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SALVEEEEEEEEEEEE

Espero que curtam o capítulo, votem e comentem se gostarem. Boa leitura! 💕


🎪ི꙰͝꧖๋໋༉◈


— Dormiu bem? — Namjoon me perguntou na manhã seguinte ao meu aniversário quando apareceu na mesa do café da manhã para me levar à escola.

— Não muito. — Fui sincero. — Já tomou café? — Ele assentiu e sorriu agradecido.

Fomos para o carro após isso porque eu já havia terminado de comer.

— Você... — Tirei os olhos da janela e o olhei pelo retrovisor. — Eles vão depois de amanhã, pela manhã. Você deveria ir vê-lo hoje. E amanhã.

Engoli em seco. — Já?

Nam assentiu. Não achei que fossem tão rápido.

— Você me leva?

— É claro. — Devolvi o sorriso que me lançou através do espelho.

Pouco tempo depois chegamos no colégio particular em que eu estudava. E nunca desejei tanto que acabasse logo, para que enfim pudesse ir embora. Só que as horas pareciam nunca passar. Eu não queria ter gritado com Jooyoung, mas ela estava insuportável e mais grudenta que o normal naquela manhã. Eu pedi desculpas, contudo a garota se afastou sem dizer nada. Eu não estava com paciência para aguentar ela pendurada no meu pescoço como nos outros dias. Não naquele.

— Podemos ir mais cedo hoje? — perguntei a Namjoon.

— Você nem almoçou ainda.

— Estou sem fome. — Ele suspirou.

— Ok. Quer trocar o uniforme, pelo menos? — Neguei.

— Vamos direto para lá. — Assentiu.

Da minha escola, Namjoon dirigiu até a lona. Estava... diferente. As laterais estavam suspensas e... não tinha mais nenhuma cadeira. Nem as arquibancadas. Nem o palco. Nem a bilheteria. Estava sendo desmontado. Apenas a estrutura e a lona em si estavam intactas.

Para carregar todas aquelas coisas enormes haviam duas carretas imensas com o nome do circo pintado em letras coloridas no baú. Elas costumavam ficar estacionadas no fundo do terreno, junto com os trailers, porém haviam sido mudadas de lugar para mais perto para facilitar a desmontagem.

Eu não gostei de ver aquilo. Estava tão... vazio.

Desci do carro grande e corri com todas as minhas forças por entre as pessoas que trabalhavam em equipe – desmontando, tirando e guardando tudo – até te encontrar. Você estava sentado junto a Hoseok, ele tentava te fazer almoçar.

— Ji — te chamei e tive sua atenção em mim numa velocidade impressionante. Você ficou de pé e me abraçou no instante seguinte que me viu chegando.

— Eu achei que você não iria mais vir — confessou abafado, contra meu pescoço.

— Eu disse que viria, Jimin.

Me apertou mais.

— Jungkookie — Hoseok me chamou. Eu o olhei sem te soltar. — Me ajuda a fazer ele comer. Ele não jantou ontem e nem tomou café da manhã hoje. E não quer almoçar.

Acho que ele não gostaria de saber que eu estava na mesma situação que você, garoto.

— Deixa comigo, Hobi — o traquilizei.

Eu permaneci abraçado a você mesmo depois que Hoseok se afastou. Eu não... não queria te soltar nunca mais.

— Você tem que comer, Ji. — Cutuquei suas costelas.

— Não estou com fome.

— Claro que está, não come desde ontem. — Findei o abraço. — Por favor. Só um pouquinho.

Eu vi sua expressão suavizar. E então você sorriu e assentiu.

Me sentei ao seu lado e fiquei te observando comer. Por um tempão. E você sempre ria e ficava vermelho quando me pegava te olhando.

— Não gosto de ver a lona assim — comentei, vendo as pessoas carregando coisas para dentro das carretas. O espaço ficava cada vez mais vazio.

Você suspirou pesado e conseguiu minha atenção para você.

— Eu nunca me importei tanto. Eu sempre ficava empolgado porque a gente viajaria para outro lugar e... Era legal. Eu sempre gostei de conhecer lugares novos. — Abaixou a cabeça e empurrou o prato quase vazio. — Mas... nunca tinha conhecido ninguém fora do circo. Essa é a primeira vez e... eu não estou empolgado para ir.

— Vocês não podem ficar?

— Esse espaço não é nosso. A parte mais difícil de viajar em nome do circo é que nem sempre temos espaço para ficar e... é muito complicado pedir autorização. Eu não entendo dessas coisas, mas sei que é. Jin sempre fica chateado. Não é todo lugar que aceita a gente. Às vezes as pessoas fazem Paradise parecer de outro planeta.

Segurei sua mão sobre a mesa. Você sorriu e as olhou unidas antes de erguer os olhos para mim.

— Vamos ajudá-los? — perguntei. — Ou quer comer mais?

Te vi negar.

— Quero ficar com você. — Meu coração bateu forte de novo. Como dia anterior quando me beijou. — Vem.

Você ficou de pé e pegou o prato sobre a mesinha desmontável, esperando que eu ficasse de pé também para irmos juntos até um dos motorhome.

Depois que lavou e guardou aquela louça, foi até o minúsculo banheiro para escovar os dentes. E aí me arrastou até a sua cama. Nós ficamos deitadinhos nela de barriga para cima. Como quando olhamos as nuvens. A diferença era que víamos o teto do carro. Nossas mãos estavam unidas entre nossos corpos e você brincava com meus dedos entre os seus. Eu te olhava e você tinha os olhos fechados. Sua expressão era relaxada e, se não tivesse mexendo em minha mão, acreditaria facilmente que estava dormindo.

— Jimin — te chamei baixo. Você abriu os olhos devagar e olhou para o lado, para mim.

— Hm? — murmurou, enfiando os dedos entre os meus e unindo nossas palmas.

— Eu... — Arrastei os olhos por todo o seu rosto antes de para em seus olhos outra vez. — Eu gosto muito de você.

Você não demorou para sorrir daquele jeitinho que me deixava nervoso. Aquele onde seus olhinhos viravam adoráveis meias luas. E suas bochechas pareciam ainda maiores. Adorável.

— Eu também gosto muito de você — te escutar falar me fez muito bem. Mesmo. Me fez, por um momento, esquecer que no dia seguinte seria o último dia que nos veríamos.

Te senti soltar a minha mão e vi que se apoiou no cotovelo para erguer um pouco mais o corpo. Eu iria questionar se estava tudo certo, mas resolvi ficar quieto quando te vi inclinar sobre mim.

Iríamos nos beijar de novo.

Eu fechei os olhos e esperei, e não demorou para sentir seus lábios contra os meus. Nada mais dos nossos corpos se tocavam.

Você os descolou e suspirou baixinho antes de voltar a colá-los. Eu levei a mão ao seu rosto quando senti sua língua tocar meus lábios. Assim como os separei para, de novo, tentar descobrir porque as pessoas gostavam tanto. Foi estranho como da primeira vez, mas você não parecia querer parar. Então eu também não me afastei.

Nosso beijo era meio desajeitado e completamente desritmado no começo. Mas... Nos encontramos. Nós achamos o ritmo perfeito e... era bom. Beijar daquele jeito não parecia tão nojento como a primeira impressão.

E durou até você perder as forças. Eu senti seus lábios tremerem sobre os meus e, segundos depois, uma gota pesada pingar no meu rosto. E aí você caiu sobre mim e enterrou o rosto em meu peito.

E chorou.

— E-eu não quero ir. — Soluçou alto, apertando minha camisa entre os dedos. — Eu q-quero ficar mais. Quero ficar com você. E... E... Ah, Jungk-k-kookie.

Eu fechei e apertei os olhos com força, te abraçando e deixando que meu rosto afundasse nos fios castanhos do teu cabelo. E eu chorei com você.

Porque também machucava em mim.

Não sei dizer por quanto tempo ficamos assim; abraçados e chorando. Foi bastante. Tanto que paramos de chorar. Mas o abraço continuou por mais um tempão.

— Ji? — te chamei baixo temendo te acordar se estivesse dormindo. E como não tive resposta, constatei que sim: você havia pegado no sono.

Beijei o topo da sua cabeça e continuei com o carinho suave em seus cabelos.

— Dormiu? — Seokjin apareceu. Ele encostou na "parede" e cruzou os braços, fitando nós dois na cama.

— Acho que sim.

— Jihyo disse que ele não dormiu nada essa noite — contou, mas coçou a nuca como se tivesse falado demais. — Nam está te chamando.

Eu não queria ir sem te avisar, porém não queria te acordar porque sabia que você não iria dormir tão cedo.

— Me ajuda a levantar sem acordá-lo? — perguntei e Jin assentiu.

De alguma forma, com a ajuda do mais velho, eu consegui sair de baixo de você e levantar sem te acordar. Você resmungou com a movimentação e te vi agarrar a colcha da cama com os dedinhos gordos da mesma forma que fazia com a minha camisa minutos antes.

— É tão doloroso para mim quanto para vocês ter que separá-los — escutei Seokjin dizer com pesar. — Não sabia que iriam se apegar tanto.

— É. Nem eu.

Mordisquei a boca e minha atenção foi capturada quando olhei para a plataforma ao lado da cama. Você tinha uma foto igual a que havia me presenteado. Notar isso me fez sorrir.

Peguei a foto e a olhei por um tempo. Diferente da minha que tinha um textinho, a sua estava em branco na parte de trás.

Apoiei naquela mesma superfície de madeira e, com uma caneta que achei no meio das suas coisas, também te confidenciei com algumas palavras.


"Como Romeu e Julieta; de famílias completamente diferentes; impossibilitados de ficarem juntos. Mas com algo que ninguém jamais irá conseguir tirar de nós, Ji: o amor.

E isso não é uma despedida. Vamos mudar o final trágico dessa história quando nos vermos outra vez.

Ass: Jeon Jungkook

Ps: Trapezista de Paradise... Tenho uma queda pelos seus olhos, principalmente quando sorri.

31/08/2015"


— Se importa se eu passar o dia todo aqui amanhã? — indaguei ao palhaço, deixando a foto e a caneta onde estavam antes de me virar para ele.

— Claro que não, você sempre vai ser bem-vindo em Paradise. — Forcei um sorriso, que foi retribuído.

Antes de descer do trailer e ir até Namjoon, deixei um beijo suave em sua têmpora, te vendo remexer mas não despertar.

— Vamos? — Assenti quando encontrei o motorista do lado de fora.

— Quero estar aqui bem cedo amanhã — comuniquei. Nam abanou a cabeça de um lado para o outro e entrou no carro.

— Eu não me importo nem um pouco em trazê-lo, Sr. Jeon, mas que não seja em seus horários de aula — falou quando também entrei, só que na parte de trás do veículo. — É sábado, mas você sabe que tem aula de língua estrangeira amanhã de manhã.

— Uma aula não fará diferença — insisti.

— Mas seus pais saberão que faltou. E perguntarão o motivo.

— E o motivo será que eu me senti indisposto naquela manhã.

— Não acho certo mentir dessa maneira.

— Não seria a primeira vez — murmurei.

— Exatamente por isso. Acho que já mentimos demais nas últimas semanas. Seu pai arranca minha pele se souber que eu estava te ajudando. — Soprei um riso e ele também.

— Tudo bem, Joonie. Eu vou na aula. Mas vamos vir direto para cá depois, ok?

— Bem melhor, pequeno Jeon. — O vi sorrir pelo retrovisor. — Promete que vai tentar não mentir mais para eles?

Respirei fundo.

— Prometo, Joonie. — Eu me esforçaria para tal.

Nós chegamos em casa e eu fui direto para o banho. E ele, buscar meus pais. Depois o jantar foi servido e eu tive que descer, por mais que odiasse ter que escutar Jungseok falar sobre o mesmo assunto chato de sempre.

— Me responda, garoto — no momento em que ele falou isso eu soube que iria levar bronca. Só não sabia pelo que exatamente. Não me lembrava de ter feito nada, mas ele me chamava desse jeito quando iria brigar comigo. — Onde estava quando chegou em casa todo sujo? — Gelei da cabeça aos pés e mantive o olhar no prato. — Quando a família Lee estava aqui. Onde estava?

Ergui olhar para ele e franzi o cenho.

— Eu disse, com Taehyu–

— Vou te dar uma chance para me dizer a verdade antes que eu quebre você. Sabe que eu odeio mentiras. — O tom raivoso me fez engolir em seco. — Conversei com o pai dele hoje de manhã. Ele disse que Taehyung havia se machucado e ficado alguns dias em casa. Dias esses que batem certinho com o que você saiu para andar de bicicleta com ele e se atrasou para o jantar. — Apoiou os dois cotovelos na mesa, me fitando com rudeza. — Então, mais uma vez: onde.você.estava?

"Promete que vai tentar não mentir mais para eles?"

Eu umedeci os lábios e me ajeitei na cadeira.

— Fui ao circo. — Ele pareceu surpreso com a minha resposta. — Eu fiquei curioso e voltei — e contei a verdade... — Mas não voltei mais depois daquele dia. — Mas não ela toda. Se eu contasse toda a verdade, teria que entregar Namjoon, e essa era a última coisa que eu faria. — Eu aprendi com o castigo, não fiz mais. Eu só fiquei com medo de brigar comigo, por isso menti. Me desculpa.

Mantive o olhar nele porque Jungseok odiava quando eu abaixava a cabeça no meio de uma discussão.

Nunca abaixe a guarda, ele dizia.

— Espero que me conte somente a verdade, garoto. — Assenti. — Agora suba. Para o seu quarto.

E eu fui sem hesitar.

Dormir depois foi... complicado. De novo. Mas eu dormi. E na manhã seguinte, bem cedinho, eu já estava acordado. Tive que esperar bastante tempo até que desse a hora de ir para a minha aula de língua estrangeira, essa que eu sequer prestei atenção.

Namjoon foi para casa apenas para deixar o carro, para que não ficasse estacionado na frente do circo chamando atenção, e nós fomos andando como nos outros dias.

A estrutura já não estava mais em pé.

O que uma vez foi um enorme e lindo circo, havia se transformado num monte de barras de ferro e lona colorida amontoada. Aquele espaço parecia ainda maior do que eu me lembrava de quando não tinha nada.

Você estava exatamente onde deveria ser a bilheteria. Estava em pé, e sorriu ao me ver chegando. Nós nunca tínhamos nos beijado na frente de todas aquelas pessoas, mas você não se importou em me dar um selinho antes de me abraçar. Ninguém parecia realmente se importar.

Bom... Pelo menos não do circo.

— Eu sabia que estava mentindo para mim, infeliz.

Subiu um arrepio ruim na minha espinha. Meu corpo inteiro latejou junto com meu coração, e eu quase parei de respirar ao escutar a voz de Jungseok atrás de mim.

Eu só te larguei, garoto, porque fui puxado para longe de você. Caso contrário teria continuado te abraçando.

— Pai — tentei me explicar, mas xiei doloroso quando fui agarrado pelo braço.

— Solta ele! — te escutei gritar e vi Seokjin te segurar quando tentou vir na minha direção.

— Você é um garoto fodido, Jungkook — ralhou raivoso. — Você vai lavar bem essa boca quando chegar em casa e nunca mais vai repetir isso. Está me escutando?!

— P-pai... — Segurei o pulso dele, sentindo oe dedos fortes apertarem cada vez mais meu braço.

— Sr. Jeon–

Namjoon também tentou.

— E você, — Tirou a atenção de mim por um momento. — não trabalha mais para mim. — Eu gelei ainda mais ao ver a cara que Nam fez ao escutar aquilo. — O contrato de patrocínio com esse... esse barraco finda aqui, Seokjin. Nunca mais traga esse garoto para cá.

Dito isso, sem me deixar dizer algo, Jungseok me carregou e me enfiou no carro do qual ele havia saído.

Ele me seguiu. Me seguiu até você.

— A minha vontade é de te quebrar inteiro, Jungkook, você não faz ideia — murmurou ao pedir a um outro motorista para nos levar para casa. Eu não o conhecia. — Mas a última coisa que eu quero é ser preso por suas nojeiras.

Namjoon...

Namjoon ficou lá. Minha preocupação era o Nam.

— Você não pode mandá-lo embora! — cuspi no mesmo tom que usou comigo. Rude. E ergui um olhar duro e raivoso na direção dele. — Eu mandei ele me levar lá. Namjoon trabalha para mim tanto quanto trabalha para você. Ele é pago para me obedecer. — Por mais que eu não queira, aquele homem me moldou, Jimin. Eu seria uma cópia dele. — Não fez nada mais que o trabalho dele. Ele fica.

O olhar sério bateu contra o meu, mas me mantive firme.

— Ok, ele fica. Mas não ache que isso vai melhorar algo na punição que vou te dar. Eu vi você beijando aquele moleque. — Tentei não vacilar, principalmente quando ele explodiu e acertou meu rosto com um tapa forte. Nossos olhares se desconectaram com o impacto. Doeu, eu quis chorar, mas não vacilei. — Isso não vai se repetir, está entendendo? Nem que eu coloque um guarda-costas do seu lado até quando for no banheiro da escola. Não me faça vergonha.

Vergonha? Eu só beijei você, Jimin. Não é vergonha.

— Você é um homem, Jungkook, aja como um. Não como um gayzinho de merda. — Trinquei o maxilar, engolindo um soluço.

Jungseok continuou dizendo coisas até nós chegarmos em casa. E quando entramos nela também. Coisas como: vá para o seu quarto; você está de castigo pelo resto da vida; que ninguém mais saiba dessa vergonha ou eu acabo com a sua raça; de casa para a escola e da escola para a minha empresa daqui em diante.

Eu virei um boneco. Um fantoche. Jungseok me tinha nas mãos e tinha total controle sobre mim. E eu só não resisti, Ji, porque não tinha mais motivo. A razão estava a horas de ir embora para sei lá onde.

6h00

Você partiria às seis da manhã no dia seguinte. E eu te veria antes. Eu me despediria de você nem que fosse a última coisa que eu fizesse na vida. Eu sequer dormi. Não preguei os olhos um segundo.

Tic. Tac. Tic. Tac.

Era o barulho do relógio no meu pulso. Eu não conseguia tirar os olhos dele.

5h30 foi a hora que saí do quarto. Ainda estava escuro, mas eu sabia que alguns empregados já estavam na casa. De qualquer forma, não foi o suficiente para me amedrontar. E, de pijama, eu destravei a porta principal e corri pelo curto caminho, contornando o chafariz, até o portão. Um único segurança fazia ronda a noite e eu esperei ele ir para o outro lado para que a entrada ficasse livre e conseguisse sair. As câmeras provavelmente me pegariam, mas isso era o que menos importava.

Eu já estava ferrado.

Corri pelas calçadas sem me importar com meu entorno. Só sosseguei quando cheguei no lugar aberto. Tudo devidamente arrumado e limpo. As carretas postas na rua, estacionadas próximo ao meio-fio, e os trailers prontos para partir em comboio.

— Jungkookie — sussurrou ao me abraçar.

— Eu não deixaria você ir sem me dizer tchau, Ji. — Te senti me apertar mais.

O abraço durou muito tempo. Nós dois ficamos em silêncio, apenas curtindo um ao outro.

— Você está muito fofo. — Sorri ao escutar. — Hora de aventura? Sério? — Senti seus dedos agarrarem meu pijama, esse que era cheio de desenhos da rainha dos vampiros.

— Eu gosto da Marceline. — Você riu, mas continuou com o abraço.

— Vem. Vamos orar — Seokjin nos chamou.

Você me contou uma vez que faziam isso sempre que partiam de um lugar para o outro. Para pedir proteção na estrada e para todos os membros do circo e coisas do gênero. Num círculo imenso, todos davam as mãos e pediam juntos. Você não soltou minha mão nem quando acabou.

Me despedi de todo mundo do jeito que dava dentro do tempo limitado, me controlando para não chorar. Eu deixei para me despedir de você por último.

— Você é minha juventude, Jimin — confessei e você sorriu.

— E você é a minha. — Senti sua mão tocar em cima do meu coração. — Eu vou sempre estar aqui, não se esqueça disso.

— Espero que você também não se esqueça. — Abanou a cabeça de um lado para o outro e disse um nunca num fio de voz.

— Ainda vou voltar para ser seu namorado. Eu prometo. De dedinho. — Sorri largo, sentindo meus olhos arderem.

— E eu não vou a lugar nenhum. Vou estar bem aqui quando voltar. — Te beijei depois disso. Na boca. E senti seu dedinho enroscar no meu entre nossos corpos durante o beijo, selando a promessa.

Findado, deixei um selo em sua testa, te dando, em seguida, um último abraço forte antes de escutar sua mãe te chamar.

Pior do que ver você entrando no trailer, era ver todos aqueles carros se afastarem cada vez mais. Eu não chorei na sua frente, garoto, mas não consegui me segurar mais. Eu chorei te vendo partir. Te vendo ir para cada vez mais longe de mim.

— Não chore, pequeno Jeon. — Namjoon não estava ali quando cheguei, mas de alguma forma ele sabia que eu daria um jeito de me despedir de você.

E ele veio para me amparar. Para me abraçar.

— Eu t-te amo, Nam — me senti na necessidade de dizer enquanto apertava meus braços em torno do pescoço dele e me deixava ser erguido do chão num abraço apertado.

— Eu também amo você, Jungkook.

Namjoon não me contou naquela época, porém, descobri alguns anos depois: ele não havia conseguido se despedir de Seokjin como eu havia me despedido de você.


🎪ི꙰͝꧖๋໋༉◈


E aí, anjos! Como vocês estão?

Bom... O Jimin realmente foi se foi...

Jungseok é um fdp

Namjoon é um amor vey, na moral

SPOILER: o próximo capítulo é a nova fase da história, e o objetivo é jogar um balde de água em vocês. Mas com carinho, ok? Aguardem.

Enfim, é isso. Por hoje

Se amem. Se cuidam. Se hidratem. Se protejam 💜

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