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Capítulo XI (Bônus)

Esse capítulo é um bônus, as cenas descritas ocorrem alguns meses após o capítulo anterior, estou avisando pra vocês não ficarem confusos! No próximo cap. voltamos a linha temporal normal para descobrir o que ainda vai acontecer com Âmber e as tantas confusões naquele castelo.

 Temos personagens novos!  Coloquei foto deles no capítulo dedicado ao elenco do livro. Alguém se lembra da carta que Aziz recebeu? Ela está no capítulo 3 pra quem quiser dar uma olhadinha. 

Sem mais enrolação... boa leitura. Não se esqueçam de comentar e deixar o voto <3

BessarábiaTerritório da Europa Oriental – Um tempo depois.

O som que zumbia em seus ouvidos era quase ensurdecedor. Como se pudesse sentir cada disparo que ousava em voar pelo campo em direção aos soldados. O cheiro forte das pólvoras subia forte incomodando suas narinas e embora fosse dia sua visão enxergava tudo na mais profunda escuridão. Quando de fato havia chegado ali não sabia, parecia não ter muita noção de onde estava e nem porque estava ali. No entanto, quanto mais forçava seus olhos a se abrirem um clarão os fazia se fechar novamente. Uma dor dilacerante foi o que o fez acordar finalmente e outra que o atingiu próximo ao estômago ferido foi o que o fez gritar tão alto quanto podia. E então tentando ignorar a vertigem e o resto que era demais para que pudesse identificar se levantou se apoiando em seu próprio peso contando apenas com a sua própria ajuda.

– Guerra. – Ele disse em voz alta – Guerra. – Falou outra vez como se precisasse verbalizar tudo o que havia acontecido em apenas uma palavra

Ao longe era possível observar o encontro das águas do Prust com o rio Danúbio, o cheiro de sangue impregnava as narinas do soldado que começou a andar num leve arrastar de seu próprio corpo. A roupa que outrora o camuflava por entre as árvores alaranjadas daquele outono invernal estava em retalhos, os cortes em suas pernas eram profundos e sua boca seca se feria ainda mais conforme o tempo sem água passava. O caminho até as margens do rio parecia longo demais, muito longo para o soldado tão ferido. Sua visão estava turva e a ventania que trazia os resquícios de areia desértica fazia seus olhos arderem com as partículas arenosas. Continuava firmando seus passos lentos como se o rio fosse uma grande miragem, embora quando finalmente parou para observar ao redor tudo o que viu foram milhares de homens caídos no solo árido.

– Estão todos mortos – Ele disse para si mesmo – Todos mortos.

Sentiu um aperto em seu peito o que o fez olhar para si mesmo a procura de algum ferimento aparente, mas nada encontrou além dos cortes em sua perna, no abdômen e os talhos abertos nas têmporas de sua face. Era difícil sentir dor apesar de sentir. Seus olhos molharam pela primeira vez em dias ou semanas, talvez meses. Ele não saberia dizer por quanto tempo estiveram em batalha. Voltou a caminhar desta vez tentando reconhecer algum dos soldados abatidos, ele se lembrava vagamente de terem sido amigos por muito tempo embora suas memórias estivessem completamente confusas e desconexas. Quanto tempo haviam passado ali? Buscou em sua mente falha qualquer indício de resposta, porém nada encontrou. O frio então veio assim como a escuridão que logo cegou suas vistas e tudo o que restou foi a solidão, pois afinal não havia sinal de vida ali.

*

Império Russo

– Querida... não faça assim. Eu preciso trabalhar... – Alexandre disse em meio a um riso frouxo sentido um arrepio em sua pele – Eu já lhe disse que..-- Ele tentou alertá-la pelo que parecia a milésima vez, no entanto, a voz ficou presa em sua garganta dando lugar a um gemido rouco de puro êxtase e satisfação.

– O que disse, querido? – Se levantou com a feição leviana que costumava fazer quando o via se desmanchar em prazer – Você sempre gosta – Disse ao se sentar sobre ele roubando um beijo fugaz misturando o ácido e o doce sabor de suas intimidades que logo os levaram ao chão onde se perderam um no outro.

Alexandre Romanov e Isabel eram de longe o casal mais excêntrico, deslumbrante e poderoso de todo o Império Russo, não sendo para menos pois eram o czar e a imperatriz do esplendoroso reino. Haviam se casado muito jovens e assumido a responsabilidade de governar um império que carregava uma extensa lista de inimigos. Alexandre vinha de uma linhagem de czares absolutistas e temperamentais, uma característica que havia levado o império a travar incontáveis guerras. Naquela manhã fria enquanto seus corpos faziam o papel dos cobertores e se esquentavam os jardins tomados pela neve recebiam um visitante. Um estranho visitante.

Os guardas vestidos em seus uniformes negros de pele lupina prontamente estenderam suas armas em direção ao homem até então desconhecido. Em passos letárgicos e vestido com o que pareciam mais trapos do que roupas de frio adentrava calmamente deixando suas pegadas fundas no mar branco.

– Quem é você? – O guarda perguntou – Para onde está imediatamente – Alertou apontando sua arma para o homem – Não dê mais nenhum passa se quiser continuar vivo. Aquelas palavras pareceram despertar o homem de seus devaneios o fazendo observar com clareza o local onde estava. Olhou em volta ora franzindo o cenho coberto por fuligem e neve ora esboçando surpresa por ver o esplendoroso castelo russo em sua frente pela primeira vez.

– Soldado – Ele disse finalmente olhando para o guarda que o olhava carrancudo – Eu sou um soldado.

– Nenhum dos nossos voltou – Outro guarda se intrometeu na conversa recebendo um olhar de censura de seu superior.

– Filho – Ele disse condescendente – A guerra cessou a meses, se é um soldado... não é um dos nossos. Nenhum soldado russo retornou com vida. – Disse com certa tristeza em sua voz.

O homem ouvia tudo com certa estranheza, ele tinha certeza que era recruta do império russo. Tanta certeza quanto a certeza de que era o único sobrevivente da guerra.

– Senhores... – Ele disse – Meu nome é... e eu estive na guerra. Meu nome é.... e fui levado por vocês como soldado. Meu nome é... e eu sobrevivi. – Não se lembrava do próprio nome ou talvez não pudesse dizer e aquilo foi tudo o que conseguiu falar antes de seu corpo despencar no frio da neve.

*

Batidas insistentes na porta do escritório despertaram o casal que dormia profundamente emaranhado entre mantas e cobertores em frente a lareira. A tapeçaria azulina os acomodava contrastando com o branco quase gélido de suas peles. Alexandre logo fechou o cenho quando ouviu pela quinta vez o guarda o chamando do lado de fora.

– Incompetentes – Ele resmungou ao se levantar enquanto Isabel esboçou apenas um sorriso feliz – O que quer?! – Questionou abrindo meia porta fuzilando o guarda com os olhos.

– Um homem senhor – O guarda disse temeroso – Um homem que alega pertencer ao exército russo. Ele diz que esteve na guerra, ele diz que é um de nós. – Compartilhou a informação vendo o Czar apenas assentir e fechar a porta em sua face.

Alexandre então logo retomou sua aura absolutista e governamental, que em geral era a única que deixava que conhecessem. Começou a andar de um canto a outro do escritório o que fez Isabel bufar e finalmente se levantar da tapeçaria deixando que o frio abraçasse seu corpo nu enquanto seguia em direção ao marido.

– O que houve, meu bem? – Perguntou passando os braços ao redor do pescoço de Alexandre.

– Um soldado retornou – Disse tentando parecer despreocupado – Vieram me informar. – Respondeu acariciando a cintura fina de Isabel enquanto as mãos pequenas de imperatriz brincavam com os fios castanhos de seu cabelo.

– Esse é um motivo para comemorar, não acha? – Ergueu uma das sobrancelhas vermelhas – Se um dos nossos voltou é porque ainda estamos no páreo... é um sinal, querido. Um sinal de que estamos fazendo o certo e que em breve todos aqueles reinos se curvarão para nós – Disse abrindo seu sorriso mais triunfal. – Em breve governaremos o mundo Alexandre.

– A alguns meses enviei uma carta a ele, contando sobre a doença que devastou nosso exército. – Revelou pensativo – Se atacarmos agora os territórios árabes... eles podem alegar que quebramos o acordo de paz feito por meu pai e o falecido imperador Murad e que mentimos sobre as mortes de nossos homens.

– Deixe que se enfraqueçam... – Isabel respondeu – Ouvi dizer que a Grécia deseja sua independência do Império Turco e que a França espera apenas o momento certo para atacá-los. Deixe que eles façam o trabalho sujo, Alexandre. Sairemos ilesos e assim não teremos qualquer dívida com os franceses e muito menos com os otomanos. – Falou exibindo um sorriso vitorioso. – Deixem que os ataquem primeiro, e então damos a cartada final.

– Eu sempre soube que ter te escolhido em meio a tantas donzelas havia sido o meu maior acerto – Ele disse sorrindo para ela – És tão inteligente quanto és bonita, Isabel. – Falou selando seus lábios nos dela. – Se estivermos certos... se você estiver certa – Disse se corrigindo – Então poderemos declarar que eles precisam se render para que sobrevivam aos tempos pós-guerra. Se você estiver certa, os faremos nossos escravos e tomaremos aquele território das mãos do imperador. Qual é mesmo o nome dele? – Questionou esquecido.

– Aziz... – Isabel respondeu – Aziz Ibrahim, embora ainda não tenha tomado o trono para si já o consideram imperador. – Disse, afinal para todos os efeitos o futuro imperador ainda não havia se casado. – Ele é filho da rainha vermelha. – Disse com certo desdém o que fez Alexandre rir contra seu pescoço comprido e esbranquiçado.

– Não se preocupe, querida. Você é a ruiva mais bela de todos os reinos. – A elogiou enquanto distribuía beijos no esterno e na clavícula. – A sua beleza é incomparável Isabel. Quem é aquela turca para ousar ter cabelos flamejantes? Ela jamais chegará aos seus pés.

– Tem certeza? – O questionou insegura enquanto afastava o casacão de pele o qual Alexandre se cobria.

– Estou tão certo quanto a isso, quanto estou certo de sua lealdade a mim e ao império, minha imperatriz. – Respondeu por fim olhando em seus olhos verdes cintilantes o que fez Isabel sorrir verdadeiramente. – Tão certo quanto é a certeza de nossa vitória. – Falou mordiscando os lábios pálidos da imperatriz.

– Tudo por você, meu Czar. – Respondeu, se entregando a ele outra vez.

*

Esse será o início de uma história de amor e ódio por esses personagens rsrsrs, me contem o que acharam do Czar e da Imperatriz! 

Algum palpite sobre quem é esse soldado? 

Beijos! 💟

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