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22

Raízes e flores


°°°

Veja Diel!São eles!

Galadriel se pendurava no parapeito da janela, lá em baixo todos se reuniam em volta da praça central, curiosos e cheios de expectativas com os convidados do papai.

—Onde?Eu não consigo ver!

—O que vocês dois estão aprontando aí?

Levamos um susto quando mamãe entrou, Galadriel quase caiu mas abriu as asas equilibrando seu corpo para dentro do quarto.

—Mãe?!Nossa, você nos assustou!

Mamãe estava usando um longo vestido branco, ele brilhava, não muito, mas brilhava. No vestido da mamãe também tinham rosas, todas douradas, mas elas ficavam na parte mais baixa do vestido cobrindo os pés da mamãe.

Se os assustei então estavam fazendo alguma coisa errada.

Nos ombros da mamãe tinha um pano muito fino que brilhava com as cores do arco íris, era muito bonito, papai disse que o pano que ele usa nas costas se chama túnica, então mamãe também estava usando uma túnica.

—Não, imagina mãezinha...

Galadriel...

Mamãe estava bonita, mais bonita que o normal, seu cabelo branco estava trançado e ela usava uma coroa, dourada igual as rosas mas muito fina, parecia que quebraria a qualquer momento.

—Está bem, nós só queríamos ver os convidados do papai, só isso!

Sabe que o pai de vocês não gosta que se pendurem nas janelas ou saiam voando por aí quando temos visitas não sabe?

Sim mas, já faz tanto tempo que vi alguém de outro povo que estava muuuito curiosa e não me aguentei...

Galadriel dava pulinhos enquanto juntava as mãos, ela me disse que era um truque para a mamãe não ficar brava, parecia funcionar já que mamãe sorriu.

Sei...

—E também!É a primeira vez que Amenadiel vai conhecer outra espécie, então quis mostrar para ele como nossos convidados podem ser diferentes de nós.

Todo mundo no Palácio falava dessas pessoas que estavam vindo para cá, todos estavam animados, principalmente o professor Conean, ele sempre ensinava sobre as outras espécies para mim.

Tudo bem Galadriel, dessa vez passa, mas e você Amenadiel?Por que ainda não está pronto?

—Não achei minha roupa mamãe...

Como não?Deixei em cima da sua cama.

Mamãe estava séria de novo, não queria irrita-lá mas eu não sabia onde minha roupa estava.

Amenadiel...

Fiquei quieto, não sabia o que dizer para a mamãe. Não queria mágoa-la.

—Tenho certeza que foi o Galadiel mãe!Ele vive implicando com o coitadinho do Amenadiel!

Não acuse seu irmão sem ter provas Galadriel, uma das regras do reino é...

—"Qualquer verdade se revela diante das provas e dos fatos!" Já sei disso mãe, mas que Galadiel sempre implica com o Diel é mais do que um fato!E a senhora sabe disso...

Mamãe cruzou os braços, ela sempre fazia isso antes de suspirar e concordar com alguma coisa que deixava ela triste.

—Você tem razão, Galadiel passa do ponto as vezes.

—Na maioria das vezes mãe...

Mamãe ficou em silêncio, Galadriel também, elas estavam tristes, podia sentir, mas ninguém nunca me dizia o motivo.

—Mamãe...desculpa, não queria ter perdido minha roupa.

Os olhos da mamãe me encaravam, brilhantes, dourados, pareciam dois espelhos de ouro. Ela ainda estava triste mas sorriu para mim.

Não precisa se desculpar Diel, não foi você que sumiu com a roupa — mamãe suspirou — Vamos, vou procurar outra coisa para você vestir.

Mamãe se abaixou, me abraçou apertado e me levantou no colo.

Termine de se arrumar Galadriel, quando eu vestir seu irmão volto aqui para ajudá-la com os adornos.

Como a senhora desejar.

Sabe que não precisa dessa formalidade toda quando estamos a sós minha filha.

Mamãe beijou Galadriel na bochecha, as duas sorriram então mamãe saiu.

Os corredores estavam cheios, muitas pessoas corriam de um lado para outro com toalhas, vestidos, comidas. Algumas servas se aproximaram da mamãe, queriam me levar para que mamãe pudesse fazer outra coisa. Não, por favor, me deixem aqui.

Não se preocupem, irei falar com o rei em breve.

Mamãe recusou a todas. Que bom... Deitei minha cabeça no ombro da mamãe. Ela me abraçou mais forte. Mamãe é cheirosa. O caminhar da mamãe balança meu corpo. Estava com sono. Muito sono.

Mamãe...

—Sim meu amor.

—Sono...

Mamãe riu baixinho, era gostoso ouvi-la rir.

—Pode dormir meu pequeno.

—Os convidados do papai...

A mão da mamãe fazia carinho, carinho nas costas depois na cabeça.

Não se preocupe meu amor, o papai não vai ficar bravo por causa disso, pode dormir.

Meus olhos pesavam.

Durma o sono suave que só as crianças tem meu amor.

Mamãe fazia carinho, não parava de fazer carinho na minha cabeça. Tão bom...

Por que um dia, quando nos damos conta, teremos perdido a tranquilidade e o prazer de ser criança...

A voz da mamãe estava baixa, muito baixa. Ela cantarolava. Mas eu não ouvia mais nada. Estava com sono. Muito sono. Mamãe me abraçava forte. Um abraço quente. Morno. Suave. Mãe...

°°°

Sentia meu corpo pesar, era como se cada músculo se partisse conforme eu me mexia. Tudo continuava escuro até eu finalmente conseguir abrir os olhos mas assim que a claridade surgiu os fechei novamente.

Veja!Veja!Ele está acordando!

Shh!Fale baixo!

—Eu vou avisar a anciã!

—Rápido!

Vários murmúrios me rodeavam. Onde eu estou? Mais uma vez tentei abrir os olhos.

—Você está bem forasteiro?

—Silêncio Martha!

—Mas é você que está gritando Jheni!

Onde eu estou?

Sentia minha garganta seca. Tudo ao meu redor se resumia a borrões e o máximo que conseguia discernir era a imagem colorida de duas mulheres.

—Como se sente?Algo dói?

—Martha!

—O que foi?!Não perguntei nada de mais!

—Temos que esperar a anciã!

—Está bem...

Com esforço consegui me sentar, só então percebi que estava deitado em uma cama macia e perfumada. Lavanda? O cheiro preenchia minhas narinas na mesma medida que minha visão voltava ao normal.

Ao meu redor paredes que mais se pareciam com raízes de uma grande árvore criavam um cômodo irregular. Sobre minha cabeça imensas folhas verdes serviam de teto deixando alguns feixes de luz iluminarem o quarto que, por sua vez, estava decorado com mobílias de madeira, tecidos que ondulavam com a brisa e várias flores, algumas poderiam facilmente ter o meu tamanho. Bem ao lado da minha cabeça alguns botões luminosos pediam emanando um perfume suave, ao total eram cinco, três brancos e dois amarelos, quando os toquei uma estranha sensação se agitou dentro de mim, era como se toda a dor do meu corpo tivesse sumido.

—São brotos da Árvore mãe.

Olhei em direção a voz que vinha de uma das mulheres, sua pele tinha uma coloração azulada que era mais forte nas mãos clareando nos braços e rosto, longos cachos prateados pendiam em seu ombro contrastando com suas íris amarelas.

Uau...

A ouvi sussurrar assim que nossos olhos se encontraram.

Que... lindos.

No mesmo instante percebi que sua tonalidade azul havia mudado transformando-se em violeta.

Martha!

A outra mulher gruniu, seu tom de pele era amarelo, mãos laranjas e algumas manchas pelo rosto vermelhas igual ao longo cabelo que caia pelas costas como cascatas.

A anciã não vai gostar nem um pouco de saber sobre esse seu descontrole com o forasteiro.

Ela sussurrava mas não estava muito longe para que eu não conseguisse ouvir.

—Anciã?

Perguntei olhando diretamente para a mulher com cabelos de fogo, como da outra vez seu tom de pele também mudou assim que nossos olhos se encontraram, o amarelo agora ganhava um leve alaranjado enquanto suas mãos se intensificavam para o vermelho.

Parece que não é só comigo que a anciã ficará brava.

—Cale a boca Martha!

Tive vontade de dizer que parassem com aquilo por que eu conseguia ouvir tudo mas me contive, ao invés de me ocupar com algo tão fútil me concentrei no que realmente era importante. Como vim parar aqui? Tentava me recordar de algo mas tudo o que conseguia lembrar era de estar com medo e então ser banhado por uma luz enquanto segurava firme o braço da humana.

A humana!Dexter!Como fui me esquecer deles?!

Com o peito apertado olhei em volta na esperança de encontrá-los mas o único que vi foi meu Gouli deitado sobre o que parecia ser uma grande margarida azul celeste.

—Onde ela está?!

As duas me encararam sem entender nada o que serviu para piorar ainda mais meu estado de espírito.

Droga!

Estava prestes a me levantar quando as mulheres se colocaram na minha frente impedindo.

—Se acalme!

—Você ainda precisa descansar!

Sem paciência alguma cerrei os punhos antes de dizer com uma aspereza que não imaginava ser capaz.

—Saíam!

—Por favor...

—Agora!

As duas se afastaram assustadas, pareciam querer fazer de tudo para que eu continuasse na cama mas não se mexeram assim que passei por elas indo até a única saída dali. Estava prestes a segurar o trinco de madeira quando ouvi um estalido, segundos depois uma baixa senhorinha de pele verde oliva surgiu do outro lado da porta me observando com um leve sorriso no rosto enrugado.

—Vejo que você já se recuperou! — ela riu baixinho — Que bom, muito bom...

Ao seu lado uma garotinha de pele rosa me encarava assustada, vi quando suas bochechas se tingiram de pink antes de abaixar os olhos vermelhos e agarrar firme a barra da saia que lembrava muito a uma enorme tulipa.

—Anciã!Por favor nos perdoe...

—A culpa não foi nossa!Tentamos fazer ele ficar na cama mas...

—Tudo bem garotas, tudo bem — A senhorinha se arrastou para mais perto — É da natureza dos nobres serem assim.

—Nobre?

—Esse forasteiro?

—O trabalho de vocês aqui acabou, podem voltar e ajudar Yskar com os afazeres do templo.

—Mas anciã...

Com um simples gesto ela dispensou as duas que saíram em silêncio.

—Você também Inae.

—Ah, é claro anciã!

Toda atrapalhada a garotinha esbarrou em uma enorme orquídea branca antes de sair. Segundos depois estávamos a sós.

—Peço desculpas pelas atitudes das minhas meninas, a tempos não tinhamos uma visita tão ilustre, ainda mais a de um grifo.

Ela voltou a rir baixinho, sua mão enrugada segurava uma bengala de madeira com o entalhe de um antigo hieróglifo, só depois de um tempo puxando na memória me recordei do que aquele símbolo se tratava.

—Eu é que peço desculpas pela forma que tratei suas filhas.

Devagar me ajoelhei sobre uma das pernas deixando minha cabeça se curvar enquanto relembrava das aulas de etiqueta que tive ainda na infância.

Os modos de demonstrar respeito variavam muito de espécie para espécie mas decora-los foi mais do que uma obrigação para mim.

Um tempo depois senti os dedos dela tocaram suavemente minha testa, no mesmo instante levei a mão direita ao peito.

MierA ouvi dizer baixinho.

Shalom — Respondi na mesma intensidade.

Ficamos assim por alguns instantes até a pequena anciã se afastar para que eu pudesse ficar novamente em pé.

—O que o trás até Dublin Amenadiel?

—Senhora Ada, peço sinceras desculpas por ter demorado tanto para reconhecê-la.

—Tudo bem, afinal, você era apenas uma criança quando nos vimos pela primeira vez.

—A senhora estava... diferente.

A pequena mulher gargalhou alto.

—O tempo passa rápido para as sacerdotisas de Khista, na época eu era apenas uma jovem aprendiz.

—Foi uma honra tê-la no reino.

—Honra maior foi ter sido chamada — seu olhar parecia se perder em alguma memória distante — Não é qualquer um que visita a grandiosa Cidade Dourada.

Já não sei se é tão grandiosa assim — murmurei.

—As notícias voam com os ventos — seus olhos escuros me fitaram — Mas é difícil saber o que é verdade e que é mentira, porém, você ainda não respondeu minha pergunta.

—Me desculpe mas antes eu preciso saber de algo importante.

—É sobre a jovem que estava com você?

A olhei surpreso, Ada por sua vez se limitou a sorrir.

—A garota está bem, no entanto, os brotos da árvore mãe não funcionam nela — a vi segurar firme o cajado antes de se aproximar — Um corpo que não possui magia, isso é raro, muito raro.

—Eu gostaria de vê-la...

—É claro que sim — novamente ela sorriu — Vamos, me acompanhe.

Segui Ada pelo estranho corredor que surgia além da porta, tudo ao meu redor parecia se resumir a grossas raízes, flores e feixes de luz, algumas mulheres passavam por nós com ar curioso mas logo seguiam seus caminhos, depois de alguns segundos chegamos a uma escada circular que subia para algum lugar no que deduzi ser uma imensa árvore. Gigantes folhas verdes formavam os degraus.

—Foi uma surpresa achá-lo em nossas terras.

Havíamos dado três voltas quando ouvi novamente sua voz.

—Ainda mais nos armazéns.

—Armazéns?

—Como eu disse, foi uma surpresa.

—Está sendo uma surpresa para mim também.

Seguimos o resto do caminho em silêncio, quando pisei na última folha um novo corredor se abriu bem a minha frente mas, diferente do outro, as raízes daqui tomavam uma tonalidade mais clara, quase bege.

—Ela está aqui.

Segui Ada através de uma passagem coberta por musgo, quando a atravessei um quarto iluminado e cheio de flores brancas surgiu, algumas borboletas do tamanho de Dexter voavam de um lado para o outro pousando suavemente nas pétalas alvas como neve.

—Essa é uma ala especial, como os botões não funcionavam nela resolvemos trazê-la até aqui.

Bem no centro daquele cômodo, em uma cama de lençóis brancos, Alícia repousava com os longos cabelos castanhos jogados pelos ombros. Você está aí. Devagar me aproximei até conseguir ver seu semblante sereno, por algum motivo me senti tranquilo ao estar perto dela.

—A quanto tempo ela está dormindo?

—Um dia e uma noite, assim como você.

—Sinto como se uma parte da minha memória tivesse sido apagada, a única coisa que me recordo é de estar em uma vasta planície laranja e uma porta azul, o resto...

Por breves segundos o quarto foi banhado pelo silêncio.

—Sua mente ainda deve estar confusa, creio que logo se lembrará de algo.

—Espero que sim.

—Enquanto isso aproveite para descansar, quando se sentir mais disposto conversaremos.

A vi dar meia volta.

—E não se preocupe com a garota, tenho certeza que ela ficará bem.

Sem dizer mais nada ouvi seus passos se distanciarem até que o cômodo voltasse a ficar novamente em silêncio.

Preocupado?

Olhei para Alícia que parecia estar em uma paz profunda, feixes de luz iluminavam seu rosto enquanto o cheiro doce da sua pele se misturava ao das flores.

Realmente fiquei preocupado...

Tentei resistir a vontade de tocá-la mas quando me dei conta estava com uma longa mecha marrom do seu cabelo enrolada em meus dedos.

Por algum motivo sinto que me esqueci de algo importante...

Distraidamente toquei a ponta dos seus dedos sentindo o calor da sua pele.

Você realmente me deixou preocupado.

Pela primeira vez em anos.

Sorri.

Quem diria...




































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