|Capítulo 21|
Vlad Zaitsev
A melhor forma de torturar um homem é permiti-lo ver o que almeja e não conseguir ao menos tocar. Isso tira qualquer um do sério. É inquietante, sufocante.
Eu a olhava a poucos metros de mim, parecendo até mais tranquila, ainda que eu estivesse ao seu lado, ela não parecia temer, pois sabia que eu não podia fazer nada a respeito. A pior parte em ver o que você deseja é saber que pode ser tangível, mas as situações adversas te impedem de obtê-lo.
A vagabunda estava logo ali, e eu não conseguia sair de meu lugar para caminhar, sem antes ser detido pela enfermeira, agora guardiã da garota. Aquele jogo se tornou ridículo para mim depois de alguns minutos, quando eu só queria esticar as pernas e fumar um pouco, quando a moça já veio até mim, barrando a minha passagem.
Claramente ela não ficou no meu caminho e eu fui assim mesmo, contudo... Quando as pessoas querem me dar uma baita dor de cabeça, elas alcançam fácil esse objetivo. Não queria admitir certa derrota no assunto "calar a boca da imunda", porém, eu tinha consciência que se tornou mais fastidioso do que esperado.
De ontem para hoje as coisas foram iguais: mortes e mais mortes; mais crianças pereceram, jovens e idosos voltaram para o pó da terra, onde nunca deveriam ter saído; outros soldados feridos chegaram e eu aproveitei para tirar informações deles e o que acontecia no mundo afora.
Eles me conheciam e não chegávamos a ser bons amigos, contudo, dava para tolerar os baixos intelectos, ainda mais que nesse momento eu precisaria deles para conseguir as minhas informações. Eu me aproximo deles e começamos uma conversa amistosa, rindo e provocando uns aos outros.
Eu começo pelas beiradas, devagar para não levantar suspeitas; mudava o assunto e relembrava de alguns momentos épicos que tivemos em combates com aqueles homens feridos. A maioria devia a vida a mim, por salvá-los dos alemães loucos, que muitas vezes se explodiam e tentavam nos levar juntos. Por mais que eu não bancasse o herói de guerra, eu acertava precisamente os inimigos, mas não com o intuito de salvar o meu companheiro, porém, no fundamento de criar mais cadáveres por onde eu passasse. Nunca fiz nada honroso ou com o propósito de ser nobre.
— Vocês se lembram daquela vez que o Vlad atirou bem na cabeça de um dos filhos da mãe e logo em seguida a bomba que ele pretendia jogar em nós, explodiu o corpo dele, jogando para todos os lados os órgãos e restos mortais dele? — comenta um dos soldados sentado ao meu lado, batendo em meu braço, interagindo com o grupo.
Todos nós rimos daquela minha façanha, eu puxo um sorriso de lado e ergo a mão para não me gabar por sempre matar os inimigos das formas mais perversas que existia. Nenhum deles chega a comentar, mas ficava claro para mim que se divertiam com as atrocidades, por mais insanas que fossem, desde que outro a executasse. Eles matavam de forma limpa, poupando de exibições e muita violência, similar a Rustan, procurando cumprir sua missão mais rápida possível — sobreviver a tudo isso e ter ainda a consciência tranquila com tudo o que cometeu.
— Mas você não chegou a esquecer da melhor parte, não é? O sangue daquele verme jorrou para todos os lados e caiu sobre nós! Até acho que você chegou há provar um pouco, quando caiu em sua boca — retruco olhando o meu camarada e ele coça o pescoço meio sem graça por ser provocado e ter feito tal porquice. Sabiamente eu tiro a atenção de todos dele e volto para mim, aproveitando o gancho daquela conversa para tocar sutilmente no nome de meu capitão. — E, depois de tudo isso, se não bastasse o que vimos naquele inferno, o Rustan veio e nos mandou banharmo-nos como se fosse nossa mãezinha. Todo preocupado...
Quando se é um gênio, fica fácil de atrair todos a sua volta para o que você deseja secretamente, manipulando a mente e introduzindo o assunto principal: saber o que Rustan tem feito. Estava quase na hora de eu perguntar o que eu, de fato, tinha interesse em saber do que perder tempo com essas conversas frívolas que não me levavam a lugar algum.
Os homens gargalham com as memórias frescas do que passamos desde a saída de casa até ali. Não podia negar que eu me sentiria feliz ali com eles, compartilhando momentos divertidos e de sobrevivência, se fosse mais dependente de companheiros e amigos para todas as horas, mas eu não sou assim e só penso em mim e como vou sair desse maldito inferno.
— É que vocês se esqueceram daquela vez que o Marat ia cagar e foi surpreendido pelos uivos da artilharia em sua direção. Ele começou a correr desesperado para se salvar e nós ficamos rindo, o coitado não sabia o que falar para nós depois de ver que estava são e salvo. Ficou tão sem graça que estávamos tirando sarro dele que nem encontrou sua voz para nos calar. O Rustan quem teve piedade da cena e ajudou, nos mandando parar. Mas que foi hilário aquilo, oh se foi...
O meu amigo, Piotr, começa a imitar como o fracote do Marat correu, com as calças abaixo nos joelhos e defecando por todo caminho. Rimos pela lembrança e sentimos aquele alívio por estarmos longe dos campos, ainda que eu amasse toda adrenalina, era bom descansar.
— Por falar em Rustan, onde está ele? Disse que viria me visitar mais tarde... — comento franzindo o cenho mostrando estranheza por não ter a presença de meu amável capitão.
— Quem te viu, quem te vê, Vlad. Achei que não gostasse de Rustan — outro intrometido fala para mim, cruzo os braços e fixo o meu olhar nele afirmando com firmeza:
— Nem sempre nos demos bem, mas não significa que eu mataria o cara por eu não gostar dele — havia certa ameaça silenciosa em meu tom de voz para aquele quem falou e me provocou. Ligeiramente eu lanço um olhar mais duro e frio, deixando-o mais esperto e para não brincar comigo. Acrescento mudando sutilmente a minha entonação para mais branda, amigável: — Rustan é como o pastor de ovelhas, sempre preocupado com tudo e todos. O herói da pátria — eu dou uma exagerada na argumentação para penetrar a mente deles —, eu só fico surpreso por não vê-lo por aqui para conferir se estamos todos vivos.
Piotr ri e me responde:
— Não soube? Ele foi para outra missão com sua companhia para um novo combate em Wittenberg, parece que alguns remanescentes da 33ª Divisão de Granadeiros da SS para além de outras divisões da SS estão se focando nessas últimas áreas, não mostrando redenção alguma! E, se não fosse só isso, o exército dos USA está enfrentando o outro lado da cidade. Se eu não conhecesse bem os nossos comandantes, eu diria que foi armado esse combate, só para mostrar nosso poder perante os americanos. Todos nós sabemos quando é hora de parar e, analisando as armas e tanques e soldados que nos restaram... Devo dizer que é hora de ir para casa, meninas.
Eles continuam o assunto e mudando o rumo dele não me interessando mais, eu fico ali com eles, porque sabia que mesmo se tentasse chegar perto da garota àquela outra enfermeira iria intervir e o que eu mesmo precisava no momento era estresse. Conversa vai e vem até que Piotr se senta ao meu lado e diz sem profundidade ou preocupação com a notícia que me revelava no instante seguinte:
— Antes de eu vir para cá, eu estive com Rustan e vi os homens que ele chamou, o estranho é que eu não me lembro dele convocando os seus amigos. Deve ser engano meu ou falta de atenção, mas eu não me recordo de ver os rostos deles na multidão...
— Deve ser isso mesmo, como tinha muitos homens juntos, eles se passaram despercebidos por você — esclareço o seu pensamento e ponho em meu semblante uma tranquilidade falsa, pois sabia que existia algo de estranho nessa história deles não estar com Rustan em um combate.
A notícia que ele havia me fornecido era valiosa demais ainda mais naquele fim de mundo, onde eu não consigo saber o que se passa por trás daquelas portas: Rustan foi para outra missão, porém, sem meus companheiros. Rapidamente eu penso com todas as informações que tenho e crio uma linha de raciocínio, a mais lógica que poderia ser: aquele filho da mãe deve ter aberto a boca e contado para o desgraçado do meu inimigo o que fizemos naquele dia, tornando tudo a perder... Talvez me restasse minutos até alguém vir me buscar e eu ser julgado pelos meus atos e o meu capitão não faltaria de dar motivos para me ver morto.
Naquela noite eu não consigo dormir. Pregar o olho fora mais complicado do que eu supunha, eu não era de ser pessimista, já que confiava em minhas habilidades em campo, todavia, eu não estava em meu território e estava em desvantagem, sem saber o que acontece logo atrás daquelas paredes que me cercam. Tento esfriar a cabeça deitando na cama e ignorando todos ao meu redor, pensando seriamente o que fazer a respeito daquela nova informação. Precisava fazer algo... Qualquer coisa.
Eu me sentia tão fraco e indefeso ali naquele hospital, sem poder exercer toda a minha autoridade sobre as pessoas... Tinha que haver alguma coisa...
Eu não havia tomado a janta por não acalmar os meus ânimos. Sei bem que não sou desse jeito, no entanto, com a falta de Immanuel para enxergar as brechas de meus planos, eu me sinto como mais um hediondo com a sua vã fé. Por sorte, eu guardei o que me deram e posso usar agora que sinto o estômago pesar e reclamar pela falta de comida.
Sento em minha cama e começo a degustar a comida já fria, meus olhos recaem sobre o corpo desprotegido da escória ao meu lado, ela parecia tão confortável ao meu lado que me causa ranço. Como era possível que eu, Vlad, não conseguia causar terror aquela vagabunda? A raiva me sobe e eu mastigo o pão sem muita vontade.
Vejo que o meu plano começou a ruir aos poucos, sabendo agora que eles não estariam mais infiltrados na companhia de Rustan, sendo assim, todos nós teríamos mais problemas para serem resolvidos. Claramente ficar ali sentado não era mais uma opção para mim, mas ainda sim eu traria a garota comigo — ela só tinha que calar a boca... De um jeito ou de outro, eu farei isso acontecer — por mais já saibam do que acontecera.
Eu não me importo com a vida dessa infeliz, contudo, saber que será por ela que causará o sofrimento de Rustan, esse era uma oportunidade muito boa para ser desperdiçada somente porque ela é "inocente". Quando se está em guerra, a primeira vítima é a verdade.
Sem saber do paradeiro de meus companheiros, eu ponho o meu cérebro para trabalhar. Mais cedo naquela noite, eu me juntei com os outros soldados para ouvir do rádio as notícias e descobrir mais alguma informação útil. Eu continuei o meu jogo de manipulação, deixando a falsa impressão de surpresa, somente para ter notícias do comissário político, uma vez que suas ações a cada dia tinha mais poder sobre nós, soldados.
— Soube por conta dos falatórios — começou outro soldado a me contar, falando mais baixo como se estivesse com medo de alguém o escutar —, que os caras da NKVD estavam atrás de uns desertores, alguns pilantras que mataram seus companheiros. Eu não ouvi toda a história, mas foram muitos homens e até agora... Nada.
Mesmo que eu soubesse que Immanuel sabe se cuidar e ficará de olho em Marat, ambos poderiam a essa altura estar mortos neste novo combate. Mas se isso não os matou, teríamos mais problemas para resolver.
Os homens da NKVD não perseguem qualquer um, por mais que várias denúncias são feitas, somente aquelas dos interesses do comissário político, Borodin Dostoievski, que são mandados em alguma missão. No caso, Immanuel conversou com algum homem desta organização e algo saiu muito errado, mas não era difícil de imaginar que agora, até mesmo Dostoievski, não possa estar sabendo de nossas ações pecaminosas. Se meus companheiros não estão indo com Rustan para o novo combate, é porque esse homem sabe.
Com certeza, conhecendo aquele gordo inútil sedento pelo poder, que usou o nosso "acidente" como desculpa plausível para nos matar. Todavia, as intenções reais são as secundárias; aquelas que ele não ousa falar, porque sabe que se afundarmos, ele também ruirá. Olhando a minha posição e analisando com calma, não estou no direito de discutir e ameaçá-lo... O mais importante agora é sair deste hospital com a garota para eu me vingar de Rustan. Fazendo tudo isso eu posso dar o fora daqui e ir para outra sede até a guerra acabar de vez.
Entre tantas notícias que recebo dos rapazes, as boas são poucas no meio de toda destruição e devastação e acabam se perdendo, mas eu não me desfoco da principal: com a morte da besta fascista há poucos dias atrás e o fim próximo da guerra logo poderia voltar para casa como herói.
Estava ansioso para voltar para casa, não que tivesse alguém me esperando, uma vez que não restou ninguém — ou sequer existiu — que gostasse de mim; contudo, isso nunca foi um incomodo para mim, sendo que eu não precisava de ninguém além de mim. Não se pode confiar nas pessoas, porque suas naturezas frágeis e instáveis as traem sempre, levando-as a cometer os crimes mais hediondos que um dia não acharam que seria possível ser feito.
Decerto que o ser humano é louco e vive em um padrão criado por ele ainda mais insano.
Poucas horas depois, eu acordo e noto o que o nascer do sol ainda estava longe de chegar, deveria estar por volta das 4 da manhã. De maneira milagrosa, eu consegui descansar um pouco, um sono sem sonhos ou pesadelos dos meus monstros internos.
Passo a mão sobre os olhos afastando os resquícios de cansaço da face, exprimo minha visão para distinguir todas as sombras ao meu redor. Naquela madrugada o silêncio reinava como uma bomba relógio pronta para ser ativada e explodir, tudo estava quieto demais.
Sento em minha cama e observo as poucas enfermeiras acordadas andando pacientemente de um lado para o outro, nenhum dos pacientes hoje gritava ou gemia de dor, era como se a paz tivesse invadido o hospital e acalmado o interior de todos. Reviro os olhos pelas asneiras que os meus pensamentos me causavam logo cedo.
Aproveito da quietude do lugar para ir me banhar em um dos poucos cômodos com uma espécie de água corrente, disponível para os homens — nesse local e em outro para as mulheres — se banharem. Ando meio manco, sentindo a câimbra na perna por logo cedo estar me movendo, mas a sensação passa rápido e eu atravesso toda a área para chegar ao banheiro.
Não havia muito que apreciar no ambiente: quatro chuveiros na parede sem qualquer divisão para quem fosse se banhar, no alto da parede um vão simbolizando a janela do local para expulsar o ar quente, no chão um caminho para escorrer a água dos chuveiros até o ralo. Simples e prático como deve ser.
Após retirar as minhas vestes abro a torneira e dali jorra a água gelada sobre a minha pele, talvez aquilo fosse o suficiente para esvaecer minha mente confusa com um turbilhão de dúvidas e incertezas. Quando eu volto para a minha cama, vejo dois homens no escuro correndo. De imediato eu não reconheço e me apresso para me defender se fosse preciso, porém, na medida em que avançava em minha direção eu vejo o Immanuel e o Marat.
Já era hora deles aparecerem! — penso esperando eles chegarem até mim. Apesar de não ter muita luz no ambiente, eu percebo rapidamente o ar de cansaço vindo deles, exalava a suor antigo e sangue, a morte pairava ao redor deles como se fosse uma companheira de viagem.
— Vlad, a coisa ficou feia para o nosso lado — começa dizendo Immanuel, o meu amigo coça a cabeça pensando em como se livrar da situação que lhe acontecia sem precisar me contar todos os detalhes. Todavia, desta vez, ele me surpreende quando releva o seu medo: — Eu não sei se você já ficou sabendo, mas os soldados vieram colocar os assuntos em dia, se é que me entende... Aquele gordo nos traiu e mandou homens nos caçarem.
— E o que aconteceu com o Marat? Finalmente virou homem e parou de chorar feito mulhezinha? — pergunto olhando na direção dele por ainda não ter se manifestado, coisa que não é natural vindo dele.
— Esse daí desmaiou o caminho inteiro após o pequeno conflito de entendimento. Eu aproveitei e roubei o jeep, mas eu não vim te contar esses detalhes — Immanuel senta em minha cama se afundando junto com os pensamentos e emoções que o atormentavam. Vejo a fraqueza de meu companheiro. — Vlad, temos que ir agora embora aqui se nós quisermos ver o dia clarear. Aquele bocudo e heroico do Rustan deu a língua nos dentes e descobriu o que aconteceu com Leah, eu não tenho como provar, mas isso só está nos sucedendo porque certamente ele abriu o bico.
Fazia sentido à lógica de Immanuel, pois não existia outra explicação de Rustan não chamar os meus amigos se visse como um impedimento para o pelotão. Se Rustan descobriu, teria ido até algum comissário político para resolver esse assunto interno do exército, e agora estávamos sendo caçados pela NKVD. O nosso tempo é curto.
Uma pequena e inocente fresta de luz rompe a escuridão da antiga fábrica pelas janelas e nos saúda com o amanhecer. Essa singela iluminação explode em brilho e cores acendendo o ambiente que jazia em trevas, frio e desesperança.
— Temos que nos apressar! — alerta Immanuel repousando a mão em meu ombro, retirando a minha atenção da janela para ele. Mas eu volto os meus olhos para a garota ao meu lado, maquinando rapidamente um plano de como fugir do hospital e levar a garota junto. — O que foi, Vlad?
— O quanto você considera uma vingança bem sucedida? Apenas conseguindo fugir dos nossos problemas ou escapar de forma brilhante e ainda por cima deixar ainda mais confusão por onde passamos? — pergunto andando calmamente até a garota e olho para o meu redor, vendo que poucos haviam acordado, porém, não estavam prestando atenção em nós.
— O que tens para fazer, faça-o depressa — Marat sussurra e a sua voz entrega o medo das consequências que estavam por vir.
— Vigiem cada enfermeira do hospital, pois nós estamos de saída e levando uma convidada especial.
De súbito, eu agarro a alemã e tampo a sua boca com forte, rompendo os seus debates com a força de meus braços, abraçando o seu corpo para conseguir leva-la arrastada conosco. Ela tenta gritar e espernear, contudo, eu não dou brechas para essas intenções e continuo andando com ela presa sobre os meus braços.
A certa beleza na resistência dela. Os meus companheiros me olham de modo julgador, no entanto, não comentam nada a respeito do que eu fiz apenas me obedecem e me ajudam a passar por todas as enfermeiras.
Somente quando eu chego até a porta, àquela enfermeira guardiã da escória aparece em nossa frente, primeiro em choque em nos ver com o olhar sanguinário, depois arregala os olhos ao ver sua amiga em meus braços choramingando, com o peito ardendo em desespero e socorro.
Eu não permito erro em meus planos, viro para Immanuel e ordeno friamente:
— Mate-a.
Ochoque de sua face começa a desaparecer e rapidamente ela se vira correndo paralonge de nós, Immanuel ri brincando com a presa e inicia a perseguição. Maratpermanece quieto na sua, o que era um bom sinal por finalmente estar aprendendoo seu lugar. Já não me restava nada me segurando naquele lugar, com isso, euavanço o passo e saio do hospital sendo saudado pelos raios solares para maisuma manhã fenomenal.
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