Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

06. garotas americanas.


O Colégio Briarwood era conhecido por sua tradição e prestígio, um refúgio para as filhas das famílias mais ricas e influentes. A arquitetura imponente da escola, com suas colunas de mármore e jardins perfeitamente cuidados, refletia o status da instituição. Amélia caminhava pelos longos corredores junto com suas amigas, suas vozes ecoando pelas paredes de pedra fria enquanto conversavam sobre os assuntos fúteis que dominavam suas vidas.

As risadas delas pareciam preencher o espaço, mas para Amélia, tudo soava distante, quase irritante. Enquanto suas amigas falavam sobre as férias e festas de gala, viagens a resorts de luxo e roupas de grife, ela se mantinha em silêncio, seus pensamentos voltados para os treinos de tênis e a pressão constante que sofreu durante as férias.

—— Ah, vocês sabiam? —— disse uma das meninas, Isabella, com um sorriso presunçoso nos lábios mostrando o dedo anelar com um enorme diamante. —— Estou noiva.

As outras garotas pararam imediatamente, boquiabertas. —— O quê? Como assim? —— perguntou uma delas, completamente surpresa.

Amélia arqueou uma sobrancelha, virando-se para Isabella com uma mistura de surpresa e ceticismo. —— Noiva? Não é meio cedo para isso? —— Ela tentava manter a voz leve, mas a verdade é que a notícia a desconcertava.

Isabella deu de ombros, os olhos brilhando de satisfação enquanto exibia um anel caro no dedo.

—— É o momento certo, Amélia. Preciso me casar enquanto ainda estou jovem e bonita. Meu futuro marido quer uma esposa perfeita, e eu sou exatamente isso.

Amélia reprimiu uma risada nervosa. —— E quantos anos ele tem? Ele estuda onde?

Isabella sorriu, completamente indiferente à estranheza da situação. —— Ele tem 41 anos. É amigo da minha família. Um homem de negócios bem-sucedido, super influente. Minha mãe diz que ele é um bom partido. E, sinceramente, é isso que importa.

Amélia parou de andar por um segundo, assimilando as palavras da amiga. —— Quarenta e um? —— Ela olhou diretamente nos olhos de Isabella. —— Você tem 17, Isa.

Isabella deu de ombros novamente, como se a diferença de idade fosse irrelevante. —— E daí? A vida é assim. Mulheres como nós têm que garantir seu futuro. Você vai ver, Amélia, vai acabar acontecendo com você também.

Amélia apenas assentiu, mas por dentro, algo fervia. Era como se as palavras de Isabella fossem um pressentimento terrível – o mesmo destino que a mãe lhe lembrava constantemente, entre ajustes de uniformes e lições sobre como manter uma aparência impecável. Mas Amélia queria mais do que apenas ser a "esposa perfeita". Ela queria ser livre, viver por si mesma e fazer suas próprias escolhas.

Enquanto continuavam caminhando, as conversas das amigas se misturavam ao som dos passos nos corredores, mas Amélia mal conseguia ouvir. Ela olhou pela janela, observando o pátio do colégio e, por um breve momento, desejou estar em qualquer outro lugar.

(...)

Amélia esperava pelo motorista à sombra de uma árvore no pátio do Colégio Briarwood, os braços cruzados e a mente distante. O sol da tarde estava começando a perder força, mas o calor ainda pairava no ar, tornando a espera um tanto desconfortável. Enquanto seus olhos vagavam pelo movimento ao redor — as meninas conversando animadamente, algumas folheando revistas de moda, outras rindo de algo trivial — seus pensamentos voltavam sempre para a conversa com Isabella.

—— Casamento.

Ela murmurou para si mesma, balançando a cabeça. Parecia absurdo. Como alguém tão jovem podia já estar se preparando para uma vida inteira ao lado de um homem de 41 anos? A ideia a deixava inquieta. Será que era isso que a esperava também? Um destino moldado por convenções sociais, onde suas aspirações pessoais não tinham lugar? Não era isso o que ela queria.

Ela suspirou, tentando afastar o desconforto, mas a ideia continuava rondando seus pensamentos. A expectativa de casar cedo, a pressão para ser perfeita, tudo aquilo parecia uma prisão dourada, e ela não conseguia evitar a sensação de claustrofobia.

Finalmente, o carro preto parou na entrada da escola, e o motorista acenou para ela. Amélia levantou-se, pegou sua bolsa e caminhou até o carro, deslizando no banco de trás com um ar pensativo. O trajeto até o Imperial Heights Tennis Club foi rápido, mas a tensão em seu peito aumentava a cada quilômetro percorrido. O casamento de Isabella parecia ser apenas mais uma peça em um quebra-cabeça de expectativas que a cercavam — e o tênis, com toda a pressão para ser a número um, não era muito diferente.

Quando chegaram ao clube, Amélia desceu do carro e respirou fundo. O ar ali parecia mais fresco, mais leve, mas o alívio durou pouco. Ela sabia o que a esperava: mais um treino exaustivo, mais gritos de Kevin, mais cobrança. Ao caminhar pelos corredores do clube, as vozes animadas dos outros jogadores e treinadores pareciam distantes, como um zumbido abafado.

Ela chegou ao pátio de treino, onde a quadra já estava pronta, o chão liso e impecável, as linhas brancas brilhando sob a luz do final da tarde. Kevin, seu treinador, ainda não tinha chegado, mas ela sabia que ele apareceria a qualquer momento, pronto para colocá-la à prova mais uma vez.

Amélia se alongou lentamente, sentindo o peso do cansaço em seus músculos, mas também o peso maior em sua mente. As palavras de Isabella ecoavam em seus ouvidos. "Você vai acabar se casando também."

Ela respirou fundo e pegou sua raquete. Por enquanto, o único casamento que ela queria era com a raquete em suas mãos e o desejo de vencer. No entanto, uma pequena parte dela não podia ignorar a sombra crescente das expectativas familiares e sociais que pairavam sobre ela, tanto no tênis quanto na vida.

O barulho rítmico de suas raquetes encontrando a bola era a única coisa que ela conseguia ouvir, a concentração absoluta dominando sua mente. Seu corpo estava exausto, os músculos queimando, o suor escorrendo por sua testa, mas ela não se permitia parar. Kevin gritou mais uma vez, impassível como sempre.

—— Mais força, Amélia! Você está devagar! A número um não pode ser preguiçosa!

Ela apertou os punhos em torno da raquete, respirando com dificuldade. Cada movimento exigia mais de si do que o anterior. Ela correu para devolver a bola com força, sentindo seus pés escorregarem um pouco no chão já úmido pela umidade que anunciava a mudança de tempo.

O céu, antes claro, começou a se transformar em um manto cinzento. Nuvens pesadas se formavam rapidamente, e o ar ficou mais denso, carregado de eletricidade. Amélia estava tão focada no treino que mal notou o ambiente ao redor. Kevin, por outro lado, continuava insistindo. Cada saque dela, cada devolução, era acompanhado por gritos e orientações duras.

—— Isso! Melhor! Mais rápido agora! —— ele exigiu, sua voz cortando o ar.

De repente, um trovão reverberou pelo céu, interrompendo o som rítmico da bola quicando no chão.

Amélia hesitou, olhando para cima pela primeira vez. Ela viu um raio riscando o céu, iluminando o ambiente em um brilho momentâneo. A chuva, até então ameaçadora, finalmente começou a cair em pesadas gotas, encharcando rapidamente o chão e tornando a quadra escorregadia.

Kevin, que nunca parecia se abalar com nada, parou por um momento e olhou para o céu escuro. Ele apertou os olhos, calculando o risco. Outro raio iluminou o horizonte, mais perto desta vez.

Amélia estava ofegante, as pernas tremendo de tanto esforço. Ela sabia que Kevin era rígido, mas até ele tinha seus limites.

—— Treino acabou mais cedo hoje, —— ele gritou por fim, erguendo a mão como um sinal de rendição. —— Guarde suas coisas antes que fiquemos encharcados aqui.

Amélia soltou um suspiro de alívio misturado com frustração. Parte dela queria continuar, mostrar que podia ir além do que ele exigia, mas outra parte, aquela mais realista, sabia que não teria forças para mais uma rodada de treino. Ela caminhou em direção à sua mochila, guardando a raquete enquanto as gotas de chuva escorriam por seu rosto e braços.

Kevin já estava de costas, caminhando para o abrigo das arquibancadas. —— Amanhã a gente compensa! —— ele gritou por cima do ombro, sem sequer se preocupar em olhar para trás.

Amélia se abaixou para amarrar o cadarço da sapatilha, agora encharcada. Enquanto fazia isso, olhou para o céu novamente, observando as nuvens turbulentas e sentindo a chuva cada vez mais forte.

(...)

Amélia estava do lado de fora do Imperial Heights Tennis Club, abrigada debaixo da pequena marquise enquanto esperava seu motorista. A chuva caía pesada, formando poças rapidamente no asfalto e transformando o ambiente em um borrão cinzento. Ela observava distraída as gotas grossas caindo do céu, o som da água batendo no chão era quase hipnótico. O vento soprava forte, trazendo o cheiro de terra molhada e o ar úmido. Ela esfregou os braços levemente, sentindo o frio da chuva, e suspirou, ansiosa para ir embora.

Os minutos se arrastavam e, de repente, um grupo de atletas chegou ao clube, correndo e rindo alto, tentando escapar da chuva. No meio do tumulto, um deles, sem perceber, esbarrou forte em Amélia, empurrando-a para frente. Ela cambaleou, perdendo o equilíbrio, e quase caiu diretamente na chuva.

Por um breve segundo, ela se preparou para sentir as gotas geladas em sua pele. Mas, antes que pudesse realmente ser atingida, algo inesperado aconteceu. Um guarda-chuva apareceu sobre sua cabeça, protegendo-a da chuva. Amélia parou e olhou para o lado, surpresa. Lá estava o garoto da lavanderia, segurando o guarda-chuva sobre ela, com uma expressão meio envergonhada, mas determinada.

Ele ficou ali, quieto por um momento, esperando sua reação. Amélia piscou, ainda atordoada pelo choque da situação, e então sorriu de leve, um gesto raro para alguém que sempre estava tão tensa.

—— Obrigada —— ela disse, sua voz um pouco mais suave do que o habitual.

Amélia o observou por um momento. Era o mesmo garoto que havia derrubado café nela dias atrás, e agora ele estava ali, salvando-a de uma queda desastrosa. Ela apertou os lábios, lembrando-se de como tinha sido rude naquela ocasião.

—— Ei, —— ela começou, hesitante, —— sobre aquele dia... eu não fui muito legal. Desculpa por ter falado daquele jeito.

O rapaz ergueu os olhos, surpreso com o pedido de desculpas. Ele não parecia ter esperado isso. —— Tudo bem, —— respondeu ele, um sorriso discreto surgindo em seus lábios. —— Você estava brava. Acontece.

Amélia assentiu, um pouco desconfortável, mas sentindo um peso sair de seus ombros. O barulho da chuva continuava ao redor, criando um estranho tipo de intimidade entre os dois enquanto se olhavam sob o guarda-chuva.

—— Eu sou Amélia Harriman —— ela disse, sentindo que devia algo mais além de desculpas.

—— Nicholas Chavez —— ele respondeu, se apresentando também.

Eles ficaram assim por alguns segundos, compartilhando um momento de silêncio, mas significativo, até que o carro de Amélia finalmente chegou. Ela olhou para o veículo e depois de volta para Nicholas.

—— Obrigada... de novo —— disse ela, antes de se afastar em direção ao carro.

Nicholas acenou com a cabeça, recuando alguns passos, mas mantendo o guarda-chuva sobre ela até o último segundo antes de entrar no carro.

Quando ela se acomodou no banco, observou pela janela o garoto voltando para o clube, encolhido sob o mesmo guarda-chuva. A chuva ainda caía forte, mas de alguma forma, naquele momento, o dia não parecia tão sombrio quanto antes.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro