A SECRETÁRIA (Conto 1)
Capa por _jessyiam
Rachel conferiu sua aparência no pequeno espelho mais uma vez antes de guardá-lo na bolsa, sentar na confortável cadeira e ligar seu computador de mesa.
Essa era sua vida diária: sentada atrás de uma mesa, com uma mão no mouse e outra no teclado, um telefone de escritório ao lado da tela e vista para a enorme porta dupla de mogno da sala do CEO de uma das maiores empresas de tecnologia de Seattle.
A morena de 1,70 m havia subido de elevador até o 34° andar, onde ficavam os escritórios do CEO e de seus coproprietários, todos irmãos da família Stanton, que era a dona da empresa. No largo corredor da cobertura ficavam as mesas de trabalho da secretária do andar e das duas assistentes dos irmãos. Rachel era a secretária.
— Bom dia, Srta. Charmont, como vai?
Rachel olhou para a loira exuberante de olhos castanhos que lhe estendia a mão e sorriu, cumprimentando-a.
— Olá, Céline. Já disse para me chamar de Rachel.
— Desculpe, é que já estou tão acostumada a ouvir “Srta. Charmont” pra cá, “Srta. Charmont” pra lá, aí acabo esquecendo que seu primeiro nome é Rachel.
— Quem se importa com o nome dela? — resmungou a assistente de cabelos pretos curtíssimos, passando sem nem dizer bom dia para a dupla que conversava.
— Oi pra você também, Andrea — disse Céline, com voz pingando sarcasmo.
A outra simplesmente a ignorou, ligando seu computador.
— Não se dê ao trabalho, Andrea só é simpática com os chefes — murmurou Rachel.
— Eu sei — concordou Céline. — E ela vive como se tivesse um espeto enfiado no traseiro porque não consegue laçar nenhum deles.
As duas olharam na direção do elevador quando ouviram o barulho que indicava que as portas seriam abertas. Céline correu para sua mesa a tempo de fingir já estar trabalhando quando saíram do elevador dois homens altos vestindo ternos feitos sob medida, ambos morenos e atléticos, um com barba bem desenhada e o outro com o rosto liso. Eram o CEO Maxwell Stanton e seu assistente pessoal, Roman, o único assistente com uma sala que se conectava com o escritório do seu chefe.
Rachel apertou a mandíbula para se impedir de gemer quando seus olhos se encontraram com os olhos acinzentados do homem mais alto, que lhe deu um discreto sorriso de canto de lábios. Um sorriso cheio de malícia e cumplicidade.
Desviou o olhar, prendendo uma risada quando suas colegas suspiraram audivelmente ao olhar para Maxwell, com sua postura imponente. O tipo de homem seguro e sexy que conhecia o próprio poder.
— Como pode um homem ser tão gostoso assim? — falou Céline, quando os dois entraram na sala de Maxwell.
— É melhor tomar cuidado como fala do chefe — desdenhou Andrea. — Um homem poderoso como ele nunca ficaria com uma assistente pobretona.
— Ah, e o Eliot ou o Dave ficariam? Porque você não cansa de se insinuar para eles — provocou a loira.
— É diferente, eu sou linda e nenhum deles é o presidente da empresa.
Rachel mais uma vez prendeu uma risada. Se aquelas duas soubessem o que ela sabia sobre o CEO, não ficariam falando dele assim.
Cerca de dez minutos mais tarde o elevador abriu, trazendo Eliot, o irmão do meio, e o caçula Dave. Ambos eram morenos e tinham traços marcantes como o mais velho, porém Eliot era mais baixo e Dave era o tipo musculoso a quem ninguém de bom juízo gostaria de provocar.
Não era difícil entender por que os irmãos Stanton causavam tanto alvoroço, principalmente quando estavam os três no mesmo ambiente. Era muita beleza e masculinidade, impossível ignorá-los.
Dave se aproximou de Rachel e ela suspirou baixinho. Já havia dito a ele que era comprometida, mas o homem de vinte e nove anos disse que só acreditaria se visse seu namorado, o que não iria acontecer, pois ambos concordaram que era melhor seu relacionamento continuar em segredo na empresa, para evitar fofocas.
— Bom dia, Srta. Charmont. Você está charmosa como sempre — o homem falou com voz que pretendia ser sexy, mas que por pouco não a fez revirar os olhos pelo trocadilho idiota.
— Bom dia, Sr. Stanton. Você não está tão mal hoje.
Ele colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido.
— Assim você esmaga minha autoestima, senhorita.
— Dave, para de flertar com a secretária do Max ou ele vai chutar teu traseiro — advertiu Eliot, cumprimentando Rachel e as assistentes.
Dave deu um sorriso cínico e seguiu o irmão, parando apenas para dar recomendações a Andrea. Céline já estava ao lado de Eliot, listando seus compromissos para aquele dia.
O telefone da mesa tocou e Rachel atendeu, já abrindo sua agenda no computador, pois sabia que era a lista de seus afazeres para aquele dia.
— Srta. Charmont, a reunião com os acionistas da empresa será às dez horas, preciso que prepare a sala três, os documentos solicitados ontem e os equipamentos multimídia. Avise as assistentes para que estejam a postos. — Ela digitou o horário e o que tinha que fazer, enquanto ele esperava. Depois de alguns segundos, continuou: — À tarde haverá outra reunião com os diretores de todos os setores da empresa, prepare a sala um às duas horas e a sala dois para os coproprietários se reunirem com a equipe de marketing às três. Se alguém tentar marcar reunião particular, avise que não será possível pelos próximos dois dias. E receba as pessoas com hora marcada, por favor.
— É claro, já tenho tudo anotado. Bom dia.
Houve um click. Rachel desligou o aparelho ao mesmo tempo em que sentiu seu celular vibrando. Ao atender, ouviu a mesma voz grave que falara de modo impessoal, segundos antes, no telefone da empresa, mas agora era totalmente íntimo, em um tom baixo e sedutor.
— Você está muito linda. Foi difícil não te agarrar no meio do corredor e beijar essa boca gostosa.
Rachel abriu um largo sorriso.
— Também é difícil para mim quando encontro você várias vezes ao dia e não posso mostrar a todo mundo que esse moreno lindo é meu.
— Isso vai mudar quando estivermos casados, eu prometo. Por enquanto é melhor ficar assim, pelo bem das nossas carreiras.
Rachel assentiu, mesmo que ele não pudesse ver.
— Tudo bem, nós temos muito trabalho hoje, não é?
— Sim, o dia será cheio, mas vou te esperar depois do expediente.
— Mesmo que esteja muito cansado?
Ela ouviu a baixa risada gutural dele e sentiu um arrepio de prazer.
— Pra você, eu nunca fico cansado demais, meu amor. Agora preciso ir. Vou pensar em você a cada minuto de folga hoje.
— Eu penso em você o tempo todo. Até mais tarde, querido.
— Até.
Rachel encerrou a chamada e começou a finalizar os documentos para a reunião com os acionistas. Ela só precisava terminar o que já estava quase pronto e imprimir a quantidade necessária para todos os acionistas que estariam na reunião.
Enquanto ela fazia essas coisas, o assistente do chefe era o responsável por marcar suas reuniões, acompanhá-lo nos almoços e jantares de negócios, além de muitas outras funções diárias, pois Maxwell era um empresário muito ocupado, não parava nem aos fins de semana.
Rachel trabalhava na multinacional Stanton fazia três anos. Começou como recepcionista, depois foi assistente de Eliot Stanton, mas era tão eficiente que foi solicitada como secretária do presidente da empresa. Foi em algum momento desse tempo como secretária que a mulher de cabelos castanhos e olhos verdes foi vista pelo moreno de olhos cinzas, com um corpo de dar água na boca e uma barba bem desenhada que o deixava sexy.
Ambos se viram atraídos um pelo outro, como um inseto é atraído para a luz.
Mas Rachel tinha ambições profissionais, assim como ele. Ela era formada em administração e não queria ser secretária para sempre, por isso não poderia deixar que seu relacionamento a impedisse de galgar as escadas de uma carreira bem-sucedida por seus próprios méritos. Ele compartilhava de seu pensamento e concordava que o relacionamento dos dois não deveria interferir no trabalho.
O dia passou entre reuniões, correrias e afazeres. Chegou um momento em que Rachel achava que não aguentaria mais ficar de pé ou mesmo sentada, suas costas estavam doloridas.
Já estava escuro quando ela finalmente desligou o computador e arrumou seus pertences na bolsa. Pegou o espelho de mão e retocou a maquiagem, depois aspergiu nos pulsos e passou atrás das orelhas o perfume cítrico que costumava usar. O andar já estava vazio, as assistentes foram embora logo depois de seus chefes e o último homem acabara de entrar no elevador, com seu jeito empertigado e a compleição austera que tomava conta do rosto bonito.
Quando estava pronta, o telefone tocou.
— Srta. Charmont, você está sendo solicitada na sala da presidência.
— Hum, o expediente acabou, acho que eu já deveria estar na minha casa agora... senhor — brincou ela, com um sorriso malicioso.
— Devo insistir para que venha. Preciso de suas habilidades nesse exato momento.
— É claro, mas desde já aviso que devo receber hora extra por ser tão dedicada à empresa.
— Você receberá algo muito melhor que horas extras, Srta. Charmont.
— Tudo bem, estou indo.
Rachel sorria enquanto andava até a porta dupla de mogno, seu coração no compasso dos saltos vermelhos que faziam barulho no piso. Respirou fundo antes de empurrar a porta para entrar.
Estava nervosa, nunca tinha ficado a sós com ele no ambiente de trabalho, eles costumavam ser um casal apenas da porta da empresa para fora. Geralmente na casa de um dos dois ou em passeios românticos, pois até os almoços em restaurantes eram acompanhados de outras pessoas da empresa.
Sua respiração ficou pesada ao fechar a porta e se deparar com o homem fitando-a de cima a baixo, apreciando a vista das pernas torneadas da namorada. Seu cabelo estava bagunçado, bem diferente de quando entrou no trabalho aquela manhã. O paletó estava jogado no encosto de uma das poltronas e ele afrouxava a gravata, olhando para ela com tanto desejo que chegava a ser indecente.
— Aqui estou... senhor — zombou. — O que deseja?
Ela mal o ouviu resmungar “você”, antes que ele se aproximasse e tomasse sua boca em um beijo ardente, a mão grande segurando-a pela nuca, os dedos deslizando pelo couro cabeludo, entre os fios lisos e macios dela, que reagiu imediatamente, entregando-se ao beijo, sua língua massageando a dele em um ritmo de quem já esperou demais.
A morena largou a bolsa e enlaçou seus braços no pescoço do namorado, puxando-lhe levemente o cabelo. Ele gemeu e abraçou-a pela cintura, descendo a mão pelo seu corpo, até chegar às nádegas firmes, onde apertou com volúpia, mostrando o quanto estava excitado.
— Passei o dia todo fantasiando com você bem aqui nessa mesa, usando apenas esses saltos vermelhos — murmurou, mordendo-lhe o lóbulo da orelha com delicadeza, de forma que ela estremeceu.
— Huuumm... Você fantasiou comigo enquanto estava trabalhando?
— Isso até me causou algumas chamadas de atenção, mas eu não consegui controlar. Você fica tão sexy quando usa saltos vermelhos e roupa preta...
Ele desabotoou a blusa dela, colocando-a em uma poltrona, depois retirou lentamente a saia lápis com uma abertura lateral que destacava-lhe as pernas bonitas. Vendo o olhar ansioso da morena para a porta, afastou-se apenas para trancá-la.
— Ninguém vai nos incomodar, eu já me certifiquei disso. Não tem câmeras nessa sala e eu passei pelo departamento de T.I. com ordens de desligar as câmeras deste andar depois das sete da noite, apenas hoje.
— Você realmente planejou tudo.
— É claro, até me livrei de um jantar de negócios com a desculpa de estar demasiadamente cansado e não conseguir me concentrar em pautas de negociação.
— Não foi difícil, pelo visto. — Ela acariciou o rosto do homem que amava, passando os dedos levemente abaixo dos seus olhos, com olheiras que não estavam ali pela manhã. — Você realmente parece exausto.
— E estou, foi um dia estafante. — Abraçou-a novamente pela cintura, cheirando seu pescoço. — Mas pra você, Rachel, eu sempre estou disposto.
Novamente se beijaram, mais forte, com mais urgência, suas respirações ofegantes misturadas aos gemidos excitados a cada carícia, cada toque que lhes despertavam os corpos sedentos da paixão que os consumia. Já se conheciam tão bem que poderiam desenhar mapas dos corpos um do outro, detalhando quais lugares tocar para enlouquecer de prazer.
Ela quase arrancou os botões da blusa masculina em sua urgência por tocar o peitoral definido, com pelos negros, os ombros fortes e a barriga dividida que era uma tentação para os olhos de qualquer mulher que parasse para observá-lo. Porque desejava muito fazer isso, ela beijou toda a extensão do peito masculino enquanto o empurrava para a poltrona do CEO, onde abriu a calça social e buscou o que queria.
Ao sentir a boca feminina ao redor de seu membro, o homem gemeu alto, segurando os cabelos dela de modo que pudesse ver-lhe a face tomada de prazer enquanto o acariciava intimamente. Nunca havia conhecido uma mulher tão sensual e receptiva quanto ela, eram simplesmente perfeitos juntos.
Não suportando mais a tensão, ele a fez sentar em seu colo e puxou os seios fartos do sutiã, para sugá-los avidamente. Rachel jogou a cabeça para trás, entregando-se a ele sem reservas, gemendo pelas carícias ousadas e buscando o contato mais íntimo entre eles.
Enlouquecida, ela implorou:
— Por favor, eu preciso de você. Por favor!
— Você me quer? — gemeu, rouco.
— Como nunca quis ninguém.
— Eu te amo, Rachel — ele disse antes de afastar a calcinha para o lado e conectar seu corpo ao dela.
Começaram assim a doce escalada do prazer, com ela no comando, trocando entre si beijos, olhares e murmúrios apaixonados, até que ela sentiu a contração do ventre ao explodir em sensações que lhe arrepiaram cada pelo do corpo, tremendo sobre ele.
Mesmo assim, ele não pretendia parar ainda. Retirou-se dela e a segurou pela cintura para colocá-la sentada em cima da grande mesa de madeira escura. Tirou a calcinha de renda vermelha que ela ainda usava e abaixou-se para prová-la. Sugou e lambeu a intimidade feminina até ouvi-la gemer, novamente buscando prazer, então tomou-a assim, sentada na mesa, curvada para trás, sustentando seu próprio peso com os braços enquanto gemia a cada investida dele.
As mãos fortes seguraram a cintura delgada e ele bateu contra ela cada vez mais forte, de modo que a mulher gemia, sussurrando frases desconexas quando mais uma vez o prazer tomou conta de tudo e uma chuva de fogos de artifício brilhou por trás de suas pálpebras fechadas. Ele gozou assim, olhando o rosto satisfeito da mulher amada, sua boca entreaberta soltando gemidos de puro deleite enquanto ela novamente tremia ao seu redor.
Depois de um tempo em silêncio, apenas tentando recuperar o fôlego perdido na atividade intensa, eles se abraçaram apertado, não querendo colocar distância alguma entre seus corpos.
— Uau... — ela disse, olhando nos olhos tempestuosos dele, pesados depois do clímax. — Isso foi tão incrível, Roman. Meu coração escolheu o homem certo para amar.
Ele deu um lindo sorriso, sempre com seu traço marcante de ironia.
— Mesmo que esse homem seja apenas o assistente do CEO mais cobiçado de Estado de Washington?
Ela bufou e segurou-o pela nuca para um beijo apaixonado.
— Que mulher inteligente olharia para Maxwell Stanton se perto dele está Roman Acker, o moreno mais sexy de Seattle?
Ele gargalhou, beijando-a novamente.
— Eu me sinto o homem mais sortudo do mundo porque a secretária mais linda que já conheci reparou no assistente que costuma ser ignorado por todos quando está perto do chefe.
— Não é à toa que sou conhecida pela minha inteligência e eficiência, querido.
Roman admirou sua Rachel. Ela estava tão linda assim, relaxada, satisfeita, e isso o deixava extremamente feliz.
— Bem, eu gostaria de ficar assim com você a noite toda, mas tenho que limpar a mesa e a cadeira do meu chefe, não quero ser despedido por ele sentir o cheiro da minha namorada no local de trabalho dele.
Ela riu, lembrando do que Roman lhe contou sobre ter flagrado sem querer seu chefe transando com um homem naquele mesmo escritório. É claro que Maxwell não sabia que tinha sido visto, e era bem melhor assim, afinal, ninguém tinha nada a ver com isso.
— É claro — ela concordou, já vestindo sua roupa. — E não podemos faltar ao jantar com nossas famílias hoje, por isso eu vou na frente. Não demora, tá, querido?
— Não vou demorar. Não posso me atrasar para o nosso próprio jantar de noivado, Srta. Charmont. Pronta para o próximo passo antes de se tornar Sra. Acker?
Ela sorriu brilhantemente e deu uma piscadinha sexy.
— Estamos no século XXI, eu posso usar os dois sobrenomes.
— Certo. — Ele bateu no traseiro bonito dela. — Vai logo, antes que eu resolva repetir a dose do que aconteceu aqui.
— Eu não iria reclamar, mas minha mãe vai nos perturbar pelo resto da vida se chegarmos atrasados. Te espero lá em casa.
— E depois vamos pro meu apartamento continuar nossas brincadeiras.
— Com você eu vou para qualquer lugar, Roman. — E saiu da sala, sorrindo.
Lembrou-se de quando o viu pela manhã. Enquanto as assistentes babavam pelo presidente da empresa, Rachel admirava o assistente, que a tinha pedido em casamento na noite anterior e iriam oficializar o noivado com suas famílias aquela noite. Foi ele que lhe deu o sorriso que a deixou de pernas bambas.
Todos os dias, era a voz de Roman que ela esperava ansiosa para ouvir, passando-lhe as atividades diárias que ele previamente discutia com o Stanton mais velho. E quando ele disse que ela estava sendo solicitada na sala da presidência, imitando o modo de falar do chefe, ela entrou na brincadeira e o chamou de “senhor”.
Não podiam ainda deixar público seu relacionamento de um ano e meio porque era contra a política da empresa o envolvimento amoroso entre colegas de trabalho e ambos estavam prestes a crescer profissionalmente, não podiam correr o risco de tudo ir por água abaixo.
Rachel era a mais cotada para o cargo de diretora do setor de logística, por sua formação acadêmica e experiência trabalhando com os donos da empresa. Roman estava sendo preparado diretamente pelo CEO para assumir como diretor geral, aquele que comandava a organização de todos os setores, pois Eliot, que assumia essa posição na sede, agora iria para Chicago, comandar uma nova filial da empresa e Dave era do setor financeiro, não iria mudar para o administrativo.
Ela e Roman se amavam, só estavam esperando a promoção iminente para casar e deixar de esconder seu relacionamento, afinal, eles não poderiam ser demitidos se trabalhassem em setores distantes, sem contato direto entre si, em um prédio gigantesco onde era impossível todos se conhecerem. Mas estando onde estavam naquele momento, no topo, perto do presidente, todos sabiam quem eles eram, mesmo que não soubessem seus nomes, então era prudente esperar.
A morena sorriu para seu reflexo no elevador espelhado que descia.
Ela não precisava de um CEO bilionário que lhe desse segurança financeira, presentes caros ou que tornasse supérfluo o ato de trabalhar para conseguir suas coisas. Não precisava de um homem cobiçado para chamar de seu e causar inveja nas mulheres da alta sociedade por uma secretária pobre conseguir o que elas não conseguiram.
O único homem que ela queria era aquele que crescia junto com ela, que a apoiava a cada degrau conquistado em sua carreira, que podia passear com ela pelo parque sem ter paparazzi malucos tentando conseguir uma foto comprometedora. Alguém que podia jantar com ela em restaurantes familiares e entrar na sua casa sem levar a aura de status financeiro que homens como Maxwell Stanton tinham em qualquer lugar.
Rachel só precisava de alguém que entendesse a sua necessidade de crescer por esforço próprio e ainda assim manter sua vida simples e tranquila.
E foi sem procurar que ela encontrou Roman, o assistente do CEO.
O amor da sua vida.
(3324 palavras)
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