|Capítulo 53|
Leah Pfeifer
20 de Julho de 1945
Eu ainda não acreditava nas palavras de Rustan, mesmo sabendo que ele não mentiria para mim sobre aquilo, porém, ainda doía muito saber da verdade. Às vezes não saber o que aconteceu soa muito melhor em meus ouvidos do que agora, mas eu compreendia que era uma desculpa criada em minha mente para me proteger do fato: meu irmãozinho morreu.
Mas quem eu queria enganar? É melhor saber de uma vez por todas a realidade a ter que criar falsas esperanças e desilusões sobre um futuro que nunca acontecerá.
Contudo, ainda sim doía muito. Muito mais do que eu me lembrava como havia sido com meus pais. Muito mais do que eu poderia suportar. Por que...? Eu só queria entender o porque disso me acontecer. Eu sabia que era uma chance de 50%, no entanto, eu torcia muito para ele retornar para mim e voltarmos a ser uma família.
Klaus iria querer morar nos arredores de Berlim, assim ficaria próximo aos nossos pais, perto de tudo onde conhecemos. Ele não aceitaria com facilidade a ideia de deixar tudo para trás e seguir em frente, meus irmãozinho sempre se apegou a esse mundinho que criamos antes da guerra e no meio dela. Contudo, se fôssemos ficar, teríamos antes que sobreviver até esse dia chegar, mas daríamos um jeito. Sempre damos.
De fato, demos um jeitinho em tudo, menos na morte, porque quando ela chega, não tem escapatória. Ou se viveu todos os dias como se fosse o último e plantou coisas boas para a época da colheita ou não soube viver, apenas sobreviveu dia após dia, deixando o melhor para o final, mas ele nunca chegou.
Abro os olhos e pisco muitas vezes, devido as lágrimas que não paravam de chegar. Limpo os as costas da mão e encaro pesarosamente o túmulo que fizeram para meu irmão, em um lugar reservado perto do campo de flores. Os moradores da região tinham seu cemitério, mas Klaus preferia ser enterrado no coração da natureza a ficar entre tantos outros mortos. Parece que as pessoas que cuidaram dele descobriram essa peculiaridade de seu interior.
A mão de Rustan repousa em meu ombro e eu viro a cabeça para olhar ele se aproximando de mim. Eu queria um pouco de privacidade para lidar com o meu luto, mas ele me conhecendo sabia perfeitamente que eu acabaria me afogando naquela tristeza e escorregaria de seus dedos, perdendo-me na dor de uma perda.
Mais tarde eu lidaria com ela sozinha, no momento iria me acolher nos braços de meu soldado e tentar não enlouquecer de vez.
Rustan me puxa para seu corpo e me abraça.
— Leah, vamos. A senhorita já está aqui a mais de quatro horas... Precisa descansar e se alimentar — ele me avisa com carinho, eu sabia que fazia por bem, mas eu não queria ter que deixá-lo de novo. Não poderia. Não consigo.
— Só mais um pouco — eu peço sentindo os olhos queimarem com as lágrimas, a minha garganta já estava seca a bastante tempo, que eu nem saberia dizer a última vez que me hidratei.
— A senhorita disse isso a duas horas atrás... Leah... — ele tenta me persuadir a escuta-lo, mesmo eu sabendo que estava certo, mas eu acataria sua sugestão. Não ainda.
— Pode ir, eu ficarei mais um pouco.
— Eu não irei a lugar algum, Leah, mas te darei espaço para ter mais privacidade — ele diz isso e ao longe eu escuto um som forte de trovão, ecoa por toda a região pela morte de meu irmão. Um fina chuva gélida escorre pelo céu, as lágrimas tristes acompanhando as minhas. Rustan retira sua capa, que normalmente usa para chuva ou vento e coloca em mim. Ele puxa o forro para cima e me olha firme: — Lembre que eu estou aqui para te ajudar sempre que precisar, na alegria ou na dor. E eu sei que já teve muitas perdas, sabe o processo que enfrentará, mas saiba que não está sozinha. Nunca estará. Não mais.
Eu aperto as suas mãos e sorrio.
— Obrigada, Rustan. Eu não vou demorar, fique em um lugar coberto — peço me despedindo dele e voltando ao funeral. Eu não sabia o que dizer a ele, minhas últimas palavras para ele em vida foram "Vá, irmão. Seja um garoto corajoso, porque você terá medo, mas não se preocupe, eu sei que você conseguirá superar isso. É um garoto especial. Eu estarei aqui te esperando. Nós nós veremos em breve, meu irmão."
Mas e agora? O que eu poderia dizer a ele, sabendo que o seu fim não foi como eu prometi? Não sou culpada por deixá-lo ir? Eu posso não ser a causadora de sua morte, mas não fui um meio facilitador? Devo chorar por ser uma vítima ou devo ser condenada por permitir a ida de uma criança a guerra e morrer por uma causa julgada ser nobre?
Eu não fui uma boa irmã, eu tinha que protegê-lo. Prometi isso aos nossos pais, eu seria o pai que ele perdeu, a mãe que ele sentiu falta... Eu seria o seu lar.
Agora tudo está perdido e eu falhei como irmã. Eu falhei. Prometi e não cumpri. Como posso ser uma boa pessoa se mandei meu irmãozinho a guerra, em direção a morte certa?
Como eu contaria aos meus pais isso? Como eu poderei encara-los e dizer que por minha causa, Klaus morreu? Como...
As lágrimas escorrem até não ter mais o que sair, minha garganta se fecha e eu sinto a falta de ar queimar meus pulmões. Eu deveria ter morrido para salvar meu irmão e não ao contrário. Não era para ele ter morrido! Se eu tivesse saído antes do hospital, mesmo ferida e ido atrás... Se fosse mais esperta e tivesse o seguido para assisti-lo de longe... Ou quem sabe escondido ele na chance que tive, nada disse teria acontecido! Eu sou a culpada e por isso ele morreu.
Caio no chão sem forças nas pernas e choro ainda mais, grito e rasgo os céus com a minha fúria e lamentação. Os trovões acompanham o meu pranto e estremecem o manto cinzento acima de nossas cabeças.
Eu... Como eu...? Como poderei sobreviver sabendo que ele morreu e não tenho mais ninguém de minha família viva? Klaus era a última esperança de eu me sentir em casa, trazer do esquecimento as lembranças de nossa juventude, a nossa felicidade.
O que me restou agora? O que devo fazer? Como seguirei com a minha vida sabendo que nada mais faz sentido? Eu não tenho lar. Não tenho uma nação para se morar. Sou órfã. Não me restou nada. Nada.
— K-Klaus, m-me perdoa — gaguejo ao tentar expressar o que tinha guardado em meu coração. Tinha muitas coisas a dizer e não sabia que conseguiria. — Me perdoa. Eu não sou sua heroína, como achava que eu fosse. Eu não presto. Deveria ter te protegido e falhei. Prometi te ajudar e...
Grito de tristeza por não conseguir fazer a única coisa que meus pais me pediram. Eu falhei com todos. Não vou aguentar viver sabendo que não consegui salvar a única pessoa que eu mais amava no mundo.
Será que a vida vale tanto a pena assim a ser vivida?
Eu ergo os meus olhos para os céus e a chuva me encharca na medida em que ela aumenta com sua tempestade. Eu já não tinha mais nada a temer.
Volto os meus olhos para a lápide de pedras improvisada que fizeram a ele, que nela estava escrito: "Como o vento, você apareceu. Trouxe renovo para nosso lar e semeou vida aonde já estava morto. Seu fruto cresceu, mas já estava na hora de dizer adeus". Logo embaixo somente estava esculpido: "Klaus Pfeifer".
Em um segundo eu estava bem, encarando aquela lápide sentido orgulho de quem foi Klaus Pfeifer, suas obras descritas na pedra mostravam que fez a diferença em muitas vidas. No entanto, quando eu olho para aquilo de novo, a raiva em consome e eu não consigo me conter.
Me aproximo engatinhando e começo a bater e socar a pedra com ódio por ele ter que ter enfrentado tudo isso e não ter visto o seu bem feito. Ódio por eu não ter estado perto. Tristeza. Raiva. Tudo misturado.
Continuo batendo até que mãos me seguram e me virão para si, puxando do chão para ficar em pé à sua frente. Eu o olho achando que irá brigar comigo por minha impetuosidade, mas eu o escuto dizer:
— Continue em mim, para não se machucar — eu o encaro e ele anue, permitindo, com isso, eu volto a bater nele, alternando em limpar as lágrimas e esvaziar minhas dor nos socos no corpo se Rustan. Eu não queria machuca-lo, só desejava arrancar essa dor de dentro de mim. Quando ele percebe que as minhas forças se esvai, Rustan me abraça com carinho, me apertando contra o seu peito. — Shii, já passou, está tudo bem agora.
— Rus-Rustan, e-ele...
— Eu sei, Leah, eu sei... Eu irei te tirar aqui, vamos.
[...]
Rustan me leva para a casa de Maria Bauer, a mulher que acolheu Klaus em seus últimos dias de vida. Ela abriu as portas de sua casa para mim, caso queria ficar com ela por mais algum tempo, mas eu preferi não aceitar, por não me sentir pertencente a lugar algum. Esse é o problema da guerra, ela destrói sua identidade, causando confusão em quem você é, não sabendo mais se é um ser humano ou um animal em busca de sobrevivência, sendo obrigado a viver nas mais diversas situações aos extremos.
Havíamos chegado cedo no vilarejo para termos a certeza de que não seríamos vigiados, o sol ainda estava nascendo por detrás da cortina cinzenta que pintou o céu durante a noite. Eu sabia que àquele dia seria melancólico, mas não esperava que a natureza sentiria a minha dor. Depois das breves apresentações, a senhora Maria nos informou o paradeiro do túmulo e fomos lá.
Só voltamos agora, e eu sentia que ainda não era hora de ir embora. Mas Rustan me arrastou para longe e eu não tive forças para negar o seu pedido.
Ele me levou diretamente ao banheiro para limpar as minhas mãos do sangue que escorria pelas feridas abertas, ardeu quando encostou na água, mas nada se compara a dor em meu coração.
— Leah — devagar eu subo os olhos ao seu encontro, não queria olha-lo, ainda mais naquele estado e parecendo uma louca. Mesmo não querendo, eu o faço. Prendo a respiração quando encontro o azul do céu em seus olhos. — Não há palavras que eu possa dizer para te trazer conforto nesta hora. Essa é uma dor sua, mas o que eu posso te ajudar eu o farei. E vivendo muito tempo nessa guerra, sei que acabará se culpando pela morte de seu irmão, tenho esse conhecimento porque eu também fiz, quando todos os meus irmãos morreram. Eu me acusei e fui atormentado com esse sentimento de culpa por anos, até entender que não foi sua culpa. Toda essa maldição nesses últimos seis anos de nossas vidas não tem haver conosco, mas nós quem sofremos as consequências barbáries cometidas pelos outros. A senhorita fez tudo o que pode por ele, por favor, não se amaldiçoe como eu fiz, pela morte dele. Isso não o trará de volta. Somente te prejudicará e a matará de dentro para fora, até um dia seu coração simplesmente parar de bater por tamanha desilusão do mundo, da esperança, pela vida...
E naquele silêncio, eu procuro a minha voz perdida naquele oceano de conflitos e incertezas, para conseguir questiona-lo:
— Então o que eu devo fazer? — sai como um sussurro, porém mais forte do que o som de mil soldados. Aquela pergunta mudaria tudo ali em diante, precisava de uma resposta a altura dela.
— Viva. Viva pelos seus pais. Viva pelos seus irmãos. Não sobrevive, mas viva! Esse será o melhor presente que a senhorita pode entregar a eles. A sua felicidade no futuro será a melhor lembrança que eles terão, pode ser que não estejam mais aqui entre nós, mas eles saberão de onde estiver, que a senhorita, Leah Pfeifer, venceu a guerra e viveu mais longos e longos anos.
— É o que o senhor tem feito? Vivido em meio a essa guerra?
— Desde o momento em que te conheci - ele me surpreende com a resposta, mas eu me lembrava de algumas vezes quando ele me relatou que eu o fiz rever a sua vida e o impulsionei a algo novo e inesperado. Eu não sabia que causava esse efeito nas pessoas ou talvez só nele. Rustan acrescenta: - Temos uma vida preciosa demais para desperdiçar. A um mundo inteiro esperando por nós lá fora. Vamos lá vivê-lo.
- Mas e se eu cair novamente?
- Leah, a senhorita pode cair quantas vezes quiser, isso faz parte do ser humano, mas o importante não são quantas quedas teve ao longo de sua jornada, porém se você ousou enfrentar novamente o desafio e levantou pronto para a batalha. Por isso é bom ter quem confiar ao seu lado em momentos difíceis como esse, para te animar e estender a mão quando precisar.
Eu me aproximo devagar de Rustan, me sentindo uma tola por ter perdido tempo demais reclamando do meu problema. Ele estava certo em cada palavra, mas eu também não deveria menosprezar o que sinto, porque é importante que eu amadureça essa minha dor para que não me pegue falhando de novo nela.
Me aconchego nos braços de Rustan, que logo me apertam com intimidade e afaga as minhas costas com ternura. Eu não saberia dizer quem eu seria sem aquele homem no meio desta guerra, pois eu sobrevivi por causa dele e todas as coisas que tem feito por mim. Tive sorte em encontrar um anjo da guarda no meio desta confusão toda.
- Obrigada, Rustan. O senhor sabe o que dizer nas horas mais conflituosas de minha mente... Eu só tenho que agradecer... - me afasto para olhá-lo corar e desviar os olhos por timidez.
- Eu só fiz o que a senhorita fez por mim. Estamos acorrentados nesse mundo, não te deixarei ir a lugar algum.
Eu rio dele sentindo a falta daquela risada escapar de meus lábios, do clima tranquilo e ameno. Parece que fazem tantos anos de tantas coisas passadas... Meus olhos voltam para baixo e eu vejo manchas de sangue nas roupas de Rustan, possivelmente sendo na hora em que eu bati nele com as mãos sujas.
- Rustan, seu uniforme... - eu o informo, mas ele dá de ombros não se importando com um pouco de sangue que mancharia sua roupa, porém, o que era aquilo comparado a tudo o que ele já foi obrigado a ver? Mesmo assim eu insisto: - Vamos limpar? Não quero que perguntem o que aconteceu...
- Leah, não se preocupe com isso, ninguém irá reparar nisso.
Anuo e ficamos mais um pouco a sós no banheiro até meu me acalmar completamente e me sentir bem o bastante para ficar ao lado de fora junto de outras pessoas que conheceram o Klaus tão bem quanto eu e sentem a sua falta como se fosse um parente. Na casa o calor que vinha da lareira aquecia todo o cômodo, tornando um ambiente muito aconchegado, aquilo me lembrava de casa, quando papai acendia o fogo para nós não passarmos muito frio nas temperaturas mais baixas.
A senhora Maria preparara um chá com a nossa chegada do túmulo e nos entregou, ela insistiu que tomássemos para nos manter aquecidos, ainda mais depois da chuva que pegamos durante o caminho. Eu e Rustan com xícaras nas mãos nos sentamos no sofá ainda em bom estado para relaxar um pouco, antes de nossa partida para o aparamente de Beike. Pego-me refletindo por um segundo se aquela casa fosse somente nossa em algum lugar bem longe de tudo isso, nós sozinhos com um milhão de sonhos para realizarmos. Se tudo fosse mais fácil...
- Oh, minha pequena, não fique assim - a senhora chama a minha tensão após reparar em meu olhar triste para o fogo, encarando-o sem cessar. - Todos nós sentimos a falta dele e entendemos bem o que sente... Ele fará falta neste lar.
- Rustan me contou todos os detalhes que a senhora lhe contou no dia em que a visitou, eu fico muito grata por ter cuidado dele como pode. Klaus sempre foi um garotinho muito avançado para a sua época, com a cabeça a mil quilômetros daqui.
- Foram as suas peculiaridades que ele conseguiu reconstruir esse lar. Como sabe, minha neta é filha de judeu e sofreu deveras com comentários pormenores, muitas intrigas e insatisfações das partes dos vizinhos... Eles queriam nos expulsar daqui quando descobriram o nosso segredo, mas Klaus nos uniu como aldeia, mostrando que não importa de onde viemos, a nossa cor, parentela, mas sim o que carregamos dentro. As nossas ações falam mais alto do que nossas palavras, e gentileza gera gentileza, mesmo que demore a retornar a você, o ciclo irá se fechar uma hora ou outra. E foi isso que aquele rapazinho fez. Começou aos poucos como pequenas ondulações em um lago parado. Essas ondulações que parecem pequenas, uma hora crescem e se transformam em ondas enormes e não tem como parar. Quando vimos, nossos inimigos vizinhos já eram nossos melhores amigos. Somos uma vila muito pequena e reservada, é difícil permitir a entrada de outra pessoa nela ou em nossas vidas, mas Klaus tocou cada coração com o seu enorme amor e esperança. Agora eu entendo como iremos mudar o mundo e a mente das pessoas, não de todas, claro... Mas sempre tem alguém esperando pela nossa luz, basta nós as encontrarmos no meio da escuridão.
Eu sorrio para ela e concordo. Não tinha que colocar em palavras a minha gratidão e tudo o que eu pensava, porque eu via que estava refletido em meu olhar, no sorriso que carregava. E falar algo a ela seria pouco comparado ao que eu sentia por dentro, iria até ser falho eu somente agradecer, porque o que ela fez não tem preço.
Ficamos mais longas horas conversando até Rustan anunciar a nossa volta para casa. Eu me despeço daquela segunda mãe para Klaus e peço aos céus mais uma chance de revê-la, porque um dia não iria bastar para satisfazer o que acontecia em minha alma. Klaus havia acendido uma faísca de esperança neste lar e quem quer que entrasse iria sentir isso, eu sentia, e queria permanecer ali para sempre, para ficar próxima a ele, mas eu sabia que eu tinha uma missão, com isso, carregaria o que ele plantou ali comigo para que na hora certa, eu colha o seu fruto.
Antes de ir definitivamente embora, eu peço a Rustan mais uma vez para me levar ao túmulo de meu irmãozinho e digo para ficar comigo, porque não iria demorar e precisaria de seu apoio com o que eu faria. Chegando lá eu seguro a mão de Rustan e digo olhando para onde enterraram ele:
- Klaus, meu pequeno e corajoso soldado, você é surpreendente mesmo, uma pequena estrela no meio de um céu infinito. Mais uma vez as suas ações impulsivas me fizeram ficar pasmas com a sua esperteza e generosidade. Se você puder me escutar agora saiba que fez um lar partido ser costurado novamente, um vilarejo ser remendado com seus gestos, que aos olhos de muitos foram banais, mas ao que realmente importaram, significou tudo. Obrigada por não ser o padrão, sempre querer mudar e ser a mudança nos lugares.
"Você viveu me ensinando coisas espetaculares, meu irmão, eu me lembro do dia em que você me mostrou sobre o verdadeiro amor de uma pessoa. Você falou: 'O amor é como uma flor selvagem que cresce no campo, se você for egoísta, irá arrancá-la de lá para que ninguém a veja e logo era perecerá. Mas se você realmente amá-la, irá deixá-la lá, porque irá querer vê-la crescer e florescer e ser fonte de vida de outras pessoas. Porque de uma flor, várias abelhas e outros insetos pousam para recolher seu néctar, e o que seria o néctar da flor senão o nosso interior?'. Aprender a amar como uma flor, para que eu seja a luz no mundo de outras pessoas."
"Como mamãe dizia, eu sou uma estrela pronta para brilhar e iluminar no mundo todo. Eu estou pronta para essa minha missão: viver e iluminar o céu. Klaus, eu posso ter falhado com você e por isso que está agora aí e não aqui comigo, mas saiba que eu nunca deixei de pensar em você a cada instante de minha vida, cada segundo eu me preocupava com a sua segurança e como estaria, se sentia medo, frio, fome, saudade... Eu nunca vou parar de ter amar, meu irmão, nunca. Nunca esquecerei você, porque o que eu sou, grande parte foi de sua inocência e credibilidade em mim. Uma criança enxerga o mundo bem diferente do que os adultos, então obrigada por sonhar alto. Obrigada por sair da gaiola e voar."
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro