Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

|Capítulo 56|

Rustan Abromowitz

22 de Julho de 1945

Três dias. Tínhamos somente três para prepararmos tudo o que fosse possível e impossível para conseguirmos fugir daqui em segurança. Contudo os soldados de Borodin estavam de olho em mim, cercando-me no quartel e impedindo a minha ida até o apartamento de Leah. A tensão corria solta pelo ar, todos os olhos e ouvidos caíram sobre mim, esperando pelo meu próximo ato louco — insano talvez, mas aquela era minha vida e ninguém mais iria ditá-la.

Eu consegui escapar deles por alguns minutos e conta-la tudo o que precisava saber e porque de meus sumiços, ela certamente não ficou contente com a notícia, mas não me culpou em nenhum momento. Ela compreendia a gravidade da situação — também já esperado, como ela mesma havia dito e sabido desde o dia em que nos conhecemos —  e que estávamos lascados.

Cheguei pela manhã na casa de Leha, contudo, com aquele atraso do dia anterior, eu possuía menos de quarenta e oito horas. Estava contra o tempo.

Se passava das onze da manhã e desde cedo, após eu relatar o que sofri, tentamos alguns planos improvisados, mas ao por em prática, vimos que atraia atenção demais, às vezes perigoso demais... Nossas opções estavam acabando e rápido.

- E se... - Johannes começa e eu logo o interrompo.

- Eu já falei que isso não dará certo, já tentamos na primeira vez. Deu errado e quase matamos Beike. Precisamos de outro plano urgentemente. Amanhã será o meu prazo final... Droga, eu não quero ir - eu admito em um sussurro a última parte não querendo que ninguém me escutasse, porque ficariam com aquele olhar de pena para cima de mim, como estavam fazendo desde o momento que descobriram que Borodin me mandaria para uma nova batalha e que desta vez as chances de eu voltar vivo e inteiro são quase nulas.

No entanto, Leah segura uma de minhas mãos e a aperta com zelo, eu observo as curvas de seu sorriso e como ele conseguia facilmente iluminar o meu dia. Eu amava aquela mulher com uma força acima do normal, que chegava até a doer no peito. Perde-la ou me separar dela não é mais uma de minha opção, contudo, caso no meio dessa fuga algo ser errado, eu a colocarei em primeiro lugar e garantirei que sobreviva para o dia do amanhã.

Eu retribuo o sorriso, mais fraco do que o dela, mas já era o suficiente, pois após fazer isso, ela entrelaça nossos dedos sem se preocupar com as opiniões dos amigos e diz baixo, somente para eu ouvir:

— Nós iremos conseguir, Rustan, o senhor não irá para lugar algum. — Gosto da confiança e determinação dela, isso em motiva a continuar tentando. Nossos olhos não se desviam por longos segundos, perdendo-se neles infinitamente. — Nós vamos encontrar um plano, tem algo que ainda não pensamos...

Eu concordo com a cabeça e volto o meu foco no que Beike e Johannes discutiam, eles tem um mapa da cidade fornecido por Johannes em uma de suas missões. Ele está estendido sobre o chão para facilitar nossa busca por rotas alternativas, pontos esquecidos pelos soldados, porém, nada me parece novo ou inexplorado ainda. Eu tenho que confiar que existe uma rota não investigada por nós.

Leah aperta a minha mão, ainda não tínhamos soltado, nem pretendíamos. Não queria ser negativo, todavia, se aquele for o meu último dia com Leah, desejo aproveitar ao máximo.

— O senhor não pode conversar mais uma vez com eles? Já avisou que é questão de vida ou morte? — pergunta Beike, cruzando os braços impaciente. Ela tinha essa mania quando as coisas saíam do seu controle. — Posso até parecer velha, mas meu marido me ensinou alguns truques e um deles é dirigir essa porcaria que chamam de veículo.

— A questão não é quem irá dirigir — Leah argumenta sem soltar a minha mão —, mas de saber que, ao chegar do outro lado, terá alguém nos esperando. Imagina atravessar o país e não conseguirmos passar as fronteiras por pertencerem agora aos outros exércitos...

— Estamos ferrados mesmo... — Johannes se levanta para esticar as pernas e andar pelo apartamento, mostrando-se ser também impaciente. — Se algo der errado, o que acho provável, já que desde o dia em que pisei aqui nada saiu conforme planejado, nós teremos, não um nem dois, mas três exércitos atrás de nós. E tudo isso porque um soviético se apaixonou pela civil alemã...

— O que eu posso fazer se o amor não tem fronteiras? — eu respondo, em um tom sério, mas Leah logo percebe nas entrelinhas um tom de piada embutida ali, porque tudo parecia impossível demais de acontecer. Somente uma guerra para unir duas pessoas.

Ainda parecia loucura ao se falar de nós. Em meio a guerra, eu fui encontrá-la, a garota de um sonho tão distante meu. Quando pensava em casar em minha juventude, nunca chegou a ser possível, pois eu não via dentre tantas mulheres de minha terra natal, aquela que me faria feliz, verdadeiramente feliz. A que chegaria até o fundo e profundo de meu coração.

Agora eu sei que eu só estava esperando chegar até aqui para entregar o meu coração a mulher certa. Afinal, ela existia e era muito melhor a tudo o que imaginei. Muito mais do que eu sonhei.

— O verdadeiro problema não é como iremos atravessar até a fronteira, pois eu posso arranjar jeeps e nos levar até lá — eu paro mostrando com o dedo, apontando a direção de onde estávamos até a chegada —, porém o que precisaremos executar é um plano para despistar os soldados que estão na nossa espera do lado de fora. Meu comissário político colocou homens circulando essas regiões nos últimos dias, porque ele sabe que eu não me renderei.

Escuto todos resmungando, estávamos enfurecidos e prestes a explodir aquela raiva que, a cada dia, crescia em nós. Se toda aquela tensão explodir, o que será de nós?

Esfrego a mão em minha testa, recordando do acordo que Borodin propôs a mim, eu não conto nem para Leah, porque ela não aceitaria, e também foi difícil convencer Ted a me ajudar. Se antes ele já não estava tão disposto a se arriscar, agora então imagino que será bem educado para negar o pedido.

Só um louco me ajudaria agora...

Se de alguma forma eu conseguisse tirar por poucos minutos os soldados de minha cola, eu sei que conseguiria chegar em segurança até o outro lado e eles não nos seguiriam mais. Talvez eu precisasse de dois loucos, afinal: um para ordenar a retirada dos NKVD da região e outro para enganar com uma falsa pista. Um terceiro, quem sabe, para trocar os veículos comigo e levar para uma outra região, enquanto a verdadeira está atravessando o país.

Todavia, eu não tenho três loucos, mas conheço três amigos que fariam uma coisa dessas por mim. Bem, um aceitaria com mais facilidade, o segundo com bons e muitos argumentos e simpatia, no entanto, o terceiro... Coronel Pyotr não aceitaria a fazer uma coisa dessas por mim. A cabeça dele já está em volta do laço da forca, eu basicamente estou empurrando ele para a morte certa.

Meu melhor amigo, Alexander, após o medo no primeiro impacto com a notícia e recobrar os sentidos da apreensão e susto por ser absurdo, ele verá que é um bom plano e passaria uma pista falsa. Contudo, nós sendo amigos, eu me preocupo dos outros não terem credibilidade em sua palavra e achar que só está enrolando os membros para me livrar da perseguição. Bem, seria justamente isso o que ele teria que fazer, porém com muita convicção e um pouco de pontualidade do segundo intrigante nesse meu plano.

Se Ted — com muita força de vontade e coragem — aceitar em trocar o jeep dele pelo meu, ir até o local indicado — e já planejado pelo Coronel —, eles serão informados pela rádio do operador que viu um veículo suspeito. Isso abriria uma passagem a mim e os outros para fugir. Tudo o que eu preciso fazer é convencer Ted a participar desse meu plano.

Agora, falando do Coronel, ele me chamará de louco e pedirá para me internarem. Não há jeito dele concordar com essa maluquice, mas é a única que eu pensei, tomei notas e em 70% pode dar certo. Ele somente precisa dar uma ordem e pronto, o caminho estará livre. Apenas uma palavra e tudo será possível. Eu somente pedirei a ele realocar a posição desses soldados em missão para uma mais distante de nós.

O tempo precisaria ser preciso e calculado, pois ele será o nosso maior inimigo, mas acredito que conseguiremos. Devo acreditar nisso, senão, quando raiar amanhã o dia, eu nunca mais verei Leah e estarei morto do dia seguinte.

Com essa determinação que preenche em meu peito, essa plano criado às pressas e sem nenhuma rota de fuga alternativa, caso a primeira falhe, eu me ponho de pé, saindo de perto dos mapas, na qual revíamos outras estratégias e digo com firmeza:

— Eu acho que encontrei... Eu... Volto para atualizar vocês! — dou um beijo rápido de despedida em Leah e vou se encontro com o meu destino.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro