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30. selvagem.



                Amélia estava no treino, mas sua mente estava longe, dominada pela imagem do maldito carro. Cada movimento que ela fazia parecia robótico, uma mera repetição do que sempre soubera fazer. A raquete em suas mãos se tornava cada vez mais pesada, e cada golpe parecia mais fraco. Os gritos do treinador ecoavam em seus ouvidos, mas ela mal conseguia prestar atenção.

—— Concentre-se, Amélia! Você pode fazer melhor do que isso! —— ele gritou, a frustração em sua voz crescendo. A cada reprimenda, a irritação de Amélia aumentava. O calor subia em seu rosto, e ela sentia a raiva pulsar nas veias. Como ele podia não entender que, naquele momento, nada mais importava para ela?

Em um impulso, ela parou, virou-se para o treinador e gritou.

—— Cale a boca! —— As palavras saíram como uma explosão, carregadas de toda a tensão acumulada.

A raquete voou de suas mãos, deslizando pelo ar antes de bater no chão com um baque surdo. Sem esperar por uma resposta, Amélia se virou e saiu da quadra, seus passos rápidos e pesados.

A frustração borbulhava dentro dela, e, ao sair, o mundo parecia um borrão. O sol brilhante contrastava com sua fúria interna, e ela mal notou as vozes dos colegas de treino que a chamavam. Tudo que conseguia pensar era que aquela situação com Nicholas e o carro havia atingido seu limite. A raquete, o treinador, o treino — tudo isso parecia irrelevante quando comparado à tempestade de emoções que ela carregava.

Amélia caminhou para longe da quadra, tentando respirar fundo, mas a raiva continuava ali, como uma sombra que não a deixava em paz.

Amélia entrou na sala do clube com um furor que parecia transbordar de seu interior. Em um acesso de frustração, começou a jogar as coisas no ar — livros, decorações e garrafas de água voaram, criando um caos em torno dela. O som do material batendo no chão era uma reflexão perfeita de seu tumulto emocional. A raiva que a consumia estava se transformando em desespero, e a pressão nos seus olhos se acumulava, ameaçando se transformar em lágrimas.

Foi então que Nicholas entrou na sala, parando abruptamente ao ver a cena. Ele observou o caos e, por um momento, sentiu o coração apertar ao ver Amélia naquele estado. Sem dizer uma palavra, ele se aproximou. O instinto de proteger e confortar tomou conta dele.

Amélia não conseguiu conter a torrente de emoções. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela soluçava: —— Eu não quero que você se perca como todos ao redor de mim! —— As palavras saíram em um misto de raiva e tristeza, e a fragilidade de seu sentimento tornava-se evidente.

Nicholas, em vez de responder, a puxou para perto, envolvendo-a em um abraço firme.

Era um gesto simples, mas cheio de significado. Amélia se deixou levar, seu corpo se aninhando contra ele enquanto as lágrimas caíam sem parar. A segurança de seus braços era reconfortante, um ancla em meio ao turbilhão que a cercava.

—— Desculpa pelo carro —— ela murmurou entre os soluços, a culpa se misturando ao desespero. —— Desculpa por ter te chamado de idiota.

Nicholas sorriu suavemente, sua voz um sussurro reconfortante. —— Eu sou um idiota —— ele admitiu, fazendo-a rir mesmo em meio às lágrimas.

Nicholas a observou por um momento, a intensidade de seus olhos refletindo a seriedade de suas palavras. —— Eu não vou mudar, Amélia. Eu só quero ser eu mesmo ao seu lado —— ele respondeu, sua sinceridade quebrando as barreiras que as separavam.

Amélia sorriu, embora as lágrimas ainda rolassem por seu rosto. Naquele abraço, cercada pela confusão de seus sentimentos, ela encontrou um pouco de paz, sabendo que, apesar de tudo, estavam juntos.

(...)

No escritório da casa dos Harriman, o silêncio pesado era quebrado apenas pelas palavras duras de Marvim, sentado em sua poltrona de couro com o jornal financeiro em mãos. Andrew, seu filho mais velho, estava de pé do outro lado da sala, ouvindo o pai com uma expressão tensa, já familiar com a crueldade nas palavras que sempre vinham.

—– Você é um idiota, Andrew —— Marvim disse com desprezo, jogando o jornal sobre a mesa. —— Eu não acredito que criei alguém tão... imprestável.

Andrew respirou fundo, tentando não reagir, mas as palavras doíam mais a cada vez que eram repetidas. Ele havia tentado, se dedicado aos negócios da família, mas nunca parecia ser o suficiente para seu pai.

Marvim se levantou, andando de um lado para o outro, irritado com a situação da empresa e com a falta de confiança que sentia no filho. —— Você não consegue nem segurar uma negociação simples sem fazer uma merda atrás da outra. Como espera algum dia controlar tudo isso?

Andrew abaixou os olhos, incapaz de se defender. Ele sabia que, para o pai, nada do que ele fizesse seria o suficiente. E então veio o golpe final, aquele que ele sabia que estava por vir, mas que ainda assim doía como uma facada.

—— Agora, vou ter que esperar Amélia e Nicholas se casarem para que ele cuide dos negócios. Porque, pelo visto, meu próprio filho é uma merda.

A menção de Nicholas fez o rosto de Andrew endurecer. —— Nicholas? —— ele murmurou, quase incrédulo. O namorado da irmã mais nova que agora estava se aproximando da família por meio de Amélia? Aquilo era um insulto além do que ele podia aguentar.

—— Sim, Nicholas —— Marvim respondeu, sem qualquer hesitação. —— Ele tem mais garra, mais potencial em um dedo do que você jamais terá. Pelo menos ele entende o valor do trabalho duro. Se as coisas continuarem assim, ele vai ser o único capaz de manter o que construí.

Andrew ficou em silêncio, engolindo a raiva e a frustração. A expectativa de ser substituído por Nicholas, que mal havia chegado na família, estava cada vez mais clara. E, enquanto Marvim continuava a despejar sua decepção, Andrew sentia a distância entre ele e o pai crescer ainda mais, tão vasta quanto a pressão que carregava nas costas.

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