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13."We are all sunflowers"


P.O.V John

Corri para pegar todos meus pertences que estavam espalhados pelo quarto, havia mais coisa do que eu pensava fora da mala, ou seria apenas minha ansiedade em sair daquele lugar?

Quando acabei de pegar minhas coisas, o que havia levado pelo menos umas duas horas e meia até caçar tudo e arrumar devidamente na mala e na mochila, de modo que facilitasse e acelerasse minha fuga.

Fiquei tão ocupado, que quando dei por mim o jantar já havia passado e com toda certeza os garotos já estavam a caminho dos dormitórios e eu deveria correr e guardar qualquer suspeita de minha partida, afinal, nenhum dos meninos poderia saber de meus planos, nem mesmo Patrick.

"O que está fazendo? Por que não foi para o refeitório?" Harry apareceu no quarto enquanto eu lia um pequeno exemplar sobre a Guerra dos Cem Anos, que um dos meus poucos amigos na Notton House School havia me dado de presente.

"Estudando." Creio que fui um pouco ríspido na resposta, mas Harry não se importou, pois seguiu seu caminho até sua gaveta do criado mudo e retirou um livro de história.

"Qual é mesmo a matéria da prova de segunda?" Ele se virou para minha direção, mostrando um livro de história totalmente acabado, com as folhas amassadas e alguns respingos de bebidas diversas na capa. Bem, Harry era um dos menos organizados no quarto e como não era muito fã de estudar, achava que os livros também não mereciam um apresso considerável.

"Creio que seja sobre a Revolução Inglesa do século XVII" Respondi sem olhá-lo.

"Então qual o motivo de estar lendo sobre outro assunto?" Ele disse, agora com um tom de voz mais firme.

"Estou apenas tentando me distrair." Fechei o livro, já um pouco gasto mas ainda em bom estado, e o encarei. Ele me olhava sério. "Precisa de ajuda?"

"Amanhã, você poderia me ajudar a estudar. Não estou entendendo nada dessa merda." Harry jogou o livro para outro lado do quarto e se deitou em sua cama.

Eu não disse nada, e internamente dei graças a Deus por não estar naquele quarto quando amanhecesse, realmente a ideia de sair dali fora uma das melhores que havia passado em minha mente.

Guardei o livro, fui para o banheiro, fiz minha higiene noturna e coloquei meu pijama, afinal, todos tinham que pensar que eu iria dormir ali e como seria de madrugada, ninguém iria me ver no corredor andando de pijama.

Segui para minha cama, passando por Harry que já dormia capotado na cama do mesmo modo em que se jogara nela mais cedo. Patrick já havia chego e estava tão quieto na cama que mal percebi sua presença.

"Oi John." Ele disse baixo para não acordar Harry. "Por que não foi jantar hoje? Está tudo bem?"

Eu não respondi, apenas balancei a cabeça afirmando e fui para minha cama esperar Anderson e Moriarty chegarem para que o sono de todos libertassem minha fuga.

E assim foi feito, recostei-me na cama e virado para o lado da parede fiquei atento aos barulhos no quarto, os meninos chegaram alguns minutos depois em silêncio e logo pegaram no sono.

Não sei exatamente a hora, mas já deviam passar das duas da manhã, quando ouvi todos do quarto em um sono profundo devido aos pequenos ruídos de roncos e bocejos. Desci com muito cuidado as escadas de madeira da beliche, peguei minhas duas malas e a mochila, a qual permanecia com a bengala de meu pai.

Vagarosamente abri a porta, que por sorte haviam colocado óleo em suas dobradiças evitando que fizesse barulho ao abri-la.

Mal sai do quarto e senti uma brisa gelada atravessar meu peito, o tecido do pijama era fino e as mangas curtas não ajudavam muito.

O corredor estava deserto e o uivo do vento era o único som do ambiente junto com os de algumas janelas que batiam no interior dos quartos. Se eu não estivesse com tanta pressa e ansiedade para chegar em meu antigo quarto e me deparar com aquelas tranqueiras de Sherlock espalhadas pelo quarto, com toda certeza teria paralizado no meio do corredor.

Por alguns instantes esse último pensamento se tornou meu foco para atravessar aquele corredor enorme, era estranho pensar nisso como um objetivo, era estranho pensar que Sherlock estava se tornando um dos meus objetivos.

Ignorei esse mini questionário e segui antes que alguém me visse. Cheguei em frente ao quarto, destranquei a porta, acendi a luz e a primeira coisa que me deparei foi com o que não saia de meus pensamentos naqueles últimos segundos.

As coisas estavam exatamente como antes, exceto pela gaveta de medicamentos entreaberta e uma seringa sobre o travesseiro de Sherlock, devido a sua tentativa suicida. Mas o ambiente era o mesmo do que havia sido apresentado a mim quando cheguei, os livros espalhados pelo chão e dominando parte da cama de Sherlock, o cheiro de tabaco, que agora estava fraco, ainda podia ser sentido, a poeira nos móveis havia se multiplicado, realmente os funcionários mantinham distância daquele quarto e o livro de anatomia que Sherlock estava lendo continuava na pequena cadeira ao lado da mesinha de madeira encostada na parede próxima a porta.

Era estranho admitir para mim mesmo que aquele lugar me trazia uma certa paz, aconchego, era um dos poucos lugares da instituição cujo o qual eu me identificava, talvez fosse pela desordem e o jeito maluco de Sherlock arrumar as coisas, mas não entendia o motivo, uma vez que eu era uma pessoa que tentava ser o mais organizado possível.

Parei com esses pensamentos, talvez estivesse comovido com a situação atual de Holmes e suas coisinhas largadas pelo quarto fosse uma de suas marcas e eu não queria acabar com isso.

Coloquei minhas malas na cama, que havia considerado ser minha logo no início, como o quarto era um pouco menor do que o dos meninos, havia apenas duas beliches uma ao lado da outra de modo que a minha cama era do lado da do meu companheiro de quarto.

Rapidamente retirei as coisas da bagagem e arrumei devidamente na parte vazia do armário, que havia limpado a poeira por cima apenas para poder guardar minhas roupas.

Retirei alguns livros da mochila para colocar na estante, mas percebi o ambiente muito sujo, assim como todo o quarto. Procurei alguma coisa que pudesse limpar e acabei por achar uma flanela dentro de uma das gavetas, o que me foi muito útil para retirar grande parte do pó do local.

Devo dizer que grande parte da madrugada foi para limpar o quarto passando uma pquena flanela, que havia achado perdida entre a bagunça, pelos livros jogados e alguns móveis do quarto, deixando os livros e os instrumentos de Sherlock em seus devidos lugares, jogados, mas limpos. Por mais que aquilo me irritasse, não me sentia no direito de desfazer aquela pela bagunça, que por hora me trazia uma sensação de felicidade. Era estranho como meu cérebro conseguia imaginar cenas de Sherlock mexendo em seus materiais e um sorriso ameaçar aparecer em meus lábios era um pouco reconfortante pensar em Sherlock.

Quando terminei de arrumar e guardar minhas coisas, já eram quase seis da manhã de um sábado gélido e chuvoso, anunciando a chegada do outono.

Desabei na cama exausto e com os olhos pesados de sono, por ser sábado, os alunos se reuniam em grupos de estudos ou jogos, era quase uma tradição e os domingos eram considerados dias livres. Como ainda não tinha me encaixado em nenhum grupo ou algo parecido, contentei-me em fazer meu próprio dia de estudos sozinho, mas depois de tirar um merecido cochilo.

Reclinei-me na cama, mas antes que pudesse pegar no sono vi um pedaço de papel caído em baixo da cama de Sherlock, que passara despercebido por mim durante a limpeza.

Levantei e peguei a folha já bem gasta pelo tempo mas que ainda podia se ver algumas notas de violino escritas.

Aquilo aumentou ainda mais minha curiosidade, se havia uma, deveria haver mais e só poderia estar em uma das gavetas.

Fui contra todos meus conceitos iniciais e vasculhei todas as gavetas referentes a Sherlock, sem resultado. Abri alguns livros e me deparei com algumas fotos de família, peguei e as coloquei junto com as notas. Continuei minha caçada até abrir a parte do guarda roupa dele e encontrar um violino com um caderninho em cima.

Tudo aquilo estava me fascinando cada vez mais. Então Sherlock sabia tocar violino, um dos instrumentos mais almejados por mim durante a infância, um arrepio percorreu meus braços.

Peguei cuidadosamente a capa que envolvia o instrumento e o caderno logo em seguida. Coloquei os dois na cama ao lado das fotos, analisando cuidadosamente o material a minha frente. Tudo no quarto parecia bagunçado. Livros jogados, ferramentas entre outros, mas aquelas coisas pareciam ser as únicas que haviam escapado do cuidado precário de Sherlock.

As fotos eram de duas crianças que brincavam em um quintal enorme, mais parecido com um campo. Um menino de cabelos negros repleto de cachos soltos, magro de olhos azuis, quase indo para o verde e uma menino mais gordo um pouquinho mais alto, cabelo curto castanho claro e olhos castanhos claros.

Algumas fotos mostravam os dois brincando, subindo em árvores e até mesmo brigando, ou pelo menos parecia. Outras fotos mostravam uma mulher, de cabelo liso até o começo do ombro com uma franja caída para o lado direito, com um corpo invejável para qualquer modelo e um homem de cabelos quase brancos, queixo quadriculado mas com uma pose formal e atraente.

Deduzi então que eram fotos de Sherlock e seu irmão quando eram crianças e seus pais, mas bem diferentes daquelas de Moriarty. Eram fotos que transmitiam uma certa familiaridade e aconchego.

Por alguns instantes esse pensamento me comoveu, relembrei de quando brincava com meu irmão até nossas vidas se desmontarem. A infância de Sherlock era semelhante a minha e isso me fez sentir uma vontade estranha de abraçar Sherlock e dizer que entendia sua dor.

Mas que dor? Eu nem sabia realmente como fora sua infância e agora estava eu, ali, olhando algumas fotos e querendo abraçá-lo. Eu realmente não estava bem.

Foquei minha atenção para o violino e a partitura que havia achado, o que foi pior, meus olhos se encheram de lágrimas e senti um nó na garganta. Se as fotos lembravam minha infância o instrumento era pior, pois trazia a imagem nítida de meu pai.

Com as mãos trêmulas abri o estojo do violino, era uma Stradivarius, um dos mais raros e caros. Ótimo, a família de Sherlock era rica e eu um mero garoto do campo que mal podia tocar na herança milionária do meu pai. Fiquei apenas analisando o violino, era realmente lindo e só de saber que Sherlock o tocava era melhor ainda. Ele deveria usar o instrumento como alguma rota de fuga da realidade. Como eu queria que Holmes estivesse aqui, neste quarto, e tocasse para mim.

Decidi não tocar ou retirar da capa que o envolvia, fechei e o guardei novamente no guarda roupa, já as fotos, resolvi deixá -las em cima da mesinha.

Sentei na cama com os olhos marejados, e a frase que meu pai dizia constantemente veio em minha cabeça. "Na vida, todos nós somos girassóis, vivendo em um mundo de escuridão e inceretezas, mas sempre andando em busca da luz." Quando perguntava aonde poderia encontrar a luz ele dizia que a luz poderia estar em qualquer coisa ou pessoa, bastava apenas procurar.

Eu estava perdido, mas Sherlock também estava e sentado na beira da cama, passei a refletir sobre a situação de nós dois, chequei a conclusão que poderia usar tudo isso a meu favor e transformar Sherlock na pequena luz que precisava ser acesa, transformá-lo na minha luz dentro daquela escola.

Ouvi as batidas na porta e após alguns minutos, muito necessários para limpar meu rosto e não mostrar o inchaço do choro, abri a porta e Patrick estava pálido a minha frente.

"Vão matar Sherlock." Ele me disse antes que eu pudesse falar algo.

"O que?" Eu não estava acreditando, na verdade eu já não estava acreditando em mais nada que viesse daquele grupo de amigos de Moriarty, até mesmo de Patrick, Sherlock estava preso a eles e era isso que o estava matando, talvez Patrick pudesse estar naquilo tudo, talvez eu estivesse enganado e Patrick fosse o elo para que Sherlock caísse no abismo.

Comecei a pensar que Moriarty estava atacando de novo, já estava cansado dessa agitação e eu só queria que Sherlock estivesse naquele quarto e me contasse coisas sobre sua vida, só queria alguém para rir e conversar, minha mente estava cheia de tudo aquilo.

"Você precisa vir John." Ele me puxou pelo braço, mas relutei e permaneci parado na porta. "Eu vi você saindo ontem a noite, sabia que voltaria para cá depois do que aconteceu ontem. Hoje pela manhã Moriarty disse que acabaria com Sherlock."

"Isso é impossível, ele está na enfermaria e não vão deixar Moriarty e os outros meninos irem lá." Disse irritado.

"Você não sabe o que Moriarty é capaz de fazer."

Realmente eu não sabia, Sherlock poderia realmente estar em perigo, mas e se tudo aquilo fosse uma jogada do grupo, que estavam enganando a mim e a Sherlock e Patrick fosse a ligação entre mim e Moriarty para lhe passar informações?

Eu não podia ser enganado, não seria mais o menino idiota de antes.

"E o que ele pode fazer?" Perguntei.

"Qualquer coisa."

"Como?"

"Envenenar Sherlock." Seu rosto ficou ainda mais pálido.

"PATRICK!" Creio que isso foi dido muito alto, pois um dos alunos que passavam pelo corredor nos olhou assustado. "Pare com isso, se você está tentando me enganar ou fazer parte do joguinho de Moriarty e seus amigos babacas, chega."

"Mas..." ele tentou falar, mas com raiva de que poderia estar sendo enganado, fechei a porta e voltei a me sentar na cama, deixando Patrick do outro lado do corredor. Se ele ficou ali muito tempo, não sei, mas fiquei o dia inteiro e a noite de sábado sem notícias dele ou dos meninos.


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Olá amores!

Sim, eu sei que vocês estão querendo matar o John e pensando que ele tá sendo muito tapado por não ouvir o Patrick. Sim, ele está hehehe

Mas... Calma, esse bebê só tá confuso...

Até breve e obrigada por lerem ❤️

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