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Pois somos amantes, e esse é um fato

Segunda-feira, de manhã cedo, antes que o sol aparecesse, Bright e Tontawan pegaram estrada. Bright estava finalmente indo até a cidade natal para encontrar com Win. As coisas que poderiam dar errado passavam uma por uma em sua mente. Nunca foi uma pessoa positiva e não seria agora a mudar, já que a situação não ajudava muito.

Não conseguia imaginar qual seria a reação de Win ao vê-lo, e para ser sincero, ficar cara a cara com ele, deixava a sua respiração anormal. Nem mesmo Heroes, do David Bowie, saindo da fita que Tontawan havia colocado no carro, estava o ajudando a se acalmar.

Ele pensava sobre qual destino teria a partir do momento em que se encontrasse com Win. Apesar da discussão e das mágoas, se o destino que os aguardava fosse bom, Bright não veria problema em viajar alguns dias na semana, três horas por dia, para encontrá-lo. Claro que preferia Win morando consigo, mas, tê-lo para si, mesmo que longe, era melhor do que simplesmente não o ter. Poderia muito bem economizar com o salário que ganhava e comprar um carro. O carro de Tontawan era um bom modelo. Vermelho, espaçoso, bonito, tão grande comparado com a menina. Se fosse consigo, não ligaria para o preço que pagaria na gasolina, contanto que encontrasse Win sempre que pudesse.

Estava imaginando demais, no entanto. Nem sabia se Win iria voltar para si. Nem sabia se iria querer vê-lo. Bright admitia que havia sido egoísta, mas a situação de antigamente não era boa — o que não era diferente agora — e a solução que achou foi acabar o namoro e se afastar de Win, para descobrir se ele melhoraria as atitudes. Bright se arrependia de não ter tentado um pouco mais. Devia ter sido mais compreensivo.

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Algumas decisões precisavam ser tomadas na marra. A vida, de uma forma ou de outra, obrigava a seguir o caminho certo, cedo ou tarde. Era a vez de Win aprender com os próprios erros, e ele precisou sofrer como nunca sofreu na vida.

Em algum momento, Win percebeu que a vida não era só tocar baixo, fumar cigarros caros e beber cerveja até esquecer o próprio nome. Era 1987 e estava com mais de vinte anos. Não era mais o garoto da escola com dezessete que não precisava se preocupar com nada. Love e Mike tinham uma boa parcela de culpa na mudança de Win. A irmã precisou ameaçá-lo expulsar de casa e Mike ofereceu a Win o medo de ter o mesmo destino no futuro. Não queria morrer agora, ainda que achasse a vida desprezível. A sensação de querer fazer algo útil apareceu em uma noite e Win pareceu acordar de um transe. Ele tomou um banho e arrumou o quarto, e no dia seguinte, tomou o café com a irmã, como há muito tempo não fazia.

A falta que sentia de Mike era absurda e fazia o peito doer e queimar. Não era a ardência como sentia com Bright. Com Bright era uma coisa boa, sobre Mike era só... dor. Ainda era difícil acreditar que ele havia morrido, e pior, brigado com Win. Alguns dias foram necessários para que Win refletisse. Estava brigado com Bright e magoado demais por ele ter ido embora, se acontecesse o mesmo com eles, o que aconteceu com Mike, Win não saberia se aguentaria. Foi por causa daqueles pensamentos que Win pediu conselhos para a irmã mais velha do que deveria fazer a seguir. Ela respondeu, simplesmente:

— Faça o que o seu coração mandar.

Metáforas não serviam para Win, já que ele sempre agiu com o cérebro e a razão, mas depois de ouvir aquilo, achou que fez sentido e que Love estava mesmo certa, porque, de alguma forma, ele sentiu que o coração queria alguma coisa. Ele queria procurar por Bright, pedir desculpas por ser um idiota, e dar um sentido para a própria vida. Talvez pudesse começar com um emprego.

A cidade onde morava era pequena e desconhecida, e não havia muitos lugares interessantes para trabalhar e crescer. Faculdade não estava nos seus planos porque estudar, de repente, parecia chato, e ele sabia que não conseguiria se concentrar. Nem mesmo sabia se ainda era o menino inteligente da escola.

Atrás de um emprego em qualquer lugar atraente aos seus olhos, Win se despediu da irmã com uma mochila, dizendo que sairia para procurar emprego. Mesmo preocupada, Love o apoiou, desejou boa sorte e emprestou o seu carro para o irmão, consciente de que ele sabia dirigir bem com a carteira recém-tirada. Só que, Win não estava com muita sorte ultimamente, então, na estrada, indo para outra cidade não muito longe, ele acelerou o carro e ouviu um barulho estranho vindo dele. Ele não se importou. O carro fazia alguns barulhos estranhos, e ele não era tão velho, o que era um tanto esquisito, mas não o suficiente para que prendesse a sua atenção.

Ele olhou o retrovisor e viu o próprio reflexo. Não se lembrava exatamente quando havia mudado tanto. Os anos e meses que haviam passado pareciam um borrão. Não havia mais o cabelo castanho, estava todo preto agora, e, de vez em quando, ele usava lápis preto nos olhos para se lembrar de Mike, e porque gostava também. Era estiloso. Os jeans rasgados eram meio apertados, mas ele gostava de roupas assim agora, e a blusa do Queen o fazia se lembrar das fitas jogadas na mochila para ouvir na viagem. Ele deu adeus ao pop e olá para o rock. Às vezes, era assustador como não se reconhecia.

Naquele momento, o vento entrava pela janela do carro, enquanto I Want To Break Free, do Queen, saía de uma das fitas gravadas, alto o bastante para que qualquer pessoa do lado de fora ouvisse, ainda que a estrada não tivesse muito movimento. Win, novamente, acelerou. O carro amarelo fez um barulho mais alto do que o anterior e o motor morreu.

A viagem, que deveria ser de três horas, durou apenas uma e meia. O carro acabou quebrando de vez. Win mordeu a boca com força, respirando calmo e contando de um a dez. Ele socou o volante e deitou a testa nele. Tentando não explodir, saiu do carro. Ele pôs as mãos na cintura e observou o carro morto. Esperar ajuda era a única solução, já que não sabia nada sobre consertos de carro. O céu já estava laranja, quase anoitecia, e não havia sinal nenhum de pessoa na estrada. Só restava esperar.

Ele se sentou no asfalto morno e olhou o céu com aquela cor bonita, suspirando meio aliviado por estar ficando em paz consigo mesmo um pouco mais a cada dia. Depois dos olhos arderem, Win os fechou e tentou descansar.

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Win teve a certeza de ter dormido quando abriu os olhos. O céu estava escuro, sem estrelas e com nuvens. Sentiu que choveria e se levantou para entrar no carro e evitar se molhar. Quando estava em pé, deu de cara com Bright sentado em seu capô, junto com uma mulher que ele não conhecia.

— Há quanto tempo você está jogado na estrada? — Bright perguntou, como se nada entre ele e Win houvesse mudado.

Ao contrário de respondê-lo, Win desviou o olhar para a mulher ao seu lado e tentou não ser irônico. Só tentou.

— É a sua namorada?

Tontawan levantou as sobrancelhas, sentindo o clima pesado. Ela olhou para Bright e percebeu as sobrancelhas juntas, como se tentasse resolver um enigma. Já havia entendido quem era Win. Como Bright parecia prestes a surtar, Tontawan respondeu por ele.

— Somos colegas de trabalho. E amigos.

Bright nunca deu motivos para que Win sentisse ciúmes de si, então aquela era a primeira vez, e não sabia como se comportar. No fundo, ainda era inexperiente em muitos assuntos.

Win soltou um riso, fechando os olhos novamente. Ele virou de costas e quis não ter acordado para dar de cara com aquele que sentia falta e que queria ver longe ao mesmo tempo.

— Eu não estava jogado. Eu estava dormindo.

— Estava bêbado?

— Para com isso. — Pediu Tontawan, sussurrando. Win conseguiu ouvi-la. O ciúme acabou diminuindo quando viu que ela queria ajudá-los a se resolver. — Não vai resolver nada desse jeito. Quer estragar tudo novamente?

— Não foi eu quem estraguei tudo.

— Então quem foi? — Perguntou Win, virando-se para eles. Estava com raiva de novo, e se não a colocasse para fora, seria capaz de nunca perdoar o ex-namorado.

— O carro quebrou? — Bright perguntou, se acalmando. Não queria começar uma briga. Se quisesse se resolver com o Win temperamental de agora, teria que ser paciente e, pior, compreensivo.

— É o que parece.

— E você resolveu ignorar o problema e se jogar na estrada?

— O que eu poderia fazer? Estava esperando ajuda.

— E qual era o destino?

— Isso não é assunto seu, Bright.

— Eu posso dar uma olhada no carro, Win. — Tontawan se intrometeu, cautelosa. Se fosse possível, estaria saindo faíscas dos olhos dos rapazes em sua frente. — Eu entendo de carro. O meu pai me ensinou algumas coisas. — Ela se levantou, empurrando Bright para abrir o capô. Bright quase caiu na estrada, não pelo empurrão, mas por estar desorientado e sem forças no corpo. Win mexia muito consigo. — Ele é muito velho? Quando foi a última revisão?

— Eu não sei. — Chutou o pneu, chateado com tanta coisa dando errado ao mesmo tempo. — Por que tantas perguntas? Vai consertá-lo?

— Eu posso?

— Fique à vontade.

Tontawan voltou ao próprio carro e pegou uma mala com ferramentas dentro da mala. Depois, voltou para o motor de Win e procurou o que havia de errado. Foi difícil se concentrar com o clima tão tenso entre Bright e Win, mas, no fim, ela fingiu estar sozinha e adiantou o trabalho. Consertaria o motor e sairia dali, sabendo que nenhum problema do passado seria resolvido se estivesse por perto.

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