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|Capítulo 25|

Marat Bogolyubov

O choro da garota alemã preenchia o ambiente macabro para um melancólico, cheio de dor e desilusão. Eu não sabia falar a língua natal da mulher, mas se eu conseguisse ao menos dizer algumas poucas palavras, falaria:

— Não chore, eu não permitirei que nenhum deles lhe faça mal algum. Poupe suas forças para fugir daqui. Rustan está quase chegando, só aguente um pouco mais...

No entanto, eu não conhecia sua língua e não fazia ideia de como me comunicar para acalma-la. Poucos minutos atrás, Vlad veio até o nosso encontro e a esmurrou por impaciência, nervoso pela situação de ter os homens da NKVD atrás dele e Rustan na porta do prédio. Não era necessário falar, pois se dava para enxergar isso nas ações ilógicas vindo dele.

Vlad quando posto a prova tendia a cometer erros bobos, devida a pressão e cobrança que punha sobre si próprio, a fim de conquistar o que tanto almejou. Por ser arrogante demais, soberbo e cheio de ganância, não ousa acreditar que um dia chegará a perder todo o seu domínio e poder sobre as coisas controlava.

Mas o seu dia chegou, Vlad, está quase na hora de cumprimentar o lugar de onde você saiu, penso não escondendo muito bem o sorriso de felicidade por saber que não tardiamente Rustan estaria aqui, fazendo um favor a humanidade matando essas víboras — e a mim, que também não preenchi o mundo com rosas. Mereço morrer, sabiamente sei disso, porém, se fosse para desfalecer, eu não queria guardar nenhum arrependimento, faltar com minhas ações; existia um compromisso urgente a ser efetuado, eu não sabia quanto tempo me restaria para sê-lo feito.

Se houvesse algum meio de eu conseguir me comunicar com a civil alemã, eu desejava mais do que tudo me redimir com ela em busca do perdão. Não existem justificativas plausíveis para os meus atos vis, ela também não precisa me perdoar, eu não mereço sequer um olhar dela direcionado a mim. Contudo, em meio a tudo isso, eu me lembrei de minha mãe, poucas recordações que tenho dela: ela me chamava de garotinho bonzinho, por eu ter um coração enorme, com muito amor para oferecer aos outros. Como eu fui errar nisso? No principal?

Vlad pode até naquele momento ter me usado e manipulado para exercer as suas ações, contudo, eu não permitiria seguir a risca suas ordens para comigo. Eu não sou um boneco para obedecê-lo.

— Medroso, venha para cá e traga a garota — ordena Vlad com um tom de desgosto em sua voz, ele odiava se referir à moça alemã como uma pessoa e odiava ainda mais o fato dela ser alemã.

— Ela precisa mesmo ir? Não percebeu que está em choque? — respondo de imediato em favor a ela, mas foi um erro grave, por escolher protege-la a mim nas mãos do Vlad. Eu tinha que ser mais esperto que os dois juntos, pois se eu for ferido por aqueles que se chamam de colegas, eu não teria meios de ajuda-la até o meu capitão chegar. — Digo... Quero saber, qual será a importância dela agora? Estamos enfrentando muitos soldados ao mesmo tempo, ela somente será uma distração para nós.

— Mas é justamente disso que precisamos agora: distração.

Olho para Vlad sem compreender o que ele queria dizer com aquilo. Franzo o cenho e ele abre um sorriso maléfico no mesmo instante.

Sem eu ter tempo para compreensão, ele rapidamente vem ao nosso encontro e arranca garota do chão, assustando a mim e a ela. Ele a arrasta pela sala e a leva até uma das janelas sem se preocupar com os tiros certeiros dos soldados posicionados ao lado de fora. Vlad, por estupidez e maluquice, berra usando a garota como proteção de qualquer homem que desejasse atirar nele e matar sua espécie maldita:

— Olha só que delícia de prostituta que eu tenho em minhas mãos, por que vocês não venham aqui para provar um pouco dela? — engulo em seco por nojo das palavras dele e suas ações repulsivas, até que ele prazerosamente se aproxima da alemã e a lambe o pescoço dela. Ela se contorce no lutar tentando inutilmente se livrar das mãos de Vlad, mas nada acontece.

— Pronto, Vlad, você já se divertiu, agora solte-a. Isso não provará nada a ninguém. Todos verão somente uma moça no seu domínio, não indica muita coisa.

Uma risada animalesca sai das profundezas de sua alma e espalha pelo ambiente de forma sinistra, tremulando a quietude do lugar com ondas macabras. Ele se vira para mim e lança a garota fortemente para o chão, sai de perto dela e, quando chega até mim, ordena:

— Estupra-a.

Meus olhos rapidamente são arregalados com esse pedido e eu engulo em seco sem ter uma resposta pronta. Ouço as batidas aceleradas em meu peito bombearem dentro de mim, me machucando.

— Como é? — desejava no momento estar surdo por não me conformar na asneira que saiu repentinamente da boa do meu companheiro.

— Você me ouviu: estupra a escória alemã para provar de que lado você está nesta guerra, pois muito me parece interessado em salvá-la e pouco ao nosso favor — seus olhos cortantes me fuzilam e ele me soca por deboche. — Eu não irei repedir. Faça. Agora.

Foi então que eu percebo que Immanuel não está na sala para me ajudar a me livrar desta — não que ele fosse mover um dedo por mim —, mas talvez dissesse que Vlad está indo longe demais com tudo isso. Movo-me para trás, querendo fugir dele e suas maldades, contudo, ele me agarra pela camisa e me joga sobre o corpo da alemã.

— Sempre dizem que a segunda é melhor do que a primeira, agora mostre o que um russo é feito! — Vlad agarrado ao meu pescoço, pressiona contra o rosto da moça, que chora aos prantos com medo do que fosse acontecer naquele lugar. — Vamos, seu bostinha inútil! Ela é a causa de toda a nossa ruína e você quer defende-la? Desgrace-a de uma vez!

— Vla-Vlad, por fav... — ele me corta antes mesmo de conseguir dizer sequer uma palavra, chutando-me para o lado. O chute em minhas costas havia urrado em meu interior sobre o grau de dor que sentia, mas mesmo assim, eu contenho o grito e arfar.

Um segundo chute foi direcionado em meu abdômen, expulsando todo o ar que eu estava trazendo para os meus pulmões, a fim de respirar e acalmar a minha mente, que naquela altura se encontrava tonta.

— Se você não a quer, faça o favor de não me atrapalhar! Ai de você se mexer um músculo para tirar-me de cima dela — alerta-me prendendo a minha atenção para as suas ações. Meu líder começou lentamente a retirar sua roupa com a intenção de estupra-la novamente, sem se importar mais com o plano, no qual ele mesmo havia criado.

Olho para ela, que ficara em posição fetal, abraçada ao corpo, com o inconsciente desejando de alguma forma protege-la da maldade do mundo. As lágrimas de seu rosto se transformaram em rios contínuos, deixando sua face em uma tonalidade mais avermelhada do que anteriormente.

— Vlad, não... — o seu olhar me perfura e eu sinto um descompasso em minhas batidas. Eu temia deveras pela minha vida, contudo, naquele instante, vendo-a tão invulnerável, eu não compreendia como eu fui capaz de ter abusado de maneira tão vil. Ela era tão inocente quanto eu por estar em uma guerra. Julgo que até bem mais do que eu, pelas experiências vívidas nos combates e ensinamentos conturbados pelos soldados.

Infelizmente ela foi uma das vítimas que a guerra deixou para trás. Somente estava no lugar errado na hora errada... Não deveria ter que lidar com mais esse trauma em sua vida já destruída com a prepotência humana.

Mordo o lábio levando a mão na cabeça, pensando: Como eu fui capaz de estupra-la? No entanto, o errado já havia sido acometido, mas eu ainda poderia mudar o futuro. E eu faria aquilo imediatamente!

Empurro Vlad com força para afastá-lo da garota alemã, o encarando friamente. No mesmo instante, Vlad me acerta um soco no rosto por tê-lo atrapalhado. Ele grita raivoso para mim:

— O que você pensa que está fazendo, Medroso? Eu te avisei para não me atrapalhar que haveria consequências! — ele repentinamente, em um ato descontrolado, puxa de seu coldre a arma e aponta para a minha cabeça, sem temer o dedo no gatilho.

— Você não fará nada com ela, porque eu quem farei — anuncio com toda a coragem que tenho. Eu somente queria ganhar tempo, sentia que os soldados ao lado de fora traçaram um plano e logo iria executá-lo, porém, até não haver o primeiro estopim de um novo combate, eu teria que enrolar o próprio capeta com suas táticas de guerra.

Um sorriso de deboche ecoa pela sala e Immanuel volta ao ambiente, caminhando lentamente até Vlad e me olhando com descaso, rindo de mim como se fosse uma grande piada para o seu divertimento.

— Essa até eu quero ver. Será surpreendente vê-lo em ação se transformar definitivamente semelhante a nós. Marat é tão fraco, medroso... Mas, meu irmão, assim que você o fizer se transfigurará em o Vingador, aquele que não poupa as crianças, jovens, idosas que chamam de inocentes. Faça depressa!

Encaro os olhos de ambos, que estavam bem atentos em minhas ações, procurando as mentiras escondidas, no entanto, eles não iriam encontrar, pois aprendi sabiamente com eles a malandragem e manipulação. Usaria exatamente o que eles se gabavam para perder tempo e dar uma chance de vitória aos inimigos deles.

Lentamente eu começo a retirar a jaqueta e a jogo no chão, ao lado do corpo dela. Abaixo-me para perto dela e sussurro durante o movimento agressivo para fazê-los entender que faço uma coisa, mas na verdade estou realizando outra:

— Fique tranquila — digo em minha língua natal no tom mais calmo e pacífico que consegui, pedindo aos céus para que lhe desse um sinal para que ela entendesse que eu estou ao seu favor.

Mas o choque parecia enorme e ela inutilmente começa a espernear e tentar me chutar, para eu solta-la. Ela me xinga e me chama de vários nomes em sua língua, mas eu não desisto e repito com a voz branda:

— Se acalme — faço um movimento com a mão remetendo ao ato de respirar e se acalmar, subindo e descendo a mão próxima ao peito. Ela franze os outros para mim com certa expectativa e medo, temendo em confiar em mim e sofrer ainda mais.

Ouço assovios em nossa direção e comentários irônicos:

— Se apaixonou por ela, Marat, o estuprador de mulheres alemãs? Quer que te dês privacidade para a lua de mel? Mas lamento anunciar que só ficarão no feliz e para sempre — ouço um click de arma sendo apertada e eu por impulso me lanço ao chão puxando a garota junto.

Uma explosão destrói a parede do andar que estávamos e tudo começa a desmoronar.

[...]

Rustan Abromowitz

Tudo aconteceu em um segundo!

Depois de remover cuidadosamente uma das armadilhas que Immanuel havia certamente preparado para nós e lançarmos o mais longe que conseguimos em direção ao prédio, onde os traidores se encontravam, eu no voluntariei para atirar no explosivo.

Eu me posicionei preparado para acertar aquele tiro, destemido em conquistar o meu sonho, pois ele dependia unicamente de mim e daquele tiro. Apesar de ser destro, descobri ter o olho diretor como o esquerdo — o que também é uma peculiaridade e uma baita sorte —, pois havia ferido o olho direito algum tempo atrás, perdendo uma parte da visão.

Nunca cheguei a comentar com Leah essa minha pequena deficiência, por não achar importância — e com medo dela ter aquele sentimento de pena — apenar de ser visível o machucado em minha face, não chegamos a tocar nesse assunto.

Fecho o olho ferido e observo a minha mira, procurando o ponto perfeito para atirar. Sinto o ar em meus pulmões indicando o nervosismo crescente em meu peito, o peso do mundo em minhas costas, o cansaço físico queimando cada célula de meu corpo... Tudo isso não importava, não enquanto Leah estivesse nas mãos do inimigo.

Quando o alvo passa pelo meu campo de visão, eu espero. Espero. Espero até a hora perfeita para efetuar o tiro. Seguro o gatilho e pressiono quando tudo se encaixou no segundo preciso, a bala sai da arma e viaja pelos ares até encontrar o seu alvo, e no momento em que encontra, ela explode.

Grito para cercarmos o prédio rapidamente, pois não teríamos outra oportunidade de sairmos de nossas posições atuais sem que eles estivessem desprotegidos. Corro sem ver o estrago causado no velho prédio indo com Aleksandr para a parte detrás do edifício, como propósito de pegá-los por ali, caso saíssem furtivamente.

Conforme o previsto, existia sim uma brecha ali, uma entrada aberta por conta das explosões de antigas batalhas, nos quais as paredes não aguentaram o peso da destruição e ruiu. Quem precisa de porta quando se tem uma abertura na parede?

Meu amigo chama a minha atenção para o lado oposto do qual eu olhava. Meus olhos cruzam com outros soldados soviéticos, um pelotão, que deveria estar passando pela área e escutou toda a batalha que sucedia ali. Contudo, eu não tinha tempo para explicar o que fazíamos, com isso, forneço brevemente informações que fariam sentido como um estalo em suas mentes: estávamos indo atrás de criminosos da Pátria.

O sargento que liderava o pelotão acata as ordens e ele e seus 15 soldados entram no combate, afirmando que nos ajudaria a enfrentar os traidores da nação. Passo o plano para os novos soldados e nos preparamos para o próximo passo do plano.

[...]

Marat Bogolyubov

Rapidamente Vlad ordena que nós corrêssemos para o outro lado da sala, pois não era bobo em crer que a explosão fora somente uma distração e que eles iriam manter estáveis, em um local ruim para acertá-los de longe. Aos tropeços eu consigo me posicionar na outra janela, tendo uma visão panorâmica da cidade. As fumaças das explosões ao longe espalhando a fuligem no ar, deixando um rastro de cordite, no qual se fundia com as queimadas das madeiras ao longe da planície, os odores dos corpos em decomposição na cidade. Ainda que eu estivesse longe do núcleo de toda essa confusão, dava para sentir o calor da morte dedilhando cada parte de seu corpo com seus dedos podres, sussurrando canções de luta, já preparando para nos enterrar em nossas covas.

E no meio deste momento de vislumbre do que a guerra causou no mundo e custou a todos, Vlad começa a gritar maniacamente, urrando de forma animalesca, expondo o que ele era de fato: um monstro enjaulado pelas ordens dos superiores. Apesar de ele viver e seguir da forma que desejava, nunca foi o suficiente, ele sempre encontrava uma pedra no caminho, alguém que o atrapalhava de viver verdadeiramente —- no caso esse papel seria o de Rustan, que o deixava detido e impossibilidade de executar as suas maldades como se fossem boas para alguém. Somente um louco, um doente mental, pode acreditar nessa bobeira, que a crueldade conserta um coração destruído.

Vlad Zaitsev é justamente isso: um garoto que foi atormentado e hoje age da mesma forma que os outros o tratarem — e quem sabe até mais maleficamente. Eu não conheço a história dele por completa, só algumas brechas que escutava da conversa particular dele com Immanuel, pois as semelhanças deles eram assustadoras e eles sentiam prazer em relatar a força que encontraram dentro de si devido ao trauma no passado.

Eu usei da mesma muleta para justificar as minhas ações, porém, consigo enxergar quão tolo é crer que isso é justiça de certa forma. Proporcionar dor porque causaram contra você é uma besteira. Um vírus mortal que escurece o coração das coisas boas e o conduz a caminhos perversos e sem volta.

— Eu o vejo! Eu o vejo! — estrondeia Vlad nos olhando, convidando-nos para ver o que ele havia visto no lado de fora. Com passos lentos eu vou até ele e nesse momento eu reconheço Rustan, conversando com outros soldados e parecia estar passando algumas informações sobre o que fazia naquela área. —Ninguém atira. Ele é meu!

O homem sádico ao meu lado ordena e com um gesto na cabeça repassa algum comando ao Immanuel, que sai de perto de nós e ele caminha atrás de mim, eu não sigo os meus olhos, no entanto, sabia que não iria gostar do que estava por vir.

— Isso será para ele se lembrar de que nunca deveria ter entrado no meu caminho. Ele terá o que merece — a menina alemã é lançada aos pés de Vlad com todo desprezo do mundo e não reage ao ataque. O meu líder arranca-a do chão e aperta o rosto dela e direciona para fora da janela, berrando em nossa língua natal: É sua vagabunda, seu namoradinho está aqui. Meus parabéns, ele é tão heroico que veio na morte certa. Tão louco de amor que morrerá por ele... Talvez o meu plano ainda possa acontecer, afinal, onde você está ele vem atrás. Eu tenho uma chance e não irei desperdiçar. Mas se eu acabar matando-o antes, eu farei questão de esfregar seu lindo rostinho no corpo desse maldito!

Mesmo com a alemã em seus braços, Vlad puxa a arma e volta na posição de atirador, procurando o melhor ângulo para acertá-lo, contudo, seu tiro não foi bem calculado e ele erra, alertando os seus inimigos que estavam sendo vigiados e não era um bom lugar para ficarem.

Com isso, Vlad fica possesso por errar aquele tiro que deveria ser certeiro e esbraveja xingamentos e caminha a passos largos pelo lugar, ficando longe de sua inimiga, que estava pálida por não se livrar daquele monstro de seus pesadelos. Descontroladamente, Vlad leva as mãos nos cabelos parecendo arrancar cada fio de sua cabeça pela raiva que lhe possuía. Ele inclina o corpo, se contorcendo e voltando a ficar de pé, rindo maniacamente, com um olhar perdido na face.

— Não! Não, não, não, não. Não pode ser! Eu tenho que me vingar dele! Eu preciso me vingar! Não pode ser! Como eu fui errar? Isso não é possível estar acontecendo. Eu não estou perdendo, tudo é uma questão de tempo. Questão de tempo. Eu não irei perder. A derrota é para os fracassados, a perda para os fracos. Eu não sou fraco. Eu sou um líder nato e vencerei aquele merda que anda pela terra que se acha rei de alguma coisa! Eu me vingarei!

Ele fica repetindo isso enquanto andava de um lado para o outro sem saber o que efetuar no momento seguinte. Ficamos observando-o enlouquecer e não fazemos nada a respeito.

Repentinamente ele caminha até a alemã e a soca na face, uma, duas, três, quatro, cinco vezes até seu nariz sangrar e o olho ficar roxo dos novos ferimentos. Se não fosse mais crueldade do que testar a força bruta dele comparado à magreza dela, ele a chuta, derrubando-a no chão como se fosse um graveto. Cospe em seu rosto e novamente puxa o seu rosto para perto da dele e promete em um sussurro mortal:

— Sua vagabunda ordinária, você tem muita... Você tem muita sorte, mas ela irá acabar hoje! Eu posso até não matar seu namoradinho ou possuí-la de novo, e posso até morrer por isso — ele ri de forma doente entre uma frase e outra, contudo, prossegue: —, eu vou morrer, eu devo morrer. Mas a parte boa de tudo isso é que você, minha prostituta preferida, vai morrer também. Ficaremos juntos até o final, porque eu sei que você é uma menina má e gostou da nossa brincadeira e quer mais.

Doentiamente, Vlad acaricia o rosto dela com o cano da pistola, passando pelos lábios dela, a maça do rosto e descendo para o pescoço, que a faz engolir em seco e prender a respiração pela sensação de morte em sua pele. Porém, observando o estado de Zaitsev, ele não a mataria agora, porque seu orgulho ferido não lhe permitiria dar ao Rustan a morte daquela moça tão fácil e banal. Vlad a faria sofrer antes de retirar toda a vida que ela possui.

Mesmo em cada palavra, cada vírgula pronunciada, estava óbvio que ela não entendia uma frase sequer do que ele dizia em toda a sua fúria e dor, por perder a oportunidade de matar Rustan rapidamente — acredito até que ela não saiba que o seu amado está aqui para resgatá-la. Ele sabia que tardar a morte ele era se aproximar do covil que havia preparado, e certamente não queria nem chegar perto mais um passo.

A jovem assustada busca os meus olhos em tudo aquilo e eu não faço nada, não impeço Vlad de assedia-la daquela forma, pois eu sabia que se me intrometesse eu morreria ali com um tiro longo e árduo para suportar até a minha morte chegar. Sou obrigado, de certa forma, a assistir e não mover um músculo. Mas eu teria a minha vingança. No momento certo e na hora precisa, eu irei ressurgir das cinzas que eles me deixaram e terei minha honra em acertá-los com as balas de minha arma.

Mais um a bomba explode do lado de fora e eu me sobressalto com medo do teto cair sobre as nossas cabeças, abaixando-me para me proteger das rachaduras que formava no teto.

— Vlad, abre os olhos! Temos de fugir daqui! Está caindo o prédio sobre as nossas cabeças — imploro a ele, quando eu o vejo temer por um segundo que sua arrogância talvez o levasse a morte certa. Só que ele era teimoso demais para aceitar perder e recua a me ouvir. — Immanuel também sabe que estamos perdidos, só não comenta por não querer te trair.

Existia uma rota de fuga bem improvisada pelos dois traidores da pátria, porém, no momento nenhum deles se habilitava a ceder e aceitar que aquela batalha já estava perdida teria que deixar para amanhã a decisão da guerra.

— Vamos Vlad, aceite a derrota! — exijo pensando em como tirar a garota dos braços deles antes que o prédio desabasse ou pior, os nossos caçadores no alcançassem.

— Você nunca foi homem mesmo para essas coisas, sua florzinha de merda. Sempre ficou nas sombras de seus líderes, rastejando, esperando que alguém o notasse, não é, seu bosta? Sempre um rato, fugindo do perigo que o cerca, nunca enfrentando como homem. Se você viesse de onde eu vim, teria sido comido vivo, confundido com uma prostituta barata da esquina. Eu me cansei de você, Marat. Estou farto de seu medo. Você deveria ter morrido há muito tempo atrás, mas nós te acolhemos e te protegemos e te ajudamos a vencer seus inimigos, o que ganhamos em troca? Sua ingratidão e infidelidade. Eu deveria ter-te marado quando tive a chance de fazê-lo, desta vez eu não voltarei com a minha palavra.

— Ótimo, porque eu estou cansado disso. Chega, eu não vou mais participar desta barbaridade! Se vocês querem, morrer, que morram sozinhos.

Finalmente revelo o que havia guardado em meu coração e o exponho, sabendo que não teria mais volta, minha decisão tinha sido tomada e eu arcarei com as minhas consequências sem temer.

Vlad contorce a face por me ver ousadamente corajoso e saca a sua arma da face da alemã e aponta para mim, pronto para atirar e me matar. Contudo, eu rapidamente me lanço no chão e me escondo atrás de alguns objetos, usando-os como proteção para os tiros dele.

Não teria volta, pois agora a batalha estava dentro do prédio, entre mim e eles, disputando a moralidade da vida. Eu lutava pelo bem, paz, esperança, já eles pela perdição do mundo e todas as suas ruínas — mas eu não me sentia correto em estar no lado dos heróis após todas as minhas artimanhas feitas...

Oprimeiro tiro é dado e eu não me recuo com medo de ser morto por eles alinaquele lugar, pois sabia que em algum lugar alguém estaria vendo a honestidadeem meu coração e eu seria considerado herói, mesmo que somente por um brevemomento. 

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