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25

Ogamar e a taverna Gato Preto

...

Minha conversa com Ada foi longa, a velha ninfa tentava me convencer de que ir atrás de informações naquela cidade seria perigoso além de um grande erro.

Se ela soubesse...

No final das contas concordamos que não havia opção melhor para se conseguir as respostas que tanto queríamos.

—Irei o quanto antes, só peço que por favor fique de olho em Alícia por mim.

—Não vai avisar sua amiga?

A ideia até se passou pela minha cabeça mas imaginei que a humana encheria o meu saco para ir junto, e aquele lugar definitivamente não é para alguém como ela.

—Não, é melhor assim.

Sem dizer nada a pequena senhora me lançou um doce e breve olhar antes que suas mãos me estendessem uma pequena bolsa com algumas peças de bronze.

—Não posso aceitar...

—Talvez você precise, o povo daquela cidade não faz nada de graça, muito menos dar informações.

—Eu sei, mas tenho meus meios.

—Isso inclui garras afiadas e ameaças?

—Ok... agora você me pegou — guardei a pequena bolsa dentro do manto negro — Obrigado Ada.

—Não precisa me agradecer.

—Preciso sim, e muito mas, no momento acho melhor eu ir logo para aquela cidade, por favor avise a Alícia e Dexter que demorarei um pouco para voltar.

—Não vai levar sequer seu Gouli?

—Prefiro que ele tome conta da garota — sorri tentando acalmar sua preocupação —Eu sei me cuidar.

—Sua espécie pode até ser forte mas não é imortal Amenadiel, e não se esqueça que sem suas asas não conseguirá usar magia.

—Eu sei Ada, eu sei — afastei uma memória nebulosa — Mas já passei por muitas situações difíceis e ainda continuo inteiro, bom, pelo menos em parte.

Me aproximei da pequena anciã que mantinha um olhar triste. Em um gesto simples acaricie seus ombros.

—Você me lembra minha mãe sabia?

—Oras!Imagina!Sua mãe era uma rainha, esbelta, doce e muito sabia!

—Sim, ela era... mas minha mãe também tinha um enorme cuidado comigo assim como o que você está tendo agora. Mesmo que só tenhamos nos visto uma única vez naquele Palácio você zela por mim como se eu fosse seu filho Ada.

Finalmente a vi sorrir.

—É por que eu ainda enxergo aquele menino tímido que me olhou com fascínio na primeira vez que me viu.

Suas mãos foram até minha cabeça fazendo com que eu me inclinasse.

—A partir daquele dia você se tornou parte da minha família Amenadiel.

—Obrigado Ada — coloquei minhas mãos sobre as dela — Muito obrigado mesmo...

Ainda fiquei um tempo junto da anciã, apenas absorvendo seu afeto e carinho mas, como eu ainda tinha uma nova missão pela frente, me despedi tomando os corredores tortuosos da gigantesca árvore mãe até sentir o vento frio que vinha da floresta açoitar o meu rosto.

Minha saída se deu em meio às grossas raízes que saltavam da terra como gigantescas cobras, o emaranhado era tanto que ver qualquer passagem para dentro da árvore era impossível, ainda mais com a magia de Yskhar que a ocultava de tudo e todos.

Só espero conseguir voltar...

Ao meu redor árvores secas e retorcidas se estendiam até o céu cinzento. Por precaução e experiência própria desembanhei minha espada enquanto caminhava pela trilha de cascalho que serpenteava a floresta.

Troncos e mais troncos rodeavam meu campo de visão, todos vermelhos, tortos e espinhentos, volta e meia alguns corpos também apareciam, a maioria pregados nas árvores de maneira brutal e horrenda. Conforme mais deles surgiam eu me convencia mais e mais de ter tomado a decisão certa em não ter trazido Alícia. Só espero que ela não faça nenhuma idiotice enquanto eu estiver fora. No máximo encheria Ada e as outras ninfas de perguntas. Com esse pensamento em mente continuei andando até que a floresta vermelha e espinhosa começasse a sumir. Quando me dei conta uma fina neblina cobria meus pés na medida em que estranhos telhados pontudos ganhavam forma bem a minha frente. Não demorou muito para que uma placa de madeira vermelha e parcialmente destruída surgisse me dando as boas vindas a Ogamar "A cidade das bruxas". Um pouco aliviado, mas não menos calmo, guardei minha espada sob o manto e avancei cada vez mais em direção ao centro daquele lugar tenebroso.

Como da última vez em que estive aqui as ruas, casas e pessoas pareciam continuar as mesmas.

Restos de corpos se empilhavam nas sargetas enquanto alguns orcs bêbados mantinham-se caídos e inconscientes nas vielas. Criaturas de mantos tão negros quanto o meu iam e viam espiando por de trás das trevas do capuz que cobriam seus rostos. O anonimato era mais que essencial por aqui.

"Se não sabem quem você é então também não sabem quais são os seus crimes."

Foi a primeira lição que tomei ao pisar meus pés nesse lugar.
Em um gesto inconsciente puxei mais ainda meu capuz sobre o rosto antes de continuar.

Agachados nas encruzilhadas alguns gnomos de olhos negros me observavam cruzar a rua, seus dentes afiados se escancararam na minha direção mas bastou eu fazer o mesmo para que eles logo desistissem de mim. Aqui se faz a lei do mais forte. E felizmente eu era forte, forte o suficiente para ser deixado em paz pela maioria.

Quanto mais eu avançava mais barulhenta a cidade ficava e em poucos metros eu já conseguia vizualizar meu objetivo. Na terceira esquina, em frente a um grupo de esqueletos uma placa de ferro flutuava com a imagem de um gato de olhos amarelos, bem a baixo as inscrições em letras que mais se pareciam com arranhões diziam:

Taverna Gato Preto

Um brilho vermelho e tênue surgia por entre as frestas das cortinas mas nem mesmo as grossas paredes de pedra cinzenta eram capazes de silenciar o som que ecoava alto lá de dentro.

Vamos lá Amenadiel...

Parei em frente a porta repensando se valia mesmo a pena continuar.

Não tem outro jeito.

Segurei firme o ferrolho de bronze.

Não se eu realmente quiser informações com aquele canalha.

A porta se abriu em um rangido agudo, a luz vermelha atingiu meus olhos junto ao forte cheiro de incenso que emanava dali, depois de alguns segundos meus olhos se acostumaram com a estranha claridade do ambiente mas internamente praguejei contra aquilo. Há momentos em que seria bom ser cego. E aquele era um desses raros momentos.

A taverna era ampla com paredes de pedras e chão de madeira, mesas e mais mesas se espalhavam por ali assim como as várias mulheres nuas que copulavam com alguns dos clientes que na maioria das vezes também permaneciam nus. Respirei fundo. Vamos lá.

Assim que minha presença foi notada quatro mulheres com orelhas, olhos e rabo de gato apareceram, todas com os seios a mostra e saias tão transparentes que nem sei dizer se serviam mesmo com o propósito de cobrir alguma coisa.

—Olá viajante!

—Procurando por diversão?

—Podemos ajudar nisso.

—Pelo preço certo é claro.

Todas tinham a fala mansa e tocavam meu corpo sem pudor algum. Com um gesto de mão dispensei as quatro que me olharam com desagrado antes de se jogaram em cima de outros clientes.

—Não é comum alguém dispensar minhas garotas assim tão fácil.

Olhei em direção a voz que vinha de trás de um logo balcão de madeira.

—Ainda mais alguém com cheiro parecido com o nosso.

Uma mulher alta e de pele marrom escuro limpava algumas taças de bronze.  Seus olhos de gato eram de uma tonalidade amarela hipnotizante com cauda e orelhas pretas. Assim como as outras garotas ela não usava nenhuma peça de roupa que pudesse cobrir seu corpo, exceto algumas joias de cabeça e um fino véu azul na frente do rosto. Sem pressa me aproximei da bela mulher reconhecendo-a de imediato. Liara. Mesmo estando a poucos centímetros ela não me reconheceu, foi só depois de me sentar em um dos bancos e pegar uma taça que ela pareceu se dar conta de quem estava a sua frente.

—Eu não acredito — seus olhos eram puro espanto.

—Demorou um pouco mais do que o de costume Liara.

Amenadiel?

Seu sussurro foi tão baixo que mesmo eu não teria ouvido se estivesse um pouco mais longe. Em resposta descobri parte do meu rosto, o suficiente para que apenas ela visse meus olhos.

—Mas o que voc-

Shh! — olhei ao redor — Não vim aqui por estar com saudades então cuidado com alardes.

Liara levou um tempo para se recompor e tomar a postura de antes.

—Sinto muito, só me surpreendi com sua visita.

Alguns homens se sentaram ao meu lado, um tinha a pele verde com dois chifres retorcidos enquanto o outro era coberto por pelos e com olhos vermelhos. Dado ao meu desconforto e silêncio Liara deu jeito para que os dois fossem atendidos em outro lugar, junto a algumas das suas garotas.

—Uma taberna como essa não é um bom lugar para se estar quando sua cabeça está a prêmio — ela também olhou em volta — O que veio fazer aqui?

—Estou procurando seu irmão — me servi de uma jarra de vinho barato que ela mesma havia colocado sobre o balcão — Onde ele está?

Liara ficou em silêncio.
Por muito tempo.

—Eu não sei.

—Não brinque comigo — alertei.

—Já disse que não sei...

—Você é uma mulher inteligente Liara — meu tom era de ameaça — Sabe que mesmo que minha cabeça esteja a prêmio e ela me procurando como um cão raivoso eu não me importaria de revirar esse lugar do avesso em busca do seu irmão.

—Está blefando!

Um longo silêncio se fez na taverna, todos pareciam ter se interessado em ouvir nossa conversa. Com o sangue fervendo em meu corpo levei minha mão até o cabo da espada sentindo seu toque frio, estava prestes a puxá-la quando Liara interviu rindo alto.

—Eu sou exclusividade por aqui!Se quiser uma noite em meu leito vai ter que pagar o dobro!

O movimento na taverna ainda permanecia silencioso até que as vozes voltassem a ecoar pelo salão. Mais calmo soltei a espada vendo a mulher a minha frente respirar com nítido alívio.

Você é louco...

—Seu irmão, onde está?

—Por que eu deveria te dizer?Paguei minha dívida com você naquela noite — um sorriso provocador se moldava em seus lábios vermelhos — E se quiser, podemos repetir — seu longo dedo tocava meu peito, podia sentir sua unha raspar minha pele por de baixo das roupas — Sabe que sou muito mais interessante do que o meu irmãozinho.

Antes que ela se aproximasse mais segurei firme sua mão a afastando do meu corpo.

—Seu irmão me deve muitos favores Liara, até mesmo a própria vida, e hoje é o dia dele pagar — a puxei para perto fazendo com que seus seios tocassem o balcão — Vou perguntar uma última vez — rosnei — Onde aquele canalha está!

Está bem... está bem... eu falo... agora me solte.

Assim que o fiz ela se afastou esfregando a mão livre onde eu eu havia apertado.

—Tinha me esquecido que você tinha uma pegada tão forte.

—Liara.

Erguendo as duas mãos ela finalmente se rendeu.

—Lier está no quarto roxo — a vi estender a mão em direção a passagem escura bem ao lado da estante de bebidas — Você sabe o caminho.

Cruzei o balcão passando por ela mas, antes que eu pudesse entrar a gata negra me parou com uma mão trêmula.

Por favor...

Podia sentir a súplica em sua voz.

Não o mate.

Fiquei um tempo ali, olhando para a passagem escura e sentindo o forte cheiro de incenso emanar lá de dentro.

Amen-

—Isso só vai depender dele.

Liara continuou me segurando, um brilho estranho tomava conta dos seus olhos e automaticamente me lembrei de Alícia. Droga! Respirei fundo.

—Não vou matá-lo.

Com aquela estranha sensação no peito avancei em direção ao quarto roxo.

Só porque você me fez lembrar de alguém importante...

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