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Sorrisos

 O tempo havia começado a clarear quando Alícia e eu entramos sem fazer barulho, assim que chegamos na sala nos deparamos com Mila e Julian dormindo serenamente na cama improvisada enquanto Lila permanecia enroscada nas cobertas do chão, como se lesse meus pensamentos vi a humana segurar a pequena coelha nos braços para logo em seguida aconchega-la próximo aos pais, depois de um tempo observando a cena subimos as escadas em direção ao quarto nos largando novamente na cama sem dizer uma única palavra. Eu ainda me sentia estranho por todos os acontecimentos recentes, era como se estivesse vivendo um sonho na qual eu tinha medo de acordar porém, não demorou muito para que eu fosse puxado de volta ao reino dos sonhos.

...

Era uma manhã tranquila, o oceano de nuvens douradas tingia a paisagem enquanto eu andava pelos corredores brancos da última torre do palácio, do lado de fora os estandartes de ouro brilhavam enquanto as bandeiras com o brasão dos grifos balançava com o vento.

—É uma bela manhã não acha?

Do meu lado a jovem de olhos verdes admirava o horizonte pelos grandes vitrais, as longas asas castanhas arrastando pelo chão junto do vestido colorido.

—Assim como todas as outras — respondi me concentrando no caminho.

—Hmn, acho que vou dar um passeio pelos ares mais tarde — suas íris brilharam — Quer vir comigo Diel?!

—Claro.

—Isso!Te vejo mais tarde então!

Vi minha irmã se distanciar com um sorriso no rosto pouco antes da sua imagem se distorcer em uma careta de dor e desespero junto a vários olhares vazios que nos rodeavam a beira do grande oceano de nuvens.

—Amenadiel!

Sentia minhas costas doerem e as forças do meu corpo se esvairem enquanto olhava para a queda iminente.

Me desculpe Galadriel...

—AMENADIEL!

...

Acordei com o peito ofegante sem saber onde estava, ao meu redor os móveis não passavam de borrões disforme enquanto eu esfregava os olhos fazendo com que as coisas voltassem ao normal.

Foi só um sonho...

Pensei me sentando no meio da cama vazia, Alícia não estava mais ali, provavelmente já tinha descido para ajudar Mila com os afazeres da casa. Do lado de fora o sol brilhava alto no céu, havia conseguido dormir até tarde, em tempos antigos isso seria algo inimaginável para mim mas que agora havia se tornado comum. Sem pressa estiquei meu corpo para fora da cama no mesmo instante que algumas batidas soaram na porta.

—Sim?

—Sou eu, posso entrar?

—Claro.

Assim que Alícia entrou fiquei um tempo parado a observando; todos os acontecimentos recentes ainda passavam como raios pela minha cabeça.

—Algum problema? — perguntei tentando mudar o rumo dos meus pensamentos.

—Eu estava preocupada porque você ainda não tinha descido...

Suas mãos estavam escondidas nos bolsos do vestido enquanto o corpo balançava de um lado para o outro suavemente, é claro que Alícia também estava pensando no que aconteceu e principalmente na situação em que nos encontrávamos agora. Com o constrangimento pairando no ar limpei a garganta quebrando o silencio.

—Perdi a noção do tempo — falei tentando esconder meu nervosismo — E Mila?Como ela está?

—Ela está bem, até me pediu ajuda para fazer as tortas de maça para vender na cidade, ah é!Julian também perguntou se você poderia dar uma mãozinha na colheita.

—É claro, eu já desço para falar com ele.

—Tudo bem então.

Vi Alícia me dar as costas prestes a sair quando ela se virou novamente com um sorriso doce e suave nos lábios.

—Alias, eu estou muito feliz por ontem.

Sem dizer mais nada ela saiu deixando para trás o rastro do seu perfume.

—Vamos lá Amenadiel — ouvi minha voz ecoar no cômodo silencioso enquanto meus lábios se curvavam em um sorriso — O dia só começou.

Animado desci as escadas de dois em dois degraus até chegar na sala onde os sofás haviam retornado aos seus lugares, no entanto, Mila continuava em um dos móveis enquanto Julian e as crianças a rodeavam atentos. Assim que me viram vários olhares curiosos caíram sobre a minha pessoa junto do sorriso gentil da mulher coelha.

—Bom dia Amenadiel!Alícia foi atrás de você agorinha.

—Bom dia Mila, acabei de falar com ela, mas e você, como se sente?

—Um pouco cansada mas bem.

—Fico feliz em saber.

—Mesmo?Bem que você parece realmente mais alegre hoje — seus olhos se direcionaram a cozinha — E não é o único.

Sem saber ao certo o que dizer levei uma das mãos a cabeça até que uma voz familiar surgiu do topo das escadas.

Mestre!O senhor finalmente acordou! — o pequeno finger saltou do degrau onde estava até o meu ombro — Está tudo bem?

—Sim Dexter, e como foi a noite com as crianças?

Seus olhos vermelhos passearam sobre a imagens dos pequenos coelhos que ainda nos observavam atentos.

Ótima!O que me faz lembrar que...

O Gouli saltou do meu ombro até uma das vigas de madeira ficando no alcance da visão de todos.

—O campeonato de pique-esconde começa agora!

No mesmo instante vários gritos de alegria surgiram preenchendo o cômodo.

—Vamos competidores!Sigam o Dexter!

Tanto o casal de coelhos quanto eu observamos o pequeno Finger descer por uma das pilastras de madeira e correr em direção a cozinha seguido de uma fila de crianças que não paravam de gritar, no caminho uma delas acabou esbarrando com Alícia que vinha na direção contraria mas o garotinho estava tão enérgico que mal notou a bandeja nas mãos da humana balançar por algumas vezes.

—Deniel!

—Está tudo bem Mila! — Alícia passou pela pequena multidão até chegar onde estávamos — Aqui!Tome isso, vai te ajudar a se sentir melhor!

Devagar as mãos da humana estenderam uma bebida fumegante para a coelha que aceitou de bom grado.

—Obrigada querida, e me desculpe mais vez pelo pedido...

—Imagina!Vou adorar aprender a fazer suas tortas!

—Podemos começar daqui a pouco então?

—Claro!

Com um sorriso tímido Mila levou o copo até os lábios me lembrando da pergunta que Alícia fez alguns minutos atrás.

—Se precisarem da minha ajuda também estou a disposição.

—É muito bom ouvir isso — Julian se aproximou tocando meu ombro — Estou indo pegar algumas maçãs, se puder ajudar serei grato.

—Sem problemas.

—Mas só depois de comer! — a voz de Alícia ecoou pela sala — Como você demorou para acordar deixei seu café da manhã separado na mesa da cozinha.

Vi um fio de ar autoritário passar pelos olhos castanhos da humana me arrancando um longo suspiro.

—Bom, eu vou estar no pomar, me encontre lá depois Amenadiel.

Julian me lançou um breve sorriso antes de se despedir de Mila com um beijo demorado, inconscientemente observar aquela cena fez com que algumas lembranças da noite anterior passassem pela minha cabeça.

—Qualquer coisa não exite em me chamar.

—Pode deixar meu amor.

Assim que o coelho saiu deixando nós três a sós encarei a humana que continuava com seu olhar irredutível.

—Ok, já estou indo...

...

Fazer o desjejum ao lado de Alícia foi algo difícil, assim que me sentei a mesa ela veio logo atrás com a desculpa de arrumar os utensílios para Mila lhe ensinar fazer as tortas porém, desde que chegou não vi sequer uma colher ser retirada da gaveta, ao invés disso a humana puxou uma das cadeiras ficando frente a frente comigo em um silencio incomodo.

—O que foi? — perguntei antes de enlouquecer.

—Nada...

Arqueei uma das sobrancelhas esperando que ela continuasse.

—Tá bom...

Ouvi um longo suspiro.

—Eu só fiquei surpresa.

—Com o quê?

—Você ter aceitado ajudar o Julian com a colheita, ainda mais sem reclamar, normalmente você costuma dizer "não é um problema meu" e vai embora.

Ao ouvir aquilo me dei conta de que realmente havia sido uma atitude incomum da minha parte.

—Só achei que devia — respondi sem ter convicção do que estava falando.

—De qualquer forma eu fico bem feliz com isso!

Mais uma vez Alícia sorriu, um sorriso que me fez largar um pedaço de bolo a alguns centímetros no ar para observa-la. 

—Bom, e quando você pretende ir embora?

Dessa vez não pude conter minha surpresa ao ouvir as palavras que saíram da sua boca.

—Ué?Falei algo de errado?

—Não.

—Então por que essa cara?

—É a minha cara de surpresa por ter ouvido essa pergunta tão inesperada — larguei o bolo sobre o pires — Querer ir embora? Normalmente você implora para ficar.

—Bom — ela fez uma pausa — É que você vive falando que está sempre com pressa e tem algo muito importante para fazer, então eu pensei que logo iríamos embora logo...

Sem que eu me dessa conta estava de volta ao meu passado lembrando das motivações que me trouxeram até ali, na vingança que jurei e, principalmente, na bagunça que tudo havia se transformado. Eu tinha um foco, uma meta a cumprir em que anos nada havia me desviado a atenção mas agora um imprevisto havia mudado tudo, um imprevisto que estava sentado a minha frente com um olhar caloroso e compreensível direcionado a minha pessoa.

—Sabe, para ser sincera, eu não quero ir embora...

Vi suas costas se largarem no encosto da cadeira enquanto seus olhos se perdiam na paisagem que vista pela janela mais se parecia com uma pintura.

—Esse lugar é incrível, Mila e Julian são gentis e eu adoro as crianças...

Incapaz de desviar minha atenção continuei observando atento a bela jovem despreocupada até que nossos olhos se encontrassem.

—Eu viveria tranquilamente aqui Amenadiel, e pelos dias que passamos juntos eu sei que você não me impediria de ficar.

Uma sensação dolorosa se contorcia dentro do meu peito. Alícia tinha razão, se ela quisesse morar aqui eu não a impediria, mesmo que eu duvidasse ser capaz de aceitar isso com a mesma tranquilidade de antes.

—Mas sabe...

Senti meu desconforto congelar quando, mais uma vez, um sorriso doce moldou seus lábios.

—Eu não ficaria se você não ficasse, afinal de contas...

Por alguns segundos senti o mundo parar ao meu redor.

—Estamos juntos agora...

Abri minha boca mas nenhuma palavra saiu.

De corpo e alma.

Alícia...

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