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Capítulo XXXII

2 anos depois – Fim de 1816

O tempo era especialista em deixar para trás tudo aquilo que impedia o coração de se libertar. Mas não suficiente, tampouco capaz de fazer todos aqueles sentimentos desaparecerem. Ninguém o julgaria por esperar tanto tempo, ninguém lhe diria nada diante do caos que havia se tornado sua vida depois de tudo. E certamente, não contestariam suas escolhas.

O tempo também era capaz de fazer novos sentimentos surgirem, deixar de lado outros que vez ou outra ainda incomodavam. E sem dúvidas o tempo era o melhor remédio para quase todos os males.

Ele esperou, por dois longos anos.

Retornou ao império infinitamente despedaçado, destruído até a última gota de seu ser. Esperou que ela se desse conta de que não importava o quanto mentisse para si mesma e para todos, nunca haveria de amar o imperador. Esperou que ela atravessasse o deserto e fosse ao seu encontro, lhe dizendo o quanto se arrependia de não ter o escolhido. Esperou que durante aqueles anos seus ouvidos pudessem nem que fosse somente uma vez escutar aquela doce e conhecida voz de Amber.

No entanto, nenhuma daquelas coisas ocorreu. E não restou para Robert outra opção que não fosse seguir em frente, e ele tentou, fortemente. Todos os dias em que seus teimosos pensamentos o levavam para muito longe do império russo se castigava mentalmente dizendo para si mesmo que merecia mais. E foi com aquele ideal que após meses de angústia e dor, encontrou em Helena seu alento.

O som da marcha nupcial tocava fazendo toda a igreja levantar-se. As grandes portas de madeira antiga foram abertas e logo as damas de honra adentraram o local sagrado, uma a uma traziam consigo cestos de flores que tinham suas pétalas despejadas ao chão. De branco as jovenzinhas abriram caminho para que os olhos de Robert pudessem vê-la.

Helena usava um estonteante vestido em tom champanhe, o tafetá adornava o tecido fino enquanto as bufantes mangas chamavam atenção para o busto bordado com infinitas pérolas. Os cabelos vinham presos como mandava a tradição, e o rosto porcelana era escondido pelo imenso véu que usava. Em uma das mãos trazia um buquê de lírios e com a outra apoiava-se nos braços de Alexandre, que gentilmente a levava a caminho do altar.

Inicialmente o czar não havia aprovado aquela união, os russos levavam a sério suas tradições assim como os árabes e normalmente não aceitavam casamentos com estrangeiros. No entanto, Alexandre e a família já haviam sofrido demais durante aqueles anos para que não fosse capaz de permitir que a cunhada fosse feliz.

Robert e Helena se casaram numa manhã de Agosto, quando o verão encontrava-se em seu ponto mais alto. A igreja estava lotada de muitos lordes e damas que acabaram por fazer amizade naquele tempo, e o joalheiro se via sorrindo ao beijar a dama nos lábios pela primeira vez. Havia esperado por Helena também, afinal.

O casamento foi notícia por entre os reinos durante semanas, e nesse meio tempo viajaram pelo continente. Não souberam dos dois por dias, mas quem julgaria um casal por querer um pouco de privacidade?

O coração parecia se curar, e talvez a dama ainda tão jovem pudesse ser a sua salvação. Ao menos, era o que ele esperava.

*

No império vermelho não se poderia dizer que as emoções eram tão diferentes. Mas não que a imperatriz tivesse passado todos aqueles meses sofrendo por um amor que jamais poderia viver, muito pelo contrário, ousaria dizer que teve belíssimos e felizes momentos. E que nas horas onde se perdia nos braços de Aziz o mundo se tornava quase perfeito, como se de fato tivessem sido feitos um para o outro.

No entanto, naquela tarde ensolarada o coração de Amber se apertou até se tornar quase mínimo dentro de seu peito. Releu diversas vezes o fino papel que se encontrava em suas mãos, sentindo de uma vez por todas seu mundo despedaçar.

A dama de companhia havia deixado as notícias da manhã sobre a mesinha do café, e enquanto conversava animada com as outras damas ao seu redor dedicou alguns minutos à aquela leitura.

Nas primeiras páginas vinham estampadas gravuras um tanto pitorescas de um Napoleão em exílio, ao tempo que logo abaixo de pequenas escrituras se via a ascensão do novo império ocidental, um indicativo ainda maior de que as guerras estavam apenas começando.

No virar das folhas, por entre as notícias que não lhe prendiam total atenção deixou que seus olhos vidrassem na fotografia de um conhecido casal. Pudera, Amber só reconhecia o joalheiro, mas sabia de quem se tratava a jovem vestida de noiva ao seu lado.

Ele havia se casado, e mesmo depois de tanto tempo a imperatriz se sentiu profundamente magoada.

Mas não poderia culpá-lo por não esperar, afinal de que adiantaria toda aquela espera? Nunca poderiam ficar juntos. E o reino precisava dela, Aziz precisava dela. Não tinha o direito de jogar tudo para o alto e se aventurar com Robert pelo mundo, não fora criada para que agisse com tamanha inconsequência. E sabia que já carregava erros demais em sua bagagem.

Repetia para si mesma aqueles lembretes, quantas vezes fossem necessárias até que pudesse se esquecer, nem que fosse por pequenos instantes, daquelas sentimentalidades que lhe machucavam tanto.

Respirou profundamente ao perceber que a folha havia cortado um de seus dedos, lhe alertando que deveria largar as notícias o quanto antes. E que deveria parar de pensar tanto também. No entanto, era difícil não ficar distraída. Não quando tudo o que lhe restava no castelo era conviver com as odaliscas e vez ou outra falar amenidades com a rainha.

Samira não estava mais lá, Jasper partira pouco tempo depois do inesquecível baile, sua família não tivera oportunidades de ver durante aqueles anos e Mimi já não podia ser considerada a melhor das amigas.

Amber só tinha a Aziz, e por hora, precisava ser o suficiente.

*

O imperador por sua vez, permanecia envolto em sua pequena bolha, a qual vez ou outra era estourada pelo Conselho Real.

— O Czar mandou novamente algumas cartas, pede que lhe retorne o quanto antes, alteza. — Um deles disse. — Estamos correndo contra o tempo, não há mais nada que o impeça de declarar guerra contra o reino. Se não tomar nenhuma atitude... — Suspirou parecendo cansado — Será o nosso fim.

— Não há nada para tratar com ele, senhores. — Aziz respondeu — O Czar se recusou a comparecer quando foi convidado, e agora deseja que tenhamos uma conversa? Tenham piedade... — Disse sem paciência — Se ele quer uma guerra, então ele terá.

Os homens na saleta de reuniões olhavam para Aziz embasbacados com as palavras que saiam de sua boca. Não pareciam entender a que lugar o imperador pretendia ir com aquele comportamento inesperado e deveras imprudente.

— Não está agindo certo — Outro conselheiro interveio — Será pior para todos!

— Imperador! — Exclamaram — Pense com calma a respeito, não precisa resolver agora. Podemos dar um veredito amanhã, daqui a uma semana... por Allah! Não ignore-o desta maneira, só alimentará a ira daquele homem! — Falou um deles exasperado.

— Não consigo entender...

— BASTA! — Aziz bravejou fazendo todos os presentes na saleta se calarem. — Eu dou as ordens aqui, senhores. Por muito tempo quiseram controlar a maneira como agi com o reino, mas agora estou tomando as rédeas deste império. — Disse sério — E vos digo que não tratarei com Alexandre. E se vou repetir pela última vez, se ele quiser guerra, ele terá!

No que a ambição parecia cegar o imperador aqueles homens então se calaram, permanecendo o restante da reunião apenas compartilhando sobre os problemas que envolviam o vilarejo otomano.

Por outro lado nascia em Aziz um estranho sentimento. Logo cedo naquele dia havia pego as notícias para ler, e ao analisar pelas horas imaginava que a imperatriz já havia feito o mesmo durante o chá e só de pensar na mínima possibilidade de saber que ela poderia abalar-se por conta do casamento do joalheiro, sentiu ódio.

Depois do baile nunca mais tocaram no assunto, ao menos ele evitou qualquer conversa que pudessem-nos levar a tocar no nome de Robert ou comentar sobre aquela noite. Embora, toda vez que olhava para Amber podia enxergar nela tristeza e uma falta profunda em cada suspiro que ela deixava escapar.

Não deixava de pensar que talvez não devesse ter se casado com ela, lembrando da breve conversa que tivera com Samira assim que chegaram no reino anos antes. Ele sempre soube que os sentimentos de Amber eram levianos demais para que se prendessem a ele, no entanto, mesmo assim ainda esperava por mais.

E então ao visualizar a fotografia do joalheiro com a cunhada do Czar não evitou em amassar o papelote com as notícias. Porque não parecia ser suficiente que Robert estivesse a desertos de distância, tampouco que estivesse casado, o joalheiro sempre seria um empecilho em sua vida. E talvez, por aquele mero motivo, que para Aziz era sério demais deixasse que seus sentimentos tomassem conta de seus deveres para com o reino e sem perceber o imperador tomava perigosas decisões.

— A reunião está encerrada, senhores. — Levantou-se de sua mesa, farto daquele dia. — Os vejo novamente amanhã.

Se retirou daquele lugar a fim de deixar as preocupações para trás, apenas por aquela noite. No caminho de seus aposentos encontrou Amber entretida com um de seus muitos bordados.

Estava concentrada, sempre com um vinco por entre a testa. Os olhos dourados atentos à passagem da linha pelo tecido e as mãos ligeiras para acompanhar os desenhos que se formavam. A imperatriz usava um vestido em tons de mostarda, uma das poucas exigências que havia feito durante aqueles anos. Ele é claro não poderia impedi-la de usar o colorido que sempre a deixava muito feliz, e incrivelmente mais bonita.

— Habib? — A chamou acabando por assustá-la.

Amber não teve muito tempo para impedir que a agulha fisgasse seu dedo e imediatamente o levou a boca prendendo um grito de dor.

— Aziz! — Reclamou — Não me assuste assim! — Disse, rapidamente escondendo o bordado por entre as almofadas.

— O que está fazendo? — Perguntou curioso

— Lá, nada — Negou

— Não estava bordando? — Levantou as sobrancelhas para ela

— Estava... — Respondeu nervosa — Ora habib, é apenas um bordado.

— Deixe me ver então, sempre me mostra. — Disse se aproximando para pegar o bordado.

— Lá! — Levantou impedindo-o — Ainda não está pronto — Pegou o bordado, perdendo-o atrás do corpo.

Aziz bufou e a olhou desconfiado.

— Por que não vai tomar um banho e depois retorna para jantarmos juntos esta noite? — Ela perguntou mudando o assunto

— Por que não toma um banho comigo? — Questionou se aproximando dela, a poucos passos a ponto de estarem quase colados um no outro

— Tenho que auxiliar as damas na cozinha... — Disse parecendo perdida ao fitar seus olhos — Vou pedir que preparem seu prato preferido, o que me diz?

— Estamos comemorando algo? — Perguntou confuso

— Não exatamente...

— Então... nesse caso — Se aproximou mais e naquele instante já não era possível media a distância entre suas bocas — O meu prato preferido é você.

Notou o rosto de Amber ruborizar instantaneamente e nas íris douradas nuances de desejo faiscarem curiosas ao escutar aquela frase tão indecente.

— Talvez eu possa ser a sua sobremesa esta noite — Sussurrou, beijando-lhe os lábios — Mas antes, jantaremos. — Disse incisiva — Ialah, tome um banho bem quente e volte logo para mim.

E assim, o imperador não ousou dizer mais nada. Sorriu cúmplice e se retirou rapidamente em direção à escadaria.

*

Amber só tinha a Aziz, ela sorriu ao pensar naquele fato. Não era mais tão verdadeiro, ao menos não seria em algumas luas. Tratou de terminar o último desenho do bordado antes de que o imperador retornasse e se destinou até a cozinha do castelo.

— Damas, não se esqueçam do molho de ervas. — Avisou, enquanto passeava por entre as mulheres — O imperador gosta do cordeiro bem tostado, mas tenham cuidado para não queimar.

— Sim, alteza — Concordaram

— Já arrumaram a mesa para o jantar?

— Sim, alteza — Disseram outra vez — Teremos convidados esta noite?

— Não. — Amber negou — Seremos apenas nós dois. Coloquem velas perfumadas na mesa... e depois de tudo pronto podem se recolher.

— Mas senhora... quem irá..

— Não se preocupem. — Interrompeu — Eu e o imperador temos mãos em perfeito estado, e podemos nos servir sozinhos. Além disso... quero privacidade esta noite.

Imediatamente as mulheres concordaram outra vez, em perfeito silêncio. Não era difícil decifrar o que a imperatriz queria dizer, mas também não era de bom tom comentar ou lançar olhares para a alteza que estava presente ali.

Amber retornou ao salão de jantar, vendo que tudo parecia em sua perfeita ordem. Os incensos exalavam pelo ambiente, as velas acesas deixavam tudo com o ar intimista e romântico que havia planejado em sua mente. Logo as damas puseram a mesa, e a imperatriz sentou-se para esperar o marido.

Ele não se demorou a retornar e adentrou o salão vestido de sua túnica em cetim preto, os cabelos devidamente penteados e a tentadora barba ruiva que sempre fazia Amber se arrepiar. Lhe sorriu ao perceber o que ela havia preparado, observando tudo com certo entusiasmo.

— Mashallá — Exclamou — O que significa tudo isto?

— Sente-se — Ela pediu — E aproveite o jantar. — Sorriu tímida.

Aziz a acompanhava com os olhos enquanto a mesma o servia do cordeiro, e das especiarias que lhe enchiam os olhos com o colorido que tinham. Logo, ele se fartou e um silêncio confortável se fez durante alguns minutos, entre uma pausa e outra pra que tomasse um gole de suco e elogiasse a comida.

— Tem certeza que não estamos comemorando nada? — Questionou outra vez

A imperatriz respirou profundamente, como se procurasse dentro de si algum resquício de coragem.

— Tenho dois presentes para você.

— Mas eu já fiz aniversário — Ele disse

— Evet, eu sei que sim — Concordou — Mas você sempre me dá presentes e eu não faço aniversários o ano todo.

Percebeu que ele segurou um riso e balançou a cabeça em concordância.

— Isso é porque você fica ainda mais linda coberta de muito ouro, habib — Disse, acarinhando sua face.

— Está bem... — Abaixou a cabeça envergonhada — Feche os olhos... — Ela disse.

— O que vai fazer?

— Feche os olhos, habib. Por favor — Pediu.

E assim ele fez.

*

O imperador podia ouvir os passos de Amber pelo salão e embora fosse tentadora a vontade de abrir os olhos se conteve para não estragar a surpresa que ela havia preparado.

Logo sentiu uma pena pinicar sua face, lhe causando um certo arrepio ao mesmo tempo que um cálido beijo foi lhe dado na nuca.

— Habib...

— Fique quieto... — Ela ordenou — E continue com os olhos fechados.

E então sentiu-a passar os braços, sobre seus ombros deixando que as mãos deslizassem em direção ao peitoral e assim percebeu botão por botão de sua túnica serem desfeitos. As falanges logo tocaram em sua pele quente, passeando, provocando e fazendo seus pelos se eriçarem. E logo depois deram lugar novamente a pena que lhe causou pequenos choques que iam e viam por todo seu corpo.

— O que você...

— Você gosta quando eu te toco? — Ouviu-a perguntar sentindo as mãos rápidas de Amber desatarem os nós da calça que usava

— Gosto — Respondeu quase prendendo a respiração

— E gosta quando eu lhe beijo?

E sequer conseguiu responder, ao sentir os lábios molhados explorando o pescoço e logo em seguida distribuindo beijos ao longo do tórax.

— Amber...

— Tire a calça. — Ela mandou

E assim ele fez, acompanhado dos sapatos. Ficando ali frente a ela totalmente nu.

— Sente-se outra vez. — Ordenou — E agora eu vou lhe vendar.

— Amber...

— Quer dizer alguma coisa? — Questionou ao mesmo tempo que fazia um finíssimo véu passear por seu corpo, deixando que lhe causasse sensações o suficiente para que ele precisasse segurar-se na cadeira.

Amarrou o tecido envolta dos olhos dele, prendendo firme para que o imperador não pudesse espiar. E assim feito voltou ao seu caminho de sedução. Amber pegara furtivamente algumas uvas da cozinha e agora que tinha em suas mãos os fartos cachos da vinha, lhe ocorreu que seria uma boa ideia misturar-se ao gosto delas.

— Abra a boca — Ordenou

E assim colocou uma das uvas na boca de Aziz.

— Agora me diga que gosto tem

— É doce... são uvas roxas? — Perguntou curioso

Amber não respondeu e logo em seguida beijou-lhe outra vez, e ela mesma pode sentir o gosto de seus lábios combinados à doçura da uva. Não se demorou, se afastando outra vez para apanhar o vasilhame com mel e lambuzar seus dedos.

— E agora? Que gosto tem? — Questionou fazendo com que ele chupasse seus dígitos, e embora sua intenção fosse seduzi-lo a cena a fazia quase chegar ao limite.

— Doce... e Amber... — Respondeu com um sorriso, terminando de se deliciar até a última gota do mel.

Ela não hesitou em sorrir também, satisfeita em ver que ele estava gostando. Principalmente ao passear seus olhos pelo corpo do imperador, que não negava o quanto estava animado com a brincadeira.

— Então agora que está devidamente alimentado... creio que não deseje mais a sobremesa... estou certa? — Sussurrou em seu ouvido, deixando que o tecido de seu vestido esbarrasse contra o corpo desnudo de Aziz.

Ele negou freneticamente

— Eu quero você — Ele disse e ameaçou tirar a venda de seus olhos

— Não! — Ela se apressou e parar as mãos ligeiras do marido — Ainda não habib... — Disse um pouco mais baixo — Já que você quer a sobremesa... acho que estou um pouco vestida demais, não acha?

Ele acenou, embora não estivesse vendo-a.

Amber esboçou meio sorriso travesso, e pegou uma das mãos de Aziz levando a tocar em seu busto.

— Então eu penso que... — Dizia enquanto fazia a mão dele deslizar sobre seu corpo — Você pode me ajudar a tirar todo esse pano.

E assim levou as mãos de Aziz até os botões que mantinham o vestido preso e embora estivesse com um pouco de dificuldade, o imperador abriu um a um até que o fugaz som do tecido colidindo no chão foi ouvido.

A imperatriz não usava nada por baixo naquela noite, e se viu tão nua quanto ele em plena sala de jantar. Apenas os dois, as uvas e o mel. Se aproximou, encaixando seu corpo para que se sentasse sobre ele na cadeira e o beijou quase que furiosamente até que Aziz precisasse de fôlego.

Ele não se contentou em ter apenas os lábios e o calor do corpo dela sobre e o seu e deixou que as mãos que outrora seguravam a cadeira marcassem as curvas douradas de Amber.

— Amber... preciso de você — Ele disse, embora não precisasse dizer. Ela sentia.

— Então me faça sua... — A imperatriz respondeu e naquele instante já não podia raciocinar.

Aquele estranho fogo e euforia sempre existia quando estavam juntos, mesmo quando Amber se negava a aceitar que o desejava ardentemente, mesmo quando ela se via em seu profundo abismo, mesmo naqueles momentos infortúnios a chama permanecia acesa. Talvez fossem como o fogo e a pólvora que se consumiam naquela paixão ardente.

— Eu quero vê-la — Pediu — Deixe que eu veja seus olhos.

E foi o suficiente para que ela se lembrasse do que realmente queria fazer naquela noite.

— Espere — Amber disse segurando as mãos do marido que desvendavam seu corpo — Eu ainda não acabei...

— Amber... — Ele respirou fundo — Não me torture...

— Será apenas por mais alguns instantes... espere preciso pegar algo.

E assim foi pegar o embrulho que havia preparado, contendo talvez a maior das surpresas que o imperador poderia receber. E ela, que embora tivesse passado a vida dizendo que aquele dia nunca aconteceria, se via feliz em contar-lhe tal notícia.

Seus passos apressados logo foram ouvidos outra vez e sentou em cima da mesa, ficando de frente para Aziz que permanecia na cadeira.

— Agora você já pode tirar a venda. — Ela avisou

E imediatamente ele o fez. Piscando várias e várias vezes até que se acostumasse com a luz outra vez.

— O que é isso? — Questionou ao ver a pequena caixa que ela segurava em sua frente

— Abra — Disse um pouco ansiosa.

O imperador pegou a caixa e desfez as fitas que a prendiam, abriu-a e retirou o mesmo tecido bordado que havia visto mais cedo nas mãos de Amber.

— Está me dando o seu bordado? — Questionou confuso

— Lá! — Ela revirou os olhos negando — Leia o que está escrito, e pegue o que mais tem na caixa.

Mais do que depressa desenrolou o bordado até que se tornasse um véu em suas mãos e seus olhos por pouco não saltaram em surpresa.

"Papai" vinha escrito em turco, perfeitamente colorido e desenhado pelas mãos de Amber e por mais que fosse claro o que significava procurou na caixa o restante da surpresa. Retirou um par de sapatinhos de seda em tons negros exatamente como a roupa que usava naquela noite e quando finalmente se deixou entender o que era aquilo tudo olhou para Amber que o fitava com os olhos inundados.

— Você está grávida? — Perguntou entre um riso nervoso e um misto de choro e alegria. A imperatriz fez que sim e não demoraram segundos para que ele se levantasse e a pegasse nos braços, rodopiando com ela pela sala de jantar. Presos em um abraço de felicidade.

— Eu vou ser pai! — Ele disse — Habib, vamos ter um filho! — Repetia para ele como se não pudesse crer.

— Sim, teremos um filho. — Ela falou selando os lábios no dele. — Você gostou da surpresa? 

— Essa é a melhor surpresa que já recebi... shukran Amber... — Falou emocionado — Eu pensei... pensei que nunca poderíamos ter um bebê, depois de tanto tempo... depois do que aconteceu... Allah nos abençoou tanto, me abençoou tanto ao mandar você para mim...— Lhe disse acarinhando seu rosto enquanto a mantinha presa em seus braços. — Você é tão linda... tão linda — Falou a observando atentamente.

— Ainda há mais uma coisa... — Amber falou em seu ouvido.

— O que? 

— Sente-se... pegue o mel e as uvas... Esta noite eu vou dançar pra você.

Estaria o destino lhes presenteando tão divinamente? Estariam os caminhos em perfeita trégua com o universo que costumava ser tão traiçoeiro? Quem saberia dizer? Ao menos naquela noite nada poderia abalar aquela união e muito menos arruinar tamanha felicidade. 

O tempo curava e também trazia muitas alegrias e ao menos naquela noite tudo o que se podia fazer era festejar.



Eu não disse que daríamos um salto no tempo? rsrs

Confesso que esse capítulo deixou meu coração quentinho... 

Mas será que teremos plena felicidade até o fim dessa história? Quem sabe o que o destino reserva para os nossos personagens....

Quero muitos comentários, hein?! E não se esqueçam de votar.

Beijossss, volto em breve.

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