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Capítulo XXXVI

Um choro incessante despertou Amber logo após o almoço. A imperatriz já não tinha hora certa para dormir, então sempre encontrava um par de minutos para descansar os olhos, enquanto a pequena Danúbia permitia. No entanto, a jovem princesa havia acordado outra vez e com a convivência de dez dias Amber já reconhecia que ela estava com fome.

Levantou-se da cama rapidamente sentindo a cabeça girar pela pressa e foi se apoiando nos móveis que chegou até o berço da filha. O sol da tarde entrava tímido pelas janelas ao tempo que a temperatura condizia com o fim do outono, deixando que fosse agradável permanecer algum tempo pelos jardins.

— Oh minha querida... — Disse pegando a neném no colo, que parecia ávida pelo leite da mãe. — Você está faminta, não está? Perguntava, enquanto retornava até a cama para que pudesse alimentá-la direito.

Amber nunca pensou que poderia amar daquela maneira. Mas depois do nascimento de Danúbia tudo pareceu se ascender dentro dela outra vez, como se o colorido que faltava tivesse finalmente retornado para a sua vida. Tinha certeza que poderia passar horas e horas admirando a beleza da filha e conversando sobre tudo, mesmo que obviamente não fosse ter qualquer resposta além de uma nova crise de choro.

Suspirou enquanto a menina se mantinha aninhada em seu colo, deixando que os dedos fizessem carinho na face lisa como seda. Pensava em Aziz quase que todo o tempo, se estava bem, se estava vivo e no quanto ele ficaria feliz em conhecer a filha. Ele a amaria, ela não tinha dúvidas.

Mas certamente o conselho real não transbordaria com os mesmos sentimentos. Amber quase questionou Allah sobre os planos que tinha ao mandar uma menina como herdeira, sabendo o quanto as mulheres eram discriminadas e excluídas naqueles tempos. A imperatriz sabia que enfrentaria muitas batalhas nos dias que viriam a seguir, especialmente depois que a menina fosse apresentada ao reino.

Já era início de Setembro e as festividades haviam sido canceladas devido à guerra. O povo não parecia nenhum pouco afoito para as comilanças e danças que ocorriam todos os anos no vilarejo e tampouco Amber tinha condições ou vontade para planejar um baile para os nobres. No entanto, como se tivesse previsto que um dia ou outro aconteceria, um comunicado dos conselheiros chegou naquela tarde.

— Alteza — Karli adentrou o quarto — Eles insistem em uma resposta o quanto antes — Disse, depois de ler o bilhete em mãos.

— A resposta é não. — Foi enfática, mas não falou alto o suficiente para que parecesse grosseira.

— Devo apenas dizer-lhes? Ou escreverá? — Questionou confusa

Amber respirou profundamente tentando se manter calma.

— Tenho uma filha para acalentar, Karli... — Respondeu — Apenas informe-os que não haverá nenhuma festividade enquanto o imperador não retornar.

A dama engoliu seco, parecia prender a respiração e a cor era de um perfeito tomate. Karli certamente aparentava uma inquietação que não passou desapercebida pela imperatriz, que novamente teve de suspirar, fechar os olhos e fitá-la outra vez.

— Há algo mais, Karli? — Questionou impaciente — O que está esperando para ir?

— Chegou uma visita para a vossa alteza. — Respondeu soltando o ar

— Eu pedi que avisasse que ainda não estamos recebendo ninguém... — Suspirou cansada — Danúbia ainda é muito pequena... não quero que fiquem a bajulando como um objeto raro.

— Eu sei, alteza. Mas... é que não é a senhora que vai se aborrecer com a visita...

Amber então a olhou confusa, imaginando mil possibilidades e pessoas que poderiam desagradar com súbita aparição no castelo negro, e embora fosse rápida o suficiente em seus pensamentos não conseguiu obter resposta sozinha.

— E desagradará a quem?

— Imagino que a magnífica rainha vermelha, dona de todo este império esplendoroso e encantador — O tom de ironia e a voz suave que Amber tanto conhecia interrompeu a conversa que tinha com Karli, fazendo com que as duas se virassem em direção à porta.

A imperatriz sentia que seu coração ia saltar do peito e um suspiro de profundo alívio invadiu-a, misturado com uma imensa vontade de chorar e sorrir ao mesmo tempo.

— Eu pedi que esperasse... — Karli tentou

— Mama! Mama você está aqui — Amber disse ao finalmente encontrar sua voz.

Safira lhe sorria enquanto continuava parada na porta observando com atenção todos os detalhes do ambiente e da cena que encontrara ali. Usava suas habituais vestes em tons de azul sempre contrastando com o tom dos olhos, que por sua vez ficavam ainda mais vívidos quando os cachos dourados emolduravam seu rosto.

Parecia também procurar palavras para descrever a emoção que sentia ao chegar no império depois de dias e dias de viagem e a mente tomada por pensamentos que a preocupavam. Só conseguia fitar a filha, deixando que as lágrimas molhassem sua face e dissessem o quanto estava feliz em vê-la.

— Eu... — Safira tentou começar.

— Karli.. — A imperatriz impediu-a por um momento — Você já pode se retirar. — Acenou para ela com a cabeça — Não se esqueça de entregar o recado aos conselheiros e peça que mandem uma bandeja com chá e frutas, por favor.

A dama de imediato se retirou do quarto, levando consigo a feição ainda assustada e temerosa.

— Sente-se mama, pode entrar. — Disse ao ver que Safira sequer se movera — Não posso acreditar que realmente está aqui, já faz muito tempo. — Disse com certa tristeza.

— Sinto muito por isso, zhara — Safira falou, chamando-a pelo apelido carinhoso de infância — Não tenho desculpas o suficiente para ter demorado tanto tempo, somente posso dizer que sinto muito por não ter sido uma mãe melhor para você.

Amber podia ver a dor que a mãe sentia ao lhe dizer tais coisas, mas sorriu pois sabia que não era culpa de ninguém que a vida tivesse sido tão injusta durante aqueles anos.

— Não há o que perdoar, mama. Sinto não poder abraçá-la agora... — Disse ainda com um sorriso emotivo — Mas esta pequena princesa está me monopolizando — Falou, olhando para a menina que estava dormindo em seus braços.

Os olhos de Safira se iluminaram, ao tempo que pareceram surpresos. Talvez estivesse tão emocionada em estar ali e reencontrar Amber que sequer havia notado no pequeno pacotinho que se aninhava ali.

— Minha querida... — Colocou as mãos na boca impedindo um barulho de plena surpresa e felicidade . E imediatamente se aproximou delas para olhá-la mais de perto — É sua? Sua filha? — Questionou para ver se não estava sonhando— Minha neta? — Sorriu maravilhada

Amber se contagiou com a alegria da mãe e ajeitou-se para que o rostinho da princesa ficasse visível.

— Ela se chama Danúbia, veja como é linda mama. — Disse feliz — Quer segurá-la?

— É claro... claro que quero. Por Allah... eu tenho uma neta... — Falou encantada — Se Soraia souber disso é provável que pegue a primeira carruagem para conhecê-la.

Logo Safira tinha a neta em seus braços, dormia como um verdadeiro anjo e a princesa novamente não conseguiu conter suas emoções. Era como ter Amber em seu colo outra vez, como se revivesse o ataque no castelo e soubesse que depois daquele dia sua vida mudaria para sempre.

Estava extasiada com aquela novidade, tanto que seria capaz de esquecer que uma guerra acontecia fora daqueles muros.

— Viajou por muitos dias? — Amber perguntou enquanto observava a mãe e a filha juntas. — Vou pedir que providenciem um quarto e coloquem suas bagagens.

— Nove ou dez dias, não sei ao certo — Respondeu — A maioria das fronteiras está fechada, então peguei um atalho pelo Kuwait. Sua avó e tias estão bem, aproveitei para pernoitar no castelo.

— Fico feliz que não tenha tido dificuldades para chegar. Me pergunto... nunca recebeu nenhuma de minhas cartas?

— Receio que não tenha recebido as minhas também, zhara.. — Lhe deu os ombros — Parece que impediram as comunicações... não posso imaginar quem teria feito tal coisa.

Amber quase censurou a mãe entendendo o que ela queria dizer com aquilo. No entanto, era algo que esperava que Fátima tivesse feito, mesmo as duas tendo uma convivência amena nos últimos tempos.

— Alteza, posso deixar o lanche? — Uma das criadas apareceu carregando a bandeja farta de alimentos

— Por favor.

— Se importa de ficar com ela mais um pouco? — Perguntou quase se sentindo culpada por usar a mãe daquela maneira, o que fez Safira rir.

— Eu sou mãe de três, Amber. Segurei bebês tantas vezes que meus braços ainda se lembram da sensação... não me importo de segurar a minha neta para que a minha filha descanse um pouco.

Amber não esperou muito, e foi correndo tomar uma xícara de chá e comer os tão desejados doces de figo.

— Tome um banho, querida. — Disse vendo que mesmo a poucos metros, Amber não tirava os olhos da filha — Quando acabar ainda estaremos aqui. Não se preocupe.

Ela suspirou agradecida, e seguiu para o lavabo.

*

— Aonde pensa que vai, Karli?

Fátima que acabara de se retirar da biblioteca interrompeu o caminho que a dama fazia.

— Tenho que entregar um recado, alteza. — Respondeu nervosa, enquanto apressava seu passo outra vez.

— Com tanta urgência? Alguém morreu? — Questionou astuta

— Não, alteza. — Ela negou — Apenas...

— Volte aqui, Karli — A rainha ordenou — O que você está escondendo?

— Nada senhora — Engoliu seco, não conseguindo encarar Fátima — A imperatriz pediu que eu desse um recado aos conselheiros, estou apenas cumprindo o meu dever... não estou escondendo nada, não há nada acontecendo com o castelo e também não temos nenhum visitante. Está tudo certo, me deixe ir. — Falou e falou o que foi o suficiente para a rainha semicerrar os olhos captando as mentiras.

— Você tem três segundos para me contar quem está no castelo. — Disse entredentes — Um.. dois... Não me faça terminar.. — Ameaçou

— A mãe da imperatriz!! — Respondeu rápida ao tempo que fechou os olhos com medo da reação de Fátima.

A rainha arregalou os olhos, abriu a boca em perfeita surpresa e grunhiu como se não pudesse acreditar que ouviu aquilo da dama.

— Ela.. Está... o que? — Questionou incrédula, mas sequer deixou que Karli respondesse-a saindo em direção aos aposentos de Amber numa velocidade questionável.

*

Safira admirava a neta dormir, encantada com tamanha beleza. Sorriu ao perceber que Amber tinha sido tão abençoada por Allah, mesmo tendo passado por tanto. Tinha noção que as duas precisariam de dias e dias de conversa para preencher as lacunas daqueles anos em que estiveram distantes, mas já se sentia grata por ter a oportunidade de fazê-lo. Ficaria o tempo que fosse preciso para auxiliá-la, sabia o quanto o pós-parto podia ser igualmente doloroso, ainda mais longe do marido.

Lhe ocorreu questionar se Amber estava feliz no casamento, sabia que as circunstancias daquela união não haviam sido as melhores e o quanto a filha poderia ser de difícil conquista. Mas esperava ouvir que Aziz e ela estavam bem.

— Mama... shukran — Agradeceu ao sair do lavabo devidamente vestida com uma camisola nova — Eu precisava muito de um banho. Agora por favor, deixa-a um minuto e me dê um abraço... senti tanta saudade... — A mãe não se demorou em ir até ela, abraçando-a forte.

— Também senti muita saudade... — Disse se afastando — Está cansada, zhara... — Safira a analisou — Não está tendo ajuda com ela?

— Lá — Negou — Minhas damas e algumas criadas sempre estão por perto, mas confesso que não gosto que a peguem... quero cuidar dela da minha maneira. — Respondeu — Sei que a maioria das mulheres já teria contratado as aias e voltado aos seus próprios afazeres, mas não quero negligenciá-la.

Safira parecia concordar lhe sorrindo ao escutar aquelas palavras. Tinha criado Amber com princípios, e soube que havia feito bem. Enxergava muito de Said na filha, e se recordou do quanto, depois de tê-la aceitado, ele se dedicava a passar um tempo com ela. Largava tudo, cancelava reuniões e eventos para que Amber tivesse o melhor dele.

— Fico feliz em saber disso. Mas não pode se anular, certo? — Disse compreensiva — Bebês são pequenas criaturinhas sugadoras de energia e amor, e você precisa estar bem e descansada para garantir que nada falte a ela. — Lhe sorriu outra vez.

— Evet, — Concordou — Farei isso mama. Vou colocá-la no berço, para que a senhora possa tomar um pouco do chá enquanto conversamos. Há tanto... tanto que eu queira lhe contar.

— Estou preparada para...

— Espero que esteja mesmo, preparada para se retirar do meu castelo imediatamente. — Fátima adentrou o quarto com a feição raivosa.

Seus olhos estudaram Safira em segundos, sentindo seu peito se encher de raiva. Os punhos se fecharam e a respiração entrecortou, como se estivesse pronta para expulsá-la dali com as próprias mãos.

— Como tem coragem de pisar em meu reino? Como conseguiu entrar? — Questionava tomada de ira.

Odiava Safira, odiava a princesa com toda a sua força. Odiava o fato de Said ter sido a causa da morte de seu marido e da destruição de seu exército e reino. Para ela olhar Safira era a lembrança mais dolorosa que tinha daquele tempo. E mesmo sabendo que havia se vingado fazendo Amber casar-se com Aziz, não parecia que era o suficiente.

— Fátima! — Amber exclamou nervosa — Não vai expulsá-la. Não permitirei que o faça! É minha mãe, sou imperatriz deste império e a ordem é que ela fique.

— Não o-ouse... — A rainha gaguejou surpresa com a fala de Amber — Ela... — Olhou para Safira — Ela... não pode ficar. 

— Essa decisão não é mais sua. — A imperatriz falou — Quando me casei com seu filho fez questão de me ensinar como governar, então me deixe fazer isso. Não cabe mais a ti essa tarefa, é minha.

Fátima fechou a boca que outrora continuava exclamando sua total perplexidade pelo que acabara de ocorrer naquele quarto. Olhava para Amber como se não pudesse reconhecer a menina frágil e teimosa que chegara anos no império. Tampouco reconhecia a mesma que se perdia em lágrimas e vivia em plena confusão de mente e espírito.

Talvez ela finalmente estivesse pronta, devidamente pronta. Quase sorriu de orgulho, mas não deixaria que Amber soubesse que ganhara aquela batalha de poderes. Engoliu seco e se recompôs de imediato, reverenciando-a.

— É claro, alteza. — Ela respondeu concordando — Sua ordem é soberana, peço perdão por minha insolência.

— Não é necessário — Disse, pedindo que ela se levantasse da reverência — Minha mãe ficará pelo tempo que desejar, qualquer desavença que exista entre as duas deverá ser resolvida ou esquecida o quanto antes. Não tolerarei contenda neste castelo, pelo bem de todos e principalmente por Danúbia.

— Como quiser, alteza. — Dessa vez tanto Safira quanto Fátima acataram a ordem da imperatriz.

Amber respirou profundamente ao observar as duas em sua frente. Era difícil fazer aquilo, completamente estranho que pudesse dar ordens à própria mãe e sogra. Mas haveria de se acostumar, pois sem Aziz a frente de tudo cabia a ela tomar as decisões, desde as mais simples como aquela até as mais complexas. Um reino inteiro dependia dela, um reino que se encontrava em guerra e tomado pela fome, falta de saneamento e inúmeras doenças contagiosas.

Dentro do castelo, rodeadas pelos grandes muros que protegiam a fortaleza o mundo parecia calmo e silencioso, em perfeita paz como se nada pudesse as atingir. No entanto, precisava se preocupar com aqueles que não tinham guardas, armamentos e comida para se protegerem e sobreviver.

— Agora que está tudo resolvido, peço que olhem Danúbia. — Disse rapidamente enquanto as outras duas processavam a informação — Tenho um assunto urgente a resolver.

Foi com aquele pensamento que se retirou do quarto, deixando a rainha e a princesa juntas no mesmo aposento. Sorriu sozinha enquanto passava pelos corredores, haveriam de conversar para passar o tempo enquanto a neta dormiria pelas próximas horas. Mas Amber tinha de ir até o conselho, queria ter adiado aquela reunião por mais semanas, porém percebera que um recado não faria com que se mantivessem calmos. Então precisariam ouvir dela qual seria o futuro do reino dali para frente.

O discurso parecia perfeito em sua cabeça, mas assim que parou em frente a porta do conselho real percebeu que ainda usava sua camisola. Quis dar meia volta e desistir imediatamente, como podia ser tão tola em pensar que a ouviriam vestida daquela maneira? Se questionou em sua mente.

— Alteza — Karli chamou sua atenção, correndo ao seu encontro. — Sua capa de inverno — Disse trazendo o manto quente e vermelho em suas mãos — Não perceberão suas roupas de dormir. — Sorriu cúmplice.

— Shukran — Agradeceu, tomando coragem outra vez. — Anunciem que a imperatriz chegou — Se virou dando a ordem para os guardas que protegiam a sala — Quero todos os conselheiros em reverência. 

AAAA quem mais esperava por esse reencontro entre Safira e Amber? 

Parece que temos uma rainha bem nervosa com a presença da princesa... acham que terá mais desavenças ou as duas vão se resolver de uma vez? 

Já estou ansiosa pra ver Amber enfrentando esses conselheiros... próximo capítulo promete!

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