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Capítulo XVII

 —Pensei que faria de minha vida um inferno, alteza —Amber chamou a atenção de Aziz ao falar e se aproximar do pequeno jardim o qual ele havia a chamado. – Vejo que não costuma cumprir suas ameaças. – Disse claramente o provocando enquanto cruzava os braços ao redor de seu corpo.

O futuro imperador observava tranquilo a paisagem do jardim sem demonstrar qualquer emoção e suspirou de modo profundo ao ouvir a voz da princesa. Por dentro Aziz se controlava ao perceber a ironia nas palavras de Amber, embora ele não pudesse se defender daquele fato. A verdade é que já estava cansado de lidar com tantos compromissos ao mesmo tempo e repassando todas aquelas semanas em sua mente percebeu que travar uma guerra com a princesa não era nada inteligente.

Passeou os olhos sobre ela que o fitava com a costumeira feição altiva como se o desafiasse o tempo todo, como se esperasse qualquer fala errada dele para lhe dar uma resposta pronta e bem-feita. Ele gostava disso nela.

— Considere uma trégua, princesa. - Respondeu direto— Não pretendo postergar meus insultos a sua pessoa, ao menos não neste momento. - Disse vendo Amber arquear uma das sobrancelhas. – Embora eu deva lhe avisar que minhas ameaças não costumam ser em vão.

— Não acredito em suas palavras. - Respondeu fria —Não acredito em nada do que me escreveu naquela carta e sequer acredito que de fato deseje uma trégua entre nossas desavenças. – Falou sucinta fazendo-o engolir seco suas palavras.

E continuou.

– Mas lhe darei um voto de confiança, apenas porque minha vida nas últimas semanas têm sido um verdadeiro martírio e imagino que me casar com você não chegue perto disso. – Falou ainda muito séria, medindo cada uma de suas falas e a forma como elas atingiam Aziz.

Amber observou o homem a fitar esperto e exprimir um mínimo sorriso no canto de seus lábios. Imaginou ser ironia. Aquelas expressões inesperadas de Aziz faziam seu sangue ferver.

— A Rainha costuma ser exigente... – Ele comentou calmo sabendo que Amber se referia ao tempo que passava ao lado de Fátima.

Ele vira que a Amber estava aprendendo com ela como ser uma verdadeira governante, e ele sabia o quanto a princesa estava sofrendo nas mãos da rainha.

– Apenas faça o que ela manda e não terá muitos problemas. – Disse concluindo seu comentário.

— Não saí de meu reino para me tornar capacho de sua mãe, Aziz. – Disse com visível irritação o chamando pelo nome, o que fez o futuro imperador a olhar surpreso pela falta de formalidades — Eu tinha uma boa vida, tinha a minha família e amigos. Eu era alguém... e agora... não passo de uma sombra que segue a Rainha por onde ela vai, obedecendo suas regras e concordando com seus caprichos. Vendo-a humilhar as pessoas e me obrigando a fazer o mesmo! - Revelou e seus olhos encheram de lágrimas.

Aziz aspirou o ar frio que batia em seu rosto, em momento algum naquele tempo em que a princesa estava no castelo lhe passou pela mente que doeria nele vê-la daquela forma.

Por instantes tudo o que ele queria era poder abraçá-la e dizer que daria um jeito na situação, que ela não precisaria agir de modo cruel com ninguém. O futuro imperador sabia que aquela não era a princesa, Amber jamais poderia ser alguém que machuca e fere propositalmente e ele teve medo que Fátima pudesse transformá-la em sua pior versão.

— Eu sinto muito, princesa — Foi tudo o que ele disse.

Mas Aziz tinha muito mais a dizer.

*

Naquela mesma hora através da janela do último andar do castelo Fátima observava os dois com extrema curiosidade. A rainha havia se sentado no parapeito escuro enquanto tentava — de maneira falha — descobrir o que os dois faziam sozinhos no jardim.

As sobrancelhas ruivas teimavam em se arquear como se exprimissem os pensamentos de Fátima, estampando em sua face o quanto aquela cena a incomodava.

"Mas não era o que você queria?" - Se questionou - " Quanto mais cedo se casarem mais rápido poderemos recuperar a riqueza do reino, e o respeito que perdemos ao longo dos anos."

Logo uma careta se formou em seu rosto como se discordasse daqueles pensamentos que a importunavam. Respirou pausadamente vendo que a princesa após minutos em pé havia se sentado ao lado de Aziz. E que contrariando todas as regras existentes os dois estavam próximos demais.

"Eles ainda não podem se casar..." - Pensou desta vez - "Ela ainda tem muito o que aprender. Se Aziz se apaixonar nunca mais poderei ensiná-la a minha maneira. Ele a protegerá de mim."

Bufou irritada, Fátima odiava quando os acontecimentos fugiam de sua alçada. Odiava quando não tinha o controle de sua própria vida e da vida dos seus em suas próprias mãos. Se levantou do parapeito colocando-se a caminhar de um lado ao outro de seu quarto, pensando em como poderia atrasar ainda mais o casamento dos dois.

– Afundará o chão se continuar pisoteando como uma fera – A voz estridente de Mimi se fez presente em seus ouvidos a fazendo parar sua caminhada pelo quarto.

Fátima desejou revirar os olhos, detestava a cunhada tanto quanto odiou Murad – o cunhado morto – no tempo em que ainda era imperador das terras vermelhas. Havia algo naquela família que lhe causava ânsia.

– Mirhima... – Disse se virando para encontrá-la a observando – O que faz aqui? – Questionou o fato de estar em seu quarto.

A tia de Aziz e Samira sabia que não era bem-vinda nos aposentos da rainha. Ano após ano o abismo de hostilidade entre elas se aprofundava ainda mais, no entanto tinha assuntos inadiáveis a tratar com Fátima.

– Precisamos conversar sobre a princesa – Disse e logo o olhar tedioso que Fátima destinava a ela se tornou pura curiosidade.

— Sim? – Disse a fim de fazê-la continuar o que dizia.

– Há muitos murmúrios pelo castelo – Disse seriamente – Os criados estão comentando coisas sobre ela e Aziz.

– Não deveria chamá-lo pelo nome, tenha mais devoção... Mirhima – A censurou e a outra sentiu o desgosto exalar da boca da Rainha.

– Não há motivo para formalidades quando o assunto é sério, rainha – Respondeu

– Pois bem – Fátima suspirou já cansada – Continue...

E então Mirhima se colocou a descrever os fatos piamente, sem deixar que qualquer detalhe que tenha chegado aos seus ouvidos passasse desapercebido.

O que diria a princesa se soubesse que sua confidente das tardes de chá e boa conversa, entregava à rainha seus maiores segredos?

De fato, Amber e Aziz estavam noivos mas de modo algum poderiam ter se encontrado durante as noites, se quer poderiam estar sozinhos em aposentos fechados sem que tivessem alguém acompanhando. E por Allah como diriam os mais velhos, ela jamais poderia ter passado a noite em seu quarto.

Eram haraams demais e aqueles pequenos trunfos eram tudo o que Fátima precisava para ameaçar Amber e continuar com seu plano. A rainha sabia que uma princesa presava muito por sua honra, principalmente Amber.

– Shukram por sua sinceridade, Mirhima. – Agradeceu apenas pela boa educação – Agora já pode se retirar daqui

No entanto, a cunhada não se moveu e continuou a fitando como se esperasse por algo.

– O que deseja ainda? – Arqueou a sobrancelha em questionamento – Há algo mais que eu preciso saber? – A mulher negou com a cabeça e Fátima quis matá-la ali mesmo por fazê-la perder tempo. – Então...? – Disse exasperada gesticulando com a mão suspensa no ar.

– Pensei que pudesse me conceder a permissão para arranjar um marido, para que eu possa finalmente me casar. – Falou esperançosa, sequer parecia a mesma mulher que entregara os segredos de quem dizia ser amiga.

Fátima não pôde se conter e uma gargalhada se esvaiu de sua garganta, tão alta que podia ser ouvida por todos os andares do castelo.

– Você? – Perguntou apontando para Mirhima enquanto tentava parar de rir – Ora por favor... olhe para você Mirhima... acaba de revelar informações da princesa para mim, e se fosse em outro caso teria destruído qualquer chance dela se casar com Aziz ou outro homem. E agora você quer reivindicar o direito de se casar?

O escárnio e a ironia eram visíveis em Fátima, não só em suas palavras mas em todos os trejeitos. Era inacreditável – até mesmo para ela – que a cunhada fosse capaz de tal ato.

Logo viu os olhos de Mirhima se encherem de lágrimas, as quais ela insistia em tentar segurar dentro dos olhos castanhos. Fátima a detestou ainda mais.

– Não é de se admirar que seja uma Ibrahim – Comentou enojada – É tão baixa e suja quanto seu irmão e todo aquele povo miserável de sua família.

– Você se casou com um de meu irmãos – Respondeu altiva

– Aleff foi o único homem que prestou nesta família – Disse profundamente irritada pela insinuação da outra – Não ouse falar dele! – Gritou perdendo a compostura.

Fátima não suportava ter que falar sobre o marido, ainda doía como doera a mais de vinte anos. E aquela dor só lhe fazia sentir ainda mais ódio de Amber. Ódio de todos.

Saber que a princesa havia crescido com a presença de um pai enquanto Aziz e Samira tiveram que suportar uma infância conturbada pelas loucuras do tio Murad pois o pai deles havia sido morto, aquele fato fazia a ira borbulhar na rainha.

– Quero apenas poder me casar, Fátima – Mirhima pediu outra vez – Me deve isso! É responsável por mim! – Bravejou

Mirhima era a mais nova dos irmãos Ibrahim, e sendo a única mulher entre eles não tinha nenhum poder para tomar decisões por si. A vida inteira sempre esteve a sombra de seus irmãos e arranjar um casamento bom e próspero para ela dependia exclusivamente deles.

Embora tenham tentando casá-la quando era ainda muito jovem, os compromissos do império sempre vinham em primeiro lugar e cada vez mais a otomana via seu sonho se distanciar quando uma guerra por territórios os assolava.

Seria egoísta pensar em matrimônio quando guerreiros e inúmeras pessoas morriam pela guerra, doenças e fome. Mas então, tantos anos depois viu sua vida cair nas mãos de Fátima. Após a morte dos irmãos Ibrahim, a rainha se tornou responsável por todo o império e isso incluía Mirhima. No entanto, ela nunca deixou que a cunhada se casasse.

– Não irá se casar. – Respondeu sucinta – Tivemos essa conversa a muitos anos, e eu me lembro bem que era apenas uma menina. Agora que está mais velha deveria entender que o seu casamento está fora de questão, Mirhima. – Disse se virando outra vez para a janela.

A conversa acabara distraindo Fátima e quando a mesma olhou novamente para os jardins, o futuro casal já não estava mais ali. Bufou irritada, pelo que parecia a milésima vez.

– O que ganha me punindo desta maneira? – Perguntou exasperada – O que ganha me mantendo neste castelo?

– Se quer saber... – Deu de ombros – Absolutamente nada. – A olhou então com uma expressão vazia – Te mantenho aqui apenas pela diversão. – Disse esboçando um sorriso sarcástico.

– Você é uma...

– Sugiro que controle sua boca, Mirhima... – Fátima a alertou – Agora, se retire de meus aposentos. Não quero mais olhar em sua face. – Falou fazendo um sinal com a mão para que os guardas retirassem a cunhada de lá.

Fátima então massageou as têmporas se sentindo exausta. Já não era mais a jovem mulher que de um dia para o outro assumiu um reino. Ela estava cansada.

Por fim, se dando por vencida pelo dia que sequer havia terminado foi se deitar na enorme cama felpuda de seu quarto. Suspirou uma e outra vez, observando o vazio ao seu lado. Uma das mãos acariciava o espaço que sobrava na cama, e instintivamente uma lágrima escapou de seus olhos.

Sentia falta dele.

— Ah... Aleff – Disse em voz alta – Você saberia o que fazer...

A verdade era que Fátima apenas cumpria as ordens e os pedidos que lhe foram dados logo no início de seu casamento com o imperador. No fundo sentia pena de Mirhima, mas tratá-la daquela maneira era tudo o que podia fazer para afastar a cunhada de um possível casamento. Ela nunca poderia se casar, e Fátima era a única – viva – que sabia o porquê.

*

– Imagino que o assunto lhe deixe entediada, princesa. – Aziz comentou vendo que Amber parecia caminhar ao seu lado apenas pelos bons modos, embora seu rosto demonstrasse que estava desconfortável.

Aziz esperava que fosse apenas com os preparativos e não com ele.

– De fato – Ela concordou – Mas não é isso que me chateia – Revelou fazendo-o parar a caminhada e fitá-la esperando uma explicação.

A princesa deu de ombros, algo que sabia que não deveria fazer na frente de um pretendente. Mas era Aziz, então não chegava a se importar com as regras de etiqueta.

– Sinto falta de minha família – Ela disse e seus olhos emitiam sua tristeza – Nos casaremos e eles não estarão ao meu lado. Meus irmãos... – Suspirou com pesar – Eles adoram festas e bem... eles saberiam o que me dizer caso fosse preciso. – Disse e aquelas palavras viam do seu mais íntimo.

Aziz sabia disso. Ele conseguia sentir a emoção dela, e o vazio que a família longe lhe causava.

– A rainha não se agradaria com a presença deles aqui – Aziz falou – Além disso, é uma longa viagem... e as fronteiras não estão seguras.

– O que quer dizer? – Questionou o olhando com um franzir na testa – Meu pai é um sheik... duvido que com todos os seus homens eles não viagem com segurança.

– As fronteiras são perigosas – Ele disse – Até mesmo para o sheik – Completou antes que ela retrucasse outra vez – Os tempos estão instáveis, princesa. O ocidente quer tomar as terras orientais, há perigo para todos nós.

– E-eu não sabia disso – Disse levemente assustada com aquela informação. – O quão isso é terrível?

Aziz suspirou, aquele não era um assunto para mulheres – com exceção da Rainha –, mas talvez não fizesse mal conta a ela, afinal seria sua esposa em breve.

– O suficiente para nos prepararmos para uma grande guerra, princesa. – Revelou – Tão grande quanto possa imaginar, o suficiente para dizimar todo o reino.

Amber imediatamente arregalou os olhos e levou uma das mãos a boca em completo terror.

– Mas... quem iria para guerra? – Questionou de repente tomada por uma intrigante curiosidade – Você iria? – Disse o olhando atentamente.

O futuro imperador sabia que não poderia desconversar, ou sequer inventar algo. Amber era esperta demais para isso.

– Fui treinado para isso, princesa. – Respondeu seco, embora não tenha sido sua intenção – Um imperador deve proteger o seu reino, é meu dever estar na linha de frente. É meu dever lutar pelo meu povo e proteger a minha família. – Explicou

– Eu entendo – Ela respondeu de repente se sentindo estranha – Acho que podemos terminar de falar sobre os preparativos agora – Disse voltando a caminhar – Veja... há uma mesa de chás preparada ao fim do jardim – Comentou tentando disfarçar que havia sido afetada pelo que Aziz lhe contara.

Aziz apenas concordou com a cabeça. Logo então, sorriu de lado sabendo que ele era quem havia pedido para que preparassem aquela mesa de chás e se sentiu aliviado por ter agradado Amber de alguma forma.

– Permita-me dar um palpite sobre a festa – Falou a acompanhando até o local arrumado para a tarde entre os dois.

– E o que seria? – Questionou o olhando de lado

– Gostaria que tudo fosse em tons de dourado e vermelho – Comentou – Ficará muito...

– Otomano? – O interrompeu – Prefiro que seja tudo colorido, assim como os casamentos indianos. – Disse com um sorriso que iluminou seu rosto.

– Não somos indianos, princesa – Ele retrucou – Além disse, estamos no meu reino. Devemos seguir a tradição. – Disse convicto.

– Parece que isso já estava decidido, alteza – Disse com certo desdém – Sendo assim não vejo o porque pediu minha ajuda. – Resmungou.

Aziz bufou.

Amber também.

– Está bem, será colorido. – Ele disse vendo que a princesa permaneceria emburrado pelo restante da tarde. – Como você desejar... – Suspirou se recostando na poltrona almofadada que havia ali

Amber não conteve seu sorriso de satisfação.

– Fico feliz que tenhamos chegado a um consenso, alteza. – Falou sorridente e com puro escárnio em seu tom de voz – Veja bem... gostaria de um cerimonia pequena, se possível sem que todo o reino seja convidado.

Aziz arqueou as sobrancelhas para ela. Parecia ponderar sobre o pedido. Não era grande coisa, ele sabia. Mas com toda certeza a rainha não iria gosta nenhum pouco daquilo.

– Está bem, faremos como a senhorita desejar... – Por fim disse – Mas saiba que os otomanos apreciam as tradições, o povo ficaria feliz em conhecê-la.

– Está dizendo isso para que eu me compadeça da situação? – Perguntou enquanto bebericava um pouco do chá-preto – Apenas não quero ser o centro das atenções, temo que sua mãe fará o possível e impossível para que esse casamento seja tudo menos o mais calmo e simples de todo o reino. – Disse resignada.

O futuro imperador sabia que era verdade. Porém jamais concordaria com Amber em voz alta, ia além dos limites que ele mesmo estabelecera entre eles.

– Quanto aos alimentos...? Alguma objeção? – Perguntou mudando o rumo do assunto

– De modo algum, gosto de tudo. – Respondeu francamente – Mas gostaria que tivesse docinhos de figo. São os meus preferidos.

Ela revelou aquela pequena informação com tanta felicidade que Aziz sentiu seu coração bater quase que de maneira errada. Para o futuro imperador era absurda a forma como ela o fazia odiá-la e admirá-la em questão de segundos.

– Direi ao meu cozinheiro pessoal que faça os melhores doces de figo, alteza – Respondeu com um sorriso quase cúmplice.

Amber no entanto, não deixou de notar que ele havia parado de fazer objeções as suas escolhas. Muito pelo contrário, Aziz concordava com tudo o que ela dizia. Aquela constatação a fez franzir o cenho e fitá-lo com certa intensidade.

– O que houve? – Ele questionou vendo que ela o encarava.

– O que está planejando? – Perguntou desconfiada – Por que está concordando comigo? – Cruzou os braços ao redor do corpo enquanto aguardava uma resposta.

Aziz a encarou de volta, cruzando os braços de modo igual. Naquela posição Amber tinha uma visão privilegiada do futuro imperador. Os cabelos ruivos estavam soltos, a barba volumosa que adornava seu rosto pálido contrastava perfeitamente com o verde-claro dos olhos dele. E a túnica azul que usava só o deixava ainda mais encantador.

Amber suspirou quase que encantada, quase que distraída.

– Não planejo nada, princesa. – Ele respondeu – Tenha um pouco de fé em mim – Ele pediu, embora ela sentisse ironia em sua voz.

– Está certo – Se deu por vencida – Bem... – Disse olhando para os lados do jardim e, por fim, para o céu que naquele instante era pintado por tons azulados e róseos. O dia estava acabando – Está na minha hora, vou me recolher.

Ele apenas concordou em silêncio ainda a observando.

– Eu a acompanharei até seus aposentos – Disse se levantando para dar-lhe o braço.

– Não acho que seja necessário – Ela tentou se esquivar – Conheço o caminho, alteza.

– De fato – Ele concordou – Mas eu insisto. – Disse com os olhos fixos nos seus.

E então ela soube que não teria outra escolha.

No caminho de volta ao palácio e então até seus aposentos permaneceram em silêncio. Não havia muito o que falar. Talvez estivessem guardando no mais profundo, seus pensamentos sórdidos e seus insultos mais baixos. Afinal, concordaram com uma trégua.

O vestido verde da princesa arrastava pelo piso escuro enquanto os sapatos de Aziz batiam no chão e aqueles mínimos ruídos era tudo o que se ouvia além de suas respirações. Segurar nos braços do futuro imperador era estranho para a princesa, mesmo que muitos pedaços de pano separassem o toque de suas peles era como se Amber pudesse sentir o calor que emanava de Aziz e aquilo a causava um confuso frio na barriga.

Suspirou ao ver que se aproximavam da porta de seu quarto, e instintivamente apressou o passo fazendo com ele a olhasse pelo canto dos olhos.

– Com pressa para se livrar de mim, princesa? – Questionou com certa diversão

– N-não... eu não estou – Gaguejou falhando totalmente com sua postura séria – Estou cansada, anseio por me recolher logo.

– Fico feliz em saber que minha companhia não lhe causa repulsa – Comentou com diversão outra vez – Talvez devesse rever suas opiniões sobre mim

Aziz observou com clareza o revirar de olhos da princesa. Não sabia o quanto adorava vê-la irritada, até vê-la de fato.

– Minhas opiniões sobre o senhor alteza continuam as mesmas – Respondeu com certa grosseria – Com sua licença, tenha uma boa noite. – Disse fazendo menção que abriria a porta de seu quarto.

No entanto, Aziz a segurou por um dos braços e a fez virar-se para olhá-lo. O pequeno puxão que ele lhe dera, fez com que ficassem próximos, muito próximos. Amber fechou os olhos sabendo que não deveria se permitir estar com ele daquela maneira de novo.

Aziz a olhava com tanto fervor que a princesa sentiu seu rosto enrubescer, os olhos banhados pelas luzes das tochas acessas quase podiam refletir o dourado dos seus. Amber engoliu seco ao sentir o perfume dele se espalhar pelo mínimo espaço que havia entre os dois. Era amadeirado, ela tinha certeza.

Conteve um gemido de satisfação.

O que a princesa não sabia era que Aziz contia muito mais que satisfação, segurando delicadamente o queixo dela a fez olhá-lo da mesma maneira que ela a olhava. Ele não dizia absolutamente nada e Amber sequer sabia o que pensar.

– Que Allah me perdoe... – De repente ele falou e ela não soubesse se havia escutado direito, mas não teve tempo para pensar.

Um beijo nada tímido pedia passagem por sua boca farta e rósea. Os braços de Aziz a haviam colado em seu corpo eliminando qualquer espaço que os separava antes. Os braços dele a seguravam, apoiando as mãos nas costas dela a mantendo firme. Por puro instinto a princesa fechou os olhos e suas mãos que até então permaneciam soltas no ar se prenderam ao redor do pescoço do futuro imperador. Os lábios dele ainda insistiam pelo contato com os seus, a fazendo arfar pelo toque tão íntimo.

Amber então cedeu. E o beijou, com todo o ódio que dizia sentir por Aziz.



Capítulo enorrrrrme!

Fátima sempre cheia de segredos... e inimigos...

 Entre tapas e beijos esse casal... não é que eles finalmente cederam aquele fogo todo que estava rolando a dias? 

Aguardaremos as cenas dos próximos capítulos... muitas emoções estão por vir.

Deixem seus comentários, e não se esqueçam de votar.

Ah! Antes que eu me esqueça... quero deixar registrado aqui o meu agradecimento por cada um de vocês que leu o primeiro livro da série. Safira ultrapassou os 80k de leituras e eu não poderia estar mais feliz. Muito obrigada, e espero que Amber seja tão amada por vocês quanto Safira foi

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