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26

Lier e as notícias do submundo

...

Conforme eu descia as escadas o cheiro do incenso se tornava cada vez mais insuportável.

E pensar que vivi em um lugar como esse...

A madeira sob meus pés rangia com estalos baixos, se o ambiente fosse silencioso qualquer um além do lance de escadas me ouviria chegar mas, o que acontecia no quarto roxo ficava longe de ser algo silencioso.

Quanto mais me aproximava mais alto os sons ficavam, assim que meus pés se firmaram no chão de pedras soube que havia chegado, bem a frente, uma cortina de véus roxos me dava as boas vindas. Com os sentidos aguçados afastei os tecidos até estar do lado de dentro.

Pelos céus...

O quarto roxo não era nada mais do que o ambiente VIP de prostituição, dezenas de mulheres nuas com orelhas e rabo de gato prestavam seus serviços aos clientes especiais dali, por sorte, mais daqueles véus se espalhavam pelo amplo cômodo redondo ocultando tanto a mim quanto as cenas que rolavam ao meu redor.

Onde aquele canalha está?

Tentei farejar seu cheiro mas meu nariz ardia com o forte incenso e a fraca luz também roxa dos cristais da parede não ajudavam em nada. Droga! Internamente estremeci só de imaginar quantas cenas lamentáveis eu teria que ver até achar aquele maldito. Você precisa de respostas Amenadiel.

Estiquei minha mão prestes a afastar uma das cortinas quando uma garota passou por mim desnorteada, para alguns aquele odor poderia ser calmante ou incômodo já para outros era um perfeito alucinógeno e a jovem na minha frente parecia estar sentindo os efeitos do incenso.

Ei bonitão — Sua voz era mansa e embolada — Também veio se divertir?

Em outros tempos eu teria cedido a uma transa fácil mas meu objetivo ali era outro e, por algum motivo, nem mesmo o corpo nu dela me cativava, era como se o encanto do prazer carnal tivesse se perdido em algum lugar dentro de mim abrindo espaço para outra coisa. Ou outra pessoa. Mas eu ainda podia me aproveitar daquela situação.

Com a ponta dos dedos acaricie o rosto dela sentindo suas mãos tocarem meu corpo.

Me diga — sussurrei sem tirar os olhos da sua boca entre aberta — Onde está o irmão da sua senhora?

A gata sorriu, tentou ficar na ponta dos pés para alcançar minha boca mas acabei me afastando a tempo.

Primeiro me responda...

Passei meus dedos pela sua nuca puxando os fios ondulados do cabelo para trás até que seu rosto estivesse inclinado na minha direção. Com a boca aberta ela parecia implorar para que eu a possuísse.

Onde está Lier?

Com a mão trêmula ela apontou na direção de uma redoma de tecidos, muito maior do que as outras.

Eu devia ter imaginado.

Obrigado.

Com um sorriso doce passei os dedos delicadamente em seus lábios antes de trocar de lugar com outra garota que também parecia desnorteada. As duas se olharam por alguns segundos antes de começarem a se agarrar ali mesmo.

Divirtam-se...

Deixei as mulheres para trás ignorando os sons ao meu redor enquanto avançava até o fundo do quarto roxo, assim que fiquei a um metro de distância da grande redoma pude sentir o odor repugnante daquele traste. Quando me aproximei o suficiente para afastar algumas das cortinas ouvi uma voz soberba ecoar alto do outro lado.

—Sinto muito querida mas a cama já está cheia!Se quiser uma noite de prazeres com o Grande Lier vai ter que esperar um pouco.

Meu sangue ferveu.

—Se ousar me chamar de querida mais uma vez...

Com minhas garras a mostra rasguei o resto das cortinas sem conseguir me controlar.

—Juro que ignoro a promessa que fiz a sua irmã e desmembro seu corpo aqui mesmo!

—A.amenadiel?!

Com o espanto nítido em seus olhos o jovem rapaz de cabelo laranja e orelhas de gato se afastou do centro da cama até grudar as costas na parede. Todas as garotas que estavam no leito nos encaravam sem entender nada mas, cientes da situação se levantaram e saíram em completo silêncio. Ótimo. Agora podia me focar apenas naquele maldito.

—O que você faz aqui?!Pensei que estivesse morto!Ela foi atrás de você e...

—Para sua infelicidade estou bem vivo e vim cobrar a divida que me deve.

A passos lentos me aproximei da cama vendo-o se encolher cada vez mais. Uma postura lamentável para quem estava se gabando até agora de "O Grande".

—Calma Amenadiel...

—Isso só vai depender de você — como aviso desembaiei minha espada — Tenho algumas perguntas para fazer.

—O q.que quer saber?

—O submundo...

Lier riu.

—Eu não tenho mais assuntos com-

—Não me interrompa! — alertei — E mentir só vai piorar a situação, sabe muito bem disso!

Engolindo em seco ele se calou, mesmo na iluminação roxa pude ver seu rosto perder a cor.

—O submundo — continuei — Quero notícias de lá, e não me venha dizer que não se envolve mais com a sujeira daquele lugar por que eu sei que tem capangas a espreita por todo canto — me sentei na ponta da cama fixando meus olhos nos dele — E não ouse mentir para mim ou eu corto suas orelhas e entrego de presente para sua irmã.

—Está bem!Está bem! — Lier tremia — Agora por favor abaixe isso...

Ainda receoso segurei firme o cabo da espada embainhando-a novamente.

—Comece...

—Bom...que tipo de notícias quer saber?Muitas coisas acontecem naquele lugar.

—Tudo.

—A noite não é tão longa Amenadiel...

—Muito menos minha paciência.

Como se percebesse a real situação em que estava Lier respirou fundo ajeitando-se na cama tentando em vão cobrir sua nudez com o fino lençol que estava ali.

—Ok... ultimamente algumas coisas estranhas realmente vem acontecendo por lá.

—Continue.

Mandão como sempre... — o ouvi resmungar — Algumas encomendas perigosas andam saindo de lá com destinos incertos, alguns dos meus homens até tentaram descobrir os destinatários mas os entregadores sempre sumiam sem deixar rastro.

—Por acaso uma dessas encomendas eram parasitas?

—Como sabe disso?

Lier parecia surpreso.

—Tive um encontro desagradável — me limitei a responder — Alguma informações de quem fez essas encomendas?

—Como eu disse antes é impossível seguir os entregadores mas, segundo alguns rumores, certas harpias estariam envolvidas nisso.

—Impossível, elas jamais desceram das montanhas.

—Foi o que eu pensei, então mandei alguns subordinados até lá e adivinha... — seus olhos brilhavam na penumbra — Todas elas haviam sumido.

Ouvir aquilo fez um estranho arrepio percorrer minhas costas. As Harpias eram as únicas que viviam próximo das poucas entradas secretas de Gryfield. Nossas espécies nunca se deram bem mas, seus instintos protetores de atacar qualquer um que se aproximasse do topo das montanhas era proveitoso para o meu povo. No entanto, se todas elas sumissem teríamos um grande problema.

Mas algo assim seria impossível...

—Ficou pensativo não é mesmo? — Lier sorriu — Eu sei como é, quebrei a cabeça por longos dias tentando resolver esse mistério.

—E o que descobriu?

—Nada.

Sua resposta era desanimadora e irritante.

—Mas, tinha algo curioso no topo das montanhas — ele se espichou como um gato preguiçoso — Não sei dizer exatamente o que, até por que nenhum dos meus homens sabia explicar, a única coisa que diziam era monstros, e morte.

—Não me parece típico dos seus subordinados.

—Realmente é muito estranho, quando fiz as perguntas nenhum falava nada com nada, era como se estivessem sob algum feitiço muito poderoso.

—Não tentou voltar ao submundo para conseguir mais informações?

Dessa vez um sorriso presunçoso se formou naquela cara lavada.

É claro que ele voltou...

—Pare de sorrir e me diga logo o que mais conseguiu.

—Gentil como sempre Amenadiel, sabe, se continuar assim nenhuma mulher vai te querer...

Com a paciência no limite puxei novamente minha espada colocando-a sobre seu pescoço.

—É melhor falar enquanto pode.

—Ok, ok, não está mais aqui quem falou — com um dedo trêmulo ele afastou a lâmina — Quando meus homens voltaram ao submundo encontraram o mesmo de antes, apenas mais encomendas, os parasitas que você falou estavam entre elas mas, o que mais me surpreendeu, e acredite, vai te surpreender também, era quem estava lá.

—Pare de enrolar e vá direto ao ponto!

Abrindo mais ainda os olhos vi suas pupilas se dilatarem até que estivessem totalmente negras. No fundo daquela escuridão, em uma imagem dispersa, um homem alto de cabelos castanhos estava de pé, usava uma longa capa negra mas nem mesmo todo o tecido conseguia ocultar o imenso par de asas em suas costas, no entanto, o que me deixou sem ar foi a imagem do que uma das criaturas horrendas do submundo entregava a ele. Dois pares de asas. Uma de plumas brancas e macias enquanto a outra cintilava na cor do mais puro bronze.

Minhas asas!

Por um momento meu mundo girou. Era certo que aquele homem de capa negra era meu irmão, jamais me esqueceria da sua silhueta.

Mas o que ele fazia no submundo?

Tanto ele quanto qualquer outro grifo repudiava aquele lugar.E o mais importante, por que diabos Galadiel estava com as minhas asas?!

Tantos anos de busca para no final elas caírem justamente nas mãos dele?!

—Surpreso?

—Cale a boca!

Minha cabeça doía com tanta informação. O que eu faço agora?

—Confesso que demorei um bom tempo para acreditar mas, vejo que você não demorou tanto, não é mesmo, velho amigo?

—Já falei para calar a boca!

Eu precisava pensar, e a última coisa que queria no momento era ouvir a ladainha barata daquele maldito.

—Ah é!Tem mais uma coisa que eu já ia esquecendo de contar...

Sem nem um pingo de paciência o encarei com a fúria transbordando em meus olhos. No entanto, com toda a tranquilidade do mundo Lier se virou balançando a calda felpuda de um lado para o outro, sabia que aquilo era uma provocação para me tirar mais ainda do sério. 

—Um dos meus subordinados encontrou um salteador no meio do caminho, sozinho e muito, muito assustado — ele fez uma pausa — Curioso não acha?

Como se levasse um banho de água fria senti meu sangue gelar ouvindo aquilo.

—Pelo que parece ele e seus comparsas foram atacados por alguém muito forte e muito rápido, alguém protegendo uma humana — seus olhos estreitos me encararam com desdém — Pelas descrições era impossível não lembrar de você.

Meu corpo estava rígido, primeiro a notícia de que minhas asas estavam nas mãos do meu irmão, e agora isso.

—Me diga velho amigo — seus olhos de gato pareciam sondar minha alma — Você não estaria protegendo uma humana?Estaria?

Droga.
















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