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Capítulo XLIII

Amber estava em seus aposentos, observando Danúbia brincar com Nuri. O castelo otomano, com suas paredes escuras e decoração gótica, parecia ainda mais opressivo naquele dia. Ela não conseguia afastar a preocupação com Helena e a carta que tinha lido anteriormente, a qual detinha em suas mãos mais uma vez. Suspirava profundamente sentindo sua cabeça quase entrar em combustão com tantos pensamentos.

Amber já estava exausta daquilo tudo. Da guerra, da saudade que sentia de Aziz, da falta de informações e de algum poder em suas mãos. Um poder de verdade, quase que mágico, ela desejava. Queria poder voltar no tempo, queria ter impedido Aziz de sair daquele castelo, queria ter feito mais, qualquer coisa que fosse.

Safira entrou silenciosamente, percebendo a inquietação da filha.

- Amber, você parece tão distante. Está tudo bem? - perguntou com sua voz suave tentando trazer algum conforto.

Amber olhou para a mãe e sorriu levemente.

- Estou apenas preocupada, mama. A notícia sobre Helena me pegou de surpresa. Não sabia que ela estava grávida e agora saber que Robert é pai... é muita coisa para processar.

Safira sentou-se ao lado da filha, observando as crianças brincarem com certa nostalgia. Talvez estivesse se recordando dos próprios filhos em tempos de paz e alegria na Índia.

- Eu entendo, minha querida. Mas você fez a escolha certa ao enviar ajuda. Helena e Isabel precisam de apoio agora mais do que nunca. Uma mulher não deve ser desamparada em um momento tão delicado... - Disse com os olhos marejados - Um bebê tampouco.

Amber suspirou, segurando a mão da mãe.

- Espero que a ajuda chegue a tempo. Não posso suportar a ideia de perder mais alguém... mesmo que nós não sejamos amigas, mesmo que talvez nunca tenhamos qualquer proximidade depois que tudo isso acabar... eu sinto que é minha obrigação. Robert... ele não sabe de nada. - Disse já aos prantos - Está na guerra, alheio ao que está acontecendo com sua família... e eu sequer sei se ele está vivo. Ele.. papai... meu Aziz...

Safira acariciou o cabelo de Amber.

- O destino nos separa das pessoas que amamos de maneiras cruéis às vezes. - Safira comentou pesarosa - Mas você é forte, Amber. Robert e Helena encontrarão forças em seu amor, assim como você e Aziz. E sei que Allah irá os proteger.

Amber assentiu, mas não conseguiu afastar a sensação de melancolia.

- Sinto falta de Aziz todos os dias. E agora, com a guerra... tudo parece tão incerto.

- Aziz é forte e astuto, - disse Safira com convicção. - Ele encontrará uma maneira de voltar para nós. - Apertou-lhe as mãos tentando trazer à filha algum conforto - Mas, enquanto isso, precisamos ser fortes aqui. Por nós e por aqueles que dependem de nós.

*

Em um acampamento militar distante, onde a guerra rugia ferozmente, Aziz estava deitado em uma tenda de enfermeiras. O cheiro de antisséptico e ervas medicinais preenchia o ar, enquanto ele tentava se ajustar à sua condição. Suas feridas estavam enfaixadas, e ele ainda se sentia fraco e febril, mas sua mente começava a clarear. Uma das enfermeiras, uma jovem mulher de olhar atento e mãos habilidosas, se aproximou para verificar seus curativos.

- Como se sente hoje? - perguntou ela, sua voz suave e tranquilizadora.

- Melhor, graças aos seus cuidados. Mas me diga, onde exatamente estamos? - respondeu Aziz, esboçando um sorriso fraco. A enfermeira hesitou por um momento antes de responder.

- Estamos em território britânico, senhor. Você teve muita sorte de sobreviver aos seus ferimentos.

Aziz franziu a testa, pensando rapidamente. - Sim, fui capturado durante uma emboscada.

A mulher o olhava com curiosidade, como se desconfiasse dele. Mas não passava disso, não demonstrava além das feições qualquer outro indício de que o encheria com perguntas.

- Seus ferimentos estão quase fechados - Ela disse - Como eu disse... o senhor teve sorte. Se continuar assim em poucos dias já poderá andar outra vez. A maior preocupação era sua cabeça, parece que a bateu com muita força, provavelmente resultado de uma queda. - Dizia em tom despreocupado ainda avaliando Aziz - Felizmente você abriu os olhos e já está falando... Deus teve misericórdia de sua alma.

Aziz quase sorriu. Ouvir a mulher se referir a Allah como Deus era um tanto estranho para ele, mas sabia que ela dizia com boa intenção e com fé. No fim, era ao mesmo ser divino o qual serviam e acreditavam e para Aziz com certeza não havia outra explicação senão a mão de Allah sobre sua vida.

- Sim - se limitou a responder.

A enfermeira pareceu aceitar a simples resposta, concentrando-se em terminar seu trabalho. - Bem, continue a descansar. Você precisará de todas as suas forças para se recuperar completamente.

Enquanto a enfermeira cuidava de suas feridas, Aziz refletia sobre sua situação. Ele sabia que não podia revelar sua verdadeira identidade. Ser o imperador otomano em território inimigo poderia colocar sua vida em um perigo ainda maior. Sua mente trabalhava incansavelmente, planejando como poderia escapar e retornar ao seu império.

Seus pensamentos foram interrompidos por uma dor aguda quando a enfermeira apertou um dos curativos mais firmemente. - Desculpe, mas preciso garantir que não haja infecção. - Aziz respirou fundo, controlando a dor.

- Entendo. Agradeço por tudo o que está fazendo.

A enfermeira sorriu, satisfeita com seu progresso. - Faremos o nosso melhor para que você se recupere rapidamente. Rezarei por você esta noite. - Disse recolhendo o material que havia levado e se destinou a outro paciente que parecia igual ou pior a Aziz.

Enquanto a enfermeira se afastava, Aziz fechou os olhos, deixando seus pensamentos vagarem de volta para Amber e para o império. Ele sabia que precisava retornar, não apenas por seu próprio bem, mas pelo futuro de todos aqueles que dependiam dele.

*

Decisões difíceis.
Impossíveis.
Cansativas e detestáveis.

Amber estava sentada na ponta da longa mesa de mogno escuro, no salão de reuniões do castelo. O lugar parecia ainda mais frio e sombrio naquela manhã. As velas tremeluzentes lançavam sombras irregulares nas paredes, mas nenhuma luz parecia suavizar a atmosfera carregada. Os conselheiros a olhavam com expressões rígidas, suas testas franzidas em desaprovação.

Nuri estava ao lado de Amber, sentado em um pequeno banco, com as mãos inquietas repousando no colo. O menino, que não parecia intimidado pela grandiosidade do local, observava cada rosto com olhos atentos e curiosos. Ele usava roupas simples, mas limpas, que Amber havia providenciado especialmente para aquele encontro.

— Senhora... — começou Hassan, um dos conselheiros mais antigos, sua voz impregnada de informalidade e desconfiança. — Com todo respeito, precisamos questionar esta... decisão. Adotar este menino como parte da família imperial é um erro. Ele é um órfão de origem obscura, sem linhagem ou qualquer vínculo legítimo com o trono.

Amber cruzou as mãos sobre a mesa, mantendo uma expressão firme.

— Nuri não é apenas um órfão, senhor Hassan. Ele é uma criança com potencial, com uma mente ágil e um coração puro. Negar-lhe um futuro digno seria uma injustiça.

Outro conselheiro, Tariq, interveio, o tom de sua voz carregado de ceticismo:

— O povo aceitará isso como um sinal de fraqueza, majestade. Já foi difícil para muitos aceitar que uma mulher assumisse o trono. Agora, trazer para a corte um menino sem qualquer legitimidade...

— Legitimidade não é definida apenas pelo sangue, Tariq, mas pelas ações. — Amber o interrompeu, sua voz carregada de autoridade. — Nuri será educado, treinado e preparado para servir ao império. Ele terá a chance de se tornar algo que nenhum de nós pode prever agora, mas que certamente será grandioso.

Um silêncio incômodo pairou pelo salão, mas as expressões dos conselheiros deixavam claro que as palavras de Amber não haviam dissipado todas as suas dúvidas.

Hassan respirou fundo, como se reunisse coragem para abordar outro assunto que o incomodava.

— E quanto à ajuda enviada ao império russo? — Ele perguntou, olhando diretamente para Amber. — Sua decisão de apoiar Helena e o filho de Robert, apesar do histórico de conflitos entre nossos impérios, foi um ato imprudente. Muitos consideram isso um insulto às nossas tradições e à segurança do império.

Amber apertou os punhos sob a mesa, tentando conter a irritação.

— Helena está em uma situação delicada, e seu filho não tem culpa das guerras e conflitos do passado. Negar ajuda seria desumano.

Tariq se inclinou levemente para frente, sua expressão severa:

— Imperatriz, liderar não é apenas questão de compaixão. É também sobre estratégia. Ao enviar recursos a Helena, você coloca em risco a estabilidade do nosso próprio império. Já estamos enfraquecidos pela guerra.

Amber ergueu o olhar para encarar todos os presentes, sua voz ecoando pelo salão:

— Vocês acham que eu não sei disso? Cada decisão que tomo é um peso que carrego, e o faço porque acredito no bem maior. Se ajudar Helena e salvar uma vida inocente é um erro, então eu o cometo com plena consciência.

Nuri, que havia permanecido em silêncio até então, segurou a ponta da túnica de Amber, chamando sua atenção. Ela olhou para ele, e o menino sorriu timidamente, como se quisesse lhe dar forças.

Amber voltou a olhar para o conselho, agora com um brilho decidido nos olhos:

— Não abandonarei minha humanidade em nome de uma coroa. E não abandonarei Nuri, assim como não abandonei Helena. O futuro deste império não será construído com indiferença, mas com decisões difíceis e um coração firme.

Os conselheiros trocaram olhares, alguns murmurando entre si. Embora não estivessem convencidos, nenhum deles ousou desafiar Amber diretamente após suas palavras.

Quando a reunião terminou e os conselheiros começaram a deixar o salão, Amber se ajoelhou ao lado de Nuri, colocando uma mão em seu ombro.

— Está tudo bem, Nuri?

O menino assentiu, mas seus olhos estavam cheios de perguntas.

— Por que eles não gostam de mim? — Ele perguntou com uma inocência que partiu o coração de Amber.

Ela sorriu, puxando-o para um abraço.

— Eles apenas não entendem ainda, mas vão entender. Você é especial, Nuri. E vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que tenha o futuro que merece.

Amber sabia que a jornada seria longa e cheia de desafios, mas sentia, no fundo do coração, que estava no caminho certo.

*

*

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