanho em si.
Dan se encolheu na poltrona e sentiu a espinha gelar. O olhar do avô e sua postura tinham esse efeito sobre as pessoas.
— O senhor é um Dianne, e um Dianne deve fazer o que é preciso. A vida não é uma festa simplesmente. Você cresceu rodeado de conforto e regalias. Agora é o momento de ser homem, assumir responsabilidades, escolher uma mulher para ser sua esposa, sua companheira de jornada, a mãe dos seus filhos. — Permanecia sem desviar o olhar do neto, com Dan, porém, ocorria o contrário, era difícil sustentar o olhar por mais que cinco segundos. — Nossa família fez muitas conquistas, temos um grande patrimônio e o nosso nome a perpetuar, se assim nos permitir Deus. Muito do que temos hoje é graças aos talentos, aos investimentos, à herança da minha... bisavó Sanem. Que a sua alma descanse!
Ele fechou os olhos, e Dan agradeceu por esses breves segundos sem o olhar implacável do avó sobre si. O Dianne mais velho bateu os dedos no acolchoado de couro da cadeira, evidenciando a retomada de seu discurso.
— Ela fez muito por nós e entregou a nós, seus descendentes, a tarefa de perpetuar o seu nome e do meu falecido bisavô, que a sua alma descanse em paz no Seio de Abraão, nosso pai na fé...
— Amém — disseram todos em uníssono.
— Minha bisavó deixou em testamento essas cláusulas, essas tradições, como expressão dos seus desejos; a realização dos sonhos que não poderia alcançar em vida, intentou alcançar após a morte... — Tomou fôlego e continuou: — Que continuemos honrando a memória desse exemplar casal, e que assim eles continuem descansando em paz até o dia da ressurreição dos mortos, no qual todos nos reencontraremos e prestaremos contas.
Senhor, eu lhe suplico, que ele não comece um sermão agora, os pensamentos de Dan vagavam em súplicas. O bisavô sempre fazia isso, no meio de uma conversa começava a pregar. Como Adan estava próximo a Evan, a esposa passou a mão discretamente nas costas do marido, ela fazia isso quando queria lembrá-lo de voltar ao assunto anterior. Ele pigarreou e prosseguiu:
— O que estou querendo dizer é que chegou a hora de você carregar um pouco desse peso em suas costas para aliviar a nossa carga. Eu, sua avó e seus pais já carregamos por um bom tempo, e os descendentes que vão chegando têm esse dever, que é o de aliviar a carga dos seus ascendentes. Cada um tome a sua carga e siga, assim está nas Sagradas Escrituras. Eu já deleguei a maior parte das minhas antigas funções ao seu pai, mas ele ainda precisa da minha ajuda, desse modo, não pude me desvincular totalmente, mas já estou com oitenta e dois anos, muito lúcido e ativo, é verdade, mas...
O avô ainda continuou com o seu discurso por um longo tempo, mas a partir de um determinado ponto da conversa, Dan, percebendo o quão longo seria aquele monólogo, passou apenas a ver os lábios de seu avô mexendo-se e as reações das pessoas na sala.
Evan não olhava para Adan apenas, ela o contemplava com uma pequena chama nos olhos. Eveli e o marido prestavam atenção no discurso com uma expressão submissa, assentindo na maior parte das vezes, outras com um pouco de ressalva, mas incapazes de contrariar o patriarca. O advogado, Sr. Mori, admirava-o com um brilho de orgulho nos olhos, como um discípulo diante do mestre.
O Dianne mais moço olhou para suas mãos, tinha os dedos longos, como os do avô, as juntas largas. Já o tom da pele era diferente, o do mais velho era um acinzentado pálido, estava sempre tão vestido, de terno, talvez fosse isso. O pai era mais para pardo, o tom da mãe era um pouco dourado. Esticou o braço por sobre a mesa, queria aproximar a mão para comparar com a cor da avó. Definitivamente não. Ela era rosada.
— Você está entendendo, rapaz?! — verificou Adan.
Dan pigarreou, ajeitou-se na cadeira, que mais parecia uma poltrona, sentou ereto, encheu os pulmões de ar e de coragem, por fim, respondeu:
— Vovô, eu entendo todas as suas colocações. Entendo que queira que os últimos anos que lhe restam sejam tranquilos, uma aposentadoria completa e não parcial como tem vivido até então. — Evan esticou a mão, indicando a cadeira para o marido sentar, e ele atendeu o comando da esposa. Após o avô sentar, o jovem herdeiro continuou: — Entendo que papai precise da minha ajuda, estou pronto para tudo isso. Embora vocês saibam que tenho a minha carreira particular pela frente, afinal, sou um arquiteto, e nossa família não é do ramo imobiliário. Mas estou a par das minhas responsabilidades com o patrimônio da família, um legado que pertencerá aos meus futuros filhos e aos de Demi, desse modo, não está nos meus planos fugir disso.
— Bem, então está tudo resolvido — interrompeu o Sr. Mori.
— Porém... — retomou Dan a palavra, dando uma pausa para fixar um olhar de revanche sobre o advogado — não tenho uma noiva, nem sequer namorada, e não estou à procura de uma. Pelo menos isso não está em meus planos para os próximos anos. Mas estou pronto para assumir com as demais responsabilidades.
O advogado soltou a caneta, a qual batia a ponta da tampa na mesa, afastou um pouco o corpo, colocando as mãos sobre as pernas, dando leves palmadinhas. Dan sorriu de canto ao notar o descontentamento do advogado.
— Que jovem egoísta você se tornou, meu filho — agora foi a vez do pai de Dan, que ainda não tinha se manifestado diretamente. — Seu avô já trabalhou a vida toda por essa família e chegou a hora dele descansar. Eu já estou com uma carga de quase três décadas, preciso começar a diminuir o ritmo. Claro que para prestar um mero auxílio, você não precisa ser casado, mas sabe também que um mero auxílio não resolve muito as coisas — deu uma pausa, esperando alguma reação do filho.
— Eu... é que... — Dan olhava para os presentes, procurando as palavras certas.
— Preciso que você tome o seu lugar no conselho para que eu possa delegar a você responsabilidades maiores e para isso a condição é você estar casado. Durante esses últimos anos, demos toda a liberdade a você, deixamos você viver sem grandes obrigações. Mas chegou a hora de assumir o posto de sucessor dessa família. Chegou a sua vez de começar a contribuir de forma mais consistente. Você precisa...
Mais uma vez, Dan passou a ver apenas os lábios do preletor da vez movendo-se, já não ouvia mais nada. Em vez de escutar, passou novamente a prestar atenção nas reações. Sua mãe tinha nos olhos a chama que vira no olhar de sua avó Evan quando o seu avô Adan discursava, porém a chama de Eveli era um pouco mais viva, isso devia ter alguma coisa a ver com a idade de ambas. Adan e Evan olhavam com orgulho para Muramat, aquele olhar que os pais lançam ao filho quando estão satisfeitos com o rebento. O Sr. Mori parecia um pouco indiferente, revirando uns papéis, talvez porque soubesse que todo aquele discurso seria em vão.
— Mediante tudo isso, o que você tem a dizer? — perguntou Mura ao filho.
A pergunta fez com que os ouvidos de Dan fossem destapados. As perguntas sempre têm esse efeito sobre ouvidos distraídos.
— Você também precisa providenciar sucessores, já está na hora de dar o pontapé inicial, pelo menos ficando noivo. Sua mãe quer netos e... — Eveli o interrompeu com um pigarro, o que o fez dar um pausa e beber um pouco de água. — Na verdade, nós queremos netos. — Olhou para a esposa ao dizer a palavra "nós", que assentiu, sorrindo para o marido. — E seus avós têm o direito de aproveitar os bisnetos nos anos que eles têm pela frente.
Ao ouvir isso, Dan levantou-se, seu rosto estava vermelho e o maxilar cerrado.
— Foi bom o senhor tocar nesse assunto, papai. A Demi deveria estar aqui, ela também é parte dessa família. Além disso, ela já providenciou um sucessor. Ela tem uma filha, que é a neta de vocês e bisneta dos meus avós. — Apontou para os Adan e Evan. — Ou seja, já poderiam estar vivendo as glórias de serem bisavós, mas não usufruem da bisneta.
Adan contraiu o maxilar e lançou a Dan um olhar severo. Mura e Eveli olharam apreensivos para o patriarca da família. Mas Dan não se intimidou, prosseguiu, pois, para defender Demi, ele se vestia de coragem e ficava destemido.
O advogado levantou-se com a clara intenção de tomar a palavra.
— Quanto a isso, meu jovem, estamos escusados, pois ela recebeu o convite, mas recusou. Além disso, com todo o respeito, o problema consiste em sua irmã ser mãe solteira e, mesmo após anos — frisou —, permanece assim, negando-se a mudar isso. Sua sobrinha já tem quatro anos, esse ano faz cinco, e sua irmã continua com a mesma postura de sempre, rejeitando qualquer pedido de casamento.
Todos se entreolharam, sabiam que Gregório estava se referindo ao filho. Há anos o advogado nutria a esperança de que Demi um dia seria sua nora, mas ela continuava relutante. Lamentava pelo filho, que a amava desde sempre, e, por conta disso, não se envolvia de verdade com nenhuma outra moça.
— Sendo assim — continuou —, a responsabilidade recai para o senhor. Além de a preferência ser do filho primogênito, a primogênita em questão é uma solteira convicta. Ela mais do que ninguém teria motivos para se render ao casamento, uma vez que seria a solução ideal, a filha precisa de um pai, de um sobrenome paterno, de...
— Bom, acho que já foi o suficiente, Gregório — interrompeu Eveli em um tom amigável. — Não se esqueça de que está falando da minha filha. Embora você não tenha dito nenhuma mentira e eu entenda as suas motivações... e também saiba que suas intenções são as melhores, como pais, eu e meu marido ficamos em uma situação difícil.
O advogado assentiu, voltando a sentar-se.
Eveli então se dirigiu a Dan:
— Meu filho, você não tinha aquela sua namorada da faculdade? Vocês ficaram juntos por dois anos, davam-se tão bem. Quem sabe se procurá-la?
— Mamãe! Garanto que se houvesse alguma esperança de Jaqueline ser a minha futura esposa, eu não a teria deixado ir, provavelmente, ela estaria com uma aliança na mão direita a essa altura. De qualquer maneira, ela recebeu uma excelente proposta de trabalho em outro estado e aceitou.
— Bem, mas se ela ainda estiver solteira, talvez ainda tenha sentimentos por você, e...
— Mamãe... — Dan a interrompeu, massageando as têmporas. — O problema não é ela ter ou não sentimentos por mim, mas sim eu não ter por ela, pelo menos não o suficiente para fazer dela a minha esposa, a mulher que passará o resto da vida ao meu lado. Ou querem que me case para me divorciar daqui a alguns anos? — Olhou para cada um dos presentes.
— Que Deus nos livre disso, meu filho! Graças ao Altíssimo, nunca tivemos um divórcio na família. Pelo menos não entre os Mori Dianne — respondeu de imediato Eveli.
Dan já estava cansado da pressão da família. Lançou um olhar exausto a todos e depois de um longo suspiro, perguntou:
— E se a Demi se casar ainda esse ano, resolveria o problema? Vocês dariam a ela a herança destinada ao primogênito que se casa antes dos vinte e seis?
Todos se entreolharam surpresos, pois não esperavam por essa pergunta, algo assim não tinha lhes ocorrido.
— Ela não teria condições de assumir os negócios da família. Você sabe muito bem disso. Está envolvida na área da moda e da dança. Demi viaja por aí em desfiles e musicais — retrucou Mura.
— Essa é outra questão, papai. O que eu coloco diante de vocês é o seguinte: vocês dariam a herança de primogenitura a ela se ela se casasse?
— Bom, teríamos que nos reunir para deliberar sobre isso.
— Certo, então deliberem. Daqui duas semanas nos reuniremos novamente. E dessa vez Demi estará presente. Assim espero.
Todos concordaram.
Dan saiu da sala sentindo-se aliviado por escapar daquele paredão e conseguir mais algumas semanas.
Carinhos,
obrigada por terem chegado até aqui, sei que fui um pouco repetitiva nas primeiras publicações, com explicações, apresentações, ficha de personagens etc.. Mas toda essa introdução prolongada já passou. Então aguente firme que a partir daqui vai fluir melhor a história. Não desista, persevere e permaneça comigo nessa jornada.
Baci, beijos...
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