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19_ Vejo enfim a luz brilhar

( Narrado por Morgana )

Eu não sei o que me deu para ter dito aquilo e ainda segurando o rosto dele tão perto do meu. Geralmente eu desmaiaria antes de dizer qualquer coisa parecida para um cara, mas foi uma coisa tão espontânea que eu nem pensei, só fiz e disse.

O olhar de Sucri para mim foi de total surpresa. Não é pra menos, até eu fiquei surpresa com tamanha ousadia da minha parte.

Não foi grande coisa, mas vindo de mim, era uma baita ousadia.

Não soube o que fazer depois de dizer aquilo, então só sorri, fingindo naturalidade e agindo como se não estivesse em surto por dentro, soltei o seu rosto e segui caminhando. Era engraçado ver as reações das pessoas para nós, afinal, ainda estávamos fantasiados. Se fosse na minha cidade, eu certamente estaria morrendo de vergonha e louca para chegar logo em casa. Mas, sei lá, pensar que essas pessoas não me conheciam me deixava a vontade. O que me faz pensar que muitas das minhas paranóias eram coisa da minha cabeça, afinal, minha cidade é grande. Eu não conhecia todo mundo, na real, não conhecia nem cinco porcento das pessoas da minha cidade, mas sempre que fazia algo em público, pensava que todos me conheciam e que em mente estavam zombando de mim.

Me pergunto quantas vezes me senti mal pensando que estavam pensando algo de mim quando, na verdade, as pessoas não estavam nem pensando em mim.

~We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas and a happy new year~

Uma música natalina tocava na praça da cidade. Eu não sabia se eles já tinham terminado de colocar todos os enfeites, mas estava tudo muito bonito.

ㅡ Mamãe, mamãe! É a Rapunzel! ㅡ Uma garotinha, que devia ter uns oito anos, apontou para mim enquanto corria na minha direção com os braços abertos.

Uma mulher e um homem vinham logo atrás, caminhando devagar, e sorrindo para mim e para a criança. Quando ela chegou em mim, me abaixei para abraça-la. A criança cheirava a perfume e shampoos da capricho.

ㅡ Canta a música da princesa! Canta! ㅡ Ela começou a dar pulinhos na minha frente.

ㅡ Ah... eu... ㅡ O sorriso nos meus lábios era de puro desespero. Eu costumava cantar em casa, no chuveiro, mas esse não era um caso de talento escondido, como a dança, era um caso de sou péssima e nenhum ouvido merece sangrar por me ouvir cantar. ㅡ Eu não... ㅡ Olhei para Sucri pedindo socorro.

ㅡ Ah, a princesa está com dor de garganta por cantar o dia todo. ㅡ Sucri se abaixou para ficar na altura da menina e começou a cantar a parte do Flynn da música Vejo enfim a luz brilhar.

A menina sorria enquanto olhava para ele como se fosse um príncipe encantado.

As vezes eu me esquecia de que ele cantava. Vê-lo cantando para aquela criança enquanto os pais sorriam atrás foi um momento que eu não me esqueceria.

Depois que ele terminou de cantar, a menina o abraçou e a mãe perguntou se ela queria tirar foto. Nós nos posicionamos ao lado da menina e sorrimos para a foto. Percebi que aquilo estava chamando atenção e que algumas pessoas, com filhos, haviam parado para olhar.

ㅡ Toma, princesa. ㅡ A menina me estendeu a mão fechada e eu abri a minha. Ela deixou cair uma bala de hortelã na palma da minha mão. ㅡ Para sua garganta. ㅡ Cochichou.

ㅡ Obrigada. ㅡ Sorri a vendo voltar para os pais e se afastarem. Contudo, ao passo que eles se afastaram, outras crianças se aproximaram querendo abraços e fotos. Me senti como as moças que trabalham na Disney vestidas de princesas. O melhor é que eu nem era parecida com a Rapunzel. Meu cabelo era, sim, bem longo, mas era só isso. Ele nem era loiro, era castanho claro.

Porém, as crianças não pareceram se importar com uma Rapunzel não loira ou com um Flynn com uma cicatriz no pescoço, com cara de encrenca.

Bem, o Flynn era bandido mesmo, né?

Depois de tirar um monte de fotos e cumprimentar cada criança, finalmente voltamos para o motorhome. A frigideira já estava pesada na minha mão, de tanto tempo segurando.

ㅡ Olha! ㅡ Sucri esvaziou os bolsos sobre a mesa. ㅡ Parece que eu vim mesmo de um festa de Halloween, até ganhei doces. ㅡ Na mesa, agora, tinha pirulitos, balas, chicletes e bombons. ㅡ Nunca pensei que me fantasiar de personagem da Disney faria crianças me darem doces.

ㅡ Essa noite foi tão estranha. ㅡ Me sentei no sofá. ㅡ Tipo, eu fui a uma festa. Só isso já é muito estranho. A festa foi boa, não teve bebidas, drogas, brigas, polícia, nada. Foi só música, dança, comida e fantasias criativas. Isso também é estranho. Eu me diverti muito e ainda interagi em público, mesmo que tenha com crianças de sete e oito anos. ㅡ Observei a saia do meu vestido. ㅡ Foi realmente muito bom e, pela primeira vez em muito tempo, não fiquei ansiosa para voltar pra casa e me trancar no quarto. Foi tudo muito bom.

ㅡ Sabe o motivo, né? ㅡ Sucri se apoiou na pia atrás dele.

ㅡ Eu não me preocupei? ㅡ Falei entre dentes.

ㅡ Você não se preocupou. ㅡ Concordou. ㅡ Agora me diz o que teria acontecido se eu fosse um amigo seu da sua cidade e te chamasse pra fazer tudo o que fizemos hoje, onde você mora.

Mordi o lábio inferior sabendo exatamente como tudo teria acontecido.

ㅡ Primeiro, não acredito que seríamos amigos. Segundo, se fosse o caso, eu provavelmente recusaria o convite porque pensaria que ninguém iria querer me ver nessa tal festa. Iria pensar que eu só iria incomodar ou coisa do tipo. Mas, se eu fosse, eu ficaria com vergonha da fantasia, não dançaria, não me divertiria e qualquer risada que eu escutasse pela festa, pensaria que estavam rindo de mim e da minha ridícula fantasia, mesmo que a fantasia não fosse ridícula. Eu não teria coragem de andar pela rua com a fantasia e certamente não teria criança nenhuma querendo interagir comigo. No fim, voltaria para casa, me trancaria no quarto e me sentiria completamente estranha e deslocada. ㅡ Arqueei as sobrancelhas quando terminei de falar. ㅡ Uau... eu... eu realmente penso de mais e, na maior parte das vezes, penso coisas ruins que poderiam acontecer. ㅡ Olhei para ele que, agora, estava com os braços cruzados e com a cabeça pendida pro lado enquanto me observava. ㅡ Eu me preocupo demais mesmo.

ㅡ É, e não deveria. ㅡ Sucri fechou a porta do Motorhome e se sentou do meu lado.

ㅡ Mas... nem sempre eu estrago tudo. Eu acho. Tipo... ㅡ Me virei para ele na tentativa de me defender. ㅡ Escrevi que você saia do livro porque uma amiga da minha mãe tentou se aproximar de mim a pedido dela e simplesmente não conseguiu nem fingir ser minha amiga por mais de um dia! Ela e os amigos disseram que eu era sem graça, sem sal e tudo mais. E eu não fiz nada! Não pensei negativo, não fugi deles e nem agi com paranóia, eu realmente acreditei que eles queriam a minha amizade e tentei!

ㅡ Morgana... ㅡ Ele tocou minha mão com a sua, eletrizando a minha pele. ㅡ Não to dizendo que tudo de ruim que acontece é culpa sua, não é isso,  longe disso, na verdade. As vezes, sim, você se preocupa demais e se sabota, mas existem pessoas idiotas nesse mundo e isso, definitivamente, não é culpa sua. ㅡ Seus olhos me confortavam de um jeito tão estranho.

ㅡ Acho que eu só não sirvo para socializar mesmo. ㅡ Dei com os ombros. Ele apertou os olhos como se pensasse em algo. Como se pensasse se me falava algo ou não. ㅡ O que foi? O que foi?? ㅡ Sacudi seu ombro.

ㅡ É que... ㅡ Ele passou a mão na cabeça. ㅡ Eu tenho umas... " teorias " ㅡ Fez aspas com as mãos. ㅡ Sobre o motivo de você se sentir tão deslocada aqui. Mas, provavelmente é coisa da minha cabeça, então deixa pra lá. ㅡ Ele se levantou e caminhou na direção do quarto.

ㅡ Volta aqui e me conta essa história agora! ㅡ Agarrei o seu braço e puxei-o de volta. ㅡ Que teorias? Do que ta falando?

ㅡ É que... Morgana? Por que você acha que estava escrito sobre o Monte alguma coisa da cesta que você estava? Por que acha que o bilhete dizia sobre cuidarem de você até esse livro te achar?

ㅡ Eu... eu não sei.

ㅡ Eu deduzu que ele tenha muito a ver com essa cesta e com você. Acho que você não é dessa realidade. Talvez por isso a sua versão da minha realidade é tão mais feliz e despreocupada, porque... sei lá, você pode não ser daqui. ㅡ Suas palavras ecoaram na minha cabeça como ondas de choque. Foi como uma bela crise existencial que fazia muito sentido. Mas... Será que era mesmo verdade?

•••
Continua...

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