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Capítulo XLI

— EU POSSO SABER O QUE SIGNIFICA ISSO?

Foi com o grito estridente de Fátima que a imperatriz acordou na manhã seguinte ao seu passeio no vilarejo. Demorou alguns segundos para raciocinar ao o que a sogra se referia com tanto espanto, mas abrindo os olhos logo viu o pequeno Nuri sentado na cama ao seu lado. E só restou a Amber suspirar quando percebeu a rainha parada na porta de seu quarto claramente esperando por uma resposta.

— Este é Nuri — Respondeu ainda sonolenta, esticando o braço para afagar os cabelos do menino.

No entanto, Fátima parecia esperar uma resposta mais bem formulada do que aquela.

— Quem é esse garoto? E o que ele faz aqui?! — Perguntou outra vez, cruzando os braços.

— Ele estava na vila, sozinho... e então eu o trouxe para cá — Tentou explicar, embora a rainha continuasse a olhando como se aquilo fosse o maior absurdo que já havia escutado.

— Se queria dar abrigo a esse pobre coitado poderia tê-lo deixado na ala dos criados, lá embaixo! — Gesticulou com as mãos — O que é que ele está fazendo na sua cama? Por Allah! Não sabe nem de onde saiu esse menino!

— Pare de gritar! Está deixando ele assustado! — Amber reclamou — Ele está aqui porque não estava conseguindo dormir no quarto que prepararam para ele. Mas logo ele irá se acostumar com o castelo, não é mesmo rapazinho? — Perguntou doce para o menino que escutava a discussão com bastante atenção.

Ele concordou em silêncio.

— Você só pode estar ficando louca, Amber! — Praguejou outra vez — Esse pobre... sujinho...

— Vai acordar Danúbia desse jeito, fale mais baixo! — Reclamou, enquanto observava que Danúbia milagrosamente ainda estava adormecida em seu berço — E por favor, não o chame assim!

— O que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa? — Safira adentrou os aposentos da filha depressa, ainda ajeitando o véu azul sobre a cabeça — O sol acabou de nascer e já estão brigando? — Questionou confusa olhando para as duas e então o viu — Quem é este?

Amber suspirou, teria de se explicar outra vez e muitas outras pelo que parecia.

— Prometo que darei uma explicação para as duas... depois. — Quase revirou os olhos — Primeiro quero que saiam do meu quarto, que me deixem tomar um banho e avisem Karli que me levantei... não sei o motivo dela ainda não está aqui. — Disse um tanto rabugenta — E só então, na sala do desjejum... quando todas estiverem devidamente civilizadas, conversaremos.

— Isso é um absurdo... — A rainha resmungou — Um completo absurdo...

Exprimiu um gemido de completa frustração e levantou-se depressa em direção ao lavabo. Não podia ficar mais um só segundo ouvindo as lamúrias de Fátima, tampouco sob o olhar curioso de Safira. Era possível que estivesse errada naquela decisão? O menino merecia mais do que viver na lama do vilarejo, não merecia?

Não demorou muito para ouvir os passos das duas se afastando e dando lugar aos apressados de Karli. A dama prontamente adentrou o local, carregando toalhas e roupas novas para a imperatriz, com feições sempre muito misteriosas para o gosto de Amber.

— Porque demorou tanto, Karli? — Questionou enquanto mergulhava parte do corpo na banheira

— Estava atarefada no harém, senhora— Explicou se abaixando na altura de Amber, para lhe ajudar no banho — Algumas damas precisavam de ajuda com os bordados.

— Você é minha dama, não das outras — Reclamou — Quando eu acordo você precisa estar aqui, meu banho precisa estar pronto e quente e minhas roupas separadas. Não é tão difícil, é?

— Sinto muito, senhora. Eu não poderia deixar de ajudá-las.

— Por que, Karli? Por que você não faz nada certo? Por que está sempre atrasada e com respostas prontas?

Questionou porque já não parecia certo suportar aquela situação. A dama parou com os esfregões sob as pernas de Amber, e fitou-a, com os olhos arregalados.

— Vamos, me fale... o que está acontecendo com você?!

— Não é nada, senhora... — engoliu seco — Sinto muito se eu não estou agradando... talvez seja melhor escolher outra dama. — Disse se levantando

Amber a segurou pelo braço.

— Eu quero a verdade, Karli. Já faz muito tempo que observo seu comportamento... sempre faz comentários ácidos e me olha de cima a baixo... tudo o que faz é com extremo mau gosto.

— Eu não...

— Fale agora ou eu mesma me encarrego de castigá-la. — Rosnou

— Eu o amo — Disse olhando nos olhos da imperatriz outra vez.

E aquelas palavras não pareciam fazer sentido algum para Amber. No entanto, não deixaram de fazer seu coração disparar em evidente nervoso.

— O que?! Quem? — Arqueou as sobrancelhas — Quem você ama? — Questionou incerta se gostaria mesmo de escutar uma resposta.

— O imperador... Aziz...— Respondeu deixando lágrimas caírem — Eu o amo e não suporto que você tenha sido a escolhida.

As unhas de Amber instintivamente se fincaram nos braços da moça.

— Do que é que você está falando? — Perguntou incrédula

Não podia acreditar naquilo. Não fazia sentido algum, não podia ser verdade.

Estava nua naquela banheira segurando os braços da criada que dizia amar seu marido, nem nos piores sonhos Amber imaginou que viveria uma situação daquelas. Tampouco imaginou qual seria sua reação ao ouvir tal coisa.

— Eu sempre o amei, desde muito antes de você pisar nesse castelo — Respondeu tentando puxar o braço das garras de Amber — Ele era gentil e bondoso com todas nós, ele sorria o tempo todo... se parecia muito com Samira. Mas quando você chegou... tirou dele tudo. E quando me escolheu para ser sua dama, todos os dias eu desejei ser a pessoa que iria tirá-lo daquela tristeza onde você o deixou.

Amber estava pasma. Quanto mais Karli falava com mais raiva a imperatriz ficava, e afundava ainda mais as unhas no braço esguio da dama.

— E então... um dia vocês ficaram bem... mas todas as noites enquanto eu arrumava suas roupas, eu via o olhar perdido dele ao esperar você na cama. Logo aquele Lord apareceu aqui... — Disse confusa ao tentar lembrar o nome de Robert — e tudo pareceu desmoronar outra vez, e você... você não fez nada. Apenas... o enganou dizendo que não sentia nada pelo outro, mas todos sabíamos que era mentira. Todos sabíamos que estava aqui por obrigação e que se pudesse estaria nos braços de outro.

— Cale a boca! — Amber interrompeu-a — Cale a sua boca imediatamente ou não me responsabilizarei pelo que farei a você, Karli.

— Você passou todos esses anos o iludindo! O fazendo pensar que havia se apaixonado por ele... o fazendo pensar que um filho mudaria tudo... você o fez imaginar que era amado... quando na verdade nunca ousou dizer tal coisa em voz alta. Acha mesmo que essa menina fará alguma diferença? O vazio que ele sente vai sempre estar lá... porque você é incapaz de amá-lo, e eu... eu daria a minha vida pelo imperador.

— EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA! ARGH!! — Amber gritou, partindo para cima de Karli com toda a sua força.

Parecia não importar que estivesse nua ou que os gritos pudessem ser ouvidos ao longo do castelo, tudo o que ela queria era estapear a criada até que ela não pudesse mais falar. Os tapas vinham seguidos de puxões de cabelo, que ousadamente também vinham de Karli, a mesma que tentava em vão afastar Amber.

— Nunca mais fale sobre o meu marido, sua imunda! — Disse enquanto acertava mais um tapa no rosto da outra — Nunca mais fale sobre nós, sobre o meu casamento, sobre a minha filha... sua desgraçada! Eu lhe dei tudo nesses anos! Atendi a todos os seus pedidos mesmo quando não merecia que eu fizesse nada por você!

— Não pode negar a verdade, imperatriz! Ele merecia mais! Merecia alguém que o amasse e o apoiasse! E o que você fez esse tempo todo além de exigir que as suas ideias fossem aceitas no conselho? Não parou para pensar que o seu papel era ser esposa dele e nada mais? Fiel e devotada, como todas somos ensinadas a ser. Você vai contra as leis de Allah, contra as leis dos homens e contra seu próprio marido! Não pode governar o povo sozinha, sem ele você não é nada, nada!!

— NÃO! — Amber bravejou segurando a cabeça de Karli com as duas mãos — É POR ISSO QUE ME CHAMAM DE IMPERATRIZ, SUA ODALISCA DESGRAÇADA! —Bofeteou o rosto da mulher outra vez — Eu vou matá-la com as minhas próprias mãos, sua insolente! Que Allah tranque as portas do paraíso e te deixe ardendo no inferno, porque é de lá que você nunca deveria ter saído.

— AMBER, PARE JÁ COM ISSO! — Safira gritou tirando a filha de cima da criada — Por Allah, o que vocês estão fazendo? As lamparinas do seu juízo... Querida, aqui se cubra... — Dizia perplexa ao tempo que entregava uma capa para Amber. — O que aconteceu? O que significa tudo isso...

A imperatriz respirava acelerada, aquele momento de fúria a havia deixado transtornada.

— Me solte mama... — Pediu com a respiração entrecortada — Me solte agora, me deixe acabar com essa odalisca!

— Não a soltarei enquanto não se acalmar e me explicar o que está havendo — Respondeu séria — E você Karli... saia imediatamente daqui e vá cuidar desses ferimentos. Ialah! Ialah!

Amber observou a dama correr para fora do quarto depressa, a raiva que sentia era tamanha que a única vontade que tinha era de ir atrás dela e terminar o que havia começado. Mas as mãos de Safira a mantinham presa no lavabo, exatamente como costumava fazer quando ela e os irmãos brigavam quando eram crianças. No entanto, a imperatriz já tinha idade o suficiente para que não precisasse ouvir os sermões da mãe, tampouco que fosse necessário ser segurada por ela.

Mas seu corpo tremia, seus dentes batiam um contra os outros, e sentia sua visão escurecer gradativamente conforme os minutos passavam. Talvez fosse o estado de choque ou seu corpo esfriando daquela descarga de adrenalina, ou então somente o ódio que já começava a se transformar em dor e desespero.

— Onde está Nuri?

Questionou-se lembrando que o menino provavelmente havia presenciado toda aquela cena.

— Eu o levei para o harém assim que você veio se arrumar. Não se preocupe com ele agora, habib... ele está bem.

Suspirou aliviada. A última coisa que Amber queria era que o menino ficasse assustado e desejasse ir embora do castelo.

— Agora... por favor, pode me explicar o que é tudo isso? — Pediu, enquanto a levava até a cama onde poderia sentar e se acalmar devidamente.

— Ela... ela... — Tentou explicar — Como eu poderia ser o monstro sem alma e sem amor que ela diz que sou? Como... — Começou a chorar enquanto despejava as palavras sem nexo para a mãe que a abraçava ainda sem entender o motivo real da confusão

— Zhara... minha flor, filha... precisa se acalmar para me contar o que é isso tudo— Afagou os cabelos de Amber — Não foi assim que eu a criei... não é assim que uma imperatriz se comporta... não importa o que a sua dama tenha lhe dito, não é assim que se faz— Suspirou — Eu não tenho mais poder sobre a sua vida e as suas decisões não cabem mais a mim, mas não posso deixar que coloque tudo a perder em seus momentos de ira. Amber... és uma imperatriz, esse povo, esse pobre e miserável povo depende de você.

— Mama...

— Escute o que eu digo... é só o que posso fazer, lhe aconselhar. Os últimos meses têm sido difíceis, Allah bem sabe disso... mas não importa o que esteja acontecendo lá fora com todos aqueles homens se matando por pedaços de terra e coroas de ferro, o que importa é aqui e agora, e todas essas pessoas que estão sem trabalho e morrendo de fome.

Safira continuou falando e falando, ao tempo que levava a filha para o quarto e a ajudava a se vestir. Foram longos minutos que se transformaram em pouco mais de um par de horas. Amber também lhe contou o que havia acontecido, os insultos de Karli e como havia se sentido horrível ao escutar tais ofensas.

— Pense nisso, habib — Acarinhou o rosto dela — Enquanto Aziz não retornar, o reino é seu e a responsabilidade é sua. Precisa agir, precisa forçar o conselho a escutá-la e obedecer suas ordens. E quanto a Karli... — A olhou com ternura, num gesto de quem conhecia aquele sentimento — Eu cuidarei do fazer com ela, garanto que não a verá mais à sua frente.

Por fim, as duas se abraçaram outra vez, com amor e cumplicidade. O sentimento que foi construído desde que Safira colocou os olhos na menina pela primeira vez.

— Agora é melhor que se prepare... Fátima está à sua espera e por Allah, ela não é tão paciente quanto eu. É bom que tenha uma explicação que a faça entender a presença daquele garotinho nesse castelo.

Amber suspirou profundamente, com os devidos trajes para iniciar aquele longo dia e se retirou do quarto acompanhada da mãe. Deixou que o longo véu esverdeado se arrastasse pelo chão enquanto observava os quadros do corredor negro. Uma distração, é claro.

As portas da sala do desjejum pareciam aguardar com ansiedade, prontas para se abrirem assim que se aproximasse mais e mais e no ponto onde já não podia mais voltar, sentiu a mão de Safira apertando a sua em sinal de coragem. Fechou os olhos, e deu sinal para os guardas.

Fátima a aguardava.


Eu voltei... agora pra ficar... 

O que posso dizer? Mil perdões, a intenção jamais foi abandonar o livro por meses mas infelizmente eu não consegui mais escrever. No entanto, sei que devo isso a vocês e a mim que idealizei todo esse universo das Joias do Deserto e não poderia simplesmente deixar pra trás. 

Prometo que vai ter capítulo muito em breve? Não. Mas prometo que vai sair... afinal, reta final né?

Amber sempre metida em confusões... só pra variar. Vamos torcer pra Aziz voltar né, meu povo? Deixem seus comentários... o que fariam com Karli, hein?

Me contem! Como vocês estão? Sentiram saudades?

um beijãaao

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