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Capítulo XXIX

 — Fico feliz que esteja aqui — Amber disse chorosa ao abraçar o irmão após uma longa conversa — Sinto falta de todos vocês, todos os dias — Falou acarinhando a face do príncipe.

— Os primeiros dias sem você foram difíceis... — Ele comentou triste — Mama ficou sem comer por dias e se recusou a sair do quarto. Jade... bem lidou como você já sabe, só espero que tudo se resolva. — Suspirou pensativo — Papa... — Deu um riso nervoso enquanto pensava sobre o sheik — Fingiu que tinha tudo sobre controle, mas sei que ele sente sua falta.

Amber o escutava com atenção, imaginando como cada um de sua família reagiu a sua ausência. E embora esperasse uma reação mais calorosa por parte do pai, não se surpreendeu ao saber que Said seguia com a vida sem que fosse afetado pelo acontecido. Ao menos era o que as atitudes dele demonstravam, e a imperatriz se sentia ainda mais culpada por tudo.

— Am.. Não foi sua culpa — Jasper disse — Sabe disso, não sabe? Aquele canalha... aquele homem lhe usou para tentar conquistar nossas riquezas. Foi tudo um plano minha irmã... — A olhava com pesar.

— Não sei se isso me consola de alguma forma — Ela respondeu secando uma lágrima — Eu pensei... — Negou com a cabeça — Eu imaginei que ele tivesse gostado de mim, eu... quis que ele tivesse me amado. Ele parecia me entender, parecia tão disposto a conhecer o meu mundo... Ah Jas... Ele parecia ser diferente, alguém que não se importaria com a minha riqueza, alguém que me aceitaria como eu sou.

— Amber... — Ele disse segurando suas mãos — Você sempre teve esse alguém.

— Ele me odeia, Jas — A imperatriz disse sabendo que ele se referia a Robert — Ele olhou nos meus olhos e disse que me odiava. Ele nunca vai me perdoar, ele jamais poderia me amar outra vez.

— Um amor não se desfaz assim. — Respondeu-a — Ele teria lutado mais por você. Eu sei que teria.

Ela não evitou um riso irônico. Se levantando da cama incomodada com o aperto em seu peito.

— E o que é que você sabe sobre o amor, Jas? — Arqueou as sobrancelhas para o irmão. — De todo modo, não importa. Não importa mais. Estou casada... esse sempre foi o meu destino, só não sabíamos disso.

— Ele também se casou. — Revelou — É uma jovem muito bonita... Parece feliz. — Comentou vendo a irmã fitá-lo sem reação.

Amber não sabia ao certo o que doía mais. O ódio que imaginava que o joalheiro sentia por ela, o fato de que ele a amava e ela sequer percebera durante toda a sua vida, ou saber que outra já havia ocupado o lugar que seria o seu.

— Ela está aqui? — Perguntou baixinho

— Sim, os encontrei quando cheguei. — Respondeu — Aliás, se me permite... o que eles fazem aqui? — Perguntou confuso.

— Eu ainda não sei, Jas. — Ela respondeu absorvendo aquelas informações — Temos de voltar ao baile. Vamos, me acompanhe. — Disse, estendendo o braço pra ele.

*

O jantar estava sendo servido naquelas horas. Os diversos convidados se dividiam entre as mesas enquanto degustavam das especiarias das culinárias árabes e indiana. Amber, fizera questão que a cultura dos dois reinos estivesse presente em cada canto do castelo, assim se sentia mais próxima de casa.

Helena passara boa parte do tempo vagando pelo salão, conversava com outras ladys e apreciava as atrações de dança que ocorriam. No entanto, era nítido que Robert estava evitando sua presença e o que mais lhe incomodava era não saber o por que. Seguiu então para os jardins onde sabia que o encontraria

A neve ameaçava cair outra vez e a dama se encolheu ainda mais em seu casacão felpudo, andando apressadamente logo se deparou com um pequeno jardim de plantas secas, incomum até mesmo para o clima invernal.

O avistou sentado no único banquinho que havia ali, observando os finos flocos que caiam enquanto seus olhos fitavam o céu cinzento escuro.

— Robert... — O chamou — Posso me sentar aqui?

O joalheiro fez que sim, se afastando para dar espaço para que ela se sentasse ao seu lado.

— Em qualquer outra situação estaríamos comprometidos — Comentou entre risos — Bem... estamos de certa forma.

Novamente ele concordou, se mantendo em silêncio.

— O baile está lindo, pensei que poderíamos jantar agora. — Disse remexendo as mãos em seu colo nervosamente — Disseram-me que as comidas estão magníficas, não está com fome? Não comeu durante a viagem... e...

— Não sinto fome — Se limitou a responder.

Helena engoliu seco e respirou profundamente. Não iria se abalar com a falta de tato do joalheiro, ela mesma já tivera seus momentos de rispidez.

— Quando pretende me contar o que está havendo? — Questionou incisiva.

— Não há nada... — Respondeu passando a mão pelos cabelos — Deveria voltar e se divertir, quero ficar mais um pouco aqui. — Disse sem olhá-la.

— Robert... — Tentou tocar suas mãos, mas ele afastou — Pensei que fossemos amigos. — Disse confusa — Eu posso ajudá-lo... se me contar o que está acontecendo com você.

O joalheiro bufou.

— Não deveria se preocupar tanto comigo, milady.

— Tem razão — Ela respondeu fazendo com que ele a olhasse — Mas não sou conhecida por seguir regras, muito menos imposições que você pensa serem corretas. — Suspirou alto — Não pode me acompanhar no baile, treinar por dias um casamento falso e me deixar sozinha agora. Ou você vai me contar o que está escondendo ou pegarei a primeira carruagem de volta para a Rússia.

Robert percebera que a dama não desistiria, e cada uma de suas palavras eram tão verdadeiras quanto sua presença ali. E por fim, sem saída contou-lhe. Não toda a história, mas o que de fato o machucava tanto a ponto de não conseguir respirar no mesmo ambiente que a imperatriz.

— Eu a amava. — Ele disse vendo Helena arregalar os olhos. — Eu a amava com todo o meu coração. — Não hesitou um riso nervoso ao passar as mãos pelos cabelos. — Eu a amava mas nunca fui o homem certo para ela.

— Você está falando da imperatriz? — Questionou embora suspeitasse da resposta.

— Eu a amava... — Ele repetiu

— O que aconteceu? — Perguntou pegando de leve em suas mãos

— A vida. — Disse sucinto — No fundo a culpa foi minha...

— Como assim?

— Eu estava lá, Helena. Eu sempre estive ao lado dela, eu a vi crescer... nossos pais eram muito amigos e eu... Eu estava lá, entende? — Perguntou meio perdido — Eu deixei que ela se apaixonasse por outro, deixei que ela me visse galantear todas as amigas, deixei que ela pensasse que eu jamais poderia sentir algo assim por ninguém. Eu não lutei o suficiente... eu deveria ter lutado mais por ela, deveria tê-la feito me enxergar.

— Robert... — Ela disse num perfeito sussurro — Ninguém manda no coração... como pode se culpar por algo que não lhe cabia?

— Ela teria me escolhido se eu tivesse deixado claras as minhas intenções e sentimentos... em vez de me esconder numa máscara de libertino e bom amigo.

— Você não sabe se ela...

— Eu sei que ela teria me amado. — Interrompeu-a — Talvez não no começo, mas com o tempo ela teria me amado... ela teria me escolhido.

— Acha que ela o ama? — Perguntou vendo um vinco confuso em seu rosto — O imperador... acha que ela o ama?

— O coração de Amber sempre pertenceu a si mesma, leva um tempo até que se deixe sentir qualquer coisa por alguém. — Disse — Mas não posso julgar nesse momento, porque eu não sei, Helena.

— Como pode conhecer tão bem o coração de alguém?

— Amber sempre foi um enigma, desde muito nova...— Respondeu como se estivesse se lembrando — Mas seu coração sempre foi muito bondoso... teimoso... e livre. Ela sempre precisou de um empurrão para que fizesse algo, sempre pedia a minha opinião sobre tudo. Nunca fora muito corajosa, mas era impulsiva e embora nunca dissesse em voz alta, sempre amou a família. Sei que se casou com ele para proteger a família, sei que fez tudo o que fez por causa deles. — Respirou profundamente — Eu sei que...

— Não precisa continuar se não quiser, eu não queria fazê-lo chorar — Falou vendo que lágrimas brotavam dos olhos azuis do joalheiro.

— Não importa mais... — Disse limpando o rosto — Ela está casada. Vivemos em mundos diferentes agora. Não me adianta em nada conhecer tão bem aquele coração, se ele nunca será meu.

Robert não conseguia esconder certo rancor em sua fala. Nunca tinha dito em voz alta, tais coisas. Sequer havia falado para alguém sobre seus sentimentos e agora estava ali se abrindo para a última pessoa que precisava escutar suas amarguras.

— Não podemos ter tudo o que queremos nessa vida, afinal. — Helena disse lhe sorrindo brevemente. — Acho que está na hora de voltarmos ao baile, milorde. — Falou levantando-se do banco aguardando-o fazer o mesmo.

*

Aziz estava furioso.

Antes parecia triste, mas aquela sensação de impotência o deixava em fúria. Então sequer se preocupava em ser simpático com os convidados que lhe cumprimentavam enquanto andava pelo salão do baile. Os conselheiros o fitavam com certo desgosto, o que lhe causava calafrios de ansiedade. Já está claro que o Czar e sua esposa haviam enviado representantes o que por si só era uma lástima e o fato de ser o joalheiro, piorava a situação em altos níveis.

— Aziz, onde você estava?! — Ouviu a voz da mãe atrás de si.

— Resolvendo problemas, como sempre — Respondeu com sarcasmo.

— Ora, não resolveu nada! — Disse entredentes, evitando chamar atenção dos convidados. — O que o irmão dela está fazendo aqui? E o que significa a presença daquele amigo dela?

— Por que sempre acha que eu tenho todas as respostas?

— Porque deveria ter, Aziz. — Respondeu sem paciência — Não os quero aqui.

— Não cabe a você decidir.

— E cabe a quem então?

— A mim. — Disse — Somente a mim.

Deixou então a rainha onde estava e prosseguiu sua caminhada pelo baile, com a cabeça repleta de mil pensamentos um tanto desagradáveis. Aquela noite estava arruinada para o imperador.

*

— Jas... sabe que sua presença não é bem-vista aqui — Amber alertou o irmão ao retornarem para o salão. — Mas conversarei com Aziz, você poderá ficar o tempo que for necessário, sei que fez uma longa viagem.

— Shukran, minha irmã. — Agradeceu — Acho que vou me misturar entre os convidados, assim não chamarei atenção.

Amber imediatamente riu.

— Por que está rindo? — Ele questionou

— Jas... olhe para você. — O analisou tediosamente — É impossível que passe desapercebido. — Disse o que fez o príncipe revirar os olhos. — Embora... eu ache um exagero o que dizem de sua beleza. — Completou zombeteira.

— A sua sorte é que és minha irmã, duvido que resistiria a minha beleza se não fosse. — Lhe devolveu uma piscadela.

Amber sentiu seu coração esquentar, era bom ter alguém da família por perto, afinal. O príncipe se despediu e seguiu em direção ao outro canto do salão, enquanto a imperatriz entre um suspiro e outro de preocupação se colocou a procurar pelo marido.

Ela, por mais que estivesse confiante de que aquela noite seria um divisor de águas para o reino, que seria um marco onde finalmente uma mulher seria ouvida pelo conselho e seria levada a sério por todos aqueles governantes, sentia seu corpo inteiro tremer.

A firme estrutura que havia construído entre seus sentimentos e o restante do mundo, entre seu passado e o presente o qual vivia havia se abalado. E mesmo que dissesse para si mesma que deveria manter o foco no que havia de fazer aquela noite, seu coração ansiava por vê-lo outra vez, desejava pousar seus olhos naquelas íris azulinas. E como se aquela verdade pudesse ser vista estampada em seu rosto, encontrou Aziz que a observava com a feição aparentemente decepcionada.

— Aziz — Ela o cumprimentou, lembrando-se que desde que o baile iniciara ainda não haviam se falado.

— Amber — Devolveu cordial — Foi uma bela apresentação — Comentou sem olhar em seus olhos.

A imperatriz hesitou.

Talvez fosse possível que ele não tivesse visto Robert? Ela ousou pensar, mas logo descartou a possibilidade. Aziz era um cavalheiro, era óbvio que tinha conhecimento da presença do joalheiro no castelo mas era nobre demais para comentar o fato com ela.

— Sim... — Ela respondeu sem jeito — Os convidados pareceram gostar. Sua mãe tinha razão, afinal.

— Ela quase sempre tem razão. — Respondeu despreocupado. — Seu irmão...

— Por favor, deixe que ele fique. — O interrompeu com o pedido. — Sei que estou pedindo muito, mas é a minha família. Por favor, Aziz. — Suplicou baixinho

O ruivo bufou contido, como poderia negar aquilo? Como poderia dizer não a mulher que amava? Como poderia mandar a única alegria que ela tivera em meses embora?

— Está pedindo muito. — Ele repetiu as palavras dela. — A presença dele no castelo pode ser considerada traição, um conflito de interesses entre os reinos... sabe disso.

— Eu sei, mas ele fez uma longa viagem... é desumano mandá-lo embora quando acaba de chegar. — Ela respondeu — Ele não causará nenhuma confusão, falarei com ele.

— Não se trata disso, Amber. — Engoliu seco — Seu pai... seu reino tem alianças diretas com o reino britânico. Parte da Índia é território ocidental, e estamos travando guerras contra eles nesse momento. Como eu vou explicar a hospedagem de um inimigo em meu castelo?

— Ora Aziz! — Exclamou, chamando atenção de alguns convidados — Isso é absurdo, Jasper não é o inimigo aqui.

O imperador se calou, percebendo os olhares destinados aos dois que pareciam discutir calorosamente no meio do baile.

— Me acompanhe. — Ele disse — Conversaremos em outro lugar.

Assim, Amber se calou se dando conta do mesmo e resolveu segui-lo em direção aos anexos. A ala do castelo havia ficado isolada por conta do evento e não havia nada ali do que poucos guardas protegendo o recinto.

— Saiam — Ele ordenou.

Os guardas imediatamente se retiraram, deixando que os dois soberanos ficassem ali sozinhos. Aziz, que até então se mantinha de costas para a imperatriz parecia respirar pausadamente, como se precisasse se controlar.

— Aziz? — Ela o chamou, tocando em seu ombro — Você está bem?

— Você ainda o ama... — Disse virando-se para ela, que o olhava confusa.

— Ora... é meu irmão — Respondeu perplexa — É claro que...

— Não é dele que estou falando. Seu irmão pode ficar. — Cortou-a. — O joalheiro, eu vi a maneira que o olhou.

Amber soltou o ar que prendia sem perceber. E ali estava a prova de que o imperador havia visto Robert no salão, e do quão estava magoado pelo instante em que os olhos dela se perderam ao vislumbrar o joalheiro.

— Não sei do que está falando — Disse nervosamente

Aziz riu em ironia.

— Eu pensei que nunca mais teria que me preocupar com ele, que nunca mais teria o desprazer de ver aquele rosto... — Falou enquanto seus punhos se cerravam ao lado do corpo — Você o olhou de um jeito que nunca me olhou, não tente mentir para mim Amber. — Disse magoado

— Aziz...

— Tudo bem, eu sei... — Falou — Vai dizer que não tem culpa por ele estar aqui hoje? Tudo bem, Amber. Eu já sei disso... — Riu outra vez — Mas me diga... fale olhando para mim que a presença dele não mexeu com você. E que se não fosse todas aquelas pessoas presentes no baile você teria se jogado nos braços dele.

A imperatriz não conseguiu negar.

Não conseguiu negar embora em sua imaginação uma cena diferente teria acontecido se tivesse a sós com Robert. Não ousou pensar em beijá-lo ou se deixar cair nos braços do europeu. E por mais que todos aqueles fatos pudessem ser reais em qualquer perspectiva, nenhum deles havia passado por sua mente. Não naquela noite. E se desesperou ao perceber que Aziz não deixaria que a estadia dele no castelo fosse calma e tranquila

— Aziz... — Disse outra vez

— O que? — Respondeu impaciente

— Olhe para mim — Falou se aproximando dele, segurando o rosto com suas duas mãos. — Olha para mim... — Pediu novamente. — Eu paralisei porque não esperava vê-lo, porque pensei que depois de tanto tempo ele poderia estar morto... porque apesar de você não acreditar... ele era meu melhor amigo, tudo o que eu tinha antes de você. — Disse vendo que ele a fitava profundamente ouvindo suas palavras. — Por favor, não seja tão cruel comigo... não faça isso. Eu fique apenas surpresa, apenas isso...

Aziz tentou desviar o olhar, parecia não conseguir acreditar nas palavras dela.

— Ele queria se casar com você, ele brigou com aquele homem por você, ele foi preso por você. — Disse tentando se manter polido. — E você teria se casado com ele... se eu não existisse e não houvesse uma ameaça contra o seu reino, você teria se casado com ele.

— Por favor... — Ela pediu ainda o fazendo olhá-la nos olhos — Pare de pensar no passado, eu não... eu não sei o que teria acontecido, mas eu sei o que aconteceu e nós estamos aqui agora, Aziz. — Disse enfática — Nós estamos aqui, e estamos casados. É com você que eu durmo e acordo todos os dias, é com você que fiz votos perante Allah e perante o povo. — Fechou os olhos sentindo as lágrimas pesarem — Então apenas pare... pare de dizer estas coisas...

— Amber — Ele sussurrou — Eu vi.. Você estava...

— Me beije — Ela ordenou o interrompendo. — Me beije agora, Aziz. Eu não estou pedindo, estou ordenando que me beije. Agora.

E assim o fez, selando os lábios um no outro. Primeiramente sem parecer que desejava aquele beijo, mas logo depois abriu passagem para que a língua da imperatriz explorasse sua boca. Ela o prendeu com braços ao redor de seu pescoço puxando os fios vermelhos rentes a nuca, beijando-o fervorosamente até que perdesse o fôlego.

— Eu estou beijando você — Ela disse — Os meus beijos são seus, Aziz.

— Isso não muda...

— Pare — Ela pediu — Aonde quer chegar com tudo isso? O que pretende conseguir me acusando? O que vai fazer? — Perguntou exasperada

— Se eu pudesse acabaria com a vida dele agora mesmo — Respondeu sem arrodeio fazendo Amber arregalar os olhos — Eu não sou burro Amber... eu sei o que vi e se não passasse tanto tempo desejando receber o seu amor, já teria mandado que o retirassem daqui. E nesse momento ninguém se lembraria da existência dele.

— Age como se eu tivesse traindo-o. — Respondeu amarga — Eu já lhe expliquei... por favor Aziz — Ela disse — Estou implorando que esqueça isso. Robert está casado, mesmo que eu tivesse sentimentos por ele não poderia vivê-los. Não vê? Não percebe o quanto isso é infundado? — Questionou — Eu estou casada com você...eu estou aqui... com você. — Falou aproximando os lábios dos dele outra vez.

— Eu preciso de mais... Amber — Ele disse — Eu preciso saber que é minha, preciso saber que não sente mais nada por aquele joalheiro. Eu preciso...

— Me faça sua. — Ela pediu não deixando que ele terminasse a frase.

— O que? — Perguntou confuso — Aqui?

— Sim, me faça sua agora — Respondeu ao mesmo tempo que abaixava as mangas do vestido.

Aziz imediatamente conferiu se não havia ninguém ali, e logo percebeu que a música do baile estava tão alta e que as novas atrações de dança haviam começado que era improvável que alguém fosse até os anexos. Mas por precaução se colocou de costas para o corredor, onde poderia esconder Amber caso algum curioso aparecesse no recinto.

Pegou-a no colo fazendo-a prender as pernas em sua cintura enquanto lutava para retirar as próprias vestes. A bainha do vestido subiu revelando as coxas torneadas de Amber que eram apertadas com firmeza por uma de suas mãos.

— Teremos que fazer isso rápido — Ele disse beijando o pescoço dela.

Amber continuava enlaçando os braços ao redor do pescoço do imperador, atenta ao corredor a sua frente que permanecia quieto e silencioso. A respiração entrecortava em antecipação por fazer algo tão impróprio, e sentiu o ar lhe faltar ao ser preenchida por Aziz. Os dois arfaram, e embora apreciassem o sexo calmo e repleto de carícias que podiam durar horas, uma estranha excitação fazia parte daquele momento, fazendo com os corpos estivessem em chamas clamando por um delicioso e desconhecido prazer. 

O imperador se ocupou em manter um ritmo constante, enquanto abafava os gemidos dela com seus beijos molhados. O corpo de Amber logo deu indícios de que se aproximava do abismo quente e repleto de volúpia que os movimentos de Aziz a levavam, e assim ousou gemer ainda mais alto se apertando ao redor dele.

— Vamos Amber... se derrame para mim — Sussurrou em seu ouvido, ao aumentar o ritmo prendendo os cabelos negros da imperatriz entre seus dedos. — Vamos... vamos... habib.

— Aziz...

Amber revirou os olhos ao sentir seu desejo pulsar, as pernas bambearem e uma avassaladora sensação lhe atingir dos dedos dos pés a cada parte de seu corpo num arrepio perfeito, e assim abriu os olhos extasiada sentindo Aziz se derramar dentro de si. Teria dito alguma coisa enquanto o marido gemia em seu ouvido, teria o beijado enquanto chegavam juntos ao ápice daquele momento, teria relaxado o corpo e se soltado um pouco apenas para observar o rosto de Aziz ao lhe fazer sua. 

Mas como poderia se no corredor silencioso e escasso de luz aqueles olhos infinitamente azuis a fitavam?

E naquele instante, o seu muro de sentimentos desabou. E soube que Aziz estava certo, porque mesmo que estivesse em seus braços, ao ver Robert tudo o que desejou era que fosse ele. Desejou que fosse o joalheiro quem a segurava no colo e lhe dizia palavras de amor no ouvido. Desejou que fosse olhando naquelas piscinas azuis que sempre chegasse ao êxtase. E desejou que aquele sentimento sumisse assim como ele apressadamente fugiu dali, sem deixar qualquer rastro de sua presença.

— Você foi perfeita... — Aziz disse lhe tirando de seu transe — Perfeita... e minha... — Falava beijando-lhe o ombro retirando-se dela, ajudando-a a tocar novamente o chão. — Me desculpe pelo que falei, sei que não tem nada a ver com a presença daquele homem aqui e sei que não tem sentimentos por ele. Me desculpe, eu não devia duvidar de você. Eu te amo — Falou abraçando-a, beijando o topo de sua cabeça.

Amber fechou os olhos sentindo seu peito arder. Sabia, que embora não desejasse que Robert tivesse presenciado aquela cena, era a única maneira de manter Aziz e o conselho longe do joalheiro. Era a única maneira do imperador deixá-lo em paz e com sorte, ele sairia das terras otomanas com vida. 

O destino podia perfeitamente ordenar os caminhos tortuosos pelos quais eles passariam, mas os sentimentos? Quem poderia mandar neles, que se mostravam tão rebeldes e inconsequentes?

EEEEEITA LERE LERE.. nem sei o que dizer sobre esse capítulo, apenas isso.

Só fico pensando em Robert vendo essa última cena. Eu mesma fiquei em choque escrevendo. 

Deixem seu comentários, nunca pedi nada pra vocês kkkk 

p.s: Como eu já havia comentado no outro cap, só saberemos o que Jasper foi falar sobre Jade no livro dela, tá? 

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