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Palavras em Chamas

Eii cerejinhas!
  Declaro que Amência já está completamente escrita e editada e, com intuito de deixar a quarentena de vocês um pouquinho melhor, (pelo menos para quem gosta da história) estarei fazendo atualizações duplas todos os dias.
  Aproveitem ⏳






  Em certas noites cheguei a sonhar com Alastor. Estávamos presos em um salão circular, as cores alternavam entre o preto e o branco.

Um fio de coloração vermelha saia do meu peito, ele era longo e dava várias voltas até se dividir em duas pontas, a primeira terminava no peito de Alastor, e a segunda seguia para o fundo do salão, em uma parte escura que não me permitia enxergar quem estava conectado a essa ponta.

  Alastor sorria alegremente, ele parecia radiante, como se acabasse de receber uma notícia muito boa. Ele se aproximava e antes que eu acordasse, dizia:

— Eu estou voltando.


† Nono Flashback - No Espelho †

 Luan e eu estávamos sozinhos, meus pais tinham saído há alguns minutos.

— Eu sei que você não gosta de receber visita surpresa, mas eu tinha que escapar do almoço da família feliz — Luan se explicou assim que abri à porta.

  Deixei que subisse até meu quarto, enquanto pegava um copo d'água.

  Luan foi o primeiro amigo que fiz na cidade, e desde que nos conhecemos, sempre que tem algum evento em família em casa ele dá um jeito de fugir para a minha.

— Até hoje não entendo qual o problema com sua família.

— Claro que não entende, você tem um monte de primos, quando se é o membro mais novo da família todos sempre estão preocupados com você e, infelizmente pra mim, eu sou o mais novo.

— Não deve ser tão ruim assim.

— Pobre e ingênua Val, você não faz ideia do que é ter cinco tios e tias dando pitaco na sua vida.

  Luan é esse tipo de pessoa que acha que tudo pode ser melhorado, então está sempre criticando alguma coisa. Sou grata por ser amiga dele e a única critica que tem a minha pessoa é:

— Por que não solta esse cabelo?

— Ah não, vai começar.

— Eu aposto que você ficaria mil vezes mais bonita se parasse de deixá-lo preso.

— Você sabe que não gosto.

— Só tem a gente aqui.

— Não — protestei inutilmente. — Que saco Luan, por que eu sempre faço o que você pede?

— Porque você me ama — fez um coração com as mãos. — Agora vai lá arrumar esse cabelo enquanto eu tento convencer a Leia a sair comigo pela nonagésima oitava vez.

— Do jeito que as coisas vão você vai contar as tentativas por muito tempo ainda — brinquei antes de ir para o banheiro.

  Peguei um dos pentes da penteadeira e comecei a desembaraçar meus fios castanhos. Mal conseguia me lembrar da última vez que havia deixado meu cabelo solto.

  Sempre quis saber se toda mulher se sente insegura com seu cabelo. Tinha uma amiga que era o contrário, ela nunca deixava preso, falava que se sentia insegura quando não sentia os cachos emoldurando seu rosto.

  Alastor costumava me achar bonita, não importa com qual penteado  estivesse.

  Me encarei no espelho, eu realmente ficava estranha assim.

— Alastor — murmurei. — Como sera que você está?

— Val, estou na cozinha — gritou Luan que tinha intimidade o suficiente para sair abrindo a geladeira.

— Não come do bolo do meu pai! Ou ele vai ficar "bolodo" — revirei os olhos lembrando do trocadilho com "bolado".

  Luan não respondeu.

  Continuei penteando o cabelo, encarando meus movimentos repetitivos no espelho. Devo ter entrado em um estado de gnose ou algo do tipo, fiquei alguns segundos desligada, sem piscar ou pensar, e quando me dei conta Alastor estava sendo refletido.

  Paralisei no mesmo instante, sem saber como reagir.

  Alastor estava atrás de mim, parado ao meu lado direito, sorrindo, feliz por me ver após dois longos anos.

  Ele não parecia com raiva ou prestes a me matar como da última vez que o vi, na verdade, ele parecia com o doce e adorável Alastor que conheci.

— Eu sinto sua falta — sua voz soou somente na minha cabeça.

  Podia vê-lo, mas ele não estava ali de verdade.

  Os olhos de Alastor também estavam diferentes. Seus olhos pareciam um céu estrelado, refletindo um carinho e ternura que eu não sabia se podia e queria retribuir.

— Anjo, me deixa voltar.

  Alastor levantou sua mão direita, segurava uma folha de papel amassada. Apertei os olhos, tentando enxergar melhor, li as palavras Cherry, Berry, menta e Eliza.

Tentei encaixá-las na minha mente. O que isso tudo queria dizer?

— Você acha que eu consigo convencer a Leia a assinar um contrato que obrigue ela a sair comigo?

  Luan apareceu na porta do banheiro me fazendo desviar os olhos do espelho.

— Contrato — exclamei animada por lembrar o que era o papel que Alastor segurava.

  Deixei Luan falando sozinho e voltei para meu quarto, revirando algumas caixas velhas com lembranças do ensino médio que ficavam em cima do guarda-roupa.

— Ei, você viu como seu cabelo ficou bem melhor assim? — voltou a me perturbar quando encontrei a caixa com textos e trabalhos antigos. — Val? Tá tudo bem?

— Está sim — folheei um dos cadernos. — Me ajuda a procurar um texto com as palavras Berry, Cherry, menta e Eliza.

— Já olhou o tamanho dessa caixa? Você nunca vai achar.

— Obrigada pela motivação.

  Luan pegou um dos cadernos sem questionar meu comportamento estranho.

— O que é — tentou decifrar minha letra. — F.Q.F.?

— Falta do que fazer.

— Droga! Pensei que fosse um diário.

  Luan e eu ficámos algum tempo em silêncio. Eu procurava desesperada pelo folha com o texto que usei para banir Alastor e meu amigo se divertia com as baboseiras que escrevi sobre garotos e professores.

— Alastor nunca gostou de café e balas de mente — leu uma frase solta.

  Minha mente vibrou de forma animada, Luan havia achado. Arranquei a folha do caderno antes que ele pudesse ler mais alguma coisa, corri em direção a cozinha e coloquei fogo no maldito papel.

— Você nunca mais vai voltar — esbravejei vendo as chamas consumirem a folha.

  Luan apareceu na cozinha, fazendo-me várias perguntas sobre meu comportamento.

— Isso era tipo um contrato, sabe? Algo que fiz pra manter uma coisa longe de mim. Coisa de criança.

— Se era para manter longe, então por que queimou?

— Como assim?

— Se você queima um contrato você está destruindo o que foi combinado.

— O que quer dizer...

— Se isso era o que te protegia contra essa "coisa" nada mais impede ela de chegar perto de você.

  Ri nervosa. O que eu tinha feito?

— Eu não tenho com o que me preocupar, era coisa de criança.

  Luan, mesmo que desconfiado, aceitou esquecer o assunto e continuou falando dos seus planos para conquistar Leia.


  As pessoas costumam falar que a maior defesa que existe contra espíritos, demônios ou qualquer coisa sobrenatural é não acreditar. Eu não acredito, logo, não existe.

  Mas eu acreditava em Alastor, acreditava que ele era real.

  Alastor existia. Alastor me amava. Alastor iria voltar.


Acabou!! Espero que tenham gostado.
  Esse capítulo existe mais para desfazer o que a Tina fez no 7°, inicialmente esse capítulo seria a primeira aparição do Alastor na vida real, mas eu acabei colocando isso no 3° (alguma coisa deu muito errado)
  Lembram quando eu falei que a história estava com a base pronta e só faltavam os flashbacks? Então, as coisas desandaram muito do planejamento inicial, e no final eu não tinha nem base e nem os flashbacks escritos.
  Fazer o quê, coisas do ofício, eu acho. Até o próximo capítulo, fiquem todos quietinhos em casa até segunda ordem e beijinhos caramelados

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