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happy fucking new year!

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O que poderia ser mais torturante do que passar 25 minutos em pé na fila da Macy's, esperando para trocar um suéter horroroso que sua irmã comprou na liquidação, no tamanho errado, como presente de Natal?

Andie não conseguia imaginar nada pior.

Ela já estava no limite da paciência com a demora do homem à sua frente no caixa. Qual era a dificuldade de fazer uma troca ou pedir um reembolso? Seus pés batiam no chão pela décima vez naquele dia enquanto ela encarava a nuca do sujeito com irritação crescente.

— Será que dá pra agilizar? Alguns de nós têm mais o que fazer — disparou, incapaz de se conter.

O homem parou de conversar com a atendente apenas para olhá-la com desprezo antes de revirar os olhos e voltar ao assunto.

— Como assim não posso trocar por outro produto? — resmungou ele, a voz carregada de frustração.

— Sem o cupom fiscal, não posso autorizar a troca, senhor — explicou a atendente, claramente já sem paciência.

— Mas foi um presente! Como eu teria o cupom fiscal?

Andie soltou um suspiro exasperado, avançando um passo.

— Ai, meu Deus! — bufou, saindo de seu lugar na fila e colocando sua caixa no balcão. — Olha, eu tenho o cupom fiscal, está bem aqui. — Ela balançou o papel no ar. — Posso trocar minha roupa agora, por favor?

— Claro, vou verificar — respondeu a atendente, finalmente pegando a caixa.

— Você acha certo furar a fila assim? — perguntou o homem ao lado, incrédulo.

— E você acha certo enrolar todo mundo aqui, sabendo que não vai conseguir trocar? — rebateu Andie, sem perder tempo.

Ele abriu a boca para revidar, mas a atendente o interrompeu:

— Infelizmente, não podemos trocar o suéter. Ele é de quatro coleções atrás.

Andie ficou estática, sentindo o sangue subir ao rosto. Sua irmã havia dado um suéter velho, provavelmente comprado para o seu esposo que nem fez questão de usá-lo uma vez se quer e enfiou no fundo do guarda-roupas, apenas para não gastar dinheiro com ela. Para piorar, o homem ao lado soltou uma risada debochada.

Ela nem conseguia encarar o desgraçado.

— E a minha calça? Dá pra trocar? — insistiu ele.

— Não, senhor. Também não conseguimos.

— Então posso trocar por um crédito na loja? — perguntou Andie, tentando salvar algo e sair logo daquela situação embaraçosa.

— Um momento. — A atendente digitou algo no computador antes de responder. — Você tem direito a um cupom de cinco dólares na sua próxima compra.

— Cinco dólares? — Andie repetiu, incrédula. — Isso é uma piada, né?

— Eu compro o suéter e a calça por cinquenta dólares — uma voz surgiu atrás deles, chamando atenção de ambos.

— O quê? Essas calças valem mais do que isso! — retrucou o homem ao lado de Andie.

— Essa calça saruel horrorosa? Até parece — disse Andie, apontando para a peça com desgosto.

— Cinquenta e cinco dólares e um cupom do Dunkin Donuts — a voz insistiu.

— Nunca!

— Fechado! — disse o homem, arrancando o suéter das mãos de Andie e entregando junto com a calça à misteriosa compradora. — Não vamos conseguir algo melhor que isso mesmo.

Andie ficou boquiaberta enquanto observava o suéter horrível desaparecer de suas mãos. Porém, assim que a desconhecida entregou as notas de dinheiro e o cupom do Dunkin Donuts para o rapaz ao seu lado, ela se sentiu até aliviada. Os dois saíram da loja lado a lado, conversando sobre como tinha recebido os piores presentes de natais possíveis.

— Então, seu Natal foi tão ruim quanto o meu? — ela perguntou assim que conseguiram pegar seu pedido. Andie mordeu um donut de chocolate enquanto ele segurava um chá gelado.

— Bom, se passar o Natal com a sua ex-ficante sendo humilhado na frente da família dela se encaixar nessa definição, então sim.

— Péssimo, definitivamente. Mas tente ser a única solteirona da família e ver seu irmão caçula pedir a namorada em casamento na sua frente.

— Sério? — ele perguntou, querendo rir. — É, acho que a gente pode competir pelo pior Natal do ano. Aliás, meu nome é Jungkook.

— Andie — apertaram as mãos.

A mulher finalmente parou para realmente analisar o homem com quem estava casualmente conversando no shopping. Jungkook era mais alto que ela, tinha o cabelo bem cortado e penteados perfeitamente da maneira que desenhava o seu rosto. Ele tinha tatuagens, usava um piercing no lábio inferior e o nariz era redondinho. E ele era estiloso. E cheiroso. E tomava o chá gelado com uma velocidade que provavelmente faria seu cérebro congelar.

Ela logo foi tomada da sua análise pessoal quando Jungkook riu e apontou para seu rosto.

— Tá sujo aqui — disse, apontando.

Andie limpou rapidamente, desconfiada.

— Tá melhor?

— É... mais ou menos.

Ela revirou os olhos e os dois continuaram sua caminhada pelo shopping, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Andie parou abruptamente, escondendo-se atrás de Jungkook.

— O que foi agora?

— É o Papai Noel!

— Tá, e daí?

— É o ferigato da minha tia!

— O que é um ferigato?

— Um cara aleatório que ela leva pra casa em feriados — Andie andou mais rápido em direção a escada rolante, tentando tampar seu rosto com a rosquinha. Jungkook a seguiu, ainda curioso com o termo.

— Todos os feriados? — pergunta.

— Todos. Minha tia é especialista nisso.

— Eu gosto dessa ideia — comentou ele, pensativo.

— Você tá brincando?

— Não mesmo. Preciso de alguém assim pro Ano Novo.

— Boa sorte, então, acho que o Papai Noel tá ocupado.

— Haha — Jungkook finge uma risada. — Na verdade... você seria perfeita pra isso.

Andie parou e o encarou com descrença.

— É, não. Eu nem te conheço.

— Por isso é perfeito. Sem compromisso, sem drama. E aliás, eu nem te acho tão bonita assim.

— Ah, nossa, muito obrigada mesmo — Andie dá a mordida final na rosquinha.

— Não que você não seja atraente, mas talvez só não seja atraente pra mim — Jungkook tenta melhorar a situação, mas as palavras soam estranho.

— Nossa, isso faz total sentido — Andie ironiza.

— Ei, me escuta, faz sentido sim! E, convenhamos, você precisa de alguém também. Ou quer continuar ouvindo as piadinhas da sua família?

Ela hesitou, encarando-o com um olhar cético.

— Ah, e pra sua informação — ele tirou um cartão preto do bolso, estendendo-o a ela — eu tenho ingressos pra NewTime no Ano Novo.

Os olhos de Andie brilharam. Essa era a festa mais badalada de Boston durante o final de ano e ela sempre morreu de vontade de ir.

— Ingressos pra NewTime?

— Tá vendo? É uma boa ideia.

Andie ponderou, mordendo o lábio enquanto olhava para o cartão.

— Ok, vou pensar nisso.

Jungkook sorriu, satisfeito.

— Você não vai se arrepender.





O salão estava iluminado com luzes douradas que piscavam em sincronia com a música animada. Andie se misturava facilmente à multidão, mas era impossível não notá-la. O vestido branco ajustado em seu corpo caía perfeitamente, destacando suas curvas com elegância, enquanto o tecido leve dançava conforme ela se movia. O cabelo brilhante emoldurava seu rosto e a maquiagem bem-feita fazia seus olhos castanhos parecerem mais profundos, quase hipnotizantes.

— Você tá incrível — Jungkook comentou casualmente quando ela se aproximou com duas taças de champanhe. Ele usava uma camisa preta com os dois primeiros botões abertos, revelando uma corrente discreta no pescoço.

— Eu sei — respondeu Andie com um sorriso presunçoso, entregando-lhe a taça.

Eles brindaram e, em pouco tempo, estavam rindo e conversando à vontade no canto do salão. Para sua própria surpresa, Andie sentia-se confortável ao lado de Jungkook, mesmo que ele fosse apenas um desconhecido que ela encontrara no shopping por puro acaso. A química entre eles parecia natural, sustentada por um senso de humor alinhado e pelas peculiaridades dele — especialmente o leve sotaque estrangeiro, que despertava nela uma curiosidade inesperada sobre sua história.

Ainda assim, ela sabia que aquilo precisava ser casual. Era um acordo para o feriado, nada mais. E, se fosse honesta consigo mesma, Andie tinha certeza de que aquele seria o único encontro dos dois. Afinal, ela esperava sinceramente não precisar de um ferigato quando o Dia dos Namorados chegasse.

A música mudava de pop animado para batidas eletrônicas e Andie se sentia mais relaxada a cada gole de champanhe.

— Vamos dançar — Jungkook sugeriu, estendendo a mão para ela.

Andie hesitou por um segundo, mas acabou cedendo. A pista estava cheia, mas havia espaço suficiente para que eles se movessem sem esbarrar em ninguém. A princípio, ela se limitou a balançar o corpo de maneira discreta, mas Jungkook, com um sorriso confiante, segurou sua mão e girou-a de forma desajeitada, arrancando uma gargalhada dela.

— Você dança como um pato, sabia? — Andie provocou, tentando manter o equilíbrio depois do giro.

— Pelo menos não tô pisando no seu pé. Ainda.

Conforme a música desacelerava, os dois reduziram os movimentos, mas continuaram próximos.

— E então, Andie, por que ninguém te prendeu até hoje? — Jungkook perguntou, a voz casual, mas o olhar curioso.

Ela desviou o olhar, observando as luzes que piscavam.

— Acho que tenho um talento pra escolher os caras errados — respondeu com um sorriso forçado.

— Errados como?

— Complicados. Imaturos. Do tipo que te traem com a secretária do escritório do andar de baixo onde trabalha. Não é o tipo de assunto que eu quero aprofundar agora.

Jungkook se espantou com a revelação.

— Justo. Só que agora fiquei curioso — ele insistiu, inclinando-se ligeiramente na direção dela.

Andie mudou de assunto rapidamente, comentando sobre a decoração da festa, e Jungkook, percebendo sua resistência, deixou o tema morrer.

A música logo mudou para algo mais sensual, com uma batida envolvente que fez os dois diminuírem ainda mais a distância entre eles. A atmosfera e o calor das pessoas ao redor fizeram Andie sentir um frio na barriga. As mãos de Jungkook deslizaram para sua cintura enquanto ela apoiava as suas nos ombros dele. Por alguns instantes, eles se encararam, o olhar dele prendendo o dela.

Andie era uma mulher muito bonita, mas Jungkook não iria dizer nada para não estragar o pacto que fizeram daquilo ser uma mera casualidade para os dois. Ele não queria dor de cabeça. Mas estava sendo um pouco difícil controlar a vontade de conhecer mais sobre ela.

— Você dança bem melhor agora — ela murmurou, tentando disfarçar o rubor que subia pelo rosto.

— Acho que é culpa do champanhe — ele respondeu, a voz baixa, quase como se estivesse confessando algo.

Alerta vermelho, Jungkook pensou.

Seus rostos estavam tão próximos e Andie podia sentir o cheiro do álcool do champanhe que ele tinha tomado. Jungkook, por outro lado, queria evitar chegar tão perto dos lábios corados de Andie.

E então, por um momento, a mulher pensou que ele fosse finalmente beijá-la. Mas Jungkook piscou algumas vezes e recuou levemente, afastando-se.

— Eu... já volto. Preciso ir ao banheiro.

Antes que ela pudesse reagir, ele desapareceu entre as pessoas, deixando-a sozinha na pista de dança.

Só então ela percebeu que o relógio marcava 23h55. Andie suspirou, incomodada com o timing péssimo dele, mas tentou aproveitar o momento, pegando mais uma taça de champanhe enquanto observando a energia ao seu redor. Casais se abraçavam, grupos de amigos riam alto, e a contagem regressiva começou.

Dez... Nove... Oito...

Ela olhou ao redor, procurando Jungkook, mas ele ainda não tinha voltado.

Sete... Seis...

Sentiu uma pontada de solidão ao perceber que todos ao redor pareciam ter alguém.

Cinco... Quatro...

Andie apertou os lábios, erguendo sua taça de champanhe.

Três... Dois... Um...

— Feliz Ano Novo! — gritaram as pessoas ao redor. Fogos de artifício explodiram do lado de fora, suas cores refletindo nas janelas do salão. Andie brindou sozinha e observou os casais se beijando apaixonadamente.

Foi então que Jungkook apareceu, o cabelo levemente desalinhado e um sorriso despreocupado.

— Perdi a contagem?

— Perdeu — ela respondeu, tentando esconder sua frustração.

Ele sorriu de um jeito desconcertante e aproximou-se, encostando os lábios na bochecha dela, meio sem jeito.

— Feliz Ano Novo, Andie.

Ela não soube o que responder de imediato, apenas assentiu e sorriu, sentindo o calor do toque dele ainda em sua pele. Enquanto isso, o salão explodia em celebrações, mas Andie se sentia estranhamente deslocada. Ela queria algo mais, algo que não estava ali.

Quando a festa começou a desacelerar, Jungkook a acompanhou até a saída.

— Precisa de carona? — ele perguntou.

— Não, vou chamar um táxi.

— Certo. Boa noite, Andie.

— Boa noite, Jungkook.

Os dois se despediram e seguiram caminhos opostos. Andie entrou no táxi, olhando as luzes da cidade passando pela janela. Por mais que a noite tivesse tido momentos divertidos, havia algo faltando, algo que ela não conseguia identificar.

E pela primeira vez em muito tempo, Andie percebeu que talvez sua irmã estivesse certa.


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