Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XXXVII

As portas se abriram ao tempo que um dos guardas fez o anúncio de sua chegada, fazendo com que os olhos dourados de Amber vislumbrassem todo o conselho prostrado em sua presença.

— Alteza — Eles disseram em uníssono

A imperatriz adentrou a saleta de cabeça erguida, respirando calma e compenetrada. Nada poderia dar errado naquele momento, nenhuma palavra poderia sair mal interpretada. Não podia parecer fraca ou triste, tampouco cansada pela maternidade. Amber não podia transparecer tudo o que de fato ela era, ou então, estaria arruinada.

— Senhores — Ela iniciou ao sentar-se na cadeira que outrora pertencia a Aziz — Percebi que minha ausência durante esses meses não incomodou-os, pelo contrário, parecem ter ficado bem confortáveis colocando as mãos nos dirhams e dando ordens aos montes. — Ela pigarreou — Então decidi que já era hora de tomar as rédeas deste império.

E logo já podia observar as carrancas e burburinhos que se formavam entre os conselheiros. Como se estivessem em visível incomodo

— Saibam que é recíproco. — Continuou, arrancando deles um olhar de incredulidade — Detesto ter de estar reunida com homens tão desprezíveis. O sentimento me sufoca... mas agora que deixamos claras essas frivolidades... vamos ao trabalho. — Bateu na mesa com muito mais gentileza do que gostaria.

— Alteza — Um dos conselheiros se aproximou — Receio que esteja sendo muito dura em suas palavras — Pigarreou nervoso — Nenhum de nós a considera desprezível, jamais sentiríamos tal.

Amber se segurou para não bufar de maneira nada adequada a uma imperatriz, mas não conteve a língua afiada que rapidamente respondeu ao homem.

— Estou certa de que fui importunada todos os meses de minha gravidez, e os senhores transmitiram suas visíveis alegrias com a chegada da princesa me enviando comunicados e bilhetes durante todos os dias no último mês. — Ela levantou a voz — De importância tão mínima que eu precisei sair de meus aposentos para que finalmente pudessem me deixar em paz!

— Senho..

— Silêncio! Eu ainda estou falando! — Bravejou com outro — O imperador de vocês está no meio de uma guerra, sabe lá quando ele voltará e se ele voltará e tudo o que sabem fazer é questionar se haverá ou não festividades? Que tipo de homens são vocês? — Levantou-se inegavelmente irritada — Há pessoas morrendo de fome! Doenças contagiosas em todo o vilarejo e nossas fronteiras estão ameaçadas. Não há exército para nos proteger e tampouco impostos a serem recolhidos! Não percebem o caos em que estamos vivendo?

Olhou para eles a espera de alguma resposta, ainda que silenciosa, alguma reação que lhe mostrasse que se importavam com o futuro do reino. Qualquer coisa que a ajudasse perceber que apesar de tudo não estava sozinha naquela luta, mas a mesma apatia que Amber via neles antes da guerra era vista naquele momento e ela sabia que só pioraria nos tempos seguintes.

— Alteza... não é de hoje que a vila carece de atenção, mas o reino tem prioridades. Aquelas pobres almas já estão fadadas a um destino cruel, Allah quis assim.

A imperatriz quase não conseguiu acreditar no que ouvira. Seguindo em direção ao homem, cruzou os braços em sua frente esperando que ele ousasse terminar sua fala.

— Assim como Allah lhe enviou uma filha, mesmo que todos saibam que ela jamais subirá ao trono e que se o imperador não retornar, o reino estará fadado às mãos do nosso conselho. Vossa Alteza já conhece nossa posição e a do povo, não queremos mais um governo de mulheres.

— Qual é mesmo o seu nome? — Ela questionou

— Mohamud, Alteza

— Senhor Mohamud, esta será a última vez que escutará a minha voz dirigida a sua pessoa. — O olhou inquisitiva vendo-0 engolir seco. — A vila deveria ser a prioridade, e será a partir de agora. Sem os moradores e trabalhadores não existe reino, senhor. — Arqueou as sobrancelhas fazendo o seu ponto — Além disso, tenho certeza que Allah escreve perfeitamente os destinos mas tenho minhas reservas quanto a achar que ele gostaria que aquelas pobres almas morressem de fome, tampouco que eu tenha recebido uma filha como castigo.

— Senhora.. eu ...

— É Alteza, senhor Mohamud. — Ela o corrigiu — Quanto a sua posição e a do conselho e desse povo que deve os apoiar... — Riu ironicamente — Todos vocês insistem em dizer que não querem uma mulher governando. Mas é o que vocês terão nos próximos anos, senhores. A frente deste império é minha, e um dia será da minha filha e não há absolutamente nada que vocês ou qualquer um falem ou façam que irá impedir isso.

Voltou a olhar para eles, se sentindo muito melhor após dizer aquelas palavras. Finalmente podia respirar aliviada, sabendo que de fato governava todo o povo otomano.

— Espero que eu tenha sido clara, senhores.

— Sim, Alteza — Responderam-na.

— Ótimo... — Ela passeou pela saleta — Agora... guardas! Acompanhem o senhor Mohamud até o calabouço do castelo, ele precisa aprender o que é a fome e as pestilencias assolando-o.

— Alteza... — Ele ajoelhou-se — Eu imploro! Não faça isso... eu não disse por mal! Alteza, por Allah! Sou um nome importante neste conselho!

— Sinto muito, senhor Mohamud... mas o reino tem outras prioridades. Talvez sua alma já esteja fadada a esse destino cruel. Allah sabe o que faz, não é mesmo? — Disse usando contra ele as próprias palavras — Levem-no, já! — Ordenou

Respirou profundamente vendo o homem ser levado enquanto o restante do conselho observava a cena com muito receio e temor estampado em suas faces.

— Tenho três ordens para começar: Distribuição imediata de alimentos na vila para todos os moradores. Atendimento médico, não sei o que vocês farão mas deem um jeito de que todos possam receber os devidos cuidados. Há inúmeras crianças doentes! — Parou sentindo seu peito apertar só em pensar em Danúbia na mesma situação. — E por Allah! Cancelem as festividades! Não vou repetir esse aviso, enquanto o imperador não retornar não haverá festa! Não haverá comemoração! Não há alegria neste reino! Há apenas sobrevivência, estamos todos apenas sobrevivendo... um dia de cada vez — Disse firme, vendo que todos pareciam ouvi-la com atenção. — Reunião encerrada. Mandem os relatórios ao fim da semana.

E assim como adentrou a sala de reuniões, saiu. Altiva, empoderada o suficiente para não se arrepender da dureza de suas ações ou palavras.

Eles precisavam vê-la como uma governante de pulso firme, precisavam respeitá-la e só fariam se ela usasse de o mínimo de violência. Precisava de um exemplar, embora Amber não se agradasse em mandar alguém para o calabouço sabia que era sua única opção. No fim, Fátima havia sido uma ótima professora.

*

— O que pensa que está fazendo? — Alexandre chamou a atenção de Robert, parando ao seu lado.

O joalheiro se encontrava agachado por entre alguns dos muitos arbustos da estrada que fazia o caminho do pequeno exército que os acompanhava.

— Conferindo o território — Explicou — Consegue enxergar aquelas bandeiras ao longe? — Perguntou apertando a visão

O czar se ajoelhou para ficar na altura do outro e se posicionou para conferir junto a ele, aspirou uma quantidade de ar considerável e deixou que o vento congelasse o vapor.

— São leões? Há leões desenhados naquelas bandeiras, isso quer dizer... — Disse imprimindo um breve sorriso no rosto — É o exército do sheik.

— Não entendo... Porque se juntariam à guerra?

— É o que vamos descobrir. — O Czar respondeu — Homens! — Gritou para o batalhão — Avante! Sigam para o Sul! Temos amigos a encontrar — Completou visivelmente alegre.

Seguiram em direção às bandeiras de tons amarelados e azulinos que radiavam pelo brilho opulento do sol, vibrando nas terras que ainda era castigada pelo fim do rigoroso inverno.

O batalhão seguia em perfeita forma, silencioso e coordenado. Carregando cada um sua espada e seus protetores, vestindo as pesadas armaduras metalizadas. Andavam e andavam por dias, esperando enfim para que pudessem encontrar as tropas britânicas que se espalhavam pelo oeste do continente. No entanto, já haviam se passado muitos meses e o cansaço já tomava conta deles e aquela miragem no horizonte era tudo o que receberam de boas novas em tempos.

— Alexandre... — O joalheiro chamou o czar — Acredita que estarão de nosso lado?

— O que tanto lhe preocupa, homem?

— Já faz muito tempo que não os vejo... não saí da Índia com as melhores reputações, e apesar do esforço do sheik em me mandar para o império e me salvar, não sei se posso esperar algo parecido com amizade.

— Um sheik como Said não faz nada sem um bom motivo, Robert. — O czar fez uma pausa enquanto ainda caminhavam — Talvez esteja em dívida com ele, mas não creio que será recebido com hostilidades. Sua carta de recomendação ao exército não me deixou dúvidas de que era alguém de grande estima para a família Mamun.

— Não sabia que tinha lido... pensei que...

— Não associei a carta a você na época, é claro... nos conhecemos quando você retornou da guerra e somente depois percebi a conexão. Mas isso não importa mais agora, Robert. — Disse com um meio sorriso acolhedor — Somos uma família, e sempre protegerei você.

*

Império Russo

— Helena você precisa se acalmar!

Isabel quase berrava junto com a irmã que encontrava-se em pleno trabalho de parto. O olhar arregalado da jovem lady causava calafrios de preocupação na imperatriz, que mais do todas as mulheres presentes naquele quarto sabia o quanto aquela hora podia ser desesperadora.

— Ainda não está na hora, Isabel... ainda não chegamos na lua cheia — Ela choramingou enquanto se contorcia com a dor que parecia abrir o fim de sua costa.

— O bebê só está um pouco apressado minha irmã... — Tentou acalmá-la — A pequena Lucy também veio antes da hora e é perfeitamente saudável.

— Está doendo tanto...

— Quando tiver o seu bebê em seus braços toda essa dor passará — Isabel segurou as mãos da irmã — Confie em mim...

— Você está exitante... conheço esse olhar Isabel. Onde está a parteira?

— Ela logo chegará, minha irmã. Você precisa descansar, as dores ficarão mais fortes em algumas horas... até lá precisa reunir forças. — Disse se preparando para levantar da cama

Mas foi impedida por Helena.

— Me diga a verdade — Quase suplicou com os olhos medrosos — O que há de errado?

Neste meio tempo, o que fora suficiente para que Isabel pudesse pensar e escolher as palavras certas que usaria com Helena, uma das criadas trouxe uma farta bandeja de frutas e chá.

— Tome um pouco deste, vai ajudá-la a dormir. — Disse lhe entregando a xícara quente — Eu a amo tanto, minha irmã... sei que será uma ótima mãe. Vou descer até a cozinha e pedir que preparem tudo para as próximas horas e logo voltarei para ficar aqui com você. Está bem?

Helena apenas concordou enquanto mantinha o líquido quente descendo por sua garganta, percebeu que Isabel não lhe contaria se havia algo errado ou que talvez estivesse nervosa demais para que pudesse discernir tais coisas.

O sono logo começava a lhe abraçar e as dores se esvaírem pouco a pouco ao tempo que a consciência se perdia no limbo. Um momento bem-vindo e necessário, muito mais do que ela podia imaginar.

Na escadaria do castelo Isabel descia com pressa, aflita e sentindo que o ar podia lhe faltar a qualquer instante. Os cabelos vermelhos saltavam conforme aumenta a velocidade em seus pés e só foi capaz de parar quando seu corpo foi de encontro ao de uma criada.

— Milady.. senhora... — A criada disse nervosa ajudando a imperatriz a se manter em pé — Onde vai com tanta pressa? O que posso fazer?

— Ela está doente... a manchas vermelhas por todo o corpo... — Dizia pausadamente — Exatamente como minha... como minha Alexia ficou. Ela está ardendo em febre...

A criada arregalou os olhos espantada, fazendo com que Isabel quase começasse a chorar de medo.

— Senhora... a parteira já está a caminho, devo pedir que chamem o médico? Pensei que esta praga já haveria de ter passado... a tempos não há uma contaminação.

— Sim, por favor... faça isso. — Falou quase aliviada — Eu preciso de água ou um chá muito forte. E mande que preparem o quarto de Helena... e avise para que fiquem longe dela. Não quero que mais alguém se contamine.

— Mas... e a senhora? — Questionou preocupada — O que fará? Não deveria ficar com ela também.

— Helena não pode ficar sozinha nesse momento... sou tudo o que ela tem. — Disse com a voz embargada.

Rapidamente a imperatriz viu os muitos criados subirem a escadaria com lençóis, panos e água fervente e a visão de uma aflita parteira adentrando os corredores do castelo, exatamente como se tivesse sido acordada às pressas em plena madrugada.

— Imperatriz — Reverenciou Isabel — Ainda não é chegada a hora... ainda faltam... — Disse confusa

— Duas luas — A ruiva completou — A criança está com pressa, Helena adoeceu... acredito que seja esse o motivo.

— Mal... muito mal... ruim... é lua minguante. Mal presságio, senhora. — A parteira dizia mais para si, embora Isabel e a criada pudessem ouvi-la. — Me levem até ela.

*

Said ajeitava seu turbante azul, escondendo os cabelos que haviam crescido de modo exagerado. Em cima do cavalo negro puxava a simplória quantidade de mil de seus homens, ao seu lado estava Jasper e do outro o fiel comandante Zayn.

— Mandem que hasteiem as bandeiras! — Ordenou — Assim o exército de Alexandre poderá nos encontrar.

— Pai — Jasper o chamou — Acredita que Robert possa estar com eles? Já não o vejo a muito tempo.

— Devo dizer que não o vejo a muito mais tempo que você, garoto... — Disse com certo sarcasmo — Mas espero que sim, devo ao menino desculpas. Deveria ter feito mais por ele, deveria ter dado a ele a mão de sua irmã.

— Não acho que seja um assunto a ser discutido — Zayn interrompeu — Já estão todos casados, para o bem ou para o mal.

— Ele a amava — Jasper disse — Uma pena não terem ficado juntos... — Falou com grande pesar, fazendo com que os dois homens o olhassem curiosos.

— Fala de você, rapaz? — O comandante disse em um riso — Pensei que já havia esquecido aquela moça... fazem o que? Um pouco mais de dois anos...

— Do que está falando? Não há nenhuma moça. — Se defendeu

— Se bem me recordo... foi depois que voltou de sua irmã. Passou meses de amargura, imagino o quanto ela deve ter sido especial para ter partido seu coração desta maneira. Sua mãe quase adoeceu. Especialmente depois que as duas filhas lhe abandonaram. — Zayn continuou — Minhas sobrinhas... nunca pensei que teriam destinos tão cruéis.

— Agradeço se os dois calarem a boca — Said rompeu galopando um pouco mais a frente deles — Não é hora para falar de mulheres, muito menos de minhas filhas.

O sheik não suportava a ideia de que suas preciosas joias já não se encontravam ao seu alcance paterno, para que pudesse cuidá-las e guardá-las dos perigos daquele mundo. Ouvir seus nomes e pensar em tudo o que poderiam ter passado naqueles anos lhe partia o coração.

No entanto, embora sempre desconversasse e fugisse daqueles delicados assuntos era evidente o quanto se importava. Afinal, se fosse ao contrário não teria vestido aquela armadura e atravessado o deserto para lutar por Amber. Para lutar contra os britânicos, até mesmo contra os russos se não fossem favoráveis a mudar de lado. Ele faria tudo por ela, mesmo de longe. Mesmo que tivesse de arriscar a própria vida.

Amber era sangue de seu sangue, carne de sua carne. Não importava quanto tempo passasse, o quanto o mundo mudasse e se estivessem em lados opostos. Ele faria por Safira outra vez, por Jasper e se Allah permitisse atravessaria o oceano atrás de Jade. Said faria de tudo para proteger sua família.

Oioi meus amores! Capítulo quentinho pra vocês... como sempre muitas emoções e aflições nessa trama. Há quem viva, há quem morra. Nos resta saber o que de fato acontecerá... alguém tem teorias? 

Apostas para o bebê de Helena? Menina ou menino? 

Me falem, os capítulos estão aparecendo em negrito? Já tentei configurar, mas o erro persiste...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro