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Capítulo VIII

A dança, a troca de olhares, a luz avermelhada que contrastava tão bem com o dourado do salão. Tudo parecia conspirar naquela noite de baile, tudo parecia estar em seu devido e perfeito lugar. No entanto, como era de se esperar nada do que parecia era de fato. Amber sabia o que estava acontecendo, ela sabia que a qualquer momento tudo poderia mudar e as pessoas ao seu redor seriam afetadas por suas escolhas.

Logo após Aziz cortejá-la na escadaria se colocou a passear pelo salão como sempre fazia nas noites de festa, e embora adorasse que os olhos dos convidados estivessem sob si tudo o que ela desejava era  um tempo para pensar. Precisava ficar sozinha. Apressou os passos ao ver que Abdul se aproximava dela a seguindo em direção aos jardins onde o silêncio se fazia presente.

– Amber! – Ele a chamou – Ei, espere!

– Não é uma boa hora para conversas, senhor Abdul – O alertou virada de costas para ele.

– Queria tanto vê-la outra vez... – Começou a falar – Naquela noite... eu sei que posso ter passado dos limites mas pensei que estivesse gostando.

– Eu pedi que parasse – Ela respondeu ainda tendo os olhos fitando os jardins.

A brisa gélida da noite batia suave em Amber e seus braços imediatamente se abraçaram em seu corpo numa tentativa de se aquecer. Ela respirava pausadamente, tentando raciocinar tudo aquilo. Nem em seus piores pesadelos imaginou que os três homens os quais de alguma maneira estava envolvida estariam no baile. Naquele maldito baile.

– Eu... eu sinto muito – Ele disse entre um suspiro e outro – Pensei que fosse apenas charme... você parecia tão livre e independente enquanto dançava no festival... pensei que gostasse de se divertir de outras formas... – Disse o que fez ela revirar os olhos, mesmo que ele não pudesse ver.

– Não lhe ocorreu em nenhum momento que depois da terceira vez que pedi para que parasse eu não quisesse?! – Levantou a voz se virando para encará-lo com incredulidade.

– Se demonstrasse ser uma dama de respeito talvez – Respondeu sério e Amber abriu a boca embasbacada com a audácia de Abdul.

– Como é que é?! – Se aproximou dele – Está insinuando que sou uma odalisca? – Questionou com visível raiva. – Eu sou uma princesa!

– Mas não se comporta como uma – Disse outra vez – Além disso... era de se esperar, filha do Sheik com uma odalisca... não poderia ter saído de outra forma. O fruto nunca cai longe do pé.

Amber não pensou duas vezes antes de acertar a face de Abdul com um tapa, no entanto o jovem líder tinha o dobro de sua força o que o fez segurá-la pelos braços, apertando-a fortemente enquanto se satisfazia vendo as lágrimas se formarem em seus olhos dourados.

– Nunca... nunca mais fale da minha mãe desta maneira – Disse entre os dentes – E me solte... antes que eu chame os guardas.

– Não deveria sentir tanta raiva, princesa – Disse cínico – É a verdade, todos sabem que és bastarda. E os que não sabem ficariam horrorizados em saber você não passa de uma farsa e que toda a sua família sustenta uma mentira a anos... enganando todo um povo que os venera como se fossem deuses. – Falou e em seus olhos negros era possível ver a raiva iluminar.

– Como pode? – Perguntou atônita – Como pode ser alguém gentil em um momento e em segundos se tornar esse monstro? C-como consegue sustentar duas personalidades tão distintas... como pode ser tão cruel? – Dizia enquanto sentia as lágrimas quentes descerem pelo rosto – Eu pensei... imaginei que gostasse de mim – Revelou com certa mágoa.

– Se passasse seu tempo observando em vez de dançar como uma odalisca talvez tivesse notado... talvez tivesse escutado seu amigo... talvez nunca tivesse entrado naquela cabana abandonada comigo.

– O que quer dizer? – Perguntou sem entender ainda sentindo as mãos dele apertarem seus braços. E então os olhos de Abdul se tornaram ainda mais negros e frios e Amber sentiu-se gelar por dentro, por fim caindo em si, entendendo o que ele dizia – Você sabia... – Disse com os olhos arregalados – Você sabia quem eu era... aquele tempo todo agiu como se eu fosse apenas uma estranha... quando na verdade... – Sentiu seu peito apertar e a falta de ar atingi-la. Estava em pânico – Por Allah... como eu não percebi...?

– Quando chegar a hora de quebrar a sua garrafa de compromisso, tentarei a sorte de acertá-la. – Ele revelou ignorando o rompante de medo da princesa. – Mas... mesmo que outro acerte... será difícil que se casem com você quando descobrirem que não é mais pura.-- Disse exibindo um sarcástico sorriso

– Mas.. Eu... – Amber tentou se defender – Eu nunca me deitei com você. Isso não verdade... você não...

– Não importa... é a minha palavra contra a sua... e eu tenho provas de que se deitou comigo naquela noite. Você será minha, Amber. De um jeito ou de outro, será minha.

– Por quê? O que vai ganhar com isso?

– Poder, minha querida. Governarei a Índia da maneira que eu quero, e Said nunca mais ficará em meio caminho. Eu serei lembrado como o homem que mudou o destino das índias e conquistou o mundo. – Revelou por fim a soltando ao mesmo tempo que as trombetas no salão ressoaram. – Se recomponha, princesa. Está na hora.

Abdul tinha certeza que poderia mudar o destino com as próprias mãos.

*

Fátima e os filhos desfilavam pelo salão como se íntimos fossem da família. Os inúmeros convidados sequer imaginavam quem eles eram, mas não deixavam de notá-los quando passavam. A beleza de Fátima mesmo após tantos anos era surreal, e ao seu lado direito Samira refletia a jovialidade que um dia fora sua. Os cabelos cor de sangue chamavam atenção e os olhos verdes penetravam nas pessoas como adagas afiadas. Eram ávidos e perspicazes, e eram características que não se limitavam apenas aos olhos.

– Ela é bonita Aziz... – Samira cochichou para o irmão enquanto seguiam em direção ao sheik e a princesa Safira. – Mais bonita do que eu esperava que fosse.

– De fato – Ele concordou – Mas está assustada... quando toquei a mão dela parecia pedras de gelo. Ela não quer isso... – Ele comentava superficialmente observando o salão, embora seus olhos buscassem muito mais que jovem dançarinas ou senhores tomando chá. – Ela não quer isso... ela quer ser livre. Vi isso nos olhos dela. Eu vi medo naqueles olhos, Samira.

– Ouvi pelos arredores que este não é um baile qualquer... – Samira disse ainda mais baixo, preocupada com os ouvidos astutos da mãe. – É uma cerimonia de escolha, Aziz. Alguém quebrará uma garrafa está noite e desposará a princesa. – Revelou finalmente tendo total atenção do futuro imperador.

– O que? – Perguntou incrédulo – Mas... então eles ignoraram as ameaças? Eles esqueceram do acordo? – Perguntava confuso, no entanto a irmã também não tinha respostas para tal – Eles ignoraram o acordo... – Falou mais para si mesmo do que para a irmã, um sorriso nervoso saiu de si, não acreditando que o sheik teria coragem para enfrentar a rainha daquela forma.

– Se eu fosse vocês dois pararia de sussurrar agora mesmo – A voz de Fátima se fez presente – Estão agindo como duas crianças que roubam doces da cozinha. Ajeitem a postura, desamassem os trajes e por favor, fiquem calados. – Disse e logo perceberam que se aproximavam dos anfitriões da noite.

Os olhos dourados de Said logo os fitaram, ele sabia que estavam ali embora por instantes tenha preferido ignorar a existência dos vermelhos e a prepotência da rainha em invadir suas terras. Por outro lado Safira conhecendo o gênio forte do marido imediatamente segurou um de seus braços com força o fazendo estabilizar ao seu lado. Seus olhos azuis estudaram um por um dos turcos, e respirou profundamente quando eles, por fim, terminaram o caminho.

– Devo dizer que é uma honra? – Fátima foi a primeira a falar – Ou será um prazer revê-los após tantos anos?

– Não podemos dizer o mesmo – Said logo rebateu sentindo Safira o apertar outra vez – Rainha Fátima, Príncipe Aziz e Princesa Samira – Disse os nomes dos vermelhos em cumprimento os reverenciando.

Os turcos retribuíram o cumprimento, no entanto estava claro que nenhuma das partes se sentia confortável em estar ali.

– Será que nos daria o privilégio de saber o motivo de sua visita? – Desta vez foi Safira quem dirigiu a palavra a rainha carregando consigo o costumeiro tom irônico.

– Privilégio será de sua princesa quando se casar com o meu Aziz – Respondeu fazendo Safira engolir seco – Sabem o que viemos fazer, não sejam tolos. Não queremos perder tempo. Esperei vinte anos e três anos por isso.

– Fátima... não é... – Safira tentou argumentar

– Mãe! – A voz grave de Jasper fez todos virarem – Está na hora, a última trombeta tocou.

E então havia chegado a hora tão esperada, o último soar da trombeta indicava que aquele era o momento de firmar uma aliança. Fátima os olhava confusa, enquanto os filhos mesmo tendo pouquíssimas informações já imaginavam do que se tratava.

– Está na hora do que? – Perguntou querendo sanar suas dúvidas.

– A garrafa, senhora. É hora de quebrar a garrafa – Jasper respondeu sorridente, sequer imaginando com quem falava e o redemoinho de ódio que se formava dentro da Rainha vermelha.

A multidão de convidados seguia para os jardins e os diversos rapazes se gabavam de suas forças e destrezas. Os cascalhos das plantações de narcisos serviriam como objeto de tiro e cada um teria apenas uma chance.

Fátima seguia a família Mamun com os olhos ardentes de raiva, enquanto Aziz pensava apenas em como aquela noite terminaria. Said apressava o passo junto de Safira, enquanto ela preocupada procurava a filha entre o povo.

– Onde está Amber? – Ela questionou – Jasper! Onde está sua irmã? – Gritou para o filho que a olhou sem ter o que dizer.

*

Robert andava de um canto a outro do corredor da cozinha, suas mãos suavam em puro nervosismo. Havia preparado um pequeno discurso que faria para a princesa assim que acertasse a garrafa colorida. Sabia que outro poderia acertar antes dele, mas de alguma forma sentia que a sorte estava ao seu lado naquela noite. Estava concentrado repassando cada palavra em sua mente quando ouviu um choro vindo dos jardins de lavanda nos fundos da cozinha.

– Amber? – Perguntou ao se aproximar, a escuridão impedia que ele a visse com clareza – O que aconteceu? Por quê está chorando? – Perguntou sentando-se ao lado dela no gramado.

– Por quê isso está acontecendo comigo, Robert? – Soluçava incansavelmente – O que eu fiz pra merecer isso? O que eu fiz?

– É apenas uma cerimônia da garrafa, Amber... – Disse confuso com ela – Muitas de suas amigas já tiveram uma... a sua hora chegaria também. Eu não entendo.. Você nunca disse que não desejava se casar.

– Robert... – Falou virando o rosto para ele – É muito mais que isso...

– O que é? Me conta... – Falou acarinhando a face dela – Sabe que pode me contar tudo – Disse a incentivando.

– Eles vieram me buscar... E ele vai me destruir... – Disse, no entanto, suas palavras pareciam desconexas para o amigo que não sabia do que realmente estava acontecendo naquele baile

– Eles? – Questionou – Quem veio te buscar? O que quer dizer? – Perguntou em nervosismo.

Amber não conseguiu dizer mais nada, uma nova onde de choro a atingiu e tudo o que fez foi se deitar no colo do amigo e permitir que as lágrimas saíssem de seus olhos avassaladoras. Robert a afagava na tentativa de acalmá-la e tudo o que ele desejava era poder dizer tudo o que sentia por ela. Tudo o que descobriu sentir, tudo o que se permitiu sentir pela melhor amiga. Era cliché demais para ele, mas não podia controlar seu coração.

– A música ainda está tocando no salão... – Ele falou – Dança comigo, dança comigo Amber. – Pediu a fazendo se levantar e olhá-lo. – Por favor, dança comigo.

Eles se levantaram do gramado, e ao som suave da melodia arábica dançaram. Lentamente, sem qualquer preocupação. Apenas aproveitando aquele singelo momento a sós, onde eram os velhos amigos de sempre. Amber encostou a cabeça no peito de Robert enquanto ele a segurou mais firme pela cintura, sentindo o cheio das especiarias que ela usava invadirem suas narinas de maneira inebriante.  Passaram muitos minutos ali dançando em completo silêncio até que Jade apareceu no jardim.

– Amber.. Está na hora – Disse chamando a irmã – Estão apenas esperando você. Está na hora. – Falou outra vez.

– É melhor você ir... antes que seu pai a leve a forças para o jardim – Robert disse em brincadeira – Não se preocupe, peixinho dourado. Vai ficar tudo bem. – Ele garantiu a soltando para que ela pudesse se recompor e arrumar o vestido.

– Eu te amo, Robert – Ela disse o abraçando outra vez – Obrigada, por tudo. – O agradeceu o que fez o coração do joalheiro se aquecer como lareira em dias frios.

Assim o soltou e seguiu em direção a irmã que a esperava na porta da grande cozinha, compreensiva e paciente como sempre fora. Jade sorriu e limpou as lágrimas furtivas que ainda teimavam em derramar-se pela face dourada da princesa. Amber foi na frente, se concentrando no que faria quando chegasse ao jardim. A princesa mais nova olhou novamente para o campo de lavandas, vendo o joalheiro admirar as estrelas.

– Você não vem, senhor Robert? – Ela questionou o fazendo olhá-la.

– Eu já estou indo, princesa. – Ele respondeu suspirando – Preciso apenas de um tempo...

– Espero que acerte aquela garrafa, pelo bem de todos nós. – Ela disse, por fim, se retirando também.

*

O vermelho opulento do vestido chamou atenção assim que Amber adentrou o jardim, a princesa pode ver os convidados aliviados com sua chegada assim como vislumbrou a euforia dos rapazes que ansiavam em disputar sua mão. Seu olhar passeou pelo ambiente, enxergando o líder de exportações sério e compenetrado parado próximo das janelas, distante dos outros homens como se não estivesse de fato interessado na disputa.

Avistou Aziz ao lado de sua família e engoliu seco quando seus olhos se encontraram outra vez. O futuro imperador era bonito e isso ela jamais negaria, mas ele representava tudo o que ela não desejava, tudo o que naquele instante parecia a pior das traições. Como ela poderia se casar com um otomano?

Respirou fundo e fechou os olhos buscando forças para começar o discurso que todos pareciam esperar. E assim por último antes que começasse a falar, enxergou Robert se misturando a multidão, lhe sorrindo como se dissesse "Eu estou aqui, vai dar tudo certo." Aquele sorriso então lhe deu coragem.

– Agradeço a presença de todos vocês está noite. Como sabem está chegada a hora de iniciar uma nova fase em minha vida, e o matrimônio é algo que almejo desde muito nova – Começou a discursar, embora todas as palavras que saiam de sua boca parecessem mentiras para ela – Respeito muito nossas tradições e por isso desejo sorte a todos os competidores. Quero apenas lembrá-los que não estarão se casando apenas comigo, se casarão com a Índia, com o Kuwait e com o reino de Omã. Deverão acima de tudo honrar e respeitar a mim e o povo, pois um dia o trono será meu. – Terminou sendo ovacionada por palmas e brados que exaltavam sua alteza. – Podem começar.

Embora parte de seu discurso fosse totalmente verdade Amber temia qualquer ato que viria a seguir, pois sabia que nem tudo sairia perfeito. Uma promessa de casamento, uma ameaça e um desejo arrebatador. Quem levaria a mão dela, afinal?

Eu sei que vocês estão morrendo de curiosidade sobre o que vai acontecer rsrs

As cenas estão mais longas pois quero transmitir ao máximo os acontecimentos desta noite tão importante, pois aqui será decidido todo o rumo da história (ao menos parte dele).

Desculpem a demora, durante a semana volto com o próximo capítulo. Deixem seus comentários e não se esqueçam de votar. 

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