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11."You're not like the others"


   John cutucava Sherlock, o balançava pelo ombro e gritava seu nome desesperadamente, sua voz tremeluzia e por um momento podia jurar que seus olhos lacrimejavam ao ver o moreno naquele estado.

    – SHERLOCK! SHERLOCK! – John gritava o mais alto que podia.

   O garoto não respondia a nenhum estímulo, John o balançava freneticamente. Se lembrou de alguns truques de primeiros socorros que havia visto em um livro.

    – Você pode ser um garoto estranho, mas saiba que não vou te deixar morrer, pelo menos não agora. – Disse com esperança que Sherlock conseguisse escutar e saber que ele não estava de acordo com algumas coisas que descobrira sobre Moriarty.

    John checou o pulso de Sherlock, estava caindo muito rápido, colocou a mão próximo ao nariz do moreno, sua respiração era quase imperceptível e sua boca estava levemente aberta, sinal que suas saídas de ar estavam comprometidas.

    O loiro pegou nos ombros de Sherlock, de modo que o colocasse em uma posição segura com a cabeça encostada próximo a parede. Tentou fazer massagem cardíaca, mas nada adiantou e a coloração de Sherlock, que já era nula, sumia cada vez mais assim como sua respiração.

    Nada funcionava e John sabia que  não tinha muito tempo, em breve as substâncias que Sherlock havia ingerido fariam efeito totalmente e ele morreria em minutos, além de tudo, analisando a altura do moreno e seu estado, seria impossível carregá-lo até a enfermaria e como estavam muito longe do local, apenas o tempo que levaria para correr até a enfermaria e voltar com ajuda, seria tarde demais.

    Mas o destino estava a favor das duas almas carentes. June entrou na sala e a primeira coisa que viu, foram os dois garotos próximos a parede e logo atrás os medicamentos e seringas que Sherlock havia usado.

   – Meu Deus! O que houve? – June se aproximou dos meninos e ergueu a cabeça do cacheado.

   – Sherlock deve ter misturando várias substâncias. – John falava rápido, suas mãos tremiam. – Está tendo uma overdose, tentei fazer massagem cardíaca, mas seu corpo está absorvendo a química muito rápido.

   June ficou um tempo parada tentando entender como um menino simples de 18 anos falava de um jeito tão profissional e seguro.

   – Temos que levá-lo, rápido! – June disse olhando sério para Watson. – Não temos tempo de chamar ajuda ou pedir para que tragam alguma maca.

   Neste momento Sherlock passou a emitir um som como se estivesse sufocado, começou a salivar e seu rosto passou a ficar roxo, suas cordas vocais estavam fechando e o tempo se esgotando.

   – Eu pego a parte do ombro e você o quadril. – June ordenou.

    Em menos de minutos os dois carregavam Sherlock pelos corredores da Harrow School até a ala hospitalar.

     – O que aconteceu com Holmes novamente? – Doutor Philips correu na direção de June e John, que edentravam carregando Sherlock na entrada da enfermaria.

    – Overdose. – John disse. – Temos que desintoxicá-lo.

   – Oh céus. June, me acompanhe.– Philips pegou Sherlock nos braços e o colocou em uma maca, o levando imediatamente para a UTI.

    John ficou parado, observando apreensivo a correria e a urgência que os enfermeiros lidavam com o moreno.

    – Volte para a aula. – Disse June voltando do corredor, após colocarem Sherlock em uma das salas da UTI. – Se houver alguma alteração no quadro, eu lhe avisarei. – Ela olhava com ternura ao perceber o rosto de espanto dele.

    O menino de cabelos loiros seguiu para as salas de aula sem fazer mais perguntas, sabia que Sherlock estava em boas mãos, mas sua preocupação era nítida quando pensava que ele poderia não sobreviver a tudo aquilo.

   E assim se passou, voltou para a aula, em seguida foi para as aulas extracurriculares, que eram todas as segundas, quartas e sextas, variando entre aulas de esportes, músicas e artes.

    John seguiu para a aula de golfe, foi para as duchas tomar seu banho, jantou na enorme sala do refeitório junto de Patrick e Harry. Durante todo o dia Harry, Patrick, Anderson e Moriarty o encaravam.

   Todos já sabiam o que havia acontecido com Sherlock,  pois o diretor anunciara durante o intervalo das aulas o infeliz ocorrido com Holmes, pedindo para que todos se conscientizassem com o uso das drogas e os conteúdos que circulavam pela escola, pedindo também para auxiliarem Sherlock, quando este ficasse melhor.

    Ninguém se manifestara, apenas  encaravam John, que não ousava a pronunciar explicações ou perguntas, sabia que qualquer coisa que fizesse na ausência de Sherlock, poderia complicá-lo ainda mais.

    Moriarty e Anderson não ficaram no refeitório junto com os outros, foram para os dormitórios tentar dar um sumiço nas revistas inapropriadas que colecionavam, já que os quartos teriam uma revista redobrada após o incidente daquela tarde.

    Patrick olhava com uma ar esperançoso para John, havia falado para ele que estaria ao seu lado caso precisasse de ajuda. O menino baixo de cabelos castanhos claros quase ruivos, era o único em que John confiava e sabia que poderia contar com ele nas horas difíceis. Já Harry apenas o evitava, havia parado de falar com tanto entusiasmo e tentava falar o mínimo possível com ele, assim como o resto da turma.

   Todos foram para os dormitórios e assim se seguiram os dias. John continuou dormindo no quarto dos meninos, não falava de Sherlock nem ao menos ouvia alguém citar o ocorrido.

   Tudo estava normal, ninguém se importava, Watson podia ver a preocupação no rosto de Patrick, o único que muitas vezes olhava com um olhar de compaixão para ele, mas tinha a consciência de que se falasse algo, os meninos iriam castigá-lo.

    Os dias se passaram, duas semanas ao todo. John seguia na rotina, estudos, aulas extras e nenhuma notícia sobre  melhora de Sherlock. June prometera que iria lhe manter informado sobre o amigo e assim o fez. Na semana anterior, June se encontrara com ele no refeitório e lhe informara que Sherlock permanecia em coma, mas seu corpo estava respondendo aos medicamentos, o que era uma esperança.

    Nesta semana John estava sem sua informante, a mãe de June iria viajar para Irlanda e seu pai pediu para que ela pedisse alguns dias de folga para se despedir de sua mãe, uma vez que mal via seus pais e praticamente morava na Harrow School.

    Já era sexta, dia em que John tinha treino de críquete no período da tarde. Tentava acumular ao máximo sua mente para não pensar no estado de Sherlock, muito menos ser incomodado pelo grupo de Moriarty,  que já haviam esquecido o ocorrido e voltaram a falar normalmente com o loiro.

    – John, você ficará no meu time. – Anderson gritou o nome do loiro, ao vê-lo se aproximar do enorme campo localizado na escola.

    – Cuidado para não perder. – Riu  Moriarty. Ele sabia que John não era nem um pouco bom nesse esporte.

    – Se ele não tocar na bola e jogar nos lugares corretos. – Anderson falou irônico olhando para John, que permanecia igual um pateta olhando os dois. – Me desculpe. – Colocou a mão no ombro do loiro. – Mas cara, é sério. Você joga muito mal, nunca decora as regras do jogo.

    John tentou rir junto com os outros, não ligava se jogava bem ou não, nem se quer gostava de críquete, mas a escolha era ficar nos dormitórios durante as aulas extracurriculares ou participar das aulas e ocupar sua mente, e ele sabia muito bem que se ficasse nos dormitórios iria para o quarto que havia ficado com Sherlock e não queria descobrir mais coisas ou bisbilhotar antes que Sherlock voltasse do coma e pudesse lhe explicar com as próprias palavras.

   – Pode acreditar que o que eu menos quero é que a bola encoste em mim. – John tentou soar engraçado.

    – GAROTOS! VAMOS! – O treinador gritou do outro lado do campo, um homem negro e alto, podendo ser comparado a um treinador de Basketball.

    Anderson e Moriarty correram em direção ao treinador, mas antes que John pudesse seguir os garotos, viu uma figura de menino atrás de uma das enormes paredes do colégio. Era Patrick que acenava para ele, o menino de cabelos quase ruivos fazia sinal para que John fosse até ele.

    O garoto olhou para trás, para ver se os demais meninos não estavam vendo seu deslocamento na direção contrária.

    – O que houve Patrick? – John perguntou e foi para o lado do menino, que o puxara para o outro lado da parede, para não ser visto. – Achei que iria ficar na biblioteca adiantando os trabalhos.

    – Sherlock acordou. – Patrick praticamente vomitou a frase.

   – O que? Como você?... – John começou a ficar apreensivo, uma alegria e nervosismo o dominaram.

   – Eu sei o quanto você está preocupado com ele, mas não pode demostrar isso. Mas eu sei, dá para ver em seu semblante. Essas duas semanas você de vez em sempre fixa em um ponto qualquer com o olhar perdido, e desde que June pediu alguns dias de folga, sua expressão ficou mais tensa. – 
Patrick poderia ser um menino calado, mas sabia de tudo a sua volta, era observador e esperto.

    – Ele está bem? – John estava eufórico, precisava ver Sherlock.

   – Está, pelo que sei, ele acordou ontem, mas estava inconsciente, mas hoje já se lembra do que aconteceu.

   – Como ficou sabendo disso?

   – Enquanto ia para a biblioteca, vi o Doutor Philips conversando com um dos funcionários no corredor, tomei coragem para perguntar de Sherlock.

   – Patrick, você é uma pessoa maravilhosa. – John riu. Queria abraçar o menino e dar um prêmio para ele. – Tenho que ir vê-lo.

    John não entendia o motivo dessa urgência, achava estranho até para ele, se preocupar com um garoto dessa maneira, lógico que queria saber se ele estava bem, mas ao mesmo tempo era como se ele precisasse ver o cacheado mais do que qualquer coisa, era seu dever misturado com um desejo até então desconhecido.

   – Agora? Pode ser arriscado, Moriarty pode ver você sair. – De repente a expressão de Patrick se tornou espantosa. – Além do mais... você vai perder o treino.

    – Dane-se o treino. Quanto a Moriarty, não devo nada a ele. – apoiou as duas mãos nos ombros de Patrick. – Eu preciso ver Sherlock.

    – Você é uma pessoa legal John. – Patrick disse em meio a um sorriso. – Vamos, vou te levar até lá. Ele foi transferido para um outro quarto. – segurou na mão do loiro e correram para a ala hospitalar. – Só não sei se ele vai gostar de ver você. 

  
____________

  
     – Olá Watson. – Doutor Philips avistou John assim que ele e Patrick entraram na recepção da enfermaria. – Patrick. – Fixou seu olhar no menino. – Não sei se Sherlock vai gostar de receber visitas.

    – E não vai. – Sorriu e encarou Philips. –  Mas John não é qualquer um.

   John sentiu um frio na espinha e sua garganta ficar seca, um sorriso ameaçou surgir em seu rosto.

  – Venha Watson.  – O doutor disse, após encarar os dois garotos por um tempo.

   John seguiu Philips por um corredor enorme até parar em uma das últimas portas que estavam a esquerda do local.

   – Se precisar de algo, basta apertar o botão ao lado da cama. – Philips informou e logo entrou em outro quarto.

   – O que está fazendo aqui? – foi a primeira coisa que Sherlock disse enquanto John abria a porta lentamente.

   – V-você está m-melhor? – O loiro gaguejava e uma tensão crescia em seus ombros, mas ao mesmo tempo estava feliz pelo cacheado estar consciente.

   Sherlock não respondeu, apenas o olhava com indiferença. O moreno estava deitado na cama, cabeça encostada em dois travesseiros, os enormes cachos negros estavam bagunçados, seus lábios estavam secos e rachados, seus rosto parecia pleno, a palidez já não era tão óbvia, seu olho roxo já estava melhor, apenas com algumas olheiras, mas seu olhar permanecia o mesmo, profundo, observador e misterioso.

    Aquela imagem de Holmes provocava um certo incômodo em John e ao mesmo tempo o atraía de uma forma que não conseguia compreender.

    – Tentando sobreviver. – Sherlock fechou os olhos, respirou fundo e voltou a olhar para John, que agora estava mais próximo da cama.

   – Você me assustou. – John tentou falar, sua voz estava fraca e sua garganta pesava.

   – É o que as pessoas costumam dizer.

   – Por que fez isso? Poderia ter se matado. – John foi em direção a uma das janelas meio abertas do quarto aonde havia um pequeno canteiro de girassóis acoplado ao beiral da janela.

   – Porque essa era a intenção. – Sherlock respondeu friamente. – Por que está tão interessado no assunto?

   – Por Deus. – O loiro virou-se para encarar o moreno. – Você ingeriu uma enorme quantidade de substâncias químicas, misturou várias, além de já estar sob os efeitos dos medicamentos passados enquanto estava em tratamento antes daquele acontecimento. Você não pode fazer isso. – de repente o tom de voz de John havia se alterado sem ele perceber e inconscientemente bateu com o punho da mão fechada na madeira da janela.

    – Olha. – Começou Sherlock no tom mais casual possível. – Se você é mais um para me dar conselhos, está perdendo seu tempo. Volte a jogar críquete com os amiguinhos de Moriarty. Isto é, tentar jogar críquete.

    – Até doente sabe de onde vim? – John falou indignado. – Qual é o seu problema?

   – John, saia daqui. – O moreno o encarou. – Não fale mais comigo, ok?

   John ficou um tempo parado, não sabia como agir. Parte dele queria sair e realmente não se importar mais com o cacheado, um menino ingrato e arrogante. Mas a outra parte não iria dar o braço a torcer, não iria largar ele, tinha perdido seu irmão e agora não iria deixar Sherlock se perder igual ele.

   –  Não, obrigado. – John falou com firmeza e puxou uma pequena cadeira para se sentar próximo a cama de Sherlock. – Então?

    – O que? – O moreno encarou o teto.

   – Por que está tentando se matar?

   O fato do loiro fazer as perguntas de forma direta e como se fosse a coisa mais normal do mundo impressionaram Sherlock, principalmente o fato dele ter inssistido em ficar.

    – Por que se importa? Faria alguma diferença?

    – Confeço que para mim não. – John sentiu que havia sido grosseiro demais, até perceber que Sherlock ria. – Por que está rindo?

    – Você não é como os outros. – O moreno olhou para o loiro, os enormes olhos azuis esverdeados de Sherlock fizeram John se recostar na cadeira evitando o contato visual. Aquele olhar o deixava inquieto e provocavam certas sensações estranhas.

    – Por que deixa Moriarty fazer essas coisas com você?  – John preferiu ir direto ao que mais lhe incomodava e deixar as perguntas aleatórias para outra ocasião. – Por que você faz isso com você? 

    – É difícil explicar. – realmente ele não queria mexer nas feridas, nunca as revelara para ninguém, nem mesmo seus pais, no máximo Mycroft, que sabia de alguma coisa ou outra, e não seria agora que iria desabafar, principalmente para um novato. Mas tinha algo em John que o confortava, talvez a maneira como ele estava agindo e o fato de não enrolar e fazer as perguntas certas.

    – Pelo menos me fale. Posso tentar te ajudar.

    Sherlock respirou fundo e ficou alguns segundos com olhos fechados até tentar explicar o que estava acontecendo.

    – Quando entrei na Harrow School, Moriarty já era bem conhecido por aqui e todos, desde sempre, se tornam amigos dele. Você já deve saber da história, Patrick deve ter lhe contado. – logo percebeu o rosto de espanto de John. – Calma, eu descobri isso porque sei que foi ele que  informou você sobre minha melhora, o que é bem provável que você esteja mais apegado com ele.

     – De certa forma... sim. – John se animou. – Ele tem sido um dos meus poucos amigos aqui.

     – Ele é uma pessoa do bem. – O moreno sorriu, mas logo voltou a seriedade de antes. – Eu não quis me socializar com Moriarty ou quem quer que seja, acho isso uma perda de tempo. Então meu isolamento provocou o interesse de Moriarty. Começou a me caçar, me perturbar até dar no que deu.

    – Ele tem fotos suas e de seus pais coladas no teto.

    – Meus pais inventaram de "adotar" Moriarty.  – De repente Sherlock focou o olhar em um ponto qualquer. Seu tom de voz começou a se enfurecer. – Ele tem lábia, audácia, é esperto. Meus pais caíram direitinho.

     – Watson? – o Doutor Philips abriu a porta. – Sinto muito, mas Sherlock precisa descansar e o senhor precisa voltar para o treino de críquete.

    John levantou, encarou Sherlock que o analisava misteriosamente e foi em direção a porta.

     – John! – Sherlock o chamou e ele virou parte do corpo para olhá-lo. – Olhe de baixo de seu travesseiro antes de dormir.

     Watson não entendeu bem o que ele quis dizer com isso, mas sentiu seu corpo tremer quando Sherlock pareceu sorrir ou tentou fazer algum movimento com os lábios que pareceu ser um sorriso, olhou para os girassóis na beirada da janela e saiu da sala.

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   Olá amores!!

    Bem, espero que estejam gostando :-)

    Altas tretas ainda vão rolar meu povo, e não pensem que o Sherlock vai ficar muito tempo de boas no hospital.

    Enfim... Obrigada por lerem ❤️

    

    

   

   

   

 

  

 

  

  

  

  
  

   

  

   

  

  
 

  

  

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