2° Temp. Cap. 52 - Dad
Boa Leitura e não esqueçam de ler a nova fic...
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Capítulo Anterior
Quando comecei a pegar no sono ouvi batidas na porta e me assustei por eu e Brunna estarmos completamente sem roupas e o quarto todo bagunçado, levantei da cama correndo e me enrolei no lençol e cobri Brunna enquanto a batida na porta ficou mais forte, apressei o pé e abri a porta dando de cara com Lorenzo com uma carinha um pouco triste.
-Que foi? - perguntei franzindo a testa
-A vovó está lá embaixo, ela não está com uma cara muito boa.. - falou com a voz engasgada pelo choro que se aproximou e os olhos dele encheram de lágrimas.
O puxei pro meu corpo, pouco me importando se eu estava com cheiro de sexo, eu já sabia o que poderia ouvir quando fosse lá na sala, Lorenzo deixou as lágrimas escorrerem com mais força e eu beijei o topo da cabeça dele.
-Filho, mama vai tomar banho e vou descer.. Me espera lá com a vovó - Falei e ele afirmou com a cabeça secando as lágrimas com as costas das mãos.
...
Ludmilla POV
Fechei a porta novamente e respirei fundo, passei a mão no rosto e me virei vendo Brunna dormir tranquilamente, ela não poderia ficar muito nervosa o que seria impossível, por isso eu fui até o banheiro e enchi a banheira com água quente, fui até a cama e comecei a distribuir beijos carinhosos pelo rosto de Brunna.
-Amor... Acorda- chamei baixinho e ela resmungou
Peguei ela no colo e fui pro banheiro entrando na banheira e me sentando com Brunna no meu colo.
-Hm... amor.. me deixa dormir - resmungou com o rosto enfiado no meu pescoço
-Não amor, depois você dorme, Lorenzo chamou a gente pra descer lá com ele - fali simples jogando água no corpo dela
-Aconteceu alguma coisa? - ela perguntou preocupada
-Porque? - devolvi a pergunta sem saber se respondia a verdade agora ou não
-Porque eu estou com um pressentimento ruim, sabe? Ta estranho - falou olhando pro nada e eu engoli em seco no momento.
Eu não respondi, apenas deixei um selinho nela e continuei dando banho em Brunna tranquilamente, até que saímos, peguei duas calças de moletom iguais, uma pra mim e outra pra ela, e duas blusas, Brunna vestiu e descemos juntas para a sala. Lorenzo estava sentado no sofá com a carinha inchada de choro e Mia andando de um lado para o outro.
-Mãe? - Brunna perguntou franzindo a testa
-Filha, o papa... Ele... - ela começou a chorar e veio abraçar Brunna que não falou nada, ficou apenas em choque3
Fui andando pro lado de Brunna e passei a mão nas costas de Mia e fiquei olhando pra Brunna que nem sequer piscava, seus olhos parados, Brunna simplesmente não conseguiu reagir.
-Amor.. - chamei por ela quando Mia desfez do abraço secando o rosto com as mãos.
-Meu pai? Ele... Quando? - perguntou aérea
-Agora a pouco, ele teve uma parada cardíaca e não aguentou, eu só vim aqui porque ninguém iria me deixar entrar no quarto mais e vocês não atendiam o telefone. - explicou e Brunna continuou olhando pra ela sem reação.4
-Eu vou lá em cima me trocar e já volto - falou e saiu andando normalmente, Brunna simplesmente estava agindo no piloto automático
Sai andando atrás dela e olhei pro sofá vendo o Lorenzo abraçado na almofada e chorando baixinho.
-Filho?! Cadê a Jas?
-No quarto, ela ainda não sabe - respondeu
Subi as escadas e eu não sabia se ia atrás de Brunna ou se ia no quarto avisar Jasmine, fui pro meu quarto e entrei no closet, Brunna estava com a testa encostada no guarda-roupa e chorando baixinho, soltei a respiração que eu nem sabia que estava prendendo e me aproximei de Brunna. Puxei a morena pro meu corpo que me abraçou e desabou em choro alto, fiquei ali um tempo acariciando seus cabelos e deixei ela chorar, fui andando até me sentar no sofá que tinha dentro do nosso closet, Brunna ficou sentada no meu colo e chorando enquanto eu acariciava seus cabelos e suas costas.
-Porque?.. Amor... Ele não pode me deixar aqui - Brunna falou chorando me olhando nos olhos e eu não aguentei segurar as lágrimas e deixei que elas rolassem pelo meu rosto13
-Ele está em um lugar bem melhor agora, ele está tranquilo e está cuidando da gente lá de cima, meu amor, as pessoas se vão, uma hora todos nós vamos nos juntar ao seu pai lá em cima. - Falei e Brunna chorava com ainda mais força
-Mas... Não amor... Não pode... Não, não, não - Brunna se levantou chorando e eu fiquei olhando ela andar de um lado pro outro, ela não chorou na frente da mãe pra tentar passar força, porque eu sabia o quanto Mia estava quebrada por dentro mesmo não demonstrando.1
Me levantei e fui trocar de roupa, o silêncio nesse momento seria o melhor remédio pra Brunna, vesti uma calça jeans e uma blusa cinza escura, coloquei um tênis branco simples e me virei pra olhar pra Brunna que estava sentada no sofá e de cabeça baixa.
-Amor...- chamei baixinho me aproximando dela
-Me abraça... - pediu em um fio de voz e soltou um soluço fazendo meu coração apertar
Me sentei ao lado de Brunna e puxei ela pro meu colo, deixando a latina chorar baixinho até que depois ela levantou, trocou de roupa e conversou com Jasmine, ela estava mais calma, pelo menos aparentava, Jasmine desceu chorando e Lorenzo ficou a consolando, saímos todos em um carro só, fizemos todo o trajeto em silêncio.
Ao chegar no hospital Brunna e Mia assinaram alguns papéis, enquanto isso eu fiquei por conta de providenciar uma funerária, Lorenzo e Jasmine tinham ficado na casa dos meus pais, não necessário eles passarem por isso. Depois de tudo organizado o corpo do Jorge foi liberado, eu não entendia como, mas meu telefone já bombava de mensagens nas minhas redes sociais sobre o assunto, quando eu parei um pouco pra respirar e abri minha conta no instagram tinha mensagens pra todo lado, contas de fofoca divulgando a morte dele, fiquei um pouco em choque com a rapidez, quando colocamos o pé pra fora do hospital tinha fotógrafos e pessoas querendo se aproximar, passamos de cabeça baixa com o apoio dos seguranças do hospital e seguimos para casa, Brunna não falou nada durante o caminho todo e percebi ela bem aérea.
Ao entrarmos em casa Brunna subiu direto pro quarto, eu fiquei pra trás e respirei fundo, não sabia se dava Brunna espaço ou se eu ia atrás, preferi deixar ela sozinha e fui até a cozinha, peguei algumas frutas que Brunna gostava, um potinho de Nutella, coloquei duas garrafas de água e uma de suco, subi pro quarto e passei pela porta Brunna estava deitada toda encolhida na cama. O funeral só iria acontecer amanhã, por isso voltamos para casa e descansar.
Me sentei na cama com a bandeja no colo e Brunna se virou de barriga pra cima me olhando, dei um sorriso pra ela, peguei um morango e passei na Nutella e levei na boca da minha esposa. Brunna sentou na cama e abriu a boca me fazendo levar o morango na boca dela.
-É tão difícil... Dói tanto que parece até que eu estou anestesiada - Brunna falou enquanto comia
Eu nada Falei, ela queria desabafar e eu deixei ela falar o tanto que quisesse, no final das contas ela chorou e desabafou, falou tudo que queria falar e eu somente ouvi.
-Obrigada amor...- falou no final
-De nada, eu te amo - fali deixando um selinho nela
Tomamos banho juntas, eu fiz massagem nela e Brunna pegou no sono logo, bem agarrada comigo. Pela manhã acordamos cedo, a mesa de café da manhã estava posta, Brunna nada falou e comeu apenas um biscoito e bebeu suco, eu nem Falei nada, sabia o quanto era difícil perder alguém que amamos. Saímos de casa por volta de 8:30 da manhã, Brunna sentou ao meu lado no carro e depositou a mão na minha coxa e assim fomos para o cemitério da cidade.
Chegamos lá havia muitas pessoas do lado de fora que não foram permitida a entrada, muitos curiosos, passamos de carro e estacionei próximo a entrada, Brunna desceu e logo veio alguns parentes por parte de seu pai abraçar a menina, as nossas amigas se aproximaram e abraçaram Brunna falando palavras positivas e a latina chorou bastante nos braços de Luane, mesmo sem se ver muito elas sempre foram amigas, a propósito serei eternamente grata por Luane, se não fosse por ela, talvez eu nunca teria conhecido Brunna e não teria meus filhos e ser a pessoa mais feliz desse mundo.
Foi de partir o coração ver Brunna se aproximar do caixão do pai e sentar ao lado segurando a mão dele e chorar baixinho, senti dois braços me abraçarem por trás e me virei vendo Lorenzo e Jasmine e meus pais logo atrás se aproximarem, abracei o Lorenzo que chorava sem parar, meu coração estava tão apertado em ver os amores da minha vida ali tão tristes. Meu pai puxou o Lorenzo pra ele e o abraçou enquanto Jasmine estava abraçada a Mia, peguei um copo de água e levei pra Brunna beber, as pessoas iam se aproximando do corpo e logo saíam, Brunna não saiu de perto hora nenhuma.
-Amor.. Eu não quero ver.. - Brunna se levantou rápido me abraçando forte quando chegaram pra fechar o caixão4
Ela ficou de costas, me abraçando forte e chorando, todo o procedimento foi feito e Brunna disse que não queria ver, Juliana chegou no finalzinho por ela morar longe, mas conseguiu um voo em cima da hora, e ainda conseguiu se despedir do pai a tempo.
-Vamos pra casa? - chamei baixinho deixando um beijo no ombro de Brunna que apenas afirmou com a cabeça, coloquei ela dentro do carro e Lorenzo deu um abraço em Brunna deixando um beijo na testa dela e fomos para casa, as crianças dormiriam na casa dos meus pais, Brunna precisava de um tempo pra descansar.
-*-
-MÃE!! Lorenzo está me batendo!! - Jasmine gritou da sala9
-Lorenzo!! Para! - Brunna xingou tacando uma almofada nos dois fazendo eles rirem
Brunna estava de 7 meses, uma barriga enorme, já tinha 4 meses desde a morte de seu pai, Brunna no primeiro mês chorou demais, cheguei a levar ela na médica pra ver se estava tudo bem com os bebês, mas estava tudo bem, amanhã seria aniversário do Lorenzo, e nossa família estava organizando um aniversário surpresa pra ele, como seu avô tinha fJorgecido a pouco tempo ele disse que não queria comemorar nada, mas mesmo assim iríamos comemorar, Henry primo de Lorenzo que era um ano e pouco mais velho que ele e bem mais desenvolvido estava em Miami, ele tinha virado modelo na Austrália e por lá morava junto de Luane e Rafael.
Minha mão não saía da barriga de Brunna, acordei as 7 horas da manhã no sábado, Brunna dormindo de lado e eu abraçando ela por trás com minha mão na barriga dela, os gêmeos se mexiam bastante na parte da manhã.
-Aí filha, chuta devagar - acabei assustando com a voz de Brunna por imaginar que ela estaria dormindo e como ela sabia que era nossa menina que estava chutando?1
-Bom dia amor - Falei no ouvido dela
-Bom dia - falou se virando de frente pra mim
Desde o fJorgecimento do Jorge, Brunna e eu não tivemos mais relação sexual, eu não insistia e ela não demonstrava interesse, ela estava bem triste e eu entendia e daria ela o tempo necessário, mas confesso que eu estava um pouco agoniada, mas eu tinha que respeitar o tempo dela.
-Amor, eu estou com desejo de um leitinho bem quente.. - Brunna falou manhosa15
-Quer é? Qual? - levei na malícia
Brunna levantou a cabeça rapidamente me olhando com aqueles castanhos lindos e sorriu de lado.
-O seu. - respondeu provocativa18
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