Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

22. "I will stay with you"

- Vão me visitar em Stratford? Não vão? - Patrick perguntava enquanto colocava as malas no carro que Mycroft pedira para buscá-los.

- Para que? - Sherlock jogou sua mala no porta malas. - Já convivemos tempo demais com você, agora cada um segue seu rumo.

-Sherlock! - John o repreendeu.

A reação de ver Patrick abaixando a cabeça envergonhado, partiu seu coração. Adorava Sherlock em todos os sentidos, incluindo a parte em que ele não tinha papas na língua e falava o que pensava, mas em certos momentos aquilo passava dos limites.

- Não se preocupe. - John olhou para Patrick. - Não concordo com as ideias dele. E em breve faço questão de ir te visitar.

Patrick abriu um de seus maiores sorrisos.

- Vamos John. - O cacheado já entrava no carro. - A Sra. Hudson não esperara a vida inteira para servir o chá. 

John bufou perante a ignorância de Sherlock. Seguiu em direção a Patrick e deu um forte abraço no amigo. - Muito obrigado, por tudo. - Patrick sorriu e fez um ceno com a cabeça indicando que era melhor John entrar no carro, antes que Sherlock explodisse de impaciência. 

Entrou no carro e sentou-se ao lado de Sherlock, que digitava freneticamente em seu celular.

Nenhum dos dois conversaram durante todo o caminho, às vezes John tentava encarar o amigo, mas este desviava o olhar ou vice versa. John se sentia ridículo naquela situação, era como se a amizade entre os dois estivesse sendo barrada ou fossem dois desconhecidos.

A torturosa viagem de carro durou quase cinquenta minutos, que mais pareciam horas intermináveis. Aturar a presença de ambos, no mesmo carro, nutrindo perguntas e desejos incontroláveis, mas que deveriam ser negados naquele instante era a pior coisa que estavam enfrentando naquele instante até chegarem na Baker Street. 

- Sra. Hudson! - Sherlock chamava a governanta enquanto subia as escadas e John lutava para ajudar o motorista do carro tirar as bagagens.

- Oh, Sherlock. - Ela deu um forte abraço no menino. - Que saudade. Preparei um chá para você. - Disse, agora indo para a cozinha. - Mycroft disse que viria acompanhado de um amigo.

Sra. Hudson era uma senhora que aparentava beirar os sessenta anos, estatura média, magra, cabelo curto meio ondulado, seus fios brancos dominavam sua cabeça. Mas apesar da idade, sua alegria era de uma mulher de trinta anos.

Falava com todos, era viúva e desde que perdera o marido fora trabalhar com a família Holmes. Já havia ouvido falar sobre a família, eram pessoas comuns, exceto pelos dois filhos o mais velho, que adquirira o dom das deduções, mas focara seu potencial para trabalhar ao lado do governo e desde então possuía um cargo misterioso na corôa britânica.

Já o mais novo, seguira o DNA do mais velho na parte das deduções, mas era o mais esquisito. Vivia fechado, não tinha amigos e usava seu dom com afinco, o que assustava as pessoas quando ele decidia descobrir a vida de cada uma.

Sra. Hudson cuidara de Sherlock desde criança e era fascinada pelo garoto e suas habilidades, sentia pena das pessoas que o menosprezavam, não sabiam a grande alma que estava por trás daquele ser.

- John Watson. - Sherlock disse ao ver o amigo carregado de malas entrar na sala.

O apartamento era pequeno, mas bem aconchegante, dois quartos, uma sala com um sofá de couro preto, duas cadeiras no meio e uma estante repleta de livros, uma cozinha e um banheiro ao fundo, com uma casa de três cômodos no andar de baixo.

- Olá. - John colocou as malas no chão e foi cumprimentar a senhora. - A senhora deve ser a famosa Sra. Hudson. - John apertou a mão da senhora, que sorria para ele.

- Até que enfim Sherlock encontrou alguém. - A senhora sorriu, trazendo uma bandeja com biscoitos e duas xícaras de chá.

John e Sherlock se olharam, ambos estavam cada um em uma extremidade da sala, mas logo desviaram o olhar.

- Sherlock, precisarei ir agora. Mas qualquer coisa estarei lá em baixo.

Sra. Hudson saiu, colocando a bandeja que trazia consigo em uma mesinha e deixando os dois a sós na sala.

- Já está tarde. - Sherlock disse olhando pela janela. - Tome seu chá. - Andou em direção a uma porta, deveria ser seu quarto. - É melhor dormir e acordar cedo, já que quer achar um bom lugar para morar aqui.

Essa frase e o olhar frio de Sherlock sobre ele, foram como um tiro em seu coração. Nunca vira o cacheado tão seco com ele. Ele sabia que o moreno queria protegê-lo e gostava dele. Mas quem sabe o tempo poderia curar aquilo.

John foi para um dos quartos, era pequeno, uma cama de solteiro, um guarda roupa e uma janela.

Colocou seu pijama, que se resumia a uma camisa branca e uma bermuda verde, se jogou na cama e encarou o teto branco do quarto. Seus pensamentos o atormentavam, pensou em sua mãe, seu corpo já deveria ter chego em Lacock, em breve, quando adquirisse coragem, iria ver seu túmulo.

Fechou os olhos, já fazia muito tempo que não rezava ou pensava na existência de um Deus, mas orou e pediu para que se realmente existisse um Deus, que este guiasse a alma de sua mãe.

Seu pensamento foi guiado para Sherlock, agradecia tudo que havia feito por ele, mas logo pensou no beijo, no abraço, na emoção que sentia quando estava perto dele.

Sentiu seu corpo tremer e um calor inundá-lo, abriu os olhos repentinamente, precisava falar com ele não esperaria até amanhã.

Como um impulso e toda a coragem do mundo, pulou da cama e foi para o quarto de Sherlock, sabia que ele não estava dormindo, apesar de não fazer nenhum barulho.

Sherlock tinha esse dom, estar presente mas parecer invisível em certas ocasiões.

Ao chegar na porta, sentiu sua armadura cair, era loucura, achava melhor deixar tudo para trás e deixar o passado no passado, poderia arrepender-se se fizesse aquilo.

O que iria falar com ele? Como começaria um diálogo?

- Entre John. - Sherlock respondeu do interior do quarto, antes que pudesse dar meia volta. - Odeio quando as pessoas ficam paradas atrás da porta.

John adentrou no quarto, abrindo lentamente a porta, seu corpo todo tremia e sentia seu coração saltar pela boca, era a primeira vez que ficava assim perante Sherlock, que estava sentado com as pernas cruzadas na beirada da cama com os olhos fechados e seu violino apoiado entre dois travesseiros ao seu lado.

John sentou-se na cama, mas decidiu tomar uma distância de pelo menos dois palmos, evitando encará-lo.

Ambos permaneceram calados por um bom tempo, John já não conseguia mais aguentar de ansiedade, estava nervoso e não sabia se iniciar uma conversa com Sherlock seria uma boa ideia. Então para tentar se acalmar, começou a cantarolar trechos da música "Ode a Alegria", de Beethoven, uma das poucas músicas que se lembrava de seu pai tocar no violino. Lógico que o ruído de sua voz poderia incomodar Sherlock, mas tudo que Watson precisava e necessitava naquele momento, era se acalmar.

Sua voz saiu fraca no começo, ora por medo ora por tentar se lembrar do ritmo da melodia, em menos de minutos o timbre de sua voz preencheu o quarto.

Sherlock não se moveu ou contestou tal ato, pelo espanto ou sorte do loiro, Holmes o acompanhou na melodia, o que, com toda certeza, foi um dos momentos mais alegres que Watson teve naquele dia.

Não havia fala, ou movimentos, exceto pelas mãos de John que dançavam do ar, os dois apenas cantarolavam a música de maneira tão ingênua e divertida que pareciam dois grandes e velhos amigos de longa data que sempre fizeram aquilo durante a infância.

Quando o loiro já estava submerso na cantarolagem e confortável por estar se lembrando de seu pai e sua mãe, ouviu um som de violino acompanhando o som de sua voz.

Sherlock se encontrava em pé, no meio do quarto tocando seu violino e alternando o olhar entre os dedos da mão esquerda que demarcavam as notas e o rosto de John, que estava tão distraído que não viu o momento que o cacheado parou de cantar e começou a tocar.

Um dos sonhos de John se realizara, ver Sherlock tocar a música que mais lembrava seu pai, e ele tocava lindamente sem errar ou desafinar. John parou de cantar, perplexo e maravilhado com o talento e a postura de Sherlock, incrivelmente lindo e sereno tocando o violino.

- Sabe dançar? - Sherlock parou de tocar, se dirigindo a Watson e colocando seu violino novamente na cama e pegando uma caixinha que mais parecia um pequeno rádio em uma mesinha próxima a cama.

- Por que a pergunta? Você não... - John tremeu e sentiu seu estômago gelar.

- Sabe ou não? - Sherlock disse com um tom de voz irritado, colocando o projeto de rádio na cama. 

- Digamos que dançar nunca foi meu forte. - Disse sem jeito, observando a caixinha que Sherlock colocara na cama. - O que é isso? 

- Um gravador. - O cacheado ligou o aparelho, após passar algumas melodias que John não conseguiu identificar, Sherlock parou em "Ode a Alegria" e deixou tocando em um tom baixo, para não acordar a Sra. Hudson,  mas de modo que ambos pudessem escutar. - Costumo gravar algumas músicas que gosto de tocar no violino aqui. - Disse virando-se para John - Me ajuda a pensar em compor e... - Estendeu sua mão para John - Dançar. 

- Dançar? - John demorou para aceitar a mão do outro. "Sherlock sabe dançar?", era o único pensamento que conseguia realizar.  

- Eu amo dançar, mas não é uma habilidade que costumo mostrar para todos. - Puxou a mão de John, que havia acabado de ser erguida, fazendo o loiro levantar e se por a sua frente. - Na verdade, eu nunca mostro a ninguém, exceto a Sra. Hudson que me pegava dançando na sala. - Os dois riem. 

- Eu não sabia que você dançava. 

- Vai ficar me questionando ou podemos nos divertir senhor Watson? - Sherlock falou sério, mas logo começou a rir ao ver a cara de espanto de John. - Você não está com sono, muito menos eu. Vamos nos distrair e aproveitar que estamos longe daquele delinquente do Moriarty. 

   John sorriu e isso fez Sherlock se sentir mais a vontade para iniciar os primeiros passos de dança, que mais parecia uma valsa. Watson ficou um tempo parado, tentando memorizar os passos do amigo até tentar algo. 

-Você é horrível. - Sherlock começou a rir, John parecia um pato desengonçado. - Você não consegue acompanhar o ritmo da música, parece que tem dois pés esquerdos. 

- Pare de rir seu idiota. - John retrucou, mas Holmes não parava de rir. - Então me ensine senhor pé de valsa. 

  As últimas palavras de John foram como um deboche, deixando Sherlock irritado, se recompondo da risada e pegando as mão de John em seguida.

- Você será o melhor dançarino do mundo meu caro Watson, e é bom não duvidar das minhas palavras. 

- Pode apostar meu caro Holmes, eu nunca duvidei. 

Começaram a dançar, John, a cada passo pisava nos pés de Sherlock, que o olhava com reprovação, mas John adorava aquele olhar e Sherlock adorava os erros bobos do companheiro de dança. Demorou cerca de meia hora para John pegar o ritmo da música e se mostrar um pouco astuto na dança.

Logo o corpo dos dois estava relaxado e ambos tinham um sorriso bobo em seus rostos. Sem perceberem, o corpo de cada um foi se aproximando, as mão de John nos ombros de Sherlock e este com as mãos na cintura do outro, cada um se sentindo livre e como se só existissem eles no mundo, até John tropeçar nos pés de Sherlock e quase cair no chão, se não fosse os braços do moreno segurá-lo. 

- Você está bem? - Sherlock disse rindo.

 John não respondeu, apenas acenou com a cabeça afirmando que estava bem. Seu corpo estava encostado no abdômen de Sherlock, seus olhares estavam fixos, mas mantinham um sorriso nos lábios até a atenção de John se voltar para a boca entreaberta de Sherlock e a vontade de beijá-lo o dominou.

  Para ele Sherlock era muito mais do que tudo que podia ganhar em sua vida e aquela noite, com toda certeza, iria ficar em sua memória para sempre e queria ter Sherlock para sempre em sua memória. 

  A respiração de ambos era ofegante, e nem mesmo Sherlock estava conseguindo controlar seus impulsos e subconsientemente, estava apertando a cintura de John e o puxando para mais perto de si, mas percebeu que poderia estar fazendo uma besteira, afinal, John havia voltado do velório de sua mãe e não era justo colocar mais confusão em um só dia, sendo que já o havia beijado uma vez e ainda estava tentando entender o motivo de tudo aquilo.

O moreno, de maneira abrupta, se afastou de John, que não entendeu o motivo do ato repentino.   

- Não vai acontecer de novo. - Sherlock disse voltando a sentar-se na cama e desligando o pequeno gravador.

- O que? - John já sabia do que se tratava, mas resolveu ter a certeza se estavam falando do mesmo assunto. Sentou- se na cama ao seu lado, agora bem mais perto do cacheado.

- Você sabe o que. - Agora Sherlock o olhava, seu olhos azuis provocaram um certo nervosismo em John.

O fato de Sherlock quase sempre adivinhar seus pensamentos o deixava nervoso, então o único jeito de manter uma conversa objetiva, rápida e do jeito que Sherlock gostava, era necessário ir direto ao assunto.

- Por que? - John disse tentando encarar Sherlock. - O que significa tudo isso?

- Eu não sei. - Sherlock abaixou a cabeça. - Isso é mais confuso para mim do que para você.

- Olha. - John pôs a mão no ombro do amigo e abaixou a cabeça para tentar ver o rosto do moreno. - Não é só você que está confuso, tudo isso é novo para mim também é que... - John gaguejou. - muitas das suas atitudes são repentinas e isso me assusta um pouco.

- Desculpe se fiz algo de errado. - Sherlock olhou para John. - É que pela primeira vez eu não sei explicar. É algo fora do normal John. - seus olhos ameaçavam lacrimejar.

- O que você sente? - John percebeu que Sherlock permanecia parado o encarando, sem reação. - Não tenha medo, você pode me contar.

- É confuso. Uma hora estou bem, conversando com você e outra eu não tenho mais controle do meu corpo, meu coração acelera, minha temperatura aumenta e o único pensamento que me vem a cabeça é ter você dentro de mim.

- Dentro de você? - John riu, achando fofa a declaração do amigo. Era raro ver Sherlock vulnerável e pretendia vê-lo assim mais vezes.

- Eu olho pra você e sinto mais do que amizade, mais do que afeto. - Sherlock continuou, ignorando a pergunta de John. - É a primeira vez John, eu não sei lidar com isso como você.

- Como eu? Por que?

- Você é sentimental demais, está acostumado a sentir isso.

- Isso não quer dizer que não fico confuso igual você.

- Você se mostra tão forte aos seus sentimentos John. - Sherlock aproximou seu rosto. - Como você suporta?

- Eu não suporto. - John teve coragem para olhar os enormes olhos azuis. - Eu não aguento nada disso, cada dia é um pedaço de mim que se vai e hoje o maior deles se foi.

Encostou a ponta de seus dedos levemente nas bochechas de Sherlock, demarcando levemente seu rosto.

John nunca se sentira tão seguro e confortável ao fazer aquilo, era lindo ver Sherlock daquele jeito e a única coisa que poderia afirmar é que não podia abandoná-lo.

- Posso estar despedaçado, mas minha alma permanece aqui e com ela meu coração. - John passou a mão nos cachos de Sherlock. - Porque eles estão sendo segurados pela ancora que está bem a minha frente, cujo nome é Sherlock Holmes.

Sherlock ficou um tempo parado, tentando entender a referência, mas ao ver John sorrir, entendeu que ele também sentia as mesmas coisas e ambos sorriram, um sorriso leve e acolhedor.

- Estamos juntos nessa Sherlock, podemos não entender nada agora, mas vamos aprender juntos. - encostaram a testa um no outro. - Também estou com medo, mas temos um ao outro.

Tomaram distância e permaneceram se olhando, ninguém falava nada, apenas sentiam a presença um do outro.

John tomou coragem e deu um selinho em Sherlock, este não retrocedeu e adorou a sensação de terem seus lábios juntos, não era um beijo, apenas um toque, calmo e cheio de paixão.

Com medo de avançar, John cessou. Os olhos de Sherlock brilhavam, queria beijá-lo, mas preferiu deixar Sherlock entender seus sentimentos.

John se levantou, deixando Sherlock parado olhando para um ponto qualquer e foi para seu quarto, antes que fechasse a porta, falou.

- Eu vou ficar com você. - Pode ouvir uma risada de alivio e alegria, vinda de Sherlock. - E a propósito, você é um grande dançarino meu querido Holmes. - Fechou a parta. 











Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro