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30

"...Não foi graças a mim, e sim a ela."

°°°

Como já era de costume outra vez me encontrava banhado pela escuridão.

O que aconteceu?

Por mais que eu puxasse na memória nada me vinha a mente.

Estranho...

Sentia meu corpo flutuar, a sensação era estranha mas confortável.

Eu poderia ficar por aqui.

Fechei os olhos deixando-me acolher pelo vazio.

Sim, eu simplesmente deveria ficar por aqui...

Meu corpo adormecia aos poucos, como se tudo sumisse em meio aquele vazio.

—Amenadiel.

An?

Amenadiel, dormindo outra vez?

Uma voz doce falava comigo. Mansa, suave e calorosa.

Mãe?

Tentei abrir os olhos mas não consegui. Estava cansado. Cansado de mais para fazer alguma coisa.

Você tem feito uma longa jornada...

Como se todo o vazio se dissipasse senti o toque quente de uma mão acariciar meu cabelo.

Deve estar exausto.

Deixei-me envolver pela nova sensação sentindo um estranho aperto no peito.

—Mãe...

Sinto tanto a sua falta...

Queria poder me mexer, abrir logo os olhos e dizer com todas as palavras que sentia muito, que a queria de volta, mas não consegui, meu corpo não me obedecia, simplesmente aceitei as carícias aproveitando aquele momento.

Eu só não entendo uma coisa...

Seu toque era delicado.

Por que continua procurando aquilo que já encontrou?

Em segundos suas carícias pararam, no mesmo instante senti aquele vazio retornar até que uma nova fonte de calor surgiu.

O que é isso?

Não era como o toque da minha mãe. Não. Esse era mais forte, mais quente, mais real.

E esse cheiro...

Suave, leve, doce.

Igual ao da...

°°°

—Alícia...

Acordei com minha própria voz estranhando o som rouco que saiu da minha garganta.

O que aconteceu?

Tentei me mover mas em vão, meu corpo todo doía e o máximo que consegui fazer foi abrir os olhos.

—Mestre!Mestre!

Olhei em direção a voz do meu Gouli, sua figura não passava de um borrão.

—Dexter?

O senhor está bem mestre?Como está se sentindo?

Com muito esforço consegui virar minha cabeça, ainda enxergava borrões mas consegui discernir as paredes irregulares a minha volta.

—Dolorido — respondi — Muito dolorido.

Tente não se mexer muito mestre.

Nem se eu quisesse.

—Me diga Dexter — senti uma forte fisgada na minha coluna — O que aconteceu?

O senhor não se lembra?

Tentei puxar na memória mas nada.

Estavamos em Mavi, aquelas nuvens escuras apareceram no céu, Alícia caindo, o senhor correndo para nós proteger...

Com seu relato algumas lembranças vagas começaram a surgir e quando finalmente tudo voltou senti o mesmo medo de antes percorrer o meu corpo.

Alícia!

Já estava prestes a juntar minhas forças para levantar e procurar por ela quando uma mão quente apertou meu braço. Assim que olhei para o lado vi a figura pequena e frágil da humana acomodada perto de mim, seus olhos estavam fechados, a boca entre aberta onde um pequeno silvo de ar passava pelos dentes. Alícia parecia presa em um sono pesado e profundo.

Então você está aí...

Senti um grande alívio tomar conta de mim, era como se tirasse um peso das costas.

Que bom que está bem.

O calor da sua mão ultrapassava o fino tecido da minha camisa chegando até minha pele. A sensação era inebriante. Sem me conter levantei minha mão livre acariciando seu rosto. Alícia não se mexeu mas percebi seu semblante se suavizar assim que a toquei.

Ela não saiu de perto do senhor desde que chegamos mestre...

Ouvia a voz de Dexter mas não conseguia tirar minha atenção da garota ao meu lado.

Alícia ficou noites em claro e parece que só agora conseguiu dormir.

Ainda observei a humana por longos segundos antes de me voltar para o pequeno Finger.

—Noites?

Sim mestre.

A quanto tempo eu estive dormindo.

—Seis dias e cinco noites.

Levei um susto com a voz baixa que surgiu de algum lugar entre aquelas paredes.

—Peço desculpas, não queria assusta-lo Amenadiel.

Uma figura coberta por um manto branco e sujo se colocou na minha frente, não conseguia ver seu rosto mas pela voz julgaria ser uma mulher.

—Como está se sentindo?

Ainda a encarei por alguns segundos antes de responder.

—Dolorido.

—Entendo, mas isso não é nada para quem segurou um ataque direto do quinto espírito.

—Eu gostaria de me lembrar disso...

Mas a única coisa que me recordava era do desespero e meu corpo agindo por puro impulso.

—Tenho certeza que essa pequena lhe contará tudo — a figura de capuz mirou Alícia — Me parece que ela também passou por uma situação emocionante — novamente ela se voltou para mim — Até mais do que a sua.

Mais do que a minha?

Dessa vez fui eu que encarei Alícia.

Será que ela também foi atingida?

Procurei por algum resquícios de machucado ou hematoma, no entanto, não encontrei nada, exceto um estranho colar com uma pedra translúcida pendurada em seu pescoço.

O que é isso?

Dentro da pedra, uma luz viva brilhava como se dançasse em uma espécie de sela de vidro, olhando com mais atenção percebi que aquela luz era idêntica as que caiam das nuvens escuras.

Também fiquei surpreso mestre.

A voz de Dexter me tirou a atenção do objeto.

Mas garanto que isso não é nada perto do que aconteceu...

Seus olhos vermelhos tinham um brilho intenso, como se tivessem presenciado algo que jamais esqueceria.

—Confesso que agora estou curioso para saber o que aconteceu.

Olhei mais uma vez para Alícia que havia se movido virando o corpo de bruço.

—Vai ter tempo para isso mas, por hora descanse, se o corpo está dolorido então ainda não se recuperou totalmente e...

Enquanto ela falava me movi ligeiramente até ficar de pé. Confesso que ainda sentia dor mas aquilo não era nada comparado ao dia que fui jogado aqui em baixo.

—Surpreendente...

Sua voz transmitia admiração.

—Eu estou bem.

—Ouvi falar que os grifos eram resistentes, só não imaginei o quanto...

Grifos?

Olhei para Dexter que simplesmente abaixou a cabeça.

Então você contou...

—Não culpe o pequeno Finger, ele estava preocupado com você, e além do mais, fui eu que insisti em saber sobre sua espécie.

—E por que isso?

—Para saber a melhor maneira de te ajudar, afinal de contas...

Suas mãos se ergueram em direção ao capuz, não tinha reparado antes mas sua pele tinha um forte tom laranja com algumas listras amarelas, quando finalmente revelou seu rosto um par de antenas também laranjas se ergueram na cabeça em meio ao longo cabelo azul. Sua figura colorida era um contraste gritante com a roupa de coloração apagada que usava.

—Me chamo Nafila, sou uma Silft.

Ah sim, isso explica muitas coisas.

—Silft? — encarei seus olhos escuros — Uma aprendiz imagino.

Silfts eram uma espécie conhecida por seus meios medicinais, era raro encontrar um deles já que a maioria sempre viajava o mundo em busca de novos matérias de estudo para suas poções.

Vagamente me lembrei do dia em que meu pai cogitou chamar um ancião Silft para ensinar um pouco da nova medicina aos curandeiros do reino.

—Minha aparência entregou? — ela riu — Sim, ainda sou jovem para ser reconhecida como uma verdadeira curandeira mas até lá vou aprendendo um pouco a cada dia — seus olhos ainda me fitavam com admiração — E veja só as situações inusitadas que acabo me metendo.

—Situações inusitadas tem se tornado comuns para mim...

Caminhei até um pequeno banco de pedra me acomodando, mesmo que eu negasse meu corpo ainda doía.

—E uma delas é como vim parar aqui se estava no meio de uma planície quase que desértica.

—Essa é fácil de responder — a jovem Silft encarou Alícia antes de se voltar para mim — Eu estava andando por uma das regiões de Mavi quando ouvi fortes estrondos, no começo achei prudente não me aproximar mas alguma coisa me dizia o contrário — a ouvi respirar fundo — Quando decidi ir ver o que era sua companheira apareceu com um olhar assustado e totalmente desesperada dizendo que precisava de ajuda...

Dessa vez fui eu que olhei para Alícia.

A humana não é minha companheira.

—Então ela me levou até você, e pelo seu estado imaginei que não havia mais nada a ser feito.

—Mas no final conseguiu fazer algo.

—Eu só o trouxe para cá — um sorriso leve se moldou em seus lábios vermelhos — Sua cura e recuperação não foi graças a mim, e sim a ela.

Surpreso com aquelas palavras desviei minha atenção de Alícia para a Silft esperando algum tipo de brincadeira, no entanto, seu olhar era sério de mais para ter sido apenas uma piada.

Alícia me curou?

—Mas como? — minha voz era um sussurro descrente.

Alícia fez algo incrível mestre...

Ouvi as patas de Dexter subirem na mesa ao meu lado.

Foi inacreditável...

Seus olhos miúdos ainda continuavam com aquele brilho estranho.

—O que foi que Alícia fez Dexter? — senti a expectativa na minha voz.

Ele por sua vez não respondeu de imediato, fechou os olhos vermelhos por longos e longos segundos, como se revivesse tudo outra vez, mas quando voltou a abri-los senti um estranho formigamento percorrer todo o meu corpo.

Alícia confrontou o Quinto espírito.

—O quê? — indaguei surpreso — Alícia confrontou o Quinto?

Meu Gouli não respondeu mas seu olhar dizia tudo.

Alícia e o Quinto espírito?

Olhei para a humana totalmente incrédulo.

Impossível...

Foi então que seu corpo sonolento se virou. Com o dorso para cima pude ver com clareza a alva pele do seu pescoço e principalmente a pedra translúcida que pendia nele. O forte brilho continuava emanando dali como se estivesse vivo.

Foi então que percebi que aquela história era mais real do que parecia ser.












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