Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XVIII

A vida pudera ser considerada colorida e feliz um dia para a princesa. Embora durante seus vinte e três anos tivesse tido uma pequena porção de tristezas – essas que não assolaram apenas ela mas como também toda sua família – ela não tinha muito do que reclamar.

No entanto, costumava se apegar às lembranças fatídicas de sua infância e juventude. É claro, levando em conta que não tinha muita idade para ter vivido grandes coisas não existiam lembranças suficientes para que pudesse dizer que sofrera muito na vida.

Estava no harém aquela tarde, ouvindo ao longe o falatório de Fátima que insistia em fazê-la aprender como ser uma verdadeira otomana – embora soubesse que jamais de fato seria uma –, havia desistido de tentar fugir. Aquela semana estava intensa, com o dobro de afazeres e o triplo de horas dedicadas às mais diversas atividades.

Álgebra, linguagens, história, aulas de etiqueta e música, e para sua felicidade um pouco de dança. A rainha era exigente e Amber precisou reaprender tudo o que um dia pensara que já sabia. De fato era certo que as mulheres não tinham de todo modo acesso à aqueles conteúdos e apesar de tudo a princesa gostara de ter aprendido e conhecido um pouco do mundo que era apenas dos homens. No entanto, ainda assim se sentia exausta.

"Você vai precisar escolher como deseja ser chamada...", "Sultana, imperatriz, princesa ou quem sabe até rainha...", "O povo quererá chamá-la, e precisam saber como..." – Fátima continuava a falar, mas Amber prosseguia perdida em seus pensamentos deixando que voz da rainha ficasse em plano de fundo. – "Reclamas agora, mas quando tiver seus filhos, me agradecerá."

A princesa então captou aquela palavra, aquela pequena palavra em meio a tantas coisas que a rainha dizia. E engoliu seco fechando seus olhos enquanto sua respiração entrecortava a fazendo transpirar nas mãos.

"Filhos?" – Ela pensou – "Nunca os terei. Nunca." – O pensamento lhe parecia perturbador.

De olhos ainda fechados suas lembranças a levaram ao passado.

*

Era um verão pelo menos dez anos ou mais antes daquele dia em questão, a seca assolava as terras indianas e fazia com que as belas flores dos jardins não sobrevivessem por muitos dias. Amber se lembrava muito bem daquele fatídico dia.

Fim de 1802 – Índia

– Vamos meninas, me companhem! – Safira dizia em completa animação – Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó... – Repetindo as notas do piano enquanto o som quase que estridente preenchia o salão dourado.

Amber e Jade com seus respectivos doze e dez anos riam contagiadas pela alegria da mãe em tocar o instrumento. Naquela tarde as duas meninas tocariam o primeiro arranjo musical que haviam aprendido com sua tutora de música e arte, e Safira como a bela pianista que era jamais perderia a oportunidade de tocar com as filhas.

O salão estava cheio e por muitos anos fora assim. Sentadas nas almofadas se encontravam as tias Núbia e Ranya acompanhadas de seus maridos e de seus filhos que ainda eram muito pequenos. Logo ao lado deles estava Soraia, que sempre ficava em pé durante as reuniões familiares, dizia sentir sua coluna arder quando ficava sentada e ninguém – é claro – ousava questioná-la.

Said costumava assistir as apresentações de dança e também musicais diretamente de sua poltrona que ficava próxima a lareira no extremo do salão. Ouvira sempre as filhas reclamando que o local era muito longe, que ele deveria se sentar no meio do salão como todos os outros. Mas Said apenas dizia que enxergava muito melhor de lá.

Amber sempre pensou que ele não apreciava aqueles momentos, embora vez ou outra Safira intervisse dizendo que o sheik tinha os ouvidos sensíveis e o barulho estridente o fazia sentir dor. No entanto, a versão ainda muito infantil da menina se recusava a acreditar.

Ainda comtemplando a apresentação havia Jasper, o outro irmão. Não era difícil encontrar o menino, bastava apenas procurar por Soraia ou pela avó – onde naquele instante – era com quem ele estava. Ao lado de Haya ele fitava as irmãs com certo desinteresse, certamente querendo brincar de luta com os amigos. Mas contrariando todas as vontades do jovem rapazinho para a família Al-amin-Manum aqueles momentos eram preciosos demais para serem perdidos.

E por fim, sentados nas últimas almofadas estavam Zayn e Layla. A tia as olhava com profunda admiração enquanto sorria para Amber a incentivando a continuar. A sultana acariciava calmamente uma imensa barriga de grávida escondida apenas pela abaya azul que usava. Amber se lembrava de sorrir de volta para a tia enquanto dava o seu melhor no piano.

Raramente eles iam a Índia por conta das obrigações de Layla como sultana e de Zayn como ainda comandante do exército, e a pequena princesa amava aquelas visitas longas e inesperadas.

Ao final das apresentações o sol já começava a se despedir e todos tomavam chá reunidos em volta da mesinha baixa colocada no centro do salão dourado. Conversavam animosamente como a grande família que eram.

– Você foi maravilhosa, Amber – a tia Layla que estava sentada ao seu lado a elogiou – Muito melhor do que sua mãe era na sua idade – Disse dando uma piscadela para a menina.

– Shukran, tia Layla – A princesa agradeceu feliz – Posso fazer uma pergunta? – Questionou desta vez mais séria.

– É claro, habib – Sorriu ao respondê-la acariciando os cabelos escuros da menina.

Amber parecia escolher bem suas palavras pois usou ao menos dois minutos antes de falar. Seus olhinhos dourados passeavam analisando a tia e por fim, respirando fundo para criar coragem, perguntou:

– Quando eu me casar, também terei um bebê? – Sua fala era curiosa, enquanto fitava a barriga da tia

– Hã... – Layla pareceu pensar sobre como responderia – Se Allah quiser, tenho certeza que não terá apenas um bebê mas sim vários, como sua mãe teve. – Disse calmamente

– Mas... Allah pode não querer? – Questionou arqueando as sobrancelhas

Layla engoliu seco. A menina não era nova demais para aquelas questões?

– Habib... não se preocupe com isso – Sorriu condescendente – Ainda é muito cedo para pensar em filhos.

– Mas os criados disseram que a senhora não podia ter filhos – Ela revelou – Eu os ouvi dizendo isso muitas vezes – Disse confusa – E agora terá um... Allah não queria antes?

Layla não escondeu sua tristeza ao ouvir aquilo. Era verdade que demorara muitos anos para que engravidasse e que evidentemente a sultana era cobrada por todos para que concebesse um herdeiro para seu trono. Era óbvio que os criados comentariam aquele tipo de coisa.

– Bem, tudo acontece em seu devido tempo, Amber. – Respondeu com a voz embargada – Allah mandou o meu bebê na hora certa – Disse sorrindo outra vez, embora algumas lágrimas tivessem se acumulado no canto de seus olhos.

Amber pareceu entender balançando a cabeça positivamente. Aquelas respostas teriam bastado para ela, e talvez nunca mais em sua vida ela questionaria o tempo de Allah e todas as vontades dele. Mas poucos minutos depois ouviu a tia gemer de dor e se curvar segurando instintivamente a barriga.

Imediatamente Amber viu as mulheres de sua família se aproximarem da sultana e a segurarem antes que caísse no chão. Amber jamais esqueceu do rastro de sangue que pintou as vestes azuis da tia e o olhar apavorado que lhe pintava a face. A princesa era jovem demais para entender o significado de tudo, mas naquele momento ela soube.

"Será que isso aconteceu porque eu perguntei?" – Ela pensou, se sentindo culpada de certa forma.

Os minutos seguintes foram tão rápidos que sequer conseguiu acompanhar todos os acontecimentos. Levaram Layla as pressas para um quarto enquanto os gritos dela ecoavam pelo castelo. Enquanto Amber se lembrava de Anekin tê-la pego pelas mãos e a levado até os jardins, mas embora a criada se esforçasse em distraí-la nada podia evitar que ela escutasse o que acontecia.

Ela nunca soube de todos os detalhes daquela noite, mas antes de dormir a notícia já havia se espalhado entre a criadagem. Sua tia dera a luz a um menino, e ele nascera morto.

*

Amber se questionou por muito tempo se aquela havia sido a vontade de Allah, e se a dor que sua tia sentira pelos anos seguinte faziam parte dos planos dele. Era difícil para uma menina de dez anos entender as dificuldades da vida, mas aos vinte e três ela entendia e a ideia de conceber um filho lhe causava pânico.

– Preste atenção, menina! – Foi despertada de seus pensamentos ao ouvir Fátima gritando em um de seus ouvidos – Você precisa andar ereta, com as mãos juntas à sua frente como se descansassem em seu colo. Jamais andar rápido, mas também nunca lentamente. Precisa ser firme.

– Mas.. – Tentou dizer ainda atordoada com sua mente perversa.

– Não me interrompa – Alertou – Sempre olhe para frente, mantenha a cabeça erguida e fite o horizonte. Jamais olhe para as pessoas que lhe deram passagem, e só entre em um lugar quando todos se reverenciarem a você. – A rainha prosseguiu.

– Isso é absurdo! – Amber reclamou – Não serei indiferente com as pessoas – Bufou inconformada cruzando os braços ao redor do corpo.

– Não é ser indiferente, é sobre ser respeitada. – Fátima retrucou – Quando te reverenciam é porque te respeitam, e tenha certeza que quando chegar a hora vai querer isso. Vai precisar saber que o povo está ao seu lado e que tudo o que vem de você é bom.

Amber suspirou cansada, estavam a horas no harém e Fátima parecia ainda ter milhares de coisas para ensinar a ela, principalmente sobre o casamento e sobre os filhos.

– O que seus filhos vão pensar se você não for respeitada pelo seu próprio povo? – Fátima continuou falando, e a questionou exasperada – Não pense que entregarei meu reino em suas mãos para que você o leve a ruínas.

– Eu não...

Amber pensou em contar. Pensou em deixar claro que aquele não era o plano dela. Mas como ela falaria para a rainha – e sogra – que jamais queria tê-los? Quando o futuro do reino dependia justamente dos herdeiros que ela traria ao mundo.

– Você não o que? – A rainha questionou parando em sua frente com a feição tediosa

– Nada – Ela respondeu guardando seus pensamentos para si.

– Pois bem... – Fátima não insistiu – Agora vou te ensinar como...

A rainha voltou a falar e a falar, mas Amber não estava mais ali outra vez.

"Quando seus filhos nascerem, me agradecerá por estar te ensinando tudo isso."

Aquela frase martelava em sua mente, e a atormentou durante dias.

*

Dias depois

Aziz não vira mais a princesa depois daquela noite. A noite. Como ele gentilmente chamou em sua mente. Deitado em sua cama relembrava de cada detalhe daquele momento inesperado entre os dois.

É claro, talvez tivesse sido inesperado para Amber, mas o futuro imperado ansiava por beijar os lábios fartos da princesa por muitos dias.

Quando exatamente aquela atração ocorreu ele não soube ao certo, no entanto percebeu que quando se tratava de Amber em momento algum ele havia pensado com clareza. Não pensou duas vezes antes de quebrar a garrafa e levá-la consigo para o reino vermelho, não pensou quando fazia ameaças de que infernizaria sua vida e com toda certeza não pensou quando a agarrou naquele corredor do castelo.

Suspirou profundamente enquanto tirava os finos cabelos ruivos que caiam em seus rosto. Aziz havia procurado pela princesa pelos dias seguintes ao beijo, mas ela se manteve ocupada no harém por horas que ele sequer conseguia contar e então – o que poderia ser verdade – ele imaginou que Amber estava evitando-o.

O casamento havia sido marcado para a semana seguinte, mesmo contra todos os protestos de Fátima que insistia em dizer que não haviam motivos para tanta pressa. O que – ao menos para Aziz – parecia extremamente contraditório, quando a própria rainha decidiu atravessar o deserto para fazer Amber se casar com ele.

Todas as notícias referentes a princesa vinham através de Samira, que passava longas horas em seu quarto apenas lhe contando como havia sido o dia de Amber. Outra vez não soube dizer quando ficara tão interessado nos afazeres da princesa e do quanto se preocupava com a maneira que a rainha poderia tratá-la.

Mas segundo sua irmã, Amber nunca demonstrava qualquer reação contrária ou a favor com relação ao casamento, aos ensinamentos da rainha ou quando o nome dele era citado em uma conversa. Era difícil decifrá-la.

Aziz então se virou pela cama sentindo a ansiedade o consumir por inteiro. Precisava vê-la, precisava saber que não havia estragado tudo com aquele beijo. Precisava olhar em seus olhos dourados e ver que não havia cometido um erro, precisava saber se ela também sentia o mesmo. Assim, se levantou vestindo-se com a capa vermelha escura e pesada e se destinou aos aposentos da princesa.

*

Amber tomava um banho quente na enorme banheira que havia em seu quarto. De todas as coisas que odiava naquele reino a que menos lhe causava ódio era a banheira negra adornada de pequeninos cristais, que a luz do dia eram imperceptíveis enquanto à luz da noite iluminavam todo o ambiente. Era linda, ela sabia. No entanto, se tornava mais fácil dizer odiar tudo, até mesmo aquela banheira.

Estava cansada, seus pés pareciam arder por ter ficado tanto tempo em seus sapatos um tanto apertados e seu corpo estava marcado pelos corseletes que tinha de usar por debaixo dos volumosos vestidos otomanos. Suspirou profundamente desejando que os ensinamentos da rainha, por fim, se cessassem, mas logo negou com a cabeça imaginando que mesmo que em uma semana fosse estar casada, Fátima continuaria atrás dela.

Mergulhara na água deixando que seus cabelos se molhassem e pesassem em suas costas. A sensação da água quente em contato com seu corpo era quase que sublime, sorriu ao se sentir relaxando. Tocou os lábios numa tentativa de eliminar o excesso de água que caia em gotas por sua face e imediatamente se lembrou dele. Se lembrou de Aziz.

A princesa não havia encontrado o futuro imperador outra vez e se pegar pensando nele naquele instante era quase que assustador para ela.

– Eu não deveria pensar naquele... naquele... por Allah! – Dizia em voz alta carregada de frustração pois sequer conseguia completar totalmente a frase.

Amber pensava ainda poder sentir o toque dos lábios dele nos seus, mesmo após tantos dias. Como Aziz com seu jeito altivo e presunçoso poderia deixá-la como que sem palavras? Como ele tivera coragem de lhe dar um beijo quando não negava a ninguém que não se afeiçoava a ela? E naquele instante, ela mesma não conseguia entender seus próprios questionamentos pois quando pensava em Aziz nada mais fazia sentido.

Estava cansada. E não era mais só o corpo. Era a mente, que incansavelmente pensava e pensava. Parecia ter problemas demais sobre suas costas e teria responsabilidades demais sobre suas mãos. Seus olhos se inundaram de repente de lágrimas, e de um desespero que ela nem sabia que sentia. Amber queria gritar, mas tudo parecia preso dentro dela.

Abdul, Robert, Aziz... todos aqueles nomes navegavam em seus pensamentos. Um a havia enganado e por causa dele toda aquela confusão começara. O outro ela mesma partira seu coração quando o abandonou naquela cela. E ainda havia o ruivo que insistia em deixá-la completamente confusa com suas mudanças de temperamento – e é claro – com o qual seu destino já estava traçado.

Safira, Jade, Jasper e Said, sua família lhe aparecia como miragem e no fundo de seu coração ela desejou poder lhes dizer o quanto sentia saudades. A princesa sentia falta do calor acolhedor da Índia, das ruelas lotadas de pessoas diferentes, do colorido das vestes e do cheiro das flores que paira por todo canto. Sentia falta dos festivais e das danças. Sentia falta do abraço confortável da mãe, das conversas com a irmã, das brincadeiras com o irmão e incrivelmente por mais magoada que estivesse com ele, sentia muita falta de estar com seu pai.

Amber sentia falta de ser ela mesma, e nunca pensou que sentiria até estar longe de seu lar e precisar se transformar em outro alguém.

Sua lágrimas continuavam a cair quando ela mergulhou na banheira então outra vez, ficando embaixo d'água tempo além do que era permitido humanamente. Amber não era conhecida por dar alto valor a sua vida, e naquele momento ficara muito claro. Ali enquanto seu corpo era envolto pela água já morna e seus olhos viam apenas o cintilar da luz que iluminava o quarto emanada das velas que eram refletidas no teto, a princesa sentiu-se em paz. Finalmente em paz.

Ali tudo parecia funcionar de um jeito bom, como se os meses no reino otomano fossem mera ilusão e que a qualquer momento ela acordaria daquele pesadelo. Ali no fundo da banheira Amber sentiu que podia fugir de tudo, pois era o que a sua alma desejava.

Quando exatamente decidiu que não queria mais emergir da água não soube ao certo, mas parecia certo apenas ficar ali até que a água finalmente invadisse seus pulmões e ela não pudesse mais retornar para aquele mundo.

*

Aziz nunca havia pensado que seu coração pararia por tal coisa. É claro, nos últimos tempos muitas coisas que aconteceram sequer estiveram em seus pensamentos um dia, mas a imagem que via em sua frente não chegava perto de nada que já o havia atingido de alguma forma.

Ele saira de seu quarto decido a ver Amber e lhe dizer tantas coisas que nem se lembrava mais. O futuro imperador imaginou ter todas as frases prontas na ponta de sua língua e as diria em voz alta frente a frente com a princesa. Ela não teria como recuar, não teria como afastá-lo. Mas toda a voz de Aziz parecia ter se perdido no ar, pois fitava a enorme banheira negra como se não pudesse crer no que via.

Correu então em direção a ela quando finalmente sua mente se conectou com seu corpo, não se importando em molhar suas vestes quando desesperadamente seus braços a trouxeram para cima. Estava desacordada e os olhos verdes de Aziz procuravam nela qualquer sinal de vida.

– Sua tola... – Ele dizia embora ela não pudesse ouvir – O que pensou que estava fazendo?

Ele então a retirou completamente da banheira, Amber usava uma fina camisola de banho e por instantes ele agradeceu por isso, prendeu então o corpo dela ao seu e a levou até a cama. Deitando-a lhe ocorreu que precisava tirar a água que a afogava, pegou inúmeras toalhas para aquecer o corpo que já havia perdido o bonito dourado que lhe pintava. E assim começou a massagear na altura de seu peito, indo e vindo enquanto o corpo desacordado da princesa lutava em permanecer imóvel.

– Vamos... Vamos... acorda, acorda – Ele falava enquanto freneticamente continuava a massagear e fazer pressão no tórax dela. – Você não pode morrer, Amber... não pode morrer.

Os lábios fartos de Amber estavam arroxeados e seu corpo tinha a temperatura tão fria quanto a neve invernal, Aziz perdera as contas de quanto tempo fazia que estava ali tentando acordá-la. Seus braços começavam a ficar dormentes e sua própria respiração começava a falhar pelo grande esforço. Pensara em chamar ajuda, mas como poderia deixá-la ali enquanto procurava por alguém?

– Allah... por favor – Ele pedia – Por favor, não a leve agora... por favor – Dizia sentindo suas lágrimas escorrem por seu rosto e inevitavelmente caírem sobre o corpo de Amber. – Você não pode morrer, não pode... não aqui, não ainda... eu ... eu ...

Aziz não pôde concluir sua frase.

Uma tosse foi o que indicara que ela havia voltado. Imediatamente ele saiu de cima dela e em completo alívio passava as mãos pelos cabelos quase como se não acreditasse. Amber cuspia uma quantidade significativa de água e enquanto seus pulmões reclamavam pela falta do ar.

O futuro imperador suspirou cansado e acabou chamando a atenção dela que até então se concentrava em voltar a vida. Os olhos de Amber então se arregalaram ao vê-lo ali e instintivamente se encolheu cobrindo-se com as toalhas que estavam ao seu redor.

Aziz não sabia ao certo o que se passava na mente dela, mas os olhos dourados emitiam um misto de culpa e dor. E era tão grande que ele pensou ser capaz de sentir em seu próprio corpo. Ela então começou a tremer e ele rapidamente foi acender mais velas e colocar mais lenha na lareira.

Não sabia o que falar. Mas o que exatamente ele falaria?

– Porque me salvou? – Ele ouviu a voz ainda fraca de Amber perguntar

Ela continuava o olhando com aquelas íris douradas que pareciam faiscar, tão profundamente que Aziz se sentiu nu na frente dela. Como se Amber pudesse enxergar sua alma.

Porque ele a salvou? Por dentro Aziz quis sacudi-la com tanta força por lhe fazer aquela pergunta. E porque ele não a salvaria? Talvez fosse a pergunta correta. No entanto, guardou seus pensamentos para si.

– Não poderia deixá-la morrer, não hoje. Não desta maneira. – Respondeu sério caminhando em direção a cama – O que estava pensando? – Questionou embora não soubesse se deveria ter feito aquela pergunta.

Amber ficou calada, acabando por desviar o olhar e respirar profundamente, o que acabou ocasionando uma nova crise de tosse.

– Eu... – Ele pigarreou – Eu... não podia deixá-la morrer. – Disse outra vez

– Tornaria tudo mais fácil, Alteza – Ela por fim respondeu, se recostando na cabeceira da cama enquanto se encolhia em meios as toalhas.

– Não, não tornaria – Ele negou com a cabeça – Seria muito difícil viver em mundo sem você.

Ele não esperava revelar aquilo, e ao ser fitado outra vez pela princesa não soube ao certo o que ela havia sentido. Mas no fundo, ele desejou que o brilho que se acendeu nos olhos dela fosse... Bem, ele desejou que significasse algo.

É meu povo... nada está tão ruim que não possa piorar. 

Nossa princesa está sofrendo muito com tantos acontecimentos... e bem parece que um certo futuro imperador está... como eu poderia dizer... se apaixonando? 

Deixem seus comentários! Quero saber se estão gostando do rumo da história. Volto o mais rápido possível rsrs

Bom fim de semana <3

p.s: Tivemos um pequenino spolier do livro Maktub...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro