[18]
SALVEEEEEEEEEEEE
Espero que curtam o capítulo, votem e comentem se gostarem. Boa leitura! 💕
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— Quer tentar? — perguntou quando "pousou" do meu lado.
Um sábado à tarde não poderia ser mais agitado que acompanhar seus ensaios de perto, onde nada mais que duas cordas e um bastão te deixavam suspenso a mais de cinco metros do chão. E como não havia mais ninguém além de você e Hoseok pendurados por duas cordas e um bastão — todos os outros finalizaram os ensaios antes e vocês resolveram ficar mais —, eu fui escalado para jogar o trapézio.
Havia se passado uma semana e alguns dias – quase completando duas – que você estava ao meu lado. Que nos víamos. Que nos entregávamos um ao outro cada dia mais. E eu não me importaria em ser seu assistente por mais uma semana.
Mesmo que não fosse uma tarefa simples, eu não me importaria.
Não era tão simples pela minha inexperiência, é claro. Você se balançava para ganhar velocidade e então se soltava em direção ao Hoseok – esse que estava do outro lado, pendurado de cabeça para baixo – e enquanto você era amparado por ele, eu tinha que segurar o trapézio e o jogar quando ele te lançasse de volta, para que você agarrasse a barra de ferro e voltasse para a base, ao meu lado. A questão é que eu precisava saber o tempo certo de jogar, caso contrário... Bom, poderia acontecer de eu jogar atrasado ou adiantado e você não conseguir pegar...
E cair.
Claro que seria amparado por uma rede lá embaixo, mas ninguém queria que você caísse. Eu principalmente.
E desculpa, eu te deixei cair uma vez até pegar o jeito. Você gargalhava lá de baixo enquanto eu simplesmente tentava não surtar! Não era uma queda pequena.
A aquela altura, entretanto, eu já estava prendado sobre o tempo correto, então não aconteceu mais. Eu só precisava manter o foco e não perdê-lo em você fazendo saltos bonitos.
— Não sei, não — respondi, meio incerto, e você achou graça. — Eu sou mais pesado que você.
— Quanto você pesa? — Hoseok perguntou do outro lado, agora sentado sobre a barra de ferro enquanto se balançava como se estivesse num balanço infantil e não a metros do chão.
— Quase setenta.
— Eu te aguento.
Ah, Hoseok...
— Olha... — Usou um gancho de ferro para prender o trapézio. — Só se balança. Se você achar que não consegue soltar, se balança de volta. É só usar as pernas. Como... Como um balanço de parquinho.
Era fácil para você falar, não era, Park Jimin? Porque definitivamente não era um balanço infantil.
— Isso vai ser divertido! — escutei Hoseok exclamar empolgado do outro lado.
— Ok — falei, te arrancando um sorriso.
Mas quer saber: eu só fiz isso porque estava feliz, e minha felicidade fez minha adrenalina subir e a adrenalina me deu coragem.
A felicidade em questão era resultado não apenas da sua presença nos últimos dias, mas também por conta dos momentos da noite anterior. Eu havia levado minha mãe ao Paradise, não me importei em assistir o espetáculo outra vez. A magia nunca perdia a graça, e só se tornou mais intensa tendo ela ao meu lado.
E minha mãe ficou encantada... Era tão raro escutar a risada dela, Seokjin conseguiu arrancar um monte. Eu não poupei agradecimentos ao palhaço quando o espetáculo acabou.
— Tá — decretei por fim.
O pó de magnésio, aquele que deixava suas mãos esbranquiçadas quando mais novo e eu adorava te caçoar, era uma questão de segurança. Com ele se evitava a umidade e o suor, e então que Hoseok e você escorregassem quando se tocassem.
— Estenda as mãos — pediu, pegando uma espécie de trouxa de pano. Ao estendê-las com a palma para cima, você bateu a pequena trouxa cheia de magnésio nelas, saindo uma abundante quantidade do pó branco. — Não tenha medo de cair, a rede é firme e segura. Você não vai cair fora dela. — Me fez balançar as mãos para tirar o excesso. — Mas, caso caia, tente se virar e cair de costas.
— Aham...
— Relaxa, JK! — Hoseok gritou do outro lado.
— Não se solte ainda, apenas vá e volte algumas vezes para se acostumar com o seu peso e a altura. E tente pisar aqui em cima de novo. — Soltou o trapézio do gancho e o estendeu para mim. — Não importa o quão forte você se balance, não vai bater em nada. Não se preocupe.
Assenti, pegando a barra de ferro em mãos.
Cacete...
Eu perguntei como saía e você disse que eu poderia dar um pulo para cima e me deixar ir sozinho. O ponto era que tudo o que saia da sua boca parecia mesmo simples, mas só a ideia de me jogar e ir fez o pouco da coragem se esvair quando me vi defronte ao "precipício".
Pulei e fui.
Não senti dificuldade em me sustentar no ar, eu só precisava pegar o jeito de me balançar para ganhar impulso. Essa foi minha maior dificuldade. Entretanto, quando aprendi que o quadril e as pernas eram quem me daria o impulso que eu precisava, consegui encontrar a segurança.
E fui perdendo o medo.
— Tente pisar aqui de novo.
— De costas?! — meu tom de desespero arrancou gargalhadas de Hoseok.
— Tente virar então. — E como que virava? — Mas é melhor de costas, por enquanto.
Já era a quarta vez que eu ia e vinha e eu precisava voltar. Meus braços desacostumados, embora tiveram me passado segurança no primeiro momento, pediam arrego.
Eu virei minimamente a cabeça para trás e esperei que me aproximasse de onde você estava para esticar um pouquinho mais o pé e tocar a superfície. Juro que achei que perderia o equilíbrio por não consegui firmar o outro pé, mas seus braços me seguram com força pela cintura. No desespero, acabei soltando a barra de ferro.
— Bravo! — Hoseok bateu palmas, enquanto eu soltava lufadas de alívio.
— Não foi ruim para uma primeira vez — te escutei dizer ao me soltar, esticando-se para puxar de volta o trapézio que se balançava sozinho.
— Eu quero de novo. — Você riu. — Me ensina como virar.
— Você é dos meus, garoto — Hobi falou, radiante.
Os minutos seguintes se resumiram em você me ensinado a parte teórica da coisa, além de pontuar a catástrofe que poderia ser se eu tentasse virar na hora errada e escorregar. Dá sim para cair fora da rede, você mentiu para mim; embora tenha cuidado para me contar apenas eu já não estivesse mais com tanto medo.
Todavia, me explicou que eu deveria fazer qualquer menção de soltar a barra apenas quando estivesse do outro lado, assim eu cairia bem no meio da rede caso escorregasse. Caso eu o fizesse quando estivesse voltando, eu poderia varar do outro lado do circo.
Não seria bonito.
— Ok. Entendi. Regra básica: não se solte antes do tempo. — Riu e assentiu.
— Isso mesmo. — Me estendeu de novo. — Agora vai.
Peguei sem o receio de antes.
— Você não precisa soltar as duas mãos para virar. Use o corpo para girar e apenas troque as mãos, e então vai estar de frente para mim — orientou quando comecei a me balançar no ar.
Eu fui, voltei, peguei impulso ao passar em cima de você e fui de novo. E foi quando alcancei o ponto mais alto do outro lado que eu soltei brevemente uma das mãos e girei, agarrando o ferro por muito pouco antes de voltar outra vez.
— Isso! — Sorri ao ouvir palmas, sendo mais fácil pisar ao seu lado estando de frente.
— Prodígio é foda — Hoseok resmungou.
— Aí, eu estou nesse ramo desde os quatorze anos. Se você ficar melhor que eu, chuto sua bunda.
— Nunca, amor. — Me inclinei para te beijar na boca. — Você é incrível, ninguém é melhor que você.
— Deixa sua sogra escutar isso...
— Eu ouvi! — Olhamos para baixo juntos, a tempo de ver a mulher parar com as duas mãos na cintura.
— Que isso, sra. Park, a senhora é a melhor! — me apressei em dizer.
— Estou de olho, garoto. — Vocês dois riram, ela apontou para os olhos e depois para mim. — Vem comer. Os três.
— Opa! — Melhor hora para o Hoseok. E minha boca se abriu ao que o assisti mergulhar de cabeça quando se jogou, virando de costas segundos antes de se chocar contra a rede.
— Exibido — você murmurou.
— Sua vez — provoquei.
E consegui.
Você abanou a cabeça de um lado para o outro, como se tivesse sido desafiado, e pegou o trapézio da minha mão. Lançou-se ao vento com tamanha naturalidade que fez meu receio de minutos atrás parecer patético.
Jimin, você flutua; parece ser tão leve quanto uma pena.
Após dar duas piruetas seguidas, suas costas bateram contra a rede. Lá de baixo seu sorriso gracioso me iluminou cá em cima.
Antes que perdesse a força e parasse de balançar, peguei o trapézio no ar.
— A minha foi melhor!
Hoseok gritou, saindo pelos fundos ao sumir na lona colorida
— Sua vez, Gguk! — você gritou para mim, descendo da rede.
— Alguém tem que prender. — Eu me referia a barra de ferro que segurava.
— Depois pega.
A minha performance não foi elegante, tampouco surpreendente como a de vocês. Eu me balancei umas duas vezes antes de tomar coragem para me soltar. Sem manobras bonitas e piruetas charmosas, como você e Hoseok. Eu só me soltei e caí...
Sentado.
Ela não era tão macia como parecia, foi onde pude entender que não cair de costas poderia dar merda. E sem sombras de dúvidas, fui motivo das suas risadas, provavelmente porque fiquei quicando no meio dela até parar.
— Você não presta — resmunguei, engatinhando até a beirada. Você puxou ela para baixo e me ajudou a descer.
— Foi engraçado.
Crispei os lábios, pulando da rede no palco.
— Besta...
— Amor... — Eu até desci do palco, mas não dei muitos passos para longe porque fui segurado pelo pulso por você, que me impediu de abrir a lona para ir para os fundos. — Me dá um beijinho antes que aquelas pirralhas tomem a sua atenção toda só pra elas.
— Está com ciúmes, príncipe? — impliquei, te abraçando pela cintura quando me abraçou pelo pescoço.
— Uhum. Da Jisoo principalmente. — Ri, selando seu bico. — Ela não larga você.
— Amor... Ela tem cinco anos!
Deu de ombros. — Consegue sua atenção por muito tempo já é uma ameaça.
Gargalhei. Certamente você só estava implicando, quem sabe prolongar nosso pouco minutos a sós, e eu me aproveitei junto.
Meu abraço de urso te arrancou um resmungou sôfrego. Todavia, nosso chamego durou menos do que eu gostaria, confesso.
— Não conseguem, não é? Um minuto. — Você soprou uma risada contra a minha boca quando a voz de Seokjin se fez presente. — Passa. Os dois.
Choraminguei.
— Daqui a pouquinho — você resmungou, olhando para o mais velho ao mesmo tempo que me apertava nos braços. — Só mais um beijinho.
— Só mais um. — E ele cruzou os braços.
— Vai ficar olhando?
Seokjin assentiu e sustentou o peso numa perna só, batendo a outra no chão.
— Então tá.
Você me beijou na frente dele, não parecia se preocupar, mas eu não consegui aproveitar sabendo que estávamos sendo observados por um palhaço de nariz de plástico e roupa de bolinhas coloridas.
Fiquei tímido.
— Insuportável... — você resmungou, dando língua para o mais velho ao passar por ele.
Eu segurei risadas, passando pelo palhaço logo em seguida.
— Estavam se pegando? — Hoseok perguntou de boca cheia quando nos aproximamos. Ele comemorou quando Seokjin confirmou. — Falei! Eu ganhei, quero meu dinheiro.
— VOCÊS SÃO PÉSSIMOS, SABIAM?!
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E aí, anjos! Como vocês estão?
O JK se balançando no trapézio kakaka gracinha 🤧
Os Jikook estão assanhadinhos rsrsrs
SPOILER: no próximo capítulo o Jimin vai dizer uma coisa pro Jungkook que vai deixar ele muito triste. Aguardem
Enfim, é isso. Por hoje
Se amem. Se cuidam. Se hidratem. Se protejam 💜
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